Príncipe dos Circuitos

By IvyGrape

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Lisa Ferraz é brasileira e irmã de um dos melhores pilotos de Fórmula 1 atualmente, mas tudo em sua vida come... More

Boas vindas!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33

Capítulo 20

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By IvyGrape


As semanas começaram a passar como flashes.

Alguns dias eu contava com a presença de Liam no corredor ou nas áreas comuns do prédio.

Enquanto isso, me mantive focada em outros projetos pessoais, como aumentar meu portfólio como fotógrafa e esquematizar o planejamento para melhorar a imagem de Theo e engajar a de Andrés, o companheiro de equipe do meu irmão.

Sim, ainda estou de férias, que já vão acabar, por sinal. Entretanto, até os testes da pré-temporada, posso decidir trabalhar em casa, tendo que ir para sede - que fica bem próximo ao apartamento - apenas para enfrentar reuniões com toda a equipe e mostrar todo o planejamento acerca da postura que os pilotos da Lanzot terão que enfrentar.

Ocupada demais, fiquei adiando o plano de enfrentar - mesmo que disfarçadamente - Byrne. Exato, fevereiro começou agora e já estou cheia de assuntos para resolver.

Fiz uma rotina agradável para conseguir enfrentar tudo tranquilamente, vou à piscina de manhã, treino preparar algo para comer, só doces, não se engane, ainda sou uma lástima tentando fazer alguma refeição. Peço comida, eu assisto um filme, vou à academia, faço o planejamento da Lanzot, eu pesquiso referências para futuros ensaios fotográficos e depois do jantar, eu leio.

Brielle me atolou com indicações, então sempre esse horário de leitura antes de dormir é fixo. Quando voltar às incessantes viagens, poderei ler durante os voos.

Observo minhas escolhas, não tenho muitos biquínis, os mais comportados eu deixo para usar em praias, parques aquáticos ou aquelas reuniões entre amigos que geralmente acaba com um mergulho.

Pego um conjunto brasileiro e uma saia que uso como saída, as visto e vou para o andar de lazer do prédio.

Normalmente eu escolheria ir para academia de manhã, mas por alguma razão durante esse horário ela fica trancada. Razão essa que descobri assim que pisei no convés da piscina.

O andar de lazer também contém algumas quadras, saunas, salas de treino para artes marciais, para danças, a academia e claro, a belezinha que vou usar agora.

Vejo por entre meus óculos escuros a pessoa para quem o condomínio reserva o horário de treino - dizendo que o ambiente está fechado.

Byrne está malhando, para ser mais específica, está na esteira, de frente para as janelas que dão uma visão ampla para a região aquática do edifício. Bem para onde eu estou.

Ele me encara. Sei que não estamos tão perto, mas tenho uma certeza assustadora que ele sabe exatamente quem sou eu. Assim como sei que a pessoa na academia é ele.

Então aproveito a plateia e vou pegar um sol. O mergulho pode esperar.

Sinceramente, não sei o que fiz para merecer essa punição.

Quase quero voltar a treinar na sede, quase.

Enquanto corro, observo Lisa Ferraz tirar a saia que já não cobria muita coisa e quando revelou a parte de baixo do biquíni, tive que tirar a garrafa do suporte na esteira e beber alguns goles.

E como qualquer pessoa esperta e prevenida, a bendita precisa protetor solar. Seus lábios se movem, a princípio pensei que estaria conversando com alguém, mas ao olhar bem reparo nos fones de ouvidos.

Como se só estivesse aproveitando sozinha, como se ela não tivesse me visto aqui. Talvez eu queria um reconhecimento da minha presença. Um rubor em suas bochechas. Um olhar envergonhado.

Mas Ferraz segue inabalável, pegando o protetor solar, despejando uma boa quantidade nas suas mãos. Ela estar de costas para mim, não melhora a minha tortura e abaixar-se para espalhar o líquido em suas pernas não ajuda em nada.

Confiro se o ar condicionado da sala está ligado.

É quando percebo um pequeno sorrisinho da perversão em pessoa.

Ela está fazendo de propósito.

Seguindo seu show, começa a esfregar o próprio abdômen com o creme, sobe para o vale entre seus seios, pescoço e desce para os braços. Tudo bem devagar, bem torturante.

Olho para as informações na esteira, já estou correndo por 2,5 km.

É então que eu penso; que tipo horrível de pessoa eu seria se deixasse Lisa jogar esse jogo sozinha?

Que tipo horrível de vizinho eu seria se eu não fosse ajudá-la?

As costas da coitada vai ficar toda queimada.

Quer saber?

Natação dá uma cardio muito boa.

Apressadamente, pego minha garrafinha, desligo a máquina, o ar condicionado, pego as chaves e saio em direção ao deck o mais silencioso possível.

Minha camiseta virou coisa do passado, me apropriando mais para realizar meu plano. E como se tivéssemos um imã, ela vira olhando para a minha direção.

Observo através das lentes dos óculos que seus olhos arregalam-se um pouquinho, imersa nas músicas que estava escutando deve não ter percebido que não estava mais apreciando o espetáculo ainda na academia.

— Bom dia, vizinha. — Cumprimento-a quando ela tira os fones.

Lisa balança a cabeça.

— Byrne. — Só diz isso, antes de virar de costas para mim novamente. Ignorando completamente a minha presença, a única coisa que delata é a postura mais rígida.

Aproximando mais, pego o protetor solar que ela tinha deixado na espreguiçadeira.

— Acho que você esqueceu de passar nas suas costas. — Aviso e ela suspira.

— O que você veio fazer aqui, Byrne? — Fala me olhando sobre o ombro.

— Vim exercer as regras da boa vizinhança. — Declaro balançando o protetor como uma oferta e completo dizendo baixinho. — A menos que você se sinta desconfortável.

Ferraz bufa e aposto que se ela estivesse virada para mim, estaria revirando os olhos.

— Por favor, irlandês. — Como se fosse um insulto ela ficar desse jeito e retira o cabelo de suas costas.

Antes de começar, olho para os lados procurando algo que reflete nossa imagem e a viro para ficar de frente a janela da academia. Não é o ideal, porque o vidro não é espelhado, mas serve para que eu veja cada reação dela e que ela me observe.

Pego protetor, deixo-o cair diretamente em sua pele e Lisa se retrai um pouquinho ao sentir que o creme está gelado. Depois disso, começo a espalhá-lo com minhas duas mãos, muito calmamente, retardando o máximo que. Subo-as massageando um pouco seus ombros e sinto um movimento da cabeça dela. Conferindo no espelho, vejo-a com os lábios entreabertos.

Com um sorriso vitorioso, eu continuo.

Movo meus polegares, baixando em direção ao quadril dela, fazendo pequenos círculos, brincando

Após passar um tempo consideravelmente maior do que um vizinho com boas intenções passaria e decidir que a respiração de Lisa já estava acelerada o suficiente, me afasto.

Ela engole seco antes de se virar para mim.

— Obrigada. — Diz baixando seus olhos lentamente sobre o meu corpo, é quando percebo seu sorriso arteiro.

Franzo o olhar, ainda acompanhando seus olhos que trilham o caminho até cruzar com o meu novamente.

— Ainda não acabei. — Declaro e apesar da testa dela se franzir Lisa faz menção para virar-se novamente.

Seguro seu braço para mantê-la me encarando. Após ela entender meu recado e arrumar seus óculos escuros na cabeça, abro o protetor.

— Faltou o rosto, vi que você não tinha passado. — Pego um pouco no indicador e passo em seu nariz, devagar.

Lisa dá uma risadinha.

— Estava me vigiando ou algo assim?

— Ou algo assim.

— Então vou deixar você se divertir. — E deixou.

Depois que me senti satisfeito, tendo a certeza de que ela não ficaria com o rosto queimado, desci meus dedos para o seu pescoço.

Passando um pouco ali também e percebendo sempre seu olhar fixo em mim, meu rosto e minhas mãos.

— Terminou? — Ela pergunta baixinho, erguendo o olhar para fitar meus olhos. Estamos bem próximos, principalmente se compararem com o tamanho deste lugar.

Muito próximos para quem decidiu a distância.

Não me movo.

— Sim. — Respondo no mesmo tom que ela usou, baixo, quase sussurrando.

— Sabe... — Lisa aproxima sua boca de meu ouvido, apoiando a mão em meu peito e continua a falar, agora zombando. — Foi bonitinho todo o cuidado que você teve.

— Sem problemas, é um prazer meu ajudar pessoas descuidadas. — Alfineto.

— Obrigada, amor. — Ela diz com uma risadinha e eu pisco duas vezes, travado. — Mas agora vou lá dar um mergulho.

Interpreto suas palavras depois de alguns segundos.

— Não vai tomar uma ducha primeiro? — Indago, pois, geralmente esse é o hábito quando alguém entra nas piscinas.

O sorriso dela cresce.

— O banho gelado eu deixo para você. — Desliza sua mão por meu abdômen e para. — Vai precisar.

Não preciso olhar para baixo para saber ao que ela se referia.

— E só para deixar claro, para você e suas suposições, eu passo protetor solar no rosto todos os dias assim que acordo, mas deixei você continuar sua pequena exploração. — Ela dá uma piscadinha e se afasta.

É desse jeito que Lisa me deixa, ela dá uma pequena corridinha e se joga na água com um pulo perfeito.

Suspiro.

Decido deixar a natação de lado e volto em direção à academia com um sorriso no rosto.

Se Lisa gosta de joguinhos, vamos jogar.

Boa noite, galera!
Acabei não conseguindo postar o capítulo ontem, mas já aviso todo sábado teremos capítulos novos. (E às vezes posso agraciar vocês com uns capítulos extras durante as semanas, isso vai depender do meu ritmo de escrita).

Eu você também pode encontrar alguns spoilers do que vem por aí nas minhas redes sociais. (user é ivygrape tanto para o insta e tiktok)

É isso, espero que tenha gostado do capítulo e não se esqueçam de votar.
Beijinhos.

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