Mi Persona Favorita - Valu

Por amandiiiinhaaa

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Valentina e Luiza sempre foram melhores amigas, se apoiavam incondicionalmente em qualquer situação, sonho, p... Más

Capitulo 01
Capitulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 (Bônus)

Capítulo 27

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Por amandiiiinhaaa

Olá, tudo bem?

Prontos para a revelação da caixa misteriosa?? O capítulo de hoje será revelador em todos os âmbitos desta palavra...
Desde de já, peço que não deixem de votar e deixar seus preciosos comentários.

Agora...Boa leitura!

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Valentina POV

Los Angeles, 2012

Terminei de enviar uma mensagem para Luiza e depositei meu celular sob a mesinha ao lado da cama do quarto de hotel, me assustando ao perceber Ana pendurada em meu ombro, observando as mensagens que enviara para minha melhor amiga. Essa garota tinha o poder de aparecer magicamente do nada, como uma espécie de assombração, algo que me assustava.

- Lu? Quem é Lu? – Ana perguntou curiosa e sorri ao lembrar-me da minha melhor amiga, que ficara toda chorosa em Londres, quando soubera que precisaria ficar duas semanas em Los Angeles.

- Luiza é minha melhor amiga. Nos conhecemos desde os sete anos de idade e, desde então, nunca nos separamos...Ela mora em Londres comigo. – Esclareci e ela ficou me encarando por longos segundos.

- Vive com você?

- Nossos apartamentos residem no mesmo prédio, quando possível, almoçamos juntas e quase todos os fins de semana, combinamos algum passeio. É impossível ficarmos longe. – Ana ainda me encarava.

- Você parece gostar muito dela, gatinha... – Comentou e sorri largamente.

- Eu adoro a Luiza...Não posso viver longe da sua presença. Ela sabe todos os meus segredos e sonhos, aquela garota briguenta e linda, sempre estará em minha vida. – A garota ao meu lado ficou em silêncio novamente.

Algumas vezes, a intensidade dos olhares que Ana me lançava, deixava-me assustada, parecia que conseguiria descobrir todos os meus pensamentos em um piscar de olhos.

- Seus olhos brilham quando menciona esta garota...Luiza é mais importante do que você permite transparecer. Está apaixonada por ela... – Arregalei os olhos após a fala de Ana.

- Apaixonada? Acho que não, Ana...Esta é apenas uma amizade bonita e duradoura. Não acho que seja paixão.

- Ela tem alguém? – Questionou Ana interessada e bufei ao pensar nesta possibilidade.

- No momento, não. O que é ótimo, porque Luiza tem dedo podre para escolher alguém, relacionando-se apenas com idiotas.

- E você morre de ciúmes. – Concluiu e concordei, mesmo sem perceber estas atitudes ao longo da amizade.

- É, eu te... – Interrompi minha fala de repente, percebendo que estava próxima de admitir este sentimento, então, reorganizei meus pensamentos, tentando colocar em palavras o que realmente sentia, quando via algum idiota ao lado de Luiza. – Quer dizer, não é ciúme. É cuidado. Não quero vê-la machucada. Luiza é uma mulher maravilhosa e precisa de alguém de verdade ao seu lado e eu, como sua melhor amiga, não posso deixar que nenhum canalha brinque com seus sentimentos.

- Luiza tem sorte... – Ana falou depois de alguns minutos de silêncio, ainda me observando e deixando-me incomodada, fazendo com que lhe encarasse também.

- Por que diz isso?

- Porque ela tem você...Ela tem seu coração. – Salientou – Luiza tem algo que, qualquer outra mulher do mundo, jamais irá conquistar. – Ana falou e engoli seco, encarando-a temerosa.

- O que seria?

- O seu amor. – Depois de ouvir as palavras de Ana prendi minha respiração, engolindo seco, enquanto suas palavras ecoavam em minha mente.

- Eu amo a Luiza...Ela é minha melhor amiga, apenas.

- Não, gata...Não. Você ama esta garota de um jeito mais intenso...Um dia irão acabar ficando juntas...É uma questão de tempo. – Ana discursou, parecendo tristonha e senti-me incomodada, por falar de uma possível relação entre Luiza e eu, com uma mulher que, neste momento, era o mais próximo de uma namorada.

Nunca havia mencionado da minha melhor amiga com nenhuma mulher, a qual, estava conhecendo e, essa conversa já estava extremamente estranha.

- Duvido que isso aconteça, Ana. – Respondi – Luiza e eu já tivemos muitas oportunidades de ficarmos juntas e nada aconteceu. Sempre seremos melhores amigas. – Busquei encerrar o assunto e ela assentiu, recostando-se na cabeceira da cama.

- Um dia...Poderei conhecê-la pessoalmente? – Sorri mediante sua pergunta, sentando ao seu lado.

- Quem sabe... – Falei, beijando seu rosto e ela sorriu.

- De acordo com a maneira que você descreveu, Luiza dever ser uma pessoa incrível e adoro conhecer pessoas com este perfil. – Declarou e sorri outra vez.

Luiza era incrível, mas, não ficaria confortável em apresentá-las. Minha relação com Ana estava ficando séria demais e isso não era legal. Não estava preparada para assumir um relacionamento duradouro com ninguém e como não queria magoá-la, o melhor seria me afastar.

Provavelmente, Ana e Luiza jamais se conheceriam, mas, como não queria chatear esta mulher que sempre fora carinhosa comigo, o melhor era não acabar com suas esperanças de um dia conhecer todas as pessoas importantes da minha vida, como meus familiares e melhor amiga.

Isso não aconteceria, mas não lhe magoaria com esta verdade.

Hoje, queria apenas curtir sua companhia.

....................

Aprisionei minhas memórias no fundo da mente e respirei fundo, encarando mais uma vez, a caixa ao lado de Luiza.

- Ana me enviou um presente? Como isso é possível? – Perguntei para minha namorada, sentando no chão ao seu lado e, ela sorriu fracamente.

- Aparentemente, ela te enviou há vários meses, mas só agora esta encomenda chegou até você.

- Você abriu minha encomenda? – Questionei, tentando fingir estar zangada e ela sorriu, olhando-me divertida.

- Não achei que fosse se importar, Sartori...Afinal, dividimos uma vida e na minha concepção, cartas e correspondências estão inclusas. Não adianta ficar brava, caso sua namorada recebesse um presente de alguém que deveria estar morta, duvido muito que você conteria o ímpeto de não o abrir, mesmo que não estivesse endereçado para você. Então, me deixe em paz. – Falou, empurrando meu ombro e soltei um riso, abraçando-a de lado e beijando seu rosto.

- Tudo bem, Castelli. Você pode abrir minhas correspondências, não tenho nada para esconder, mas, afinal, o que tem nesta caixa? – Perguntei toda curiosa e Luiza movimentou os ombros mais uma vez.

- Veja você mesma. – Luiza pegou Léo dos meus braços e suspirei, agarrando a caixa e colocando-a sob meu colo.

- Isso é... – Busquei uma fotografia de dentro da caixa e Luiza respirou fundo, recostando a cabeça em meu ombro.

- Ele é lindo desde que nasceu, não é mesmo? – Ela comentou, observando a foto em minhas mãos e sorri emocionada.

Naquela caixa, estavam todos os momentos registrados, desde a gestação do meu filho até o seu nascimento. Em minhas mãos, estava uma foto de Léo recém-nascido, enrolado em tecidos azuis e com os olhos fechados. Ele realmente era o bebê mais lindo que já havia visto, mesmo todo vermelho, enrugado e coberto por uma gosma branca.

- Acho que o carinho que Ana tinha por você, fez com que ela não permitisse que perdesse nenhum detalhe da vida do seu filho. Até as primeiras roupinhas do pequeno estão nesta caixa. – Sorri após a fala de Luiza, buscando outras fotos e analisando o pequeno macacão azul, cuidadosamente dobrado.

As fotos revelavam vários estágios da gravidez de Ana, assim como, a preparação do enxoval e os primeiros momentos de vida do meu carinha.

- Ana era muito bonita, Valentina...Olhando para esse material, nota-se que gostava bastante de você, talvez, ainda estivesse apaixonada. Foi muito bonito da parte dela, guardar recordações de tudo aquilo que perdeu estando longe. – Sorri tristemente, encarando uma foto de Ana grávida.

- Ela era bonita e muito especial. Nunca consegui me apaixonar por ela...Isso porque, sempre amei você. – Luiza se inclinou e beijou meus lábios com carinho.

- Você é fofa. Obrigada por me amar e tornar-me a mãe do seu filho, este, um príncipe desde que nasceu. – Luiza buscou uma nova foto dentro da caixa.

- Gostaria que Ana estivesse viva. Queria que ela acompanhasse o crescimento do filho e se orgulhasse plenamente desta criança, deixando-me participar de sua vida. – Soltei um suspiro – Apesar que, se fosse desta forma, você e eu jamais teríamos descoberto nossos verdadeiros sentimentos. - Minha namorada sorriu tristemente, beijando o cabelinho de Léo, que se distraia com um boneco em suas mãos, alheio aos acontecimentos ao redor.

- Léo deveria ter crescido com a mãe...Pelo pouco que vi destas imagens, roupinha e diários de anotações, percebe-se que Ana era completamente apaixonada pelo filho e deveria ter o direito de criá-lo...mas, caso isso fosse uma realidade, jamais seria a mãe desse pequeno. – Luiza falou, abraçando o corpinho de Léo com força e sorri depositando um beijo em sua testa.

- Tenho a impressão de que o amor que une vocês e meu filho, existiria mesmo com a existência de Ana, afinal, você estaria presente na vida dele, já que mesmo que não tivesse se tornado minha namorada, seria sempre minha melhor amiga. Então, com a existência de Ana em nossas vidas, você ainda ocuparia o posto de um dos grandes amores de Léo. – Deixou um sorriso se apoderar de seus lábios, enquanto tentava disfarçar algumas lágrimas.

- Já não imagino minha vida sem este pequeno, Valentina. As lembranças contidas nesta caixa, me fizeram pensar que, talvez, esteja usurpando o papel de outra mulher, foi algo inevitável em imaginar. Ana é sua mãe... – Revirei os olhos ao término de sua fala maluca e sem sentido.

- Não seja boba, Lu. – Retruquei – Tenho certeza que a própria Ana ficaria feliz em validá-la como mãe desse garoto. Um dia, ela havia comentado que adoraria te conhecer. – Percebo minha namorada me encarar completamente surpresa.

- Me conhecer? Espera...Vocês falaram sobre mim?

- Algumas vezes, Ana insistia em saber da minha vida e esta, sempre esteve ligada com você. Era inevitável mencionar minha melhor amiga. Você é meu assunto favorito, todos os melhores momentos da minha vida, estava ao seu lado. – Falei e ela sorriu, me encarando com os olhos cheios de lágrimas.

- Te entendo. Você, apesar de ser uma estúpida na maioria das vezes, sempre esteve presente nos melhores momentos da minha vida e hoje, me proporciona algo que já não acreditava ser possível. Tenho um filho graças a você e mesmo ainda acreditar na sensação de que Ana deveria estar ao lado de vocês, confesso que amo ser sua namorada e mãe do seu filho. – Deixei a caixa de lado e trouxe meus amores para os meus braços.

- Você está no lugar que lhe pertence, Luiza. Certeza que Ana concordaria comigo, não existe no mundo, melhor mãe para Léo do que você e, não existe no mundo, outra mulher que me faça tão feliz. – Declarei com todo meu amor e ela sorriu, acariciando meus cabelos e beijando meus lábios, o que fez Léo protestasse e agarrasse o pescoço da mãe de maneira decidida.

Agora entendi de quem meu filho tem ciúme.

- Você pode protestar o quanto quiser, carinha...Vou passar o resto da minha vida beijando sua mãe. Tenha isso em mente. – Deixei esclarecido, tocando a pontinha do seu nariz e recebendo seu olhar mal humorado, como se não concordasse com minhas palavras.

- Caso conceda a permissão, não é? Agora, chega disso antes que seu filho comece a protestar de verdade. Vou fazer o jantar enquanto você toma seu banho. – Ela falou se levantando do meu colo e suspirei, também me levantando e fechando a caixa.

- Tudo bem, Castelli...Vê se não queima o jantar. Não quero assustar os vizinhos com o alarme de incêndio mais uma vez. – Provoquei, lembrando-me da última vez que ela quase colocara fogo no apartamento ao tentar nos preparar um rosbife, recebendo sua língua de fora, dirigindo-se para a cozinha com Léo no colo.

- Vai à merda, Sartori. Pare de me provocar ou nunca mais irei cozinhar nesta casa. Sou boa advogada e escritora, não boa cozinheira.

- Você é boa em muitas coisas, Castelli. Posso listar muitas delas, inclusive. Pena que a presença de meu filho, me impede de falar sobre muitos de seus talentos. Talentos que provo quase todas as noites e aos quais, estou altamente viciada. – Gritei da sala, dobrando o edredom que estava estendido sob o chão e Luiza voltou da cozinha, encarando-me zangada.

- Você precisa de um alto-falante, Valentina? Quer anunciar para os vizinhos todos os meus talentos?

- Claro que não, amor. Seus talentos estão destinados apenas para mim.

- Então, pare de gritar, sua estúpida. Caso contrário, ficará sem os meus dotes por um longo período. – Ela ameaçou e fechei os lábios imitando um zíper, para que soubesse da minha proposta de silêncio.

Ficar sem "coisinhas" era motivo suficiente para que ficasse em silêncio por dez anos, caso necessário. Luiza revirou os olhos e voltou para cozinha, enquanto terminava de arrumar a bagunça da sala e seguia para o banheiro. Aproveitei um banho rápido e ao término, fui para a cozinha ajudá-la com o jantar. Enquanto jantávamos, Luiza me explicou sobre o andamento de seus livros e em breve, ela poderia conquistar algum descanso.

- Depois que você os entregar, Carol vai finalmente parar de acampar aqui em casa? – Perguntei, enquanto limpava os dedinhos imperativos do meu filho, que estavam sujos de batata e Luiza soltou um risinho, me encarando divertida.

- Pensei que gostasse de Carol.

- Eu amo, adoro. Só acho que ela te leva para o mau caminho. – Mais uma vez, Luiza soltou um riso.

- Como é?

- Isso mesmo. Carol tem umas ideias malucas sobre relacionamentos e não quero que lhe influencie.

- Não seja boba, Valentina. Quando estava sozinha, ela realmente queria me tornar uma "Femme fatale" e caminhasse pelas ruas de Miami em busca de uma companhia para levar para cama. Depois que comecei namorá-la, Carol nunca mais teve nenhuma ideia maluca. Quer dizer, agora, todas as suas ideias malucas, nos envolvem nuas em cima de uma cama. Então, fique tranquila. – Luiza discursou e foi minha vez de encará-la divertida.

- Sério? Carol dá palpite em nossa vida sexual?

- Não são palpites...São ideias. Depois que descobriu que você me ajuda na criação das cenas do livro, Carol achou que seria ótimo se me enviasse algumas dicas para apimentar nossa relação, assim, por tabela, estaria ajudando na concepção do livro.

- Quantas ideias dela nós já colocamos em prática? – Perguntei interessada e Luiza sorriu da minha expressão de safada.

- Nenhuma. As ideias de Carol são estranhas demais para serem colocadas em prática.

- Estranhas como?

- Valentina, definitivamente não vou falar de sexo na presença do nosso filho de nove meses, então, desista. Agora, levanta essa bunda e vai lavar a louça, vou colocar o Léo para dormir. – Minha namorada removeu nosso filho da cadeirinha e suspirei em frustração, recolhendo os pratos e dirigindo-me para o meu destino.

Terminei de organizar e limpar a cozinha e fui ao banheiro, onde escovei meus dentes e vesti o pijama pendurado atrás da porta. Minutos depois, Luiza apareceu no meu quarto e quando notei o que trazia consigo, abri um largo sorriso.

- Já disse que adoro sua caixa de pandora? – Falei provocativa e ela revirou os olhos, colocando a caixa sob minha cama.

- Vou tomar um banho e você está proibida de tocar nesta caixa até que volte. – Assenti firmemente, olhando-a divertida.

- Você é muito mandona, Lu...Mas, como sei que ao obedecê-la, receberei o seu corpo nu em recompensa, esperarei até que volte para abri esta caixa misteriosa. Fique tranquila. – Declarei e ela sorriu, caminhando até o banheiro.

Esperei por um momento que pareceu uma eternidade e quando ela surgiu, voltou vestida com um roupão fofo e fazendo-me sentar na cama, observando cada mínimo movimento que realizava, como um cachorro de rua que observa um frango girando na assadeira. Luiza arrastou a poltrona que ficava próxima a janela para o centro do quarto, deixando-a de frente para a cama. Depois, abriu sua caixa de pandora e tirou de seu interior duas algemas, as quais, prendeu em meus pulsos.

- Vá para perto da cabeceira, Valen. – Ordenou e sorri, fazendo o que ela ordenava.

- O que pretende?

- Você vai ver... – Ela falou, fechando as algemas na cabeceira da cama, mantendo-me presa na cama.

Após esta ação, ela simplesmente deixou o roupão cair aos seus pés, revelando seu corpo nu e fazendo-me arfar como se não conseguisse respirar.

- Você é uma bela visão, Lu...A mais bela de todas. – Corri meus olhos por cada detalhe do seu corpo e ela sorriu maliciosa.

- Antes de namorá-la, era uma mulher muito insegura com relação ao meu corpo e ao meu poder de sedução, mas, você, com esse seu jeito de cafajeste safado, me fez enxergar que sou uma mulher bonita e que posso levar mulheres como você no ímpeto da loucura, somente ao remover minhas roupas. Hoje, além de tirar a roupa, vou fazer algo que sempre esteve presente em minhas fantasias mais ocultas, as quais, nunca tive coragem de realizar. Hoje, vou me masturbar, acariciar cada centímetro do meu corpo e você vai apenas assistir, sem permissão de me tocar. – Quando ela termina de falar, consigo apenas arregalar os olhos, contendo um gemido primitivo apenas em imaginar a cena.

Ela abriu a caixa de pandora e buscou um frasco de creme, sentando-se na poltrona a minha frente e começando a sessão de tortura. Depositou uma grande quantidade de creme em suas mãos e começou a acariciar-se desde o pescoço, percorrendo os seios e barriga, para depois, calmamente, realizar todo o caminho inverso. Luiza soltava gemidos e suspiros baixos, o que fazia o meu corpo se arrepiar por inteiro. Há essas horas, meu centro latejava em tesão e como minhas mãos estavam presas, não podia aliviar minha tensão.

Olhei vidrada seu processo de carícias sob seus seios lentamente e quando sua mão migrou para parte mais linda do seu corpo, já arfava desesperada e movia minhas mãos na tentativa de escape.

- Por favor, desprenda minhas mãos. – Supliquei – Eu quero...Não...Eu preciso tocar em você. – Falei quase chorando e ela apenas sorriu, sem interromper o que estava fazendo.

- Mantê-la presa é a graça, Valentina...Quero levá-la ao limite.

- Você quer me matar, Lu...Isso sim! – Resmunguei e ela sorriu, levando o indicador até a boca e chupando-o.

- Claro que não...Sei exatamente até onde posso chegar com você. – Após suas palavras, sem mais nem menos, introduziu o dedo em sua vagina, gemendo e me fazendo gemer também.

Forcei meus pulsos mais uma vez e constatei que, se ela não me soltasse, acabaria ficando sem os braços. Luiza colocava e removia o dedo em um ritmo lento e constante, lhe observava praticamente com baba nos lábios, morrendo de vontade estar ao seu lado. Ela passou a acariciar o seu clitóris e menos de dois minutos depois, gozou lindamente, me permitindo assistir todo o espetáculo. Depois, caminhou em minha direção, ajoelhando-se ao lado da cama, acariciando meus lábios inferiores carinhosamente, provocando-me gemidos em agonia.

- Me solta, por favor.

- Antes, quero fazer uma coisa. – Falou, encarando-me com aqueles olhos cor de chocolate, que sabia que seriam o motivo de minha ruina e encarei-a ansiosa, engolindo em seco.

- O que?

- Isso... – Luiza puxou a calça do meu pijama por completo, introduzindo os dedos em minha vagina completamente molhada, levando-me a loucura total junto as estrelas.

Aliás, encontrei uma galáxia toda.

- Meu Deus...Isso. – Dizia, enquanto ela continuava concentrada em sua tarefa e em menos de dois minutos depois, gozei, no que podia chamar de melhor orgasmo da minha vida, sentindo sua língua limpando cada resquício.

Luiza levantou-se do chão lentamente e se aproximou do meu corpo, direcionando-se até perto do meu ouvido e mordendo o lóbulo de minha orelha em provocação, o que me fez gemer novamente. Essa mulher vai me matar, com certeza.

- Isso foi...Foi

- Foi? – Perguntou, parecendo um pouco temerosa com minha resposta e sorri, apenas.

- Foi magnífico, incrível e maravilhoso. Quando vamos fazer novamente? – Minha namorada soltou um riso maroto, sentando-se no meu colo e soltando meus pulsos.

- Fico feliz que tenha gostado e, respondendo sua pergunta sobre as ideias de Carol, essa é uma delas. – Abracei seu corpo e beijei seus lábios.

- Aquela nanica tem ótimas ideias, mas que só é um sucesso, porque você é a grande protagonista. – Declarei apaixonada e Luiza sorriu toda tímida, como se não tivesse acabado de provocar um delicioso orgasmo ao me masturbar.

- Precisava recompensá-la por todos os cuidados que teve ao longo de minhas cólicas, melhor, queria te recompensar por tudo o que você tem feito desde que aceitei essa história maluca de ser sua namorada.

- Nós fomos feitas uma para a outra, Lu. Nosso namoro não é uma história maluca. Ele é a melhor decisão das nossas vidas. – Acariciei seus cabelos castanhos e senti seus lábios nos meus de leve.

- Ao seu lado, me sinto linda e sedutora. Você me faz sentir desta forma.

- Você é linda e sedutora, Luiza. Sempre foi. Acontece que os idiotas que saíram com você, nunca souberam te valorizar. Você é a mulher mais importante da minha vida e me conhece como qualquer outra pessoa jamais conhecer. Sempre te achei linda e perfeita e vou passar o restante de nossas vidas te provando o quanto é especial. Especial para mim, Léo e para outros filhos que virão. – Ela revirou os olhos, me encarando na sequência.

- Você tem noção que esses outros filhos podem não acontecer, não é? – Luiza perguntou e beijei seu rosto em resposta.

- Eles vão acontecer, tenho certeza, mas, fique tranquila, vamos ter paciência. – Beijei seu rosto novamente. – Crianças são caras e, por esta razão, precisamos nos preparar. – Brinquei em provocação.

- Como é pão-dura! – Resmungou em falsa braveza.

- Você me ama do jeito que sou, Luiza. Admita! – Provoquei, jogando-a na cama e começando a acariciar seu corpo lindo, ainda coberto pelo excesso de creme.

- Amo, embora devesse ser internada apenas por isso. – Me inclinei e beijei a pele de sua barriga.

- Eu amo esse seu jeitinho invocado, briguento e mandão. Amo cada defeito seu e cada pequeno detalhe que faz você minha melhor amiga, minha amante, minha namorada e mãe do meu filho.

- Certo. Agora, o que acha de mostrar todo este amor na prática? – Ela disse provocante, ondulando o corpo em minha direção e sorri largamente.

- Irei cumprir a sua vontade.

Após esse pedido, nada mais foi dito entre nós.

.....................................

O fim de semana rapidamente foi encerrado. Meu irmão e Duda vieram nos visitar e quando percebi, já era domingo e nossas visitas retornavam para Londres.

- Como está o andamento do presente de natal da Luiza? – Igor questionou, enquanto esperava pela chegada do avião e sorri animada ao lembrar-me da surpresa que estava preparando para minha bela e gostosa namorada.

- Tudo conforme o esperado, mais alguns dias e Léo será oficialmente seu filho.

- Ótimo, mas, vê se segura sua ansiedade, quero estar presente quando Luiza colocar as mãos neste documento de adoção. Então, trate de esperar até o Natal. – Igor falou e eu, assenti.

Geralmente, gostava de discordar do meu irmão apenas para irritá-lo, mas, como também queria fazer da entrega do documento de adoção um grande momento, iria esperar até o natal como ele sugerira.

- Já fez as reservas em algum restaurante para nossa ceia de natal? O seu apartamento não comporta todos os seus convidados.

- Não se preocupe. – Tranquilizei Igor. – Está tudo certo. Luiza e eu seremos as anfitriãs deste natal e tudo vai estar perfeito. – Garanti e recebi um sorriso de meu irmão.

- Quando será o casamento, Valentina? – Surge Duda com seus questionamentos e fiquei em silêncio, lembrando das opiniões de Luiza sobre o matrimônio.

- Isso só o tempo irá nos responder, Duda. Primeiro, preciso convencer a minha namorada que casamento não é algo ultrapassado. – A maldita gargalhou e deixou alguns tapinhas em minhas costas.

- Boa sorte, cunhadinha. Luiza parece ser uma mulher de opinião e não acho que seja fácil convencê-la de algo.

- Ah, mas Valentina tem o charme e o talento necessário para convencê-la a fazer qualquer coisa. Sempre foi assim. Luiza é durona, briguenta e obstinada, mas, simplesmente é incapaz de dizer não quando minha irmã solicita algo. O fato de estarem namorando é prova da minha teoria. Nunca pensei que Valentina conseguiria convencê-la. Aliás, nunca pensei que as duas tivessem inteligência suficiente para perceberem os caminhos futuros desta relação. – Igor discursou como um letrado e revirei os olhos em contrapartida.

Uma coisa ele tinha razão: Luiza nunca conseguia me dizer não.

Quando o voo foi anunciado, me despedi de ambos e fui para casa. Comprei uma pizza no caminho e quando cheguei, sorri ao encontrar meus amores fazendo bagunça na sala.

- Olha quem chegou, Léo...A sua mamãe. – Léo soltou um gritinho, engatinhando em minha direção.

- Oi, amor da minha vida. O que você está fazendo acordado? Já é hora de príncipes estarem na cama. – Peguei-o no colo, beijando-o e Léo se agarrou em meu rosto, retribuindo meu gesto com um beijo todo babado.

- Ele está esperando a mamãe para colocá-lo na cama. Alguém prometeu que iria ler uma história hoje. – Ergui as sobrancelhas encarando-a.

- Luiza...Léo só tem nove meses. Ele não vai entender nada do que falar. – Luiza revirou os olhos, me entregando um livro colorido com vários animais da selva estampados na capa.

- Ele vai apreciar o tom da sua voz e companhia, Valentina. Vocês estarão criando laços neste momento, além disso, quando realizamos uma leitura para crianças desde muito novos, despertamos o gosto pela leitura, imaginação e criatividade. Então, pare de ser chata e faça o que estou mandando. – Bufei para o seu tom mandão e acabei acatando sua ordem.

No início, Léo não queria ficar deitado de jeito nenhum, mas depois de muito insistir, acabou se aconchegando em seu travesseiro com estampas de raposas e começou a prestar atenção na leitura, ou melhor, no som da minha voz. Menos de cinco minutos depois, ele estava completamente adormecido.

- Olha só...Não é que funciona. – Relatei impressionada e, como em um passe de mágica, Luiza se materializou ao meu lado.

- Claro que funciona, sei do que estou falando. – Respondeu toda travessa, recebendo meus braços e lábios em carinho. – Quero lhe falar uma coisa sobre "Cacau Eye". – Sorri animada com o assunto.

- O que?

- Vem comigo. – Quando chegamos na sala, notei que havia um champanhe mergulhado no balde de gelo e duas taças.

- O que vamos comemorar? – Busquei a garrafa para abri-la e Luiza sorriu também animada.

- A finalização do meu livro. – Com o término de suas palavras, sorri largamente, estourando o champanhe e me apressando em servi-lo em duas taças.

- Ao seu sucesso, minha "Cacau Eye". – Comemorei, tocando minha taça na dela.

- Ao sucesso.

Saboreamos nossa pizza e tomamos toda a garrafa de champanhe. Luiza bêbada era hilária e me diverti muito, ouvindo-a falar de suas histórias malucas com ex-paqueras.

- Nunca me ofereceram um orgasmo decente. – Reclamou e ri, puxando-a para o meu colo.

Estávamos esparramadas no chão e tinha impressão que era ali na sala que dormiríamos naquela noite.

- Você estava esperando por mim, Lu. A única capaz de te oferecer inúmeros orgasmos...Sou demais. – Expressei convencida e ela sorriu, revirando seus lindos olhos.

- Você é demais mesmo, Valen. Um espetáculo e aproveite meus elogios, porque jamais os direi sóbria. – Avisou e gargalhei, abraçando-a e beijando seu pescoço cheiroso.

- Luiza, você me elogia bastante, mesmo sóbria. Principalmente quando geme e suspira no auge do prazer em meus braços. Esses são, sem dúvida nenhuma, os melhores elogios que alguém pode receber. – A garota me empurrou, fazendo-me cair de costas sob o colchão inflável.

- Ótimo, Valen. Então me ataca, quero te elogiar bastante esta noite. – Acatei prontamente suas ordens e me perdi em seu corpo pelo resto da noite.

........................

No dia seguinte, Luiza acordou com uma leve ressaca, mas, como precisava ir até a editora entregar os originais do seu livro, tratou de tomar um banho morno e se arrumar para encarar a manhã de Miami.

- Léo vai com você? – Servindo lhe uma omelete e Luiza negou com um gesto de cabeça.

- Não. Bianca já está chegando para ficar com ele. – Ela esclareceu e assenti, pegando o controle remoto e ligando a televisão que ficava na cozinha.

A TV estava sintonizada em um canal de fofocas e já estava prestes a mudar para o canal de esportes, quando a foto de alguém conhecida apareceu de repente na tela. Ergui o volume e ao perceber o assunto, empalideci e olhei para Luiza assustada.

- O que foi? Parece que viu um fantasma. – Tudo o que consegui fazer foi apontar para a televisão, indicando que era importante que ela escutasse a notícia também.

Luiza virou-se para a TV e quando percebeu do que se tratava, me encarou assustada.

- Como é possível? Como eles descobriram? – Perguntou em um fio de voz e tudo o que fiz, foi permanecer encarando seu rosto.

"Cacau Eye" não era mais um segredo.

Agora todo mundo sabia sua identidade.

.

.

.

Capítulo revelador, não?

Vou soltar algumas perguntas em tom curioso...

Surpresos com o conteúdo da caixa?

O que acham desta faceta atrevida de Luiza? 😉

Palpites para os próximos acontecimentos depois desta revelação??

Não deixem de votar e comentar muito!!

Até o próximo, valeu!

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