Play with Fire - Aemond Targa...

By lilithstarg

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Dizem que toda vez que nasce um Targaryen, os deuses jogam cara ou coroa, e o mundo prende a respiração. Em u... More

Apresentação
PERSONAGENS
CAPÍTULO 1 - Case-a comigo.
CAPÍTULO 2 - Cometa vermelho.
CAPÍTULO 3 - Ao seu lado.
CAPÍTULO 4 - Bastardos.
CAPÍTULO 5 - Maegor II Targaryen
CAPÍTULO 6 - EXCALIBUR.
CAPÍTULO 7 - Por nós?
CAPÍTULO 8 - Winterfell.
CAPÍTULO 9 - Fênix Negra.
CAPÍTULO 10 - Casa.
CAPÍTULO 11 - Velaryon.
CAPÍTULO 12 - Avy jorrāelan.
CAPÍTULO 13 - Amante.
CAPÍTULO 14 - Pra sempre marcado.
CAPÍTULO 15 - Justiceira.
CAPÍTULO 16 - Ninguém alem de mim.
CAPÍTULO 17 - Me deixe te ver.
CAPÍTULO 18 - Pelos deuses!
CAPÍTULO 19 - A verdadeira herdeira.
CAPÍTULO 20 - Está na hora.
CAPÍTULO 21 - Dracarys.
CAPÍTULO 22 - Eu estou aqui.
CAPÍTULO 23 - Estratégias.
CAPÍTULO 24 - Escolha.
CAPÍTULO 25 - Eu aceito.
CAPÍTULO 26 - Então faça.
CAPÍTULO 27 - Você está em casa.
CAPÍTULO 28 - Dorne.
CAPÍTULO 29 - Sangue e fogo.
CAPÍTULO 30 - Rainha Rhaenyra.
CAPÍTULO 31- Casa Targaryen.
CAPÍTULO 32 - bônus.
CAPÍTULO 34 - Ver um império cair.

CAPÍTULO 33 - Nao é o nosso fim.

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By lilithstarg

Aenna Targaryen,
ponto de vista.

A primeira lição que aprendi foi nunca esperar pelo resgate de um homem.
A única solução é ficar e lutar. Por si só.

Não procure por um cavaleiro. Procure por uma espada.

Arrume um jeito de sair da situação na qual você mesma se colocou ou na qual foi obrigada a entrar. Seja sua própria força.

Homens lutam em guerras; Mulheres as vence.

Seja como uma flor que ainda pode florescer mesmo após um incêndio florestal.

Domine seus demônios e use suas cicatrizes como asas e sinta a liberdade.

Essa liberdade tem gosto de cinzas. Gosto do qual muito me é conhecido.

Pois não importa quantas vezes eu caia, eu sempre irei me reerguer das cinzas e transformarei tudo em fogo e sangue se for preciso.

Lute.

Luto por aqueles que perdemos e para aqueles que ainda podemos salvar.

E por mim.

Sou uma princesa talhada em mármore, mais lisa que uma tempestade; E as cicatrizes que marcam meu corpo, são prata e ouro.

Eu não vou ser apenas um fantoche que é controlado por uma corda. Sou eu quem irá controlá-la.

Vou sobreviver. De alguma forma eu sempre faço.

E se eu morrer? Tudo bem.
Afinal, para renascemos, temos que morrer primeiro.

Estou no pátio do castelo enquanto observo meu irmão e Helaena deitados no gramado do Jardim. Não consigo conter um mini sorriso.

- Parece que alguém encontrou o seu final feliz... - Me assusto ao escutar a voz de minha mãe, me viro e a vejo parada com um sorriso orgulhoso no rosto enquanto olhava para Maegor.

- É lindo vê-los assim... - E realmente é. O amor que os dois compartilham é nítido. Um silêncio se instala então eu volto a falar: - Mãe?

- Sim? - Ela então me olha e toma minha mão na sua e nos guia até um banco onde sentamos. - Diga.

- Amar qualquer um de nós é uma sentença de morte, não é? - Meu olhar se perde. - A cada minuto que passa, eu imploro aos deuses para que eu não esqueça da voz dele... E isso me assusta porque quando Harwin se foi, ele era presente em minha memória. Eu ainda sentia seu cheiro, escutava sua voz, eu me lembrava de seu olhar... Mas hoje ele não é nada mais do que um borrão em minha mente. E isso dói.

Por favor, não me deixe esquecer a voz dele.

Partiu.
Uma marca.

Toda palavra,
todo momento,
cada suspiro e
cada meio sorriso:
partiu

Uma marca.

Por alguns minutos, ficamos paradas, olhando uma para a outra, sem dizer nada. Mas era o tipo de nada que significava tudo.

- Não existe uma verdade menos dolorosa da qual eu vou te dizer... Mas eu não me lembro mais da cor de seus olhos ou da intensidade que eles carregavam. Porém as vezes, eu ainda consigo sentir o seu toque e a sua presença comigo. - Ela quebra o silêncio. - E eu guardo cada memória comigo, pois sei que não construiremos mais.

Outro silêncio.

- Você ainda o ama, não é? - Questiono e ela sorri.

- Não consigo imaginar o dia em que vou deixar de amá-lo. - Sua voz soou nostálgica e sorrio para ela.

- Estou presa no meio... - Assumo. - Não quero sentir esse tipo de dor novamente, mas quero sentir esse tipo de amor mais uma vez.

Rhaenyra sorriu para mim, o típico sorriso acolhedor de mãe, e acariciou minha mão que repousava em meu colo.

- Minha menina... Você vai. - Seu olhar fixou ao meu. - Um dia alguém vai amar você tão intensamente a ponto de doer. Vão te aceitar como você estiver, sendo perfeita do jeito que você é... Com todas suas imperfeições e defeitos. O amor mais puro e verdadeiro. E principalmente, um amor recíproco...

Eu estava morrendo de vontade de ouvir alguém dizer que eu não precisava me esforçar tanto para ser perfeita, que eu era o suficiente e estava tudo bem. Pelos deuses, eu precisava daquilo.

- Quantas vezes a mesma coisa pode quebrar o nosso coração? - Pergunto.

- Enquanto você a amar, inúmeras vezes... - Ela diz simples. - Por que sinto que não estamos mais falando de Beron?

Silêncio.

Eu realmente não estava mais falando do Stark. Acho que tenho muita coisa acumulada, muita coisa que guardo apenas para mim... Tudo está muito pesado. Difícil de aguentar sozinha.

- Ele escolheu as palavras mais doces para conquistar meu coração e as ações mais venenosas para quebrá-lo. - Uma risada amarga escapa de meu lábios ao pensar nele. Em Aemond. - Ele não nos escolheu, mãe! E quando eu já havia perdido tudo, ele reaparece com uma falsa redenção.

- De quem estamos falando, meu bem? - Ela me passa um olhar de confiança, e por fim, decido confessar.

- Aemond.- Em nenhum momento percebi surpresa em seu olhar. Acho que minha mãe apenas precisava ter certeza, então ela sorriu em compreensão. - Às vezes me pergunto por que ainda me incomodo.

- Você o odeia? - Ela me pergunta sinceramente, e me questiono por alguns instantes até chegar a conclusão de que não. Não sei por que, mas não o odeio. Então nego. - Você sabe que realmente ama alguém, quando não a odeia por partir seu coração.

- Eu queria me sentir amada sem sentir que estava implorando por isso. - A encaro. - Mas tudo o que sinto, é que eu sou facilmente substituível.

Minha mãe então arrumou meus cabelos e repousou suas mãos em meu rosto enquanto me observava com um sorriso doce no rosto.

- Não. Você não é facilmente substituída, minha menina. As vezes as pessoas não conseguem lidar com situações difíceis e com sua intensidade apaixonante. - Ela beija minha testa. - Você nunca foi substituível para mim... Você não será substituída. Não por nós. Você é a minha primogênita, minha filha, minha herdeira.

Sua herdeira... Por que isso me soava tão estranho?

Eu sequer mereço isso.

A surpresa era estampada em minhas feições.

- Eu fiz coisas horríveis, mãe... Nem se eu usasse a coroa me respeitariam um dia. - Disse com um pesar na voz. - Como governarei um reino que não respeita sua própria rainha?

- Você nasceu uma líder, nenhum trono ou coroa é necessário. Eu te criei assim... Uma rainha de berço. - Ela disse com tom de voz firme e decidido. - E de qualquer forma, não fazemos história sendo amadas...

Eu não sabia o que responder, não sabia como reagir e minha mãe pareceu entender quando ela se levantou e depositou outro beijo em minha testa antes de sair.

Eu estava perdida em pensamentos quando me dei conta de que já era noite. Eu ainda estava sentada naquele mesmo banco e na mesma posição que eu estava quando minha mãe saiu.

A lua já estava quase no meio do céu quando retirei meus sapatos e me levantei para caminhar no jardim. A brisa estava fresca, o céu estava limpo, a noite estava silenciosa.

Fecho os olhos por alguns instantes e inspiro o ar puro do lugar e sinto a grama sob meus pés descalços.

E lá estava eu, sozinha naquele lugar. Aproveitando de minha própria companhia, coisa que a muito tempo eu não consigo fazer.

Ou melhor, eu pensava estar sozinha. Mas logo a frente percebo uma pessoa que vestia uma capa com capuz me observando. Logo o reconheço.

Caminho apressadamente até ele.

Aemond Targaryen,
ponto de vista.

Colapse em mim.
Só mais uma vez.
E eu prometo
você nunca mais terá que cair.

E aqui estava eu, a espreitando. A observando de longe, pois eu sabia que ela facilmente negaria uma aproximação.

Nunca estivemos juntos, mas também nunca fomos "só amigos". Eu acho que poderia dizer que estamos sempre à espreita no perigoso meio-termo.

Ela quase marcha enquanto caminha até mim, seus olhos no meu como se ela desvendasse cada um dos meus segredos mais obscuros.

Mas ela já conhece todos os meus segredos, exceto um:
que eu estou apaixonado por ela.
sempre fui.

Ela me faz sentir ódio, desejo, raiva, luxúria e algo ainda mais perigoso - amor.

Seu olhar carregava algo que eu desconhecia, algo dentro de mim me aconselhava: "Cuidado com aquela garota, há um fogo queimando atrás de seus olhos."
Como alguém que faz os reinos caírem - e os monstros desejarem nunca terem nascido.

Eu a amo como ela é, fazendo suas coisas;
Eu nunca iria querer controlar o fogo dela;
Tudo que eu preciso é estar perto dele.

Sou surpreendido quando ela pressiona uma lâmina em minha garganta em uma velocidade e brutalidade assustadora. Seus olhos impetuosos me questionavam.

- Uma faca? - Digo e ela empurra meu corpo até que eu encoste em uma árvore. Sua faca não havia movido um único centímetro. - Você está flertando comigo?

A vejo revirar os olhos.

- Aconselho você a escolher suas próximas palavras com muito cuidado. - Ela avisa e um sorriso provocativo cresce em meus lábios.

- Você anda em uma linha tênue entre lindamente macabra e estranhamente psicótica. - provoco. - Algo fez seus olhos ficarem frios. Algo mudou...

Uma risada nervosa escapa de sua boca.

- Eu não mudei. - Aennastacia zomba. - Você simplesmente nunca me conheceu, meu tio.

Em uma ação rápida, retiro sua lâmina de minha garganta e inverto nossas posições, a prensando contra a árvore. Seus olhos se arregalaram, mas ela tenta disfarçar.

- Você não se sente sozinha vivendo em seu próprio mundinho? - Sussurrei.

- Você não se sente impotente vivendo no mundo de outras pessoas? - Ela rebateu. E sua língua estava muito mais afiada do que antes. - Aqui está uma pergunta real: como você sobreviveu
tanto tempo quando você é tão violentamente autodestrutivo?

Como uma simples frase consegue nos abalar de tamanha forma?

- Eu sou ruim com as palavras, espero que você seja bom em ler os olhos. - Tento disfarçar meu incômodo. - Por que você está assim?

Ela permaneceu calada por longos segundos. Desviou o seu olhar do meu.

- Perdi alguém. - Ela ainda não me olhava. - Na verdade, acho que perdi todos.

Eu não sabia quem eram essas pessoas nas quais ela perdeu, não sabia de merda alguma que havia acontecido com ela, mas posso ver no seu olhar que ela passou pelo inferno. E me culpo por isso. Como não me culpar? Talvez se eu não tivesse sido um completo idiota...

Talvez um dia nos encontremos novamente e expliquemos um ao outro o que realmente aconteceu. Talvez um dia finalmente entenderemos. Até então, espero que ela viva sua melhor vida. E espero que minha Aenna realmente faça todas as coisas que sempre disse que queria fazer.

- Você me odeia, não odeia? - Agora era eu quem não conseguia a olhar.

- Eu não te odeio. - Em nenhum instante ela hesitou em me responder. - Eu odeio o que você fez comigo.

- Eu não sou o mocinho, lembra? Eu sou o egoísta. Pego o que quero, faço o que quero. Não faço a coisa certa. - Minhas palavras saíram com tom de decepção. Decepção que eu mesmo sentia por mim.

- Esse é o problema! - Ela me empurra, mas não saio do lugar. - Você não acha que merece algo, então estraga tudo, Aemond.

Tudo o que consigo responder, é um "Eu sei". Meu coração sangrava fora do peito.

- Você tem alguma porra de ideia do quanto eu te amo? - Depois de minhas palavras rosnadas, parei de respirar. - Cada passo, cada respiração, cada segundo que vivi nesta terra, sou grato, não importa o quão fodido ou maltratado ou duro foi, porque toda essa merda me levou até você.

Seus olhos me sondavam em busca de qualquer traço de mentira, e quando não encontrou, ela abaixou a guarda pela primeira vez.

E me tocou.

Quando senti os dedos dela, me encolhi; eu não era tocado com tanta gentileza desde a infância.

Eu não era estranho para as mulheres e senti suas mãos em todas as partes de meu corpo, mas o toque dela me faz sentir que eu pertencia a algum lugar.

Ela não era apenas bonita. Ela era de outro mundo e vagamente ameaçadora.
E ela pode beijar um homem ou cortar sua garganta.

Ela é completamente inexplicável. Você acha que ela é a boa menina, mas quando a conhece, percebe que ela é tudo. Ela é louca, engraçada, honesta e você nunca sabe o que ela fará a seguir.

E ela sempre olhou meus demônios nos olhos e sorriu. Ela havia se apaixonado pela mesma coisa que eu pensei que ela temeria.

Ela enterrou o rosto em meu ombro enquanto eu a segurava. Tudo o que consigo pensar era que eu precisava dela. Eu precisava de meus braços em volta dela, precisava dela para abraçá-la e sussurrar que nós encontraríamos uma maneira de ficarmos juntos.

Eu não gostava de ser tocado, mas era uma estranha antipatia. Eu não gostava de ser tocado, mas ansiava demais. Eu queria ser segurado com tanta força, para não quebrar.

- O que você sente quando está perto de mim? - Pergunto enquanto acaricio seu cabelo.

- Sinto como se estivesse no inferno. - Ela não me olha nos olhos quando diz isso. Vamos Aennastacia, mantenha seu olhar no meu.

- E eu consigo até mesmo sentir o calor dele com você tão próxima assim, amor. - Me afasto para observá-la.

- Eu... - Vejo Aenna lutar para conseguir pronunciar algo, mas a interrompo.

- Preciso que me diga o quanto me odeia, minha sobrinha. - Ela desvia o olhar mais uma vez. - Olhando nos meus olhos.

- Por que? - Me encara confusa.

- Porque se você não me disser, não vou conseguir me segurar mais. - Digo sussurrando.

Eu esperava gritos e empurrões, mas a única coisa que sinto é o seu corpo finalmente encostando completamente ao meu. E isso sim é quente, agora eu realmente estou em chamas. Ela olha pra minha boca, sem dizer nada.

- Diga algo, Aenna. - Peço.

- Eu gosto do silêncio. - Me responde e prende a respiração.

E a beijei. Sem aviso, sem permissão. Mesmo sem decidir fazê-lo, mas simplesmente porque eu não poderia ter feito mais nada. Eu precisava daquela respiração que ela estava segurando. Pertencia a mim e eu a queria de volta.

Eu sabia que não tinha o direito de tocá-la ou de desejá-la como o ar, mas fiz as duas coisas. E quando colei minha boca na dela, reconheci seu gosto, como se ela tivesse sido feita apenas para mim.

Ela coloca as mãos em cada lado do meu rosto e o chão sob meus pés desmorona. Eu nunca me perdi tanto em um beijo antes. E então, o espaço entre nós explode. Meu coração continua perdendo as batidas e minhas mãos não conseguem trazê-la perto o suficiente de mim. Eu a provo e percebo que estou morrendo de fome. Eu já a amava antes, mas não era assim. Já beijei antes, mas não me queimou vivo. Talvez dure um minuto, e talvez uma hora. Tudo o que sei é aquele beijo, e como a pele dela é macia quando roça na minha, e mesmo que eu não soubesse até agora, estou esperando por essa pessoa desde sempre.

O mundo inteiro está indo para o inferno e temos sangue em nossas mãos, mas uma vez que ela toca meu rosto, estou limpo de todos os meus pecados.

E ela me beijava com todo o poder que conseguiu reunir, compensando todos os anos, luas, semanas, dias, minutos, segundos que nossos lábios rachados não se tocaram.

E finalmente, finalmente parecia que o mundo não estava mais queimando ao meu redor.

Mas então ela separa nossos lábios e toma alguns segundos para recobrar o ar que lhe foi roubado.

- Você deveria ir. - Ela disse ofegante e eu respirei. -Você definitivamente deveria ir.

- Ir onde? Aqui? - Minha boca estava em seu ombro. - Ou aqui? - Subiu pelo seu pescoço quando ela me deu passagem. - Você não entendeu? Eu posso me despedir de todo mundo, mas não de você... Não de você.

Inalei seu cheiro na intenção de gravá-lo em minha mente.

Ela me olhou.

O olhar em seu rosto está em algum lugar entre vamos começar uma revolução e eu quero incendiar este mundo.
Depois de uma consideração mais aprofundada, eles poderiam ser os mesmos; tudo o que sei, se ela me olhasse desse jeito, eu a seguiria para qualquer lugar.

- Você sabe o que eu vejo? ‐ Eu a estudei, observando seu leve vestido escarlate e seus pés descalços.

- O que? - ela inclinou o queixo para trás para me olhar completamente.

- Eu vejo uma linda garota com um coração incrível e uma mente corrompida. - A confusão arruinou seus traços perfeitos. - Pensamentos e ideias danificados por promessas quebradas e mentiras. Vejo uma garota cuja mente está constantemente lutando com o coração porque seu coração escolhe sentir o que sua mente escolhe ignorar.

- Eu estava começando a me recuperar. Mas então você olhou para mim de novo. - Ela sorri amarga. - Eu estava preocupa que você não tivesse mais humanidade dentro de você. Que você tenha realmente se tornado o monstro que finge ser.

- Me desculpe. - Sussuro. - Devo desculpas a vocês e usarei minha vida inteira para me redimir.

Então, toquei em sua barriga e senti o seu corpo se tencionar. Seu olhar se perdeu por alguns instantes e ela rapidamente retira minha mão.

Ela reconstruiu suas barreiras.

E então eu entendi.

- É melhor você ir embora. Amanhã o concelho se reunirá para decidirem o fim de vocês, traidores da coroa. - Ela se afasta de mim. - Não esteja aqui quando isso acontecer.

Eu a arruinei.
Eu me arruinei.
Eu arruinei nossa família.

Permaneci imóvel por longos e dolorosos minutos para tentar assimilar.

- Esse castelo não me parece mais um lar. - Pensei que Aenna já houvesse partido, mas escutei sua voz em um sussurro, e me virei para olhá-la.

- Corra, e quando voltar... queime este lugar. - Respondi. - Mesmo que você me despreze, eu ainda não vou te deixar.

Eu prometi.

Pela primeira vez, eu aceitaria que ela partisse.

Precisávamos de um tempo. Ela precisava se curar e eu precisava me perdoar antes de tentarmos algo novamente.

Tudo o que faríamos um ao outro agora, era nos ferirmos ainda mais.

Então a deixarei partir dessa vez. Aceitarei sua ida.

Mas isso não significa que ficarei longe dela.

Não é o nosso fim.

A seguirei por onde for, tomarei conta dela em qualquer lugar que esteja. Eu sou sua espada, seu escudo e seu protetor apaixonado.

Eu nunca serei bom. Minhas mãos estão sujas de sangue, mas tudo bem, porque as dela também estão.

E quando ela finalmente partiu, meus joelhos se chocaram violentamente contra ao chão.

E quando ela se foi, eu ainda sentia o seu gosto, mas o que prevalecia era o amargo sabor de mais um dos nossos beijos de despedida.

•••

‐ Estamos chegando no fim da primeira fase de Play With Fire, provavelmente vai ter mais um capítulo antes de eu encerrar, e nossa... Muita coisa ainda vai acontecer ao decorrer da segunda fase. Minha mente está borbulhando de tantas ideias!

‐ Espero que vocês gostem do capítulo de hoje, e me deixem saber o que estão achando. Podem dar ideias, dar feedback porque eu sempre estou de olho nas mensagens e comentários.

- Não esqueçam de favoritar o cap e deixar seu comentário, isso me incentiva MUITO a continuar.💕

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