Fascínio De Um Americano (Sér...

By emilybersch

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Londres, agosto de 1841. ━ Agora o gato comeu a sua língua. ━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua... More

Apresentação
Personagens
Premiações
Ilustrações
Sinopse
Epígrafe
Capítulo 1: do fascínio ao ódio.
Capítulo 3: no final das contas, será minha.
Capítulo 4: tiro quase certeiro.
Capítulo 5: o gato comeu a sua língua?
Capítulo 6: passeio pelo jardim.
Capítulo 7: decente até demais.
Capítulo 8: diga, Carolina.
Capítulo 9: o espetáculo acabou.
Capítulo 10: breve despedida.
Capítulo 11: uma dama inocente.
Capítulo 12: somente um sim.
Capítulo 13: desejos obscuros.
Capítulo 14: eles brilham para...
Capítulo 15: vou explodir pela tensão.
Capítulo 16: você é o meu fascínio!
Capítulo 17: uma conversa decente.
Capítulo 18: déjà-vu.
Capítulo 19: em direção ao altar.
Capítulo 20: homem muito bem casado.
Capítulo 21: você é um homem morto!
Capítulo 22: beijar você é algo viciante, Alex.
Capítulo 23: abandonada sem aviso prévio.
Capítulo 24: uma garotinha inocente.
Capítulo 25: quem fez isso a você?
Capítulo 26: sou seu, apenas seu.
Capítulo 27: senti orgulho de você.
Capítulo 28: minha joia rara.
Capítulo 29: um atentado de morte.
Capítulo 30: uma longa história...
Capítulo 31: o nosso cúpido!
Capítulo 32: revelações surpreendentes.
Capítulo 33: movida pela fúria.
Capítulo 34: sempre estaremos juntos.
Capítulo 35: desjejuns catastróficos.
Capítulo 36: combate contra os leões.
Capítulo 37: omitir também é mentir.
Capítulo 38: sangue nos olhos.
Capítulo 39: cara a cara com a morte.
Capítulo 40: eu te amo!
Capítulo 41: livre para voar.
Capítulo 42: o para sempre.
Epílogo
Agradecimentos
Próxima História

Capítulo 2: o que esconde?

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By emilybersch

Hampshire, abril de 1842.


Depois de alguns meses daquela fatídica noite, estou retornando a Inglaterra.

Há algumas semanas dei uma desculpa esfarrapada para voltar a Nova York, tudo por causa dela.

Enfim, me sinto um covarde ao ser obrigado a admitir isso para mim mesmo, mas ao vê-la caminhar com sua dama de companhia em plena luz do dia no parque Hyde Park.

Fiquei fascinado ao ver sua pessoa caminhando pela grama esverdeada, mas recobrei a tempo minha consciência.

Então tomei a decisão de fugir para a minha cidade natal.

Ainda me culpo por sentir algo por alguém tão desprezível, fiquei sabendo por Katherine a maneira que a Carolina trata os demais.

Sinto repulsa por ela e de certa maneira por mim também, eu não devia ter sentido o que senti ao vê-la debutar.

Estou chegando em Peace Lily, mansão atrelada ao título do barão de Lancaster — pai de Katherine —, eles dariam um final de semana em festas e comemorações, admito que estou nervoso pela perspectiva de vê-la novamente.

Minha carruagem vai perdendo a movimentação e logo estaciona em frente a porta da frente, que é onde os anfitriões estão a receber seus respectivos convidados.

Desço da carruagem e direciono meu passo em direção a eles. Em um relance rápido, vejo quem menos desejava ver a alguns metros de distância.

Ignoro-a e sigo para perto da baronesa de Lancaster, Helena Black e do barão de Lancaster, Edward Black.

— Alexander! — Edward exclama ao me ver.

— Edward! Helena! — cumprimento-os ao mesmo tempo que realizo uma reverência para ambos.

— Como tem passado, meu querido? — a baronesa me questiona com seu jeito amável de sempre.

— Estou muito bem.

— Ficamos sabendo de sua viagem repentina para a América, algum problema? — Edward me fita preocupado.

— De maneira alguma, apenas os negócios precisavam de mim.

— Saiba que qualquer problema pode nos chamar, devemos muito a sua pessoa. — Helena me recorda.

A verdade é que eles sentem que estão em dívida comigo, em minha opinião não estão. Mas o que ocorreu foi que ajudei Katherine no seu pior momento, durante anos e enquanto a mesma planejava sua grande vingança.

Tudo que fiz por ela foi de coração, sinto em minha alma que sou irmão dela. Nossa relação foi genuína desde o princípio, admito que fiquei encantado com a sua pessoa e até presumi que me apaixonaria por ela.

Estava redondamente enganado.

Mesmo que tentasse, somente um carinho fraterno crescia entre nós.

O que de fato marcou a mim, foi quando ela me aceitou pela minha esquesitice por sentir atração a pessoas demais.

Ela me acolheu em sua inocência, mesmo que não compreendesse.

Então ouvi seu relato terrível, seu tio merecia ter sofrido mais.

Se não fosse por ela ter feito o que fez, eu teria feito e teria sido muito pior.

— Sabem que não possuem dívidas comigo.

— Sabemos, a verdade é que usamos essa desculpa para que sempre esteja ligado a nós. — o barão diz de modo afável.

— Só vocês mesmo! — rimos de maneira contida.

— Um momento, Alexander. — ela me avisa. — Bom dia, sejam bem vindos ao nosso lar! Marquesa e marquês de Brighton e a Srta. Thompson.

Congelo quando ouço o último nome, sempre soube como sobrepor há alguma situação, mas essa definitivamente travou meus nervos por completo.

— Olá, barão e baronesa de Lancaster, como vão? — ouço a voz da marquesa.

— Vamos bem e vocês? — Helena pergunta.

— Estamos muito bem, principalmente agora que Carolina debutou e está em busca de um marido afortunado.

— Mamãe... — ao ouvir a voz dela tomo coragem para fitar o grupo e cometo uma reverência exagerada.

— Já estava me esquecendo de apresentar vocês ao Sr. Jones.

— Não se preocupe, já nos conhecemos. — o marquês me fita e direciona sua mão para mim.

— Exato. — confirmo, fingindo desinteresse.

Aceito seu cumprimento e me direciono a marquesa, pego sua mão e lhe dou um beijo casto pela sua pele coberta pela luva azulada.

Dessa vez ela não ousou esconder a própria mão, reflito.

— Como vai, Sr. Jones? — ela questiona-me, seu tom estranhamente parece soar falso.

— Estou bem, e a milady?

— Estou também.

Me aproximo de Carolina e a fito ironicamente, curvo minha coluna e seguro sua mão coberta por uma luva de um tom tão claro quanto as nuvens em um dia ensolarado.

Aproximo meus lábios do tecido fino, sigo a olhando nos olhos com total intensidade enquanto arremesso um beijo simples pecaminoso nas costas da sua mão.

Ela segue a me fitar com a mesma intensidade, mas logo percebo um leve rubor se espalhar pela sua face e descer pelo seu busto.

Carolina puxa sua mão bruscamente e eu me finjo de desentendido. Volto a me aproximar de Helena e Edward como se nada tivesse acontecido, no mais puro e cru fingimento.

— Adentre Alexander, a governanta mostrará vossos aposentos.

— Claro, milady. — os reverencio e me indico para dentro da mansão de campo.

Fico em minha mente o que prometi naquele desastroso baile e fico refletindo se o que pretendo é de fato sensato.

A Srta. Carolina não somente se sujeitará, quanto irá fazer parte do que despreza.

Sim, isso é sensato.

(...)

Os anfitriões estão a fazer um jantar de recepção, logo após teremos um baile para quem desejar.

Me apronto com ligeireza, mas antes de sair dos meus aposentos observo meu reflexo no espelho. Admiro o paletó que trouce comigo, de um verde tão escuro quanto a noite e uma gravata borboleta. Desço meu rosto pelas pernas torneadas pelos anos de trabalho corporal, até que chego aos meus joelhos e passo a observar as botas negras que são lustradas com esmero.

Enfim termino de me observar e tomo a decisão de descer pelos corredores, sigo a caminhar com tranquilidade, até que ouço uma voz soar por dentro de um dos quartos.

— Ouça, Patrícia.

— Pois diga, Srta. Carolina.

— Não comente o que lhe disse sobre a mamãe, sabe do motivo não é mesmo?

— Claro que sim, não se preocupe.

— Obrigada. Algumas vezes ela pode ser irredutível em suas atitudes.

Sem planejar, tropeço em um vaso de plantas e chamo a atenção delas. Ouço os passos de Carolina se aproximarem de onde estou.

— O que faz bisbilhotando a conversa alheia, não possui modos?

— Eu? — me finjo de desentendido.

— Sim, por acaso na América não ensinam educação?!

— Não seja hipócrita, Srta
Thompson.

Ela arqueia a sobrancelha e faz menção de falar algo, mas me aproximo com rapidez da mesma e a calo com minhas palavras.

O que esconde? — seus olhos se arregalam, mas suas sobrancelhas se enrugam em irritamento.

— Absolutamente nada, pois, o principal é que sinto repulsa pelo senhor e digamos que isso não é segredo algum. — ela sorri em descaramento.

Sigo a fitando, a irritação nascendo em mim novamente.

— É o que veremos. — a fito e tomo iniciativa para me afastar dela.

Antes que nos afastássemos por total completo, deixo minha mão sem luvas raspar na sua com leveza, sua mão também não possui luva alguma e nossos calores se misturam.

Um choque percorre meu corpo e me faz travar o passo, viro meu rosto em sua direção e ela parece estar tão alheia a tudo em nossa volta, assim como eu, como se somente nós dois existíssemos.

Em um impulso, levo meu rosto em direção ao seu, mas para meu completo descontentamento ela chuta a minha canela e corre para o quarto.

Era só o que me faltava, além de aguentar suas grosserias, tenho de suportar suas agressões.

(...)

Desço em direção ao amontoado de pessoas, completamente irritado.

Estou decidindo se foi pela minha fraqueza ou pela dor causada pelo chute certeiro.

Confesso que estou indeciso.

Avisto ao longe um grupo de homens e me aproximo deles. Ian, Edward e John estavam em uma conversa animadora, mas tal ânimo não serviu de nada para mim.

— Alex! — Ian me cumprimenta.

— Como vão? — os questiono.

— Vamos a lugar algum, estamos esperando por elas.

— Mulheres. — digo com completa raiva, mas amenizo com um riso que é seguido pelos outros.

— Andou sumido, Jones. — Ian diz.

— Tive de ir.

— Não nos dirá uma explicação plausível?

— Desde quando se tornou a minha mãe, Ross? — devolvo seu questionamento em uma outra pergunta.

— Considere que estou curioso e também temendo pela sua vida.

— Posso saber o do porquê teme por mim?

— Você sumiu e Katherine temeu que não chegasse a tempo para o batizado de Louis e Agatha, entenda que temi por sua vida, caso não viesse a tempo.

— Mas o batizado não é somente para daqui há dois meses?

— Precisa aprender sobre as mulheres. — Edward diz risonho.

— Me explique então. — cruzo os braços em divertimento.

— Compreenda, para nós dois meses é como se fossem dois anos, para as mulheres é como se fosse amanhã.

— Vou anotar no meu caderninho. — pisco para ele.

Olho pelo ambiente e fito Carolina em seu vestido de um azul tão claro que se assemelha ao branco, o contraste do tecido faz que sua pele brilhe. Suas mangas são compridas e o seu decote é quadrado, na saia estão presentes alguns bordados levemente de um tom mais escuro que o do vestido.

Em suas mãos estão presentes luvas do mesmo tom que o vestido. Fico fascinado ao vê-la descer pelas escadas, mas logo substituo o sentimento por rancor ao me lembrar da dor aguda na canela.

— Quem é vivo sempre aparece. — reconheço a voz de Christian.

— É o que estávamos dizendo para ele. — Ian ri de mim.

— Era uma emergência, mas agora não pretendo ir tão cedo. — minha fala sai amarga, pois recordo-me por qual motivo fugi.

— Mas mudando de assunto, elas demorarão a descer? — Chris indaga.

— Espero que Elisabeth demore duas décadas, se não milênios. — John diz irritado e eu sinto que há algo por trás de sua estranheza com a irmã de Melissa.

— Olhe para trás. — o pai de Katherine diz.

Todos os homens se encaminham para elas, exceto por mim. Fico ali parado vendo-os estarem tão fascinados pelas as suas companheiras. Sinto-me sortudo de certa maneira por não depender emocionalmente de alguém, apesar que acho linda a forma como são unidos.

O jantar está prestes a iniciar e a fila começa a ser organizada, desde os status mais elevados até os menores.

De repente, meu olhar esbarra com a dama que esgota meu bom humor. A bruxa está acompanhada e, sem pretensões sinto os meus músculos se tensionarem.

— Mas que caralhos! — sussurro baixo para que ninguém me ouça.

Será que o Alex não cansa de mentir para si mesmo na questão de dizer que não depende emocionalmente de alguém?😏

Espero que tenham gostado, por isso, comentem e votem!⭐

Beijooos

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