O final feliz

379 26 27
                                    

No dia seguinte Micael foi registrar o filho. Ele estava tão empolgado que quando pegou o papel com advogado correu logo pro cartório com os documentos. Chegou em casa com a certidão de nascimento, rindo atoa. 

— Olha o que tenho aqui! — Mostrou os papéis para a família que estava na sala. — Acabou!

— Que maravilha! — Sophia se levantou pra dar um abraço no namorado. — Eu amo você! 

— E agora, oficialmente, temos um filho. — Sorriu ganhando um beijo quente, na frente dos pais. 

— E se não pararem por aí, oficialmente terão dois filhos. — Solange comentou. 

— Mãe, você está chata demais! 

— Eu sou realista! — Deu de ombros e se levantou pra abraçar o filho. — Parabéns, filho! Eu brigo com você, mas é porque te amo, tenho certeza que você sabe disso.

— Eu sei, mãe. — Abraçou de volta. — Cadê meu pai? 

— Te esperando pra trabalhar. — Apontou escada acima. — Vai logo antes que arrume motivo pra implicar com você. 

— Tá bem. Amo vocês. — Falou as duas e subiu correndo escada acima depois de fazer um carinho no bebê adormecido dentro do carrinho. 

.
.
.

Micael e Sophia viviam momentos de paz naquela casa. Quase dois meses depois que deram entrada no divórcio, ele finalmente aconteceu após sophia abrir mão de tudo que poderia ter. Micael disse que ela não precisava de nada de Augusto e assim ela fez, pra agilizar o processo. 

Depois da surra que levou, Augusto estava pianinho. Não falava mais com eles, não importunava mais e não complicou nem um pouco o divórcio. Ele tinha medo dos amigos que Micael havia feito na cadeia, entendeu o recado da última vez. 

— Parabéns pra vocês. — Augusto falou na saída do cartório. Como o casamento não tinha nenhum filho menor, não tinha necessidade de juiz e o processo ocorreu no cartório da região. — Me convidem pro casamento. 

— Espera o convite. — Micael respondeu com ironia, mas Sophia acreditou. — É ironia, Sophia. 

— Que susto. — Suspirou. — Obrigada por facilitar as coisas. 

— Se você não quer ficar comigo, não sou eu que vou atrasar a sua vida. 

— Aham, tenho certeza que o braço e as costelas quebradas não tem nada a ver com isso. — Micael debochou. — Você tem medo, não venha pagar de bonzinho. 

— Como está o Levi? — Augusto perguntou a Sophia, ignorando o comentário de Micael. 

— Não finge que gosta do meu filho, você nunca o suportou. 

— Porque ele era um chorão, imagino que hoje em dia tenha melhorado um pouco. — Deu risada. — Ai gente, é sério, vamos ser inimigos pra sempre? 

— Vamos. — Micael avisou. — Se me ver na rua, atravessa. — E saiu dali puxando Sophia pela mão. — Dá pra acreditar na cara de pau do filho da puta? 

— Achei sincero. — Sophia deu de ombros. Já estavam dentro do carro. — Ele pode se arrepender de tudo o que fez. 

— Está de brincadeira, não é? — Desviou os olhos da estrada. — Ele é um psicopata dissimulado, vai mentir e fingir. Merecia passar a vida preso numa clínica psiquiatrica. 

— É que eu acredito na mudança das pessoas ué. — Deu de ombros. — Será que você pode olhar pra frente? 

— Ele não vai mudar, não seja idiota. 

Aquela NoiteWhere stories live. Discover now