CAPÍTULO 15 - Justiceira.

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Aenna Targaryen,
ponto de vista.

Volto a andar pelos corredores do castelo para chegar até o jardim, com a esperança de que o piquenique ainda não tenha acabado.

- Aennastacia! - Escuto gritarem por mim. - Aenna!

- Beron? - Vejo o Stark se aproximar de mim enraivado.

- Onde esteve? - Ele para em minha frente. - Sei pai e irmão quase arrancaram minha cabeça por a ter perdido de vista.

- Eu estou bem! Viu? - Dou uma volta para que ele veja que estou inteira. - Só precisava resolver um... Assunto pendente.

- E qual assunto seria esse, princesa? - Ele me pergunta e voltamos a andar.

- Alguns vestidos meus estavam com rasgos. Pedi para que concertassem. - Minto.

Eu não queria o envolver nessa furada.

- É capaz de inventar uma desculpa melhor. - Ele segura meu braço nos puxando para um canto. - Jurei minha lealdade a você, minha princesa. E eu dedicarei o resto de minha vida a você, por livre e espontânea vontade... Mas preciso que confie em mim assim como eu confio em você.

Me aproximo tomando o seu rosto em minhas mãos.

- Eu confio, eu realmente confio. - Decido ser franca. - Mas esse é um assunto que não diz respeito a mim...

Eu entendo o lado do Stark, não temos como permanecer juntos nessa se não confiarmos um no outro.
Mas isso era sobre Helaena e as outras garotas.

Para que ele entendesse o que eu havia feito, eu teria que o explicar o porquê daquilo. E eu não iria expor as meninas dessa forma.

- Eu entendo... Sei que nossa "relação"...- Ele faz o sinal de aspas com o dedo.-
...acabou de começar, mas peço que se algo venha a afetar você, confie em mim e resolveremos isso juntos. Tá legal?

- Tá legal... Faremos isso funcionar. - Digo.

Antes de voltarmos a andar, selo nossos lábios em um selinho casto.

Devo confessar que desde a noite na fogueira, eu não consegui esquecer da sensação que era ter o corpo do Stark colado ao meu. Era quase como que viciante.

Escuto um coçar de garganta atras de nós e minha mão gela. Quem poderia ser?

Ao me afastar de Beron, consigo ver o olhar de Aemond sobre nós.

E eu preferia mil vezes que fosse Cregan Stark que nos tivesse pego no flagra novamente ao invés de meu tio.

Eu podia jurar ver o olho do príncipe vermelho pelo ódio, suas mãos estavam fechadas em punhos tão apertados que o sangue já havia saído da região, deixando suas mãos completamente brancas.

- Sua presença é solicitada na área externa de treinamento, princesa. - Meu tio diz e vai embora sem me dar tempo se responder.

Ao vê-lo se afastar, pude ver que ele praticante furava o chão ao andar.

O que havia dado nele?

Play with Fire - Aemond Targaryen Où les histoires vivent. Découvrez maintenant