CAPÍTULO 1 - Case-a comigo.

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Aennastacia Targaryen nasceu em 113 d.c, sendo fruto de uma gravidez não planejada de Rhaenyra e seu tio, Daemon Targaryen. Isso fez com que a busca para um noivo e para seu casamento fosse adiantado, fazendo com que a princesa se casasse aos seus 16 anos de idade com Leanor Velaryon.

Leanor e sua até então esposa fizeram dois tratos: de que eles se relacionariam com quem eles bem quisessem e que ele assumiria os filhos de Rhaenyra como seus, os legitimando; E que seu primeiro bebê teria o Targaryen em seu sobrenome ao invés de Velaryon, pois seu amor pelo tio não a permitiria que desse a sua filha o nome de um outro homem pelo qual ela não amava além do que como um amigo. Em troca disso, Leanor poderia dar o nome que quisesse para um de seus filhos, mesmo que ele não seria o verdadeiro pai e mesmo que o nome não fosse valiriano.

Apesar de que Rhaenyra nunca tenha desejado se casar e ter filhos, a herdeira do trono de ferro rejeitou todas as ordens e concelhos de seu pai Viserys para abortar sua primeira criança. Aquilo seria um escândalo no reino, o rei já podia imaginar as difamações que cairiam em peso por cima de sua primogênita a chamando de "a princesa meretriz" ou até mesmo usando palavras mais rudes, como "a puta real". Quem aceitaria se casar com ela depois disso? O que seria de seu próprio reinado? O chamariam de rei fraco, pois sequer controlar a filha ele era capaz, quem dirá tomar conta de todo um reino.

Quando o rei descobriu através do meistre que tomou conta de Rhae e que descobriu sua gravidez, diziam que era possível ver fumaça saindo de suas narinas pela raiva que estava sentindo da pessoa que desonrou sua tão amada filha. Ele jurou a si mesmo que mataria quem tivesse feito isso com ela.

Rhaenyra o implorou para que não fizesse nada, o implorou para que a deixasse manter o filho.
Nem mesmo ela conseguia entender o tamanho amor que ela já sentia pela criança muito antes dela sonhar em nascer. No dia em que descobriu, seu peito saltou de alegria e pela primeira vez na vida, ela viu um motivo para a fazer realmente lutar.

Ela iria contra tudo e todos que ousassem chegar perto de seus filhos. Nem que para isso, ela tivesse que transformar tudo ao seu redor em cinzas.

Viserys ouvia boatos pelo castelo de que Daemon visitava sua sobrinha em seus aposentos após o anoitecer e saia apenas pelas manhãs, e apesar de sempre ter desmentido e ameaçado todos os que inventassem tais mentiras sobre Rhae dizendo que seriam considerados traidores da coroa, após descobrir a gravidez de sua filha soube que era verdade, foi como se tirassem vendas sobre seus olhos.

Na sala do trono, o rei estava em cima de seu irmão tendo uma discussão acalorada com o mesmo.

- Eu passei a minha vida inteira tentando te defender - O rei disse. - Mas seu coração é mais sombrio do que eu pensava. Eu deveria deserdá-la como já fiz com você e acabar com isso.

O rei demonstrava estar com raiva, mas no fundo o que ele mais sentia era mágoa e desgosto, por ter sido traído pelo seu próprio irmão.

- Case-a comigo. - Viserys o olhou desacreditado pela coragem de Daemon. - Quando ofereci minha coroa disse que eu poderia pedir o que quisesse. Eu quero a Rhaenyra. Quero cuidar e assumir nosso filho que ela gera em seu ventre.

O rei o escutava, isso realmente era o que ele queria já que havia sido ele quem a tirou sua donzelice, mas ele não conseguiria sequer olhar no rosto de seu irmão sem se sentir um completo tolo.

- A aceito como está. - Daemon continua. - E me caso com ela nas tradições da nossa casa.

- Mas você já é casado. - O rei responde.

- Isso não impediu Aegon, o conquistador de ter uma segunda esposa.

Aquilo foi a gota d'água para viserys que logo se apressou em tirar um punhal de sua roupa e colocar na garganta do príncipe rebelde.

- Você não é um conquistador. Você é uma praga que foi enviada para me destruir. - O rei vocifera.

- Me entregue a Rhaenyra em matrimônio e traremos a casa dragão de volta a sua devida glória.

Viserys então imagina ter entendido as razões de Daemon, e se curvando sobre seu corpo ainda com sua adaga no pescoço do irmão ele diz:

- Mas é claro! Não é a minha filha que você deseja... É o meu trono. - com a última frase ele olha em direção ao trono feito de espadas. - Tem sorte de eu não matá-lo.

- Não me tire a chance de ser o pai do meu filho, Viserys! - Daemon se sentia desesperado só de pensar nessa ideia.

- Volte para o vale Daemon... - O mais velho retira então a adaga de seu pescoço. - ... para a sua legítima esposa. Nada me importa desde que você fique longe de minha vida par sempre.

O rei então se levanta guardando a adaga de aço valiriano novamente e se retira da sala, dando o assunto como encerrado.

Lágrimas ameaçavam escorrer pelo rosto do rei. Ele não mataria seu irmão, mesmo que tudo em seu si o ordenava voltar para a sala do trono e terminar com tudo de uma vez.
Mas Daemon ainda era seu irmão mais novo, ele não poderia fazer isso consigo mesmo ou com sua filha e o bebê que ela estava gerando.

•••

- Eu estou completamente viciada em a casa do dragão e eu precisava trazer um fic desse universo. Minha mente ia explodir de tanta ideia que eu estou tendo para esse livro.

- Fiz esse capítulo mais como uma apresentação e por isso está bem pequeno, mas a partir do próximo o pau vai torar. 930 palavras.

- Não se esqueçam de curtir o cap e deixar seus comentários e ideias, amo quando interagem e isso me motiva muito 💕

Play with Fire - Aemond Targaryen Where stories live. Discover now