Aquela Noite

By Caah_Autora

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Quantas vezes você já teve vontade de voltar a um ponto específico da sua vida e evitar o que veio a seguir... More

Pressentimento ruim
Quer uma cenoura?
A prisão
Sem Lembranças
É assim que termina?
A casa caiu
O início do inferno
Meu protegido
Briga! Briga! Briga!
Eu te amo
Merecia perpétua
Não briguem crianças
Diga a ele que sim
A culpa
Não peça desculpas
Olá, mamãe
A parte dois do inferno
Climão
Igualmente mandona
História mal contada
Confesse!
Não há remorso
Tarde demais
Quadrado amoroso
Ex-amigos
Liberdade!
Crise no paraíso
Tire as câmeras!
Empata foda
Sophia "Interesseira" Abrahão
Acerto de contas
Namorados, amantes ou nada mais?
Nenhum dos três
Cada um pro seu lado
Velhos amigos
Festa de arromba
Ciúme mal disfarçado
Não com o bebê lá!
Fofoquinha
Máscaras cairão
Ameaça
Chegou o Levi!
Primeiro dia com o papai
Hora da verdade - Parte 2
Pelo Levi
Será que acabou?
Tudo vai ficar bem
Por bem ou por mal
Somos fortes juntos
Me dá o Levi!
Inveja desde sempre
O fim da injustiça
Fetiche estranho
Programa de amigos
Vamos nos entender?!
Boa notícia
O resgate
Monstro
Momentos de paz
O final feliz

Hora da verdade - Parte 1

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By Caah_Autora

Quando Augusto chegou, estranhou o fato da casa estar parcialmente arrumada. Caminhou pra dentro e encontrou Sophia colocando o bebê no berço e ligando a babá eletrônica.

— Precisamos conversar. — Avisou quando saiu do quarto, indo pra sala, o mais distante possível do quarto do bebê.

— Diga, meu amor. — Se aproximou pra um selinho, mas a mesma desviou. — O que aconteceu?

— Eu cansei de fingir. — Começou o desabafo. — Isso aqui não está mais dando certo, não sei nem se um dia deu.

— Isso o quê? Não estou entendendo bem.

— Nós dois. — Tinha lágrimas nos olhos. — Eu tentei muito levar isso adiante, mas não dá, eu não consigo mais. Quero o divórcio. — Augusto arregalou os olhos, chocado. — O mais rápido possível.

— Ficou louca? Eu não vou assinar divórcio nenhum! — Rosnou. — Temos uma família, vamos ser felizes.

— Uma ova. — Rolou os olhos. — A gente nem ao menos se ama, eu traí você diversas vezes, aposto que você me traiu também, afinal, não rola nada entre a gente fazem muitos meses.

— Sophia, não vai rolar.  Você é minha!

— Não fale como um louco, não sou sua propriedade e nem quero ser. Eu vou fazer as minhas malas, pegar o meu filho e sair dessa casa.

— Não vai pra lugar nenhum com meu filho.

— Ele não é seu filho, você não é idiota. — Jogou na cara. — Você é um péssimo marido e um péssimo pai. Não me ajuda com nada!

— Eu posso melhorar.

— Não quero que melhore, quero o divórcio.

— Você quer ficar com ele, não é? Aproveitar que a Raquel terminou tudo... — Chegou a conclusão mais rápido do que ela sequer imaginou. — Pois eu vou deixar as coisas bem claras entre nós. Se você ousar sair dessa casa, eu pego a guarda do Levi. Não vou permitir que você fique com Micael.

— Não pode tirar meu filho de mim, ele mama. Juiz nenhum vai permitir um absurdo desse! — Rebateu, mas se incomodou com o sorriso do marido.

— Não se preocupe, ele vai beber a melhor fórmula disponível no mercado. — Debochou. — E digo mais, seu namorado sendo um estuprador condenado deixa tudo mais fácil pra mim. Então vai lá meu amor, faz suas malas.

— Você não é pai dele, assim que Micael fizer o teste de DNA, você vai ter que devolver meu filho.

— Vou sim, mas isso vai levar quanto tempo? Digo, será que ainda vou estar por aqui? Posso sumir com o menino no mundo e você nunca vai vê-lo novamente.

— Como você é cruel! — Disse horrorizada. — Não se parece em nada com o Guto que eu casei.

— Você que nunca me conheceu de verdade e eu espero que não queira conhecer. Não vou ter pena de arrancar o bebê dos seus braços. Estamos conversados. — Saiu da sala e Sophia correu pro quarto de Levi, velando o sono do bebê enquanto chorava pensando no que tinha se metido e em como se livraria daquela situação.

.
.
.

— E aí, papai? — Arthur cumprimentou quando Micael cruzou a porta. — Pelo visto foi bom lá, você está com uma cara ótima.

— É meu, é claramente meu! — Disse empolgado e se sentou. Olhou para os lados dando falta de Laura. — Onde está a sua esposa?

— Na casa dela, estávamos realmente parecendo casados, cruz credo. — Fez uma careta. — Preciso de um tempinho. — Viu o amigo dar risada e então voltou o assunto a ele. — Me fala como foi? Sophia ficou brava?

— No começo ela tentou meter o louco pra cima de mim com essa história de ancestral. Eu disse que ia abrir um processo de reconhecimento de paternidade e ela ficou louca.

— Eu não entendo o motivo dela ficar reafirmando que o Levi é do Guto, essa é a desculpa perfeita pra vocês ficarem juntos. — Rolou os olhos e ouviu um suspiro. — Ah, não vem dizer que não é, Raquel sumiu tem mais de um mês!

— Eu nem penso na Raquel mais e olha que gostava dela, mas era uma doida, né? Como que some assim do nada? — Balançou a cabeça. — Sophia não quer sair daquela casa porque não tem pra onde ir. Disse que não tem emprego e que ninguém vai empregar ela com um bebê, disse na minha cara que eu sou um fodido.

— Com essas palavras? — Arthur deu risada imaginando aquela briga. — Escrotinha interesseira.

— Não, ela disse de uma forma mais sútil, mas não deixa de ser verdade. Eu tenho mais nove anos de condicional pela frente, sem poder sequer sair da cidade pra passear, ou sair a noite. Olha a droga da minha vida.

— Para de se lamentar, agora você tem um filho. — Arthur deu de ombros. — Eu sei e você também sabe o que vai ter que fazer.

— Falar com o meu pai e deixar ele me humilhar bastante antes de ajudar. — Trincou o maxilar. — Amanhã eu vou lá, pela manhã. Acho que apesar de me odiar, ele vai ficar contente de saber que tem um neto.

— E como é que você vai registrar o garoto se o Guto já fez isso? Justiça?

— Sophia me pediu um tempo pra conversar com ele, mas sim, justiça. É meu filho, tem que ter meu nome.

— Tá certo... — Ia completar a frase, mas o barulho da campainha o interrompeu. — Ué, estamos esperando visitas?

— Eu com certeza não. — Deu de ombros. — Quer que eu abra? — Mas Arthur já estava de pé caminhando até a porta.

— Mas o que vocês estão fazendo no meu apartamento? — Arthur tinha uma expressão de surpresa que deixou Micael curioso. O moreno ficou de pé, mas não precisou ir até lá, poucos instantes depois, ouviu a voz de Raquel.

— Precisamos falar com o Micael, ele está?

— Ela não pode falar com o Micael! — Tinha um tom ofensivo que o moreno não tinha visto o amigo usar. — Dá o fora da minha casa.

— É muito importante. — A voz de Raquel reafirmou e Arthur olhou na direção de Micael, que tinha a testa franzida tentando imaginar quem estava com Raquel.

Tomou um susto e deu uns cinco passos pra trás, até encostar na parede. Parecia ter visto um fantasma, estava até pálido.

— Eu sou tão feia assim? — Carol brincou quando viu a reação de Micael. — Fiquei decepcionada com essa recepção.

— Não pode estar aqui, eu não posso chegar perto de você, isso viola a minha condicional e eu não estou disposto. — Falava alto, estava realmente assustado com a presença de Carol ali.

— Relaxa aí, bonitão. — Se sentou no sofá de Arthur sem fazer qualquer cerimônia. — Eu vim em missão de paz, senta aqui pra gente bater um papo! — Apontou pra poltrona que tinha de frente a ela. Micael olhou pra Arthur que deu de ombros e foi se sentar ao lado de Carol, afim de evitar qualquer incoveniente.

— Você devia ter medo de chegar perto de mim. — Micael caminhou e se sentou no lugar indicado. — Mas diferente disso, me parece que eu tenho medo de você.

— Como é que se conhecem? — Arthur perguntou quando Raquel se sentou ao lado da amiga.

— Somos melhores amigas há muitos anos. — Carol sorriu. — Imaginem a minha surpresa quando ela foi até a minha casa em Santa Catarina pra me obrigar a vir aqui conversar com você?

— A troco do quê? — Micael encarou a Raquel. — Você terminou comigo do nada e foi embora como uma louca.

— Não fui embora como uma louca, está na hora de você saber a verdade sobre as coisas. — Intrigou o ex-namorado. — Eu fui embora da festa porque o seu amigo me ameaçou.

— Que amigo?

— Augusto. — Contou e Micael virou os olhos sem acreditar. — Ele me mandou terminar e me afastar. 

— Para de falar merda, que motivo ele teria pra te fazer terminar comigo, sendo que ele estava feliz que eu não estava mais atrás da Sophia? — Rolou os olhos. — Voltou somente pra fazer intriga?

— Ele queria que eu me afastasse de você porque ela é minha amiga. — Apontou pra Carol. — Ele não queria que eu contasse a verdade.

— Que verdade? — Ergueu uma sobrancelha encarando as duas.

— Micael, chegou a hora de você saber a verdade sobre aquela noite.  — Carol falou tranquilamente.

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