Em Fúria

By Hunterina

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LIVRO 3. Mais uma vez o mundo desmorona diante de seus olhos, mas agora Rebeca é uma pessoa diferente. Com u... More

Avisos iniciais.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Agradecimentos.
Previsão para os próximos livros.

Capítulo 49.

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By Hunterina

Fui despertada repentinamente com um chacoalhão e levei alguns segundos para lembrar de onde eu estava, meus olhos demorando a se acostumar com o breu ao redor.

— Mei, quieta! — Samuel sussurrou, incisivo, e os grunhidos da minha cachorra cessaram.

Pisquei os olhos repetidamente, como se pudesse fazê-los acostumar-se mais rápido com a escuridão. Aos poucos distingui a silhueta de Samuel, praticamente uma sombra sobre mim. Seus olhos azuis refletiam o pouco brilho que entrava pelos buracos entre as tábuas de madeira que barricavam a janela, colocadas ali muito antes de nós chegarmos ali.

Com a adrenalina esquentando meu corpo, lembrei que havíamos ficado em uma parada de beira de estrada para descansarmos durante a noite, depois de mais um dia rumando para o Oeste. Estávamos a menos de outro dia de caminhada de Chapecó.

— Samuel? Tudo bem? — sussurrei, esticando a mão até a cabeça de Mei numa tentativa de acalmá-la.

— Ouvi um barulho — explicou, mas sem olhar na minha direção, atento às janelas. Nada além da respiração ofegante da Mei ou o som dos grilos chegava até mim. — Acho que foi no posto. Pode ser só um zumbi, mas a Mei tá inquieta.

Olhei para a minha cachorra, que seguia o olhar de Samuel com as orelhas erguidas. A parada era composta por um posto de gasolina, uma conveniência, um restaurante e uma loja de lembrancinhas do sul do estado — estávamos na última, justamente porque presumimos que ela não seria um alvo.

— Barulho, você diz, um tiro ou...

— Não — respondeu. — Foi um som oco. Pode ser algo derrubado pelo vento ou até um zumbi...

— Vou com você para conferirmos — falei, levantando-me.

Coloquei os cabelos para trás em um coque feito às pressas e peguei a pistola que deixei do lado da cama improvisada com roupas que estavam à venda. Por impulso, tateei em busca do machado de Leonardo, lembrando-me depois de alguns segundos que ele havia ficado com os Tormentas. Respirei fundo e pisquei os olhos, na esperança de que aquilo afastasse o resquício de sono.

Gostaria de dizer que minhas reações estavam sob controle, acostumada como eu estava com vistorias rápidas como aquela, mas o ritmo acelerado do meu coração contava outra história. Os dias de tranquilidade ao lado do grupo de Odin já eram uma lembrança distante e o medo voltava a se impregnar nos meus ossos. Lutei para controlar o tremor nas mãos e inspirei profundamente, na esperança de encontrar alguma calma no cabo gelado da pistola.

A expressão de Samuel era um pouco mais difícil de ler. O tempo naquele mundo o deixara tão ansioso quanto eu, mas eu não sabia dizer quanta esperança o nosso encontro com os Tormentas realmente lhe trouxe. Se ele ainda tinha medo que qualquer encontro com outros humanos pudesse significar a nossa morte...

Ou apenas os que aconteciam durante a madrugada.

— Mei, junto — chamei e minha cachorra prontamente obedeceu. Então olhei ao redor antes de falar com Samuel. A loja de lembrancinhas que estávamos ficava no meio da parada e havia duas portas de vidro: uma conectada à conveniência e outra que levava diretamente para a rua. Revistamos todo o local duas vezes antes de nos recolhermos para nos certificar de que não havia zumbis. — Acho melhor seguirmos pela parte de dentro. Se o barulho veio de fora, conseguimos nos aproximar com mais discrição.

Samuel respondeu com um aceno de cabeça e liderei nossa marcha. Caminhamos curvados pelas prateleiras altas onde estavam expostas as mais variadas coisas, de chapéus campeiros até cuias de chimarrão. Pelas frestas das janelas de vidro barricadas (apesar daquilo, não havia mais qualquer sinal de que houveram humanos ali em semanas) tínhamos pouca visão do posto de gasolina, suas formas se fundindo às sombras da noite profunda e sem estrelas. Além do meu coração retumbando no peito, não ouvimos qualquer barulho que indicasse que havia mais alguém ali.

Se a escuridão do lado de fora já comprometia nossa visão, o que restava do lado de dentro era o mais completo breu. Samuel havia desligado a lanterna para ficar de guarda e meus olhos tinham bastante dificuldade de diferenciar formas ou mesmo objetos a um palmo de distância. Apesar da porta que separava a loja de lembrancinhas da conveniência ser grande e envidraçada, eu não conseguia ver nada lá dentro.

Mei andava ao meu lado, colada na minha perna. Seu comportamento era o mesmo que teve durante todo o apocalipse e que permaneceu mesmo entre o grupo de Odin: atenta e acompanhando meus passos.

Empurrei a porta com cuidado, esquecendo-me completamente do sininho que tilintava toda a vez que era aberta. O que ficava na outra porta já fora arrancado por alguém, mas eu havia esquecido daquele. Fiz uma careta e virei para Samuel, enxergando com alguma dificuldade sua expressão pouco satisfeita. Ficamos em silêncio por vários segundos até ele dar de ombros, como quem dizia que "agora que o estrago já está feito..."

E realmente estava, porque no segundo seguinte, ouvi uma respiração pesada que gelou meus ossos muito mais rápido do que um rosnado de zumbi seria capaz.

Apontei a pistola para frente, forçando os olhos para distinguir qualquer coisa. A loja de conveniência era grande e havia três prateleiras da minha altura, quase todas com seu conteúdo completamente saqueado.

O rosnado de Mei me alertou do perigo antes mesmo que eu distinguisse a sombra se movendo próxima ao caixa. Por um segundo, senti uma onda de alívio, pensando que era apenas um zumbi. Até que ela ficou completamente imóvel quando olhou para mim.

Zumbis não ficavam imóveis diante de uma presa.

Forçando ainda mais a vista, identifiquei uma figura que, pela estatura, deduzi ser um homem. Depois que o choque inicial passou (ou apenas depois de distinguir minha posição em meio à escuridão) ele também apontou a pistola que tinha em punho na minha direção. Mei começou a rosnar.

— Quem é você?! — perguntou, a voz grossa e ameaçadora. — O que você está fazendo aqui?!

— Abaixa sua arma! — respondi, torcendo para que ele não percebesse a hesitação na minha voz. Pelas palavras que usou, supus não tinha se dado conta da presença de Samuel.

Aos poucos pude reparar melhor em seus traços: era um homem alto e forte, como sua silhueta sugeria. Tinha a pele clara e os cabelos escuros raspados rente à cabeça. A testa estava franzida em uma expressão intimidadora.

— Igor, cuidado, ela tem uma cachorra! — falou, sem tirar os olhos de mim.

— Acho melhor você abaixar a arma!

Uma segunda voz fez meu sangue congelar. Virei com pressa em sua direção, apontando a pistola junto. Outro homem, de aparência mais nova, pele escura e com o mesmo corte de cabelo raspado apontava seu revólver na minha direção, a poucos passos de distância. Consegui distinguir uma marca de mordida já cicatrizada em seu pescoço e franzi o cenho por reflexo, confusa.

Senti um toque quase imperceptível na lateral da minha perna e tive um sobressalto, então entendi que era a mão de Samuel. Ele não falou nada, mas ouvi um leve movimento que sugeria que se afastava, em direção à outra saída. Nenhum dos homens que apontavam as armas para mim se moveu.

Continuei virando a cabeça rapidamente de um para o outro. Àquela altura, já sentia todo o meu corpo coberto de suor, apesar do clima frio do lado de fora. Confiava em Samuel o suficiente para saber que ele não tentava fugir, apenas encontrar uma posição mais vantajosa, porém eu não fazia ideia de que maneira eu manteria as coisas sob controle ali dentro.

O rosnado de Mei ficou mais alto.

— Se a sua cachorra se mexer, ela vai tomar bala — o homem do revólver quem falou, um pouco mais hesitante do que o outro.

— Mei, fica — avisei, minha voz quase falhando na última sílaba. Não queria que achassem que os estava obedecendo, apenas queria comprar tempo para Samuel.

Não desviei a pistola do homem do revólver, que estava mais próximo de mim e mais para dentro da conveniência. Se Samuel conseguisse dar a volta, seria mais fácil para ele lidar com aquele que estava mais próximo do caixa.

Lidar. Apenas um eufemismo para matar.

Porque não parecia haver a menor possibilidade de resolução pacífica para aquele encontro. De maneira nenhuma eu abaixaria minha pistola, sozinha com Mei no escuro diante de dois homens desconhecidos. Provavelmente nenhum deles estava disposto a fazer o mesmo.

Os segundos se arrastaram enquanto nós três — e Mei — continuávamos imóveis. Às vezes os homens desviavam o olhar um para o outro e minha mão tremia cada vez mais, tremendo que estivessem se organizando em algum plano silencioso para me subjugar.

— Estávamos aqui antes! Saiam agora pela porta e ninguém vai precisar atirar — falei, sentindo um arrepio atravessar minha coluna ao perceber que falei "estávamos". Torci para acharem que eu me referia somente à Mei.

— Ninguém precisa atirar — o homem próximo ao caixa garantiu. — Vamos abaixar nossas armas e conversar civilizadamente. De onde você é?

Deixei uma exclamação de surpresa escapar quando ouvi passos do lado de fora e meu pequeno movimento de vacilo fez os dois se adiantarem. Recuperei o equilíbrio e apontei a pistola novamente, primeiro para um e depois para o outro, o que os fez parar. Era impossível que não tivessem ouvido a movimentação do lado de fora, então me questionei se achavam que se tratava apenas de zumbis, pela falta de qualquer alerta.

Até a ficha cair.

Eles não estavam ali sozinhos. Se movimentos do lado de fora não os assustavam, provavelmente tinham mais aliados lá.

Senti a respiração descompassada e se tornou impossível controlar a tremedeira na mão com a pistola. Queria atirar e acabar com aquilo de uma vez. Talvez, se mirasse primeiro no homem sem a cicatriz, que parecia mais calmo, tivesse tempo de acertar o outro antes que ele reagisse. Meu único medo era que Mei fosse alvo de uma bala perdida. A pior parte é que não fazíamos ideia de onde os Tormentas da Estrada estavam àquela altura e estávamos a, no mínimo, um dia de viagem de carro do Hospital.

— Ei, me escuta! — O homem da cicatriz chamou a minha atenção. Seu tom estava mais baixo, mas nem por isso ele parou de apontar a arma para mim. — Vamos apenas conversar... Você está sozinha aqui? Além da cachorra...

Teria rido do atrevimento em fazer aquela pergunta, se não estivesse tão assustada. Como se eu fosse responder...

— Nós não queremos conflito — garantiu, depois de perceber que eu não iria abrir a boca. — Somos de um grupo em Chapecó e...

O homem perto do caixa estalou a língua alto, como se quisesse mandá-lo calar a boca. Era mais velho e estava visivelmente irritado. Eles se encararam por um rápido segundo e Igor, como já tinha sido chamado, continuou, virando para mim:

— É que costumamos parar aqui para descansar, mas...

O som do tiro rasgou a noite e me fez perder o ar. A princípio achei que seu eco havia retumbado pelas paredes, até entender que fora um segundo disparo.

Dei um passo para trás por reflexo, quase derrubando a pistola, e Mei começou a latir. Os dois homens se moveram, mas não deram nenhum passo em minha direção, e talvez só por isso eu tivesse encontrado algum resquício de calma para não atirar contra eles.

Com a respiração pesada, mandei Mei ficar quieta (mas ela não obedeceu) e olhei de um para o outro repetidas vezes, atenta a qualquer movimento. Eu não sabia se torcia para ambos os tiros terem saído da pistola de Samuel, e não contra ele, ou se preferia que meu amigo tivesse me traído e já estivesse a diversos metros dali. Tentei abrir a boca para falar, mas não sabia o que dizer. Não sabia o que Leonardo faria naquela situação.

O grito de Samuel fez todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem:

REBECA, ELES SÃO INIMIGOS! ATIRA!

Apertei o gatilho tão rápido que até me surpreendi com o meu tempo de resposta, mas talvez só tivesse sido tão ágil porque ansiava pelo momento de fazê-lo desde o começo.

Atirei contra o homem mais próximo de mim, mas imediatamente ouvi o som do tiro de resposta do seu companheiro. Não sabia dizer se ele havia errado ou a adrenalina sufocou a dor que eu deveria sentir, mas virei e atirei outras duas vezes em sua direção e o vi se esconder atrás de uma das prateleiras. Aproveitei aqueles segundos para empurrar minha cachorra, que não parava de latir, para dentro da loja de lembrancinhas.

Continuei de pé, tremendo tanto que era difícil mirar. O homem em quem atirei primeiro também havia se escondido atrás de uma prateleira e eu apontava a pistola dele para onde o seu companheiro estava sem parar, pronta para retaliar caso qualquer um tentasse atirar de volta. Pensei que afinal eu havia acertado algum dos tiros, porque nenhum deles apareceu.

SAMUEL?! — gritei de volta, deixando o desespero tomar conta. Achava que não havia ouvido mais nenhum tiro do lado de fora, mas meus ouvidos estavam zumbindo graças aos últimos estampidos.

Permaneci parada por apenas alguns segundos, mas o tempo parecia se arrastar. Independente da força com a qual eu inspirava, parecia que não chegava ar suficiente aos meus pulmões e temia acabar desmaiando ali. Mei não parava de grunhir, provavelmente incomodada por causa dos tiros.

Samuel não respondeu e precisei lutar contra o nervosismo para pensar no que fazer. Se meu amigo estivesse ferido do lado de fora, eu precisaria sair logo para salvá-lo, mas tampouco sabia o que encontraria lá. Talvez eu atravessasse a porta apenas para encontrar uma dúzia de aliados daqueles homens, prontos para fazer eu me arrepender de ter ousado atirar contra eles.

Minha cachorra se moveu rápido e eu soube imediatamente que estávamos em perigo. Antes que eu pudesse acompanhar sua movimentação, senti um golpe vindo de trás na lateral do rosto que me desestabilizou. O tempo pareceu parar enquanto um segundo na altura do meu pulso me obrigava a largar a pistola.

Aquele mundo escuro girou, mas antes que eu perdesse o equilíbrio, um braço forte me envolveu em um agarrão que me imobilizou. Ouvi o rosnado característico que Mei dava antes de atacar, apenas para ser substituído por um ganido alto.

Tentei gritar pelo seu nome, mas outro golpe em minha cabeça fez a escuridão se intensificar até tomar conta de tudo. 


✘✘✘


Nota da autora: 

Oi, amigos! 

Quanto tempo, né? hehe

Bom, eu tenho muita coisa para contar, então se preparem para a notinha final possivelmente maior do que o capítulo!

Primeiro de tudo, gostaria de pedir as minhas mais sinceras desculpas por esse hiatus repentino e que durou mais do que deveria. Sei que o processo desse livro está sendo infinitamente mais conturbado que os outros da saga e isso me chateia tanto quanto a vocês, mas infelizmente tudo o que eu posso dizer... é que a minha vida foi uma completa bagunça ultimamente. Esse ano está sendo um ano incrível para a minha carreira de escritora (já falo mais sobre isso!), mas está me exigindo muito mais e me obrigando a acatar prioridades.

Mas bom, vamos do começo...

Sobre a Mei: como eu expliquei antes, no começo desse mês ela começou a mancar e, numa consulta inicial, descobri que ela tinha displasia — uma condição genética sem cura que  afeta cães idosos (e ela tem só três anos). Como vocês sabem, eu sou extremamente apegada com a minha cachorra e essa notícia simplesmente me destruiu. Minha antiga cachorra sofreu disso e foram tempos extremamente difíceis (importante: ela já era muito idosa, por isso nenhum tratamento tinha efeito, que é completamente o oposto do caso da Mei, mas na hora eu nem raciocinei).

Somado a isso, eu estava há meses trabalhando no lançamento do meu primeiro livro independente, Colegas de Quarto (era o Lilium aqui do Wattpad!). Apesar de muito animada, foram meses extremamente desgastantes. Aos trancos e barrancos eu conciliava esse trabalho com escrever Em Fúria e Camellia (agora faz sentido a quantidade de atrasos? kkk), mas com a notícia da Mei eu simplesmente não conseguiria continuar no mesmo ritmo. Infelizmente a vida adulta me obrigou a priorizar a publicação, na qual eu já havia investido bastante tempo e dinheiro (e sanidade). 

Falando tudo o que já tá explicado no capítulo de hiatus, mas enfim kkkk tava com saudades.

Bom, depois de uma semana chorando todos os dias (bem estável mentalmente graças a Deus) a Mei parou de mancar, mas só fui realmente sair da fossa duas semanas depois, quando consultei com o especialista. De maneira bem direta: o diagnóstico não é bom, ponto, mas não é uma sentença de morte. O próprio especialista tem um cachorro que apresentou displasia muito cedo e vive uma vida normal. O que a Mei teve foi uma crise de dor (mais ou menos como o joelho de quem teve lesão dói quando faz muito frio, sabem?) e provavelmente ela vai enfrentar outras durante a vida, mas enquanto conseguimos tratar com remédios, não é tão preocupante. Diferente da minha antiga cachorra, ela é nova e tem muito mais cuidado, então em conjunto com acompanhamento ela tem 90% de chance de viver uma vida completamente normal. 

Ufa, né? Não. Uma semana depois ela apareceu com uma alergia kkkk descobrimos logo que não era sério, mas a alergia estava bem feia no começo e eu lidei bem 👍 só que não, chorei um monte, fiquei mal, tudo junto. Mas agora também estamos tratando e isso também tá melhorando.

Acabaram os problemas com a Mei, né? NÃO! PORQUE ONTEM A NOITE EU PRECISEI LEVAR ELA NO PLANTÃO VETERINÁRIO!!!! A linda comeu algo que fez ela passar MUITO MAL (desconfio que tenha sido um pão de alho que caiu no churrasco), aí dale madrugada no veterinário, mil e um exames até garantir que ela estava bem. Por isso mesmo depois de tanto tempo eu ainda tô entregando o capítulo atrasada. 

Agora realmente acabaram os problemas com a Mei e eu juro que ela está bem depois de tudo isso, mas cara, foi baque atrás de baque, eu tenho problema de ansiedade, vivo por essa cachorra... Eu tava um caos e completamente estressada. 

Bom, aí voltamos a falar do lançamento do livro... que foi um sucesso 🥳🥳🥳 O livro foi best seller, recebi diversas avaliações positivas, ele segue em top 1. A notícia boa é que nesse tempo afastada, as coisas deram muito certo!!! Recebi até notícias que não posso contar ainda 👀

O porém é que na semana passada, depois do lançamento do livro e quando eu deveria voltar a atualizar... acho que o stress constante desse último mês veio cobrar o preço. Eu tive a pior crise de ansiedade da minha vida (duas vezes lol), seguida de uma enxaqueca que durou dias. Eu literalmente não conseguia sair da cama... e fiquei muito envergonhada de ter que adiar o retorno de Em Fúria mais uma semana 😔

CARA SINCERAMENTE ISSO FOI SÓ METADE DAS COISAS QUE ME ACONTECERAM KKKKK mas vou parar por aqui porque foram os acontecimentos principais e essa notinha já tá ficando gigante (eu não sei ser sucinta :/).

O IMPORTANTE É QUE ESTAMOS DE VOLTA.

Vou tentar não enrolar mais:

eu morri de saudades de vocês e de escrever esse livro e quero me esforçar muito para tentar seguir até o final dele sem maiores contratempos. Muito, mas muito, mas muito MESMO obrigada pelo carinho que vocês tiveram e pela compreensão nesses últimos meses caóticos da minha vida. Nos dois livros que publiquei falei meus leitores do Wattpad nos agradecimentos e eu reitero que tudo o que eu faço é por vocês 💕 Sou a autora mais grata do mundo por ter pessoas tão incríveis e amorosas do meu lado. 

Novamente, desculpa por todo esse contratempo. E por essa notinha gigante. E por mesmo depois de semanas, ainda conseguir me atrasar.

Sobre o capítulo de hoje: kkkk que coisa né 😇

Espero que estejam tão ansiosos quanto eu por essa reta final.

Eu amo vocês do fundo do coração.

Não sejam mordidos. Nunca. 

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