O fim da injustiça

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Sophia passou a noite acordada pensando em seu bebê. Foi uma longa e triste noite, mas a confortava saber que o advogado tinha entrado com o pedido de DNA de Luiz. Já que atualmente Micael estava fora de questão.

Logo pela manhã, Solange e Luiz tomavam café em silêncio, o clima naquela casa não era dos melhores. Sophia não fez questão de sair do quarto.

— Será que toda essa situação demora a se resolver? — Solange perguntou quebrando o longo silêncio que havia se formado depois do "Bom dia".

— Eu estou tentando correr com tudo, mas a justiça é tão burocrática. — Soltou um suspiro pesado. — Estou preocupado demais com o Levi e Micael, se bem que Micael já passou por tudo isso, ele aguenta mais uns dias, mas o Levi não se defende, né?

— É inacreditável que tudo esteja acontecendo por conta de uma pessoa que tínhamos como filho. — Balançou a cabeça e antes que Luiz respondesse, ouviram a campainha. — Ue, sete da manhã?

— Tem gente que precisa de noção. — Luiz resmungou e observou a empregada passar pra atender a porta.

— Senhor Borges, a visita disse que tem hora marcada com o senhor. — A empregada tinha voltado á mesa. — Caroline, o nome. — Luiz levantou num pulo. — Está aguardando na sala. Com licença. — Se retirou e Luiz levantou.

— Será que ela veio dizer que vai falar a verdade? — Pareceu empolgado. — A essa altura eu preciso de uma notícia boa.

— Só dá pra saber indo até lá. — Solange também se levantou e jogou o guardanapo na mesa. Os dois caminharam até a sala e a mulher estava lá, parada como se fosse um dos enfeites do cômodo. — Bom dia!

— Bom dia, senhor e senhora Borges. — Sorriu simpática. — Me perdoem pela hora, é que eu acabei de chegar de viagem, não tinha muito pra onde ir.

— Não faz mal, aqui acordamos sempre muito cedo. — Luiz escolheu fazer a linha simpático. — Veio porque tem uma resposta pra minha proposta?!

— Sim, eu conversei com a minha mãe e como era de se esperar ela brigou comigo e ficou horrorizada pelas coisas que fiz. — Suspirou ao se lembrar da briga que tiveram. — Eu não me arrependo da medida desesperada, mas como quero tirar isso da minha consciência, eu falo a verdade. Mas o senhor precisa prometer que não vai deixar a minha mãe passar necessidade.

— Não! Tudo o que eu prometi está de pé. Sua mãe estará acolhida até que você volte. — Ela assentiu, nervosa. — Eu vou ligar pro advogado e ver como fazemos isso. Sente-se.

Então começaram a agir, Luiz andava de um lado pro outro, empolgado e nervoso a espera do advogado de Micael.

Maurício chegou na casa em velocidade recorde, estava dando tudo de si naquele caso, tentando pensar em como livrar Micael.

Quando soube que a mulher confessaria, se apressou para marcar uma reunião emergencial com o promotor do caso e um juiz, pediria revisão de sentença.

Paralelo a isso, Vinícius avisou a Luiz que a coleta de sangue seria naquela tarde, que uma intimação já havia sido enviada a Augusto.

Tudo parecia caminhar bem.

— Eu estou pronta. — Sophia desceu as escadas arrumada, já era mais de duas da tarde. — Vamos?

— Sim, só faltava você. — Solange pegou a mão da nora e os três foram até o carro. Levaram quase meia hora até o laboratório designado. Lá, Vinícius os esperava. Augusto, Rosa e Levi também já estavam lá.

— Meu bebê! — Sophia deu passos na direção de Augusto, mas ele recuou, impedindo que ela visse o bebê. — Não seja cruel!

— Eu não ligo pro seu sofrimento. — Deu de ombros. — Ja falei, se quiser visitar o Levi, entra na justiça pra descobrir qual o seu dia.

Aquela NoiteWhere stories live. Discover now