Chegou o Levi!

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Micael deu um jeito de sair daquela festa sem dar satisfação a ninguém, da mesma forma que Raquel havia feito.

Quando chegou em casa, contou a história a Arthur, que ficou sem entender nada assim como ele. Os dois juntos foram levantando hipóteses para o ocorrido.

Não chegaram a lugar nenhum. Aquela história era toda bizarra. Os dois estavam em ótima fase, se entendiam, davam risadas, faziam sexo. Era um namoro ótimo.

Raquel sumiu por completo. Havia bloqueado o número de Micael em todo local possível. Ele tentou enviar email, mas também não teve sucesso. Dias depois, seguindo o conselho de Arthur sobre deixar as coisas esfriarem, ele foi até o apartamento da mulher e descobriu que ela havia se mudado, sem deixar endereço novo pra correspondência.

O moreno remoeu aquela história por muito tempo. Semanas, haviam se passado semanas sem notícias de Raquel. Ele não estava sofrendo, mas seguia curioso sobre os motivos.

Naquela tarde, ele trabalhava disperso quando viu Laura e Arthur aparecerem com um sorriso.

— Que aconteceu? — Já passava das cinco, o movimento estava baixo. — Estão me assustando com esse sorriso do coringa.

— Levi nasceu! — Laura contou empolgada e Micael arregalou os olhos. — Agora, Augusto acabou de avisar. Parto normal, Sophia está bem. Os dois já estão no quarto.

— Que legal, vocês vão lá agora? Dêem meus parabéns a eles.

— Agora não podemos, só amanhã. Queria ver uma fotinho do neném, mas acredita que nenhum dos dois mandou? Estão parecendo aqueles famosos que escondem a cara dos bebês quando nascem.

— É um momento deles, depois vão mandar. — Parecia chateado. — Mesa cinco me chamando, depois a gente conversa sobre isso!

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Na maternidade, Sophia havia acabado de dar a luz. Um trabalho de parto que levou mais de dez horas e finalmente havia acabado bem para os dois.

No momento inicial, com o bebê sujo ainda de sangue e gosma branca, nenhum dos dois tinha percebido a semelhança.

Agora no quarto, o bebê ainda não tinha tomado banho, mas já havia sido limpo pela pediatra e estava vestido, enrolado na manta azul bebê que Sophia tinha levado pra maternidade.

— Eu vou descer pra registrar ele. — Comunicou quando recebeu o papel de nascido vivo. — Consegue aguentar uns minutos sozinha?

— Você vai registrar ele? — Disse um tanto surpresa.

— Não entendi a pergunta, ele é meu filho! — Afirmou sem pestanejar. — Olhe as semelhanças?! Levi é a cara do papai. — Brincou com o bebê que apenas dormia no colo da mãe e em seguida saiu, os deixando.

O bebê havia nascido moreno.

Os olhos agora estavam fechado, mas a loira já tinha tido a oportunidade de ver que eram castanho-escuros, bem expressivos. Os detalhes do nariz, o maxilar que agora podia não parecer muito, porque estava inchado devido ao nascimento, mas tinha certeza que ficaria como os de Micael dali há um tempo.

Em nada se parecia com Sophia, ou até mesmo com Guto, que como a esposa, era branco com olhos claros. Então a loira ainda sem entender bem, queria saber onde Guto havia visto semelhança com ele.

O bebê realmente era a cara do papai. Só não do papai que o havia registrado.

— Levi Abrahão Cesarini. — Comunicou ao chegar no quarto, minutos depois, com a certidão de nascimento. — Como estão?

Aquela NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora