I Hunger For Your Beautiful E...

By notlouisrude

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Legatus Harry é o governador de Capua e Dominus de seu estado. Ele governa de maneira fria e nunca foi conhec... More

Notas ✿
Filho de Vênus
Regras da Casa
Segredos do Comércio
Feitiço do Cupido
Família e Perdão - Parte I
Família e Perdão - Parte II
Torneio de Gladiador
Rebelião
Fragmentos de Guerra
Corpos e Sangue
O Cavalo e a Pomba
Reunidos
Promoções
Festival da Mãe Loba
Epílogo
Notas Finais

Os Deuses e seus jogos

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By notlouisrude

Essa fanfic é apenas a tradução e todos os direitos são reservados à Bee.

{Não deu pra revisar, se tiver muitos erros avisem :)}

A semana seguinte foi gasta com manhãs esquisitas e diferentes de qualquer coisa que as pessoas dali estavam acostumadas. Tudo estava mais leve, cheio de sorrisos e beijos de Harry. Ele tinha um fraco pelo menino mais novo, e não se importava. No entanto, se alguém o visse daquele jeito, ele iria mata-la em um segundo, nada poderia arruinar sua reputação.

Seria mais fácil esconder aqueles novos sentimentos de Harry se ele ficasse um pouco mais longe de Louis, mas não podia. Ele não queria pensar sobre o que poderia acontecer a Louis se ele fosse atacado novamente quando Harry não estava por perto. Então Harry fez o oposto de se manter longe de Louis, fazendo com que os dois ficassem mais do que o necessário juntos.

"Niall, eu tenho um novo trabalho para você, se você quiser." Harry disse. Ele estava sentado em sua mesa de jantar, tomando o seu vinho da manhã com frutas, com Niall e Louis de pé em suas posições habituais ao lado dele.

"Sim, Dominus?" Niall perguntou, olhando para Louis, que apenas deu de ombros.

"Você vai ter mais autoridade nesta casa, e mais tempo livre por causa disso." Harry continuou, tomando um grande gole de vinho. "Eu estou fazendo você o líder de meus servos."

Os olhos de Niall quase pularam para fora de seu rosto. "M-Mas e Siri, Dominus? Você não vai vendê-lo, vai?"

"Não seja tolo, Niall." Harry retrucou. "Siri tem estado nesta casa desde antes de eu nascer. Praticamente me criou. Mas está mais velho agora, e não pode controlar todos como costumava fazer. Você tem estado comigo, como minha mão direita, há um longo tempo. Eu não confiaria isso a mais ninguém."

Niall abriu a boca para dizer alguma coisa, mas depois fechou de novo. Ele repetiu isso algumas vezes. "Sim, Dominus, e-eu aceito."

"Perfeito." Harry levantou-se e os escravos recolheram os pratos sujos. "Informe à Siri das minhas novas ordens e diga que ele foi movido para a ala da costura."

"Sim, Dominus". Niall entregou os pratos para Louis e praticamente correu para fora da sala de jantar.

Harry estava sorrindo, balançando a cabeça e virou-se para olhar para Louis. "Filho de Vênus, parece que eu tenho uma um trabalho sobrando para ser o meu servo pessoal. Uma posição simples, você deve me seguir onde quer que eu vá e fazer tudo o que eu mandar."

Louis deu uma olhada em volta para se certificar de que estavam sozinhos. "Sério? Tudo? Parece ser um trabalho bem cansativo."

Harry riu e deu um passo para chegar mais perto. "Você está ficando atrevido, pequeno."

Era verdade. Louis se abria muito mais quando eles estavam sozinhos. Ele nem parecia estar preocupado com a posição de Harry. "Algo me diz que você gosta disso."

Agora, Harry estava bem na frente de Louis, e se inclinou ligeiramente, assim seus olhos estavam no mesmo nível. Pensando que ele ia selar um beijo, Louis fechou os olhos, mas Harry apenas deixou um beijinho na bochecha. "Eu tenho uma reunião agora. Termine a louça e então vá para a sala de estratégia. Espere por mim na porta. Você pode me agradecer pela sua promoção depois."

Louis estremeceu com o hálito quente em seu ouvido, e em seguida, assentiu. "Sim, Dominus".

Harry gemeu baixo quando ele assistiu Louis ir até a bancada, subconscientemente balançando os quadris. Louis poderia acidentalmente matar Harry com sua beleza.

Harry piscou, tirando-se de seus pensamentos, porque, Deuses, ele precisava se concentrar em sua reunião. Ele recebeu uma carta do senador, o pai de Perrie, naquela manhã sobre algo muito importante na cidade. Como governador, Harry tinha que ser a autoridade final sobre todas as ações.

Ele entrou no quarto para encontrar o senador Edwards e dois vereadores no meio de uma conversa, e ele parecia sério. "Senador. Cavalheiros." Harry cumprimentou com um aceno de cabeça.

"Governador." O senador apertou a mão de Harry e lhe deu um pergaminho esfarrapado. "Estão dizendo que acaba de começar algum tipo de doença em sua cidade."

Harry rapidamente abriu o livro e ler. A doença já tinha tomado treze vidas e estava envenenando mais pelo menos uma centena. Faria a pessoa ter apenas poucas alucinações no início, mas então você não seria capaz de manter no estômago o que você comeu, e, por último, uma vez que sua mente e corpo estivessem esgotados, você iria morrer. Era horrível e estava acontecendo bem no lado ocidental da cidade de Harry. Ele se encolheu, enquanto lia sobre o relatório e teve que parar por um momento.

"Está apenas no lado ocidental, então? Nada de propagação deste vírus?" Harry perguntou.

"Não senhor. Por enquanto não. Nós acreditamos que possa vir de um veneno do peixe." Um dos vereadores disse "O que faz sentido, considerando que a maioria dos doentes são pescadores."

O outro vereador estava olhando para Harry com uma sobrancelha levantada com severidade. "Talvez você tenha feito algo para perturbar Netuno, e esta é sua punição."

Harry retrucou, jogando o livro no chão e empurrando o vereador contra a parede, um braço empurrando em sua garganta. "Você ousa fazer tais acusações ridículas para mim? O povo de minha cidade está morrendo nas ruas e você diz que é culpa minha. Eu vivo pelos os deuses. Eu rezo para eles todos os dias, e tudo que faço é para agradá-los. Não há nenhuma razão para eu estar à mercê de Netuno!"

"Legatus!" Edwards gritou, puxando Harry com força do outro. "Não deixe que as palavras rancorosas de um homem a baixo de você alimente sua raiva. Envie seus melhores médicos para o extremo oeste. Hoje à noite você pode sacrificar um touro a Netuno em caso de estar na necessidade de ser perdoado."

Os olhos escuros de Harry se acalmaram um pouco com suas palavras. Ele balançou a cabeça, apenas um pouco, e tirou a mão de perto do senador. "Tem mais alguma coisa? Você conseguiu alguma coisa sobre as rebeliões no norte?"

"Não, senhor", o primeiro vereador disse. "Parece estar muito bem contido no momento. Eu nem sequer chamo de rebeliões, está mais para pequenas questiúnculas de estrangeiros."

"Chame-os do que quiser, mas se um desses exércitos se juntar, eles podem ter chance de fazer um grande dano para nós." Harry disse. Ele suspirou e esfregou as têmporas. "Envie uma ordem para que os melhores médicos irem para o Ocidente e fazer o que podem. Ore para quem você quiser e aqueles que estão doentes serão poupados."

"Sim, governador." Disseram os dois vereadores, e então rapidamente saíram da sala, deixando Harry e Edwards sozinhos.

"Você está diferente Harry." O senador disse, a preocupação evidente em sua voz. "Você sempre foi rígido e duro, mas... Você parece muito tenso. Está distraído. Você precisa me dizer o que há de errado com você ou saia dessa."

"Os Deuses estão jogando jogos doentios comigo." Harry sussurrou, não olhando diretamente para Edwards.

"Por favor, explique." Edwards disse, cruzando os braços.

"Você sabia que Netuno e Vênus já foram amantes uma vez? Assim como o meu patrono Marte e Vênus são." Harry disse, brincando com uma das peças do seu mapa.

"Claro, todo mundo sabe dos velhos contos de nossos deuses."

"Você sabia que o patrono de Legatus Octavious é Netuno?" Harry perguntou, a voz ficando mais áspera enquanto ele se encolhia com o pensamento de sua pessoa menos favorita.

"Eu já tinha ouvido falar disso, mas você é o único Legatus para quem presto atenção."

Harry ignorou o comentário e continuou. "Há um escravo na minha casa, ele é novo, e com apenas um olhar você já sabe que ele deve ter o sangue de Vênus em suas veias. Ele é absolutamente perfeito. Octavious, aquele bastardo ganancioso, tentou comprá-lo, levá-lo embora, e eu o humilhei. Eu o mandei embora."

Edwards riu. "Sim, Perrie escreveu-me sobre isso. É uma pena que eu não estava lá para ver."

"Foi um espetáculo, ele merecia." Harry disse com um sorriso rápido. "Mas, a coisa é, eu tenho tentado manter o escravo puro. E-Eu o quero tanto, mas é como se Vênus apenas me segurasse. Mas tivemos algo, porém, apenas uma noite com ele, e ele ainda é virgem, mas... Agora com toda essa merda de praga, eu acho que Netuno está me enviando uma mensagem."

"O que quer dizer, Harry?"

"Quero dizer que eu finalmente me aproximei dele e agora o meu povo está morrendo de uma praga vinda do mar. Netuno quer que Octavious o tenha." Harry disse, quase rosnando. Ele cerrou os punhos e se virou para olhar para o senador. "O Deus do Mar está louco. Octavious deve ter vendido sua alma para ele, para eu estar sendo punido desta forma."

Edwards se aproximou do governador fumegante e colocou as mãos duras em ambos os seus ombros. "Ouça, ninguém pode realmente entender quais jogos os Deuses estão jogando. Mas eu sei que escolhem Vênus e Marte no final. Lute com Octavious se você precisar, mas você deve salvar sua cidade e seu povo." Ele empurrou Harry para a porta, com delicadeza. "Vá e faça o que eu disse, você precisa focar sua mente."

Harry concordou e deixou-se conduzir para fora da sala. Louis estava do lado de fora, de cabeça para baixo e as mãos atrás das costas. Harry não olhou para ele por muito tempo. "Vejo você no torneio do Zayn, em dois meses?"

"Claro, vou sempre em um evento divertido pelo meu genro." Edwards deu um olhar aguçado para Louis e depois balançou a cabeça. "Limpe sua mente e então eu vou ver você."

Harry ficou olhando, enquanto o outro ia embora, sem dizer nada a Louis, até que o senador estava fora da visão de seus olhos. "Venha, Louis. Estamos indo para o pátio de treinamento."

Louis franziu a testa com o tom vazio de Harry, mas seguiu sem uma palavra. Ele queria perguntar o que estava errado, por que Harry não estava falando com ele, nem olhando para ele. Ele nem sequer tentou tocar Louis de alguma maneira, como sempre fazia. Talvez fosse porque eles ainda podiam ser vistos por muitas outras pessoas. Harry não queria que qualquer um dos servos soubesse sobre o tratamento especial de Louis. Ele não queria que eles descontassem as frustrações de Harry em Louis. Que, naturalmente, Louis entendia, mas ele nem sequer um olhar para ele não estava nada bem.

Quando eles chegaram ao pátio de treinamento, Harry tirou a toga que ficava por cima da outra, de pé com apenas um pequeno par de calças curtas. "Traga-me dois grandes jarros de água, vamos ficar aqui um tempo."

"Sim, Dominus". Louis disse com a cabeça baixa.

Harry não tinha sequer olhado para Louis quando ele fez o comando. O que poderia ter acontecido desde última vez que tivessem se visto para fazer Harry agir dessa maneira? Como se Louis fosse apenas mais um escravo de que ele não se importava. Ele quase fez Louis chorar, mas ele se recusou a fazer tal ato, ele não queria desmoronar sob algo tão infantil quanto aquele tratamento silencioso.

Quando Louis voltou, Harry estava suspendendo alguns sacos de areia em um gancho. Suas mãos estavam cobertas de ataduras e ele tinha começado a deixar socos fortes em um dos sacos. Os músculos de suas costas ondulavam, e lembraram Louis de quando Harry tinha sua língua nele, e sempre que Louis iria olhar para baixo, de volta para Harry, estava tenso da concentração. E Harry já estava brilhando de suor, com pequenas gotas caindo dele. Ele soltava alguns grunhidos toda vez que ele batia no saco, e Louis achou tão erótico e quase animalesco.

Seus socos começaram a ficar mais rápidos e mais fortes, tanto que o saco pesado estava começando a balançar. Eventualmente Harry gritou tão frustrado (de um modo tão assustador que Louis deu um passo para trás) e bateu no saco de areia na sua direita para fora do gancho. Ele ficou na frente dele, arfando em respirações profundas, e passou a mão tirando o suor da testa.

Louis não sabia o que fazer. Ele ainda estava segurando as jarras e observando a ferocidade de Harry. Quem sabe o que aconteceria se ele tentasse falar com o homem agora. E então Harry estava andando até ele, e pegando um dos jarros das mãos de Louis e começou a engolir toda a água. Ele a devolveu a Louis quando já estava vazio e foi até um dos pesos.

Aquilo continuou por algumas horas, Harry socando os pesos e, em seguida, fazendo Louis andar para dentro e fora da casa à procura de água. Eles não trocaram uma palavra um ao outro. Às vezes, um ou outro escravo ia mandar algumas mensagens para Harry, ou Niall iria mandar um pouco de comida para Louis quando Harry não estava prestando atenção. Mas não importava, já que Harry nem sequer olhava para Louis, nem mesmo quando estava recebendo sua água.

Quando o sol começou a baixar no céu, as pernas de Louis doíam de tanto tempo de pé e seus olhos estavam tão cansados de ficar abertos. Harry agora lutava com um manequim de madeira com a sua espada, deixando marcas profundas no material a cada golpe. Não era de se admirar que muitas pessoas temiam entrar em uma batalha contra ele. E quando Louis pensou que ele teria um colapso ali mesmo, Harry deixou a espada no chão e correu até ele. Ele bebeu um dos jarros e assim que o primeiro estava vazio, jogou o segundo sobre a cabeça tirando o suor do corpo.

"Vamos para os estábulos, preciso fazer algo lá."

Sem outra palavra, Harry deu as costas para Louis, batendo levemente em seu ombro. O peito de Louis murchou, percebendo o jeito como tinha sido empurrado. Mesmo assim, Louis agarrou os jarros vazios e seguiu Harry para os estábulos. Lá já estava o par de escravos que tinham levado mensagens a Harry durante o treinamento e Louis olhava para suas expressões assustadas com confusão.

Harry mais uma vez ficou em silêncio enquanto ele ordenava algo para eles, e a próxima coisa que Louis viu foi um belo touro branco sendo puxado por uma corda. Ele estava lutando contra as amarras e rosnando em voz alta, batendo seu corpo forte sobre qualquer coisa ao seu alcance. Louis engasgou quando um dos escravos o chicoteou várias vezes até que ele caiu no chão, quase como se estivesse se curvando.

No segundo seguinte outro escravo correu até Harry com uma adaga esculpida na mão. A alça parecia ser feita de marfim, e retratada uma imagem de uma tempestade do mar ruge, completo com trovões e maremotos. Os escravos prenderam o touro amarrando-o, e ele parecia tão derrotado, tão triste, que quebrou o coração de Louis ao assistir a linda criatura sofrer.

Mas Harry só piorava tudo. Porque o homem o agarrou por um dos seus chifres e empurrou sua cabeça para cima, nem sequer vacilando quando o touro gritou e sacudiu todo o seu corpo. Harry murmurou uma pequena oração que Louis não pode ouvir, fechou os olhos, e rapidamente esfaqueou o punhal no pescoço do touro. O choro do animal parou quando Harry arrastou o punhal através da sua pele e seu sangue foi derramado no chão e sob o corpo do outro.

Os jarros caíram num baque, como Louis cobriu os olhos e a boca. Sentia-se mais do que enjoado pelo que ele acabara de ver.

O touro foi abandonado descuidadamente no chão e os escravos se esforçavam para limpar a bagunça. Harry entregou a adaga para alguém, olhou para o céu para rezar outra oração silenciosa, e se voltou para Louis.

Quando o resto dos escravos já havia saído, Harry limpou alguns dos respingos de sangue de seu rosto. "Eu estarei no banho, diga a Niall para levar alguém para preparar o meu jantar. Você vai esperar no meu quarto até que eu tenha acabado, temos coisas que precisamos discutir." ele disse em seu tom mais frio.

"Harry eu-"

"Dominus."

Louis piscou quando Harry o corrigiu. "O-O quê?"

"Você vai me chamar de Dominus." Harry disse com firmeza.

Louis engoliu um nó na garganta e lançou os olhos para baixo, o sangue por todo o corpo Harry só piorava. "Dominus." era quase um sussurro, "Eu fiz alguma coisa errada?"

Harry olhou para ele, várias emoções em seu rosto. Ele quase parecia arrependido, mas Louis sabia que ele devia estar errado sobre isso. "Faça o que eu digo, Louis."

E assim Harry passou por ele. A mandíbula de Louis endureceu e ele ainda permaneceu lá por alguns minutos. Ele não queria chorar, não podia. E daí que ele e Harry tinham passado toda a semana sendo tão unidos e íntimos? E daí que Louis tinha acreditado que Harry se preocupava com ele e iria cuidar dele? O que quer que esteja acontecendo dentro da mente de Harry não era da conta de Louis, e faria o que fosse preciso para sobreviver.

+

Durante duas horas Louis manteve sua decisão e não se incomodou em perguntar o que havia de errado com Harry. E o porquê dele ter matado aquele touro inocente. Ele esperou até que os banheiros estivessem vazios e lavou-se sozinho, fazendo o seu melhor para não olhar para as manchas de sangue no chão. Quando ele terminou, ele se sentou na cama de Harry, com os braços cruzados como uma criança petulante. Ele estava bem, Harry poderia fazer o que bem quisesse, ele era o mestre. Esta era a sua Villa e sua cidade e tudo e todos em que estavam nela eram propriedade de Harry. Louis poderia lidar com isso.

Pelo menos era isso o que Louis pensava, e então Harry já estava caminhando até o quarto, os ombros caídos e os olhos cercados de olheiras. Isso fez com que Louis amolecesse um pouco. Ele descruzou os braços e se arrastou até o final da cama, ficando em seus joelhos na frente de Harry.

"Dominus, por favor, o que foi que eu fiz? Por que você matou aquele touro?" Louis estava começando a odiar como ele não tinha controle perto de Harry. Ele estava deixando Harry brincar com suas emoções, e sem motivo aparente.

Harry suspirou. "Acho que Vênus está causando outra guerra entre os Deuses."

"O que?"

"Existe uma praga, Louis, uma doença se espalhando e está vindo do peixe." Harry disse. Ele passou a mão pelo cabelo e começou a andar. "Netuno, o Deus patrono de Octavious, está me punindo."

"P-Por que ele faria isso, Harry?" Louis perguntou, chegando mais perto e mal tocando no peito de Harry. Ele tinha colocado outra toga, e os dedos de Louis brincavam com o tecido.

"Porque eu não deixei Octavious levar você. E então eu marquei você, Netuno sabe que eu te fiz meu, mas ele não quer isso." Harry disse, os olhos observando os dedos de Louis o tocando.

"Você não tem que ser tão cruel comigo." Louis desabafou. Ele levou a mão até a boca. "Q-Quer dizer, você poderia ter me dito mais cedo, em vez de... e v-você não tinha que matar aquele touro."

Houve uma pausa em que nenhum dos dois sabia o que dizer. Louis estava se afastando e as mãos de Harry estavam cerrando os punhos em seus lados. Ele estava tão frustrado consigo mesmo e com os Deuses e com tudo o que estava acontecendo. E ele estava frustrado com Louis por ser tão inegavelmente melhor do que qualquer pessoa. Seu povo estava morrendo e sofrendo, e Louis estava ficando com medo dele novamente. Isto é o que acontece quando você tentar amar: pessoas apenas ficam machucadas. Harry gemeu alto em sua frustração, chocando Louis e fazendo-o ir para trás.

"Não importa! A vida de um touro não importa! Eu não posso me preocupar com você quando todo o ocidente de Capua está morrendo!" Harry gritou.

"O Ocidente?"

"Porra! Sim! Eu não posso lidar com você e mais tudo isso, eu não posso ter os dois, porque os Deuses não me deixam!" Harry continuou a gritar, mas agora Louis em plenas lágrimas.

"As pessoas do Ocidente estão morrendo?" Louis perguntou através dos gritos de Harry.

"Em nome dos Deuses, Louis! Sim! Um monte das pessoas no Ocidente estão mortos. Todo o Lado Ocidental pode estar doente!" Harry estava gritando agora.

"Não, Harry-"

"Cale a boca, Louis!" o braço de Harry se ergueu e de repente atingiu Louis com as costas da sua mão, levando Louis para o chão. Um súbito grito de dor parou o discurso de Harry e ele olhou para sua própria mão em descrença. Quando ele olhou de volta para Louis, o menino estava segurando seu rosto, apenas uma lágrima descendo pelo rosto. "Filho de Vênus, eu-"

"Não. Harry, por favor, não me bata de novo." Louis implorou enquanto se levantava do chão. "E-Eu acho que eu deveria dormir em outro lugar esta noite."

Os olhos de Harry se arregalaram e ele correu para Louis, tentando envolver seus braços em volta dele, mas Louis o empurrou. "Não, não, pequeno, eu não queria! Eu nunca mais vou fazer isso de novo! Por favor, Louis, eu preciso de você aqui."

Ambas as palmas das mãos de Louis foram para seus olhos e ele rapidamente deu a volta em Harry, dirigindo-se para a porta. "Se não há mais nada que você precisa que eu faça esta noite, Dominus, eu estou indo dormir. Com o resto dos escravos."

Em vez de pedir para Louis para ficar, ou até mesmo ordenar, a mandíbula de Harry endureceu em linhas apertadas. Ele franziu a testa e resmungou. "Tudo bem. Esteja acordado antes do amanhecer. Você vai ter um monte de trabalho a fazer."

Louis acenou com a cabeça e saiu pela porta. Quando ele fechou a porta atrás dele, Louis se apoiou na por apenas um minuto para recuperar o fôlego. Ele podia ver no espelho da frente do hall que seu rosto estava começando a ficar vermelho. E enquanto ele se afastava, Louis podia ouvir gritos e mais gritos vindos do quarto de Harry, assim como o som de móveis sendo jogados longe.

É, ele estava bravo.

+

Niall entrou em seu novo quarto para se deitar e dormir depois de um dia exaustivo. Mas ele não esperava ver Louis sentado lá com um travesseiro apertado contra o peito e lágrimas nos olhos. Eles olharam um para o outro por um segundo antes Niall se aproximar e o abraçar.

"O que aconteceu? As coisas estavam indo tão bem." ele perguntou acariciando o cabelo de Louis.

Louis fungou e abraçou Niall de volta. "Ele me bateu. Ele estava gritando sobre Netuno e uma praga e dizendo que tudo estava uma bagunça, e ele matou um touro, e quando eu tentei falar, ele só... Me bateu."

"Eu sinto muito, Louis." Disse Niall e sentou-se ao lado de Louis. "Você quer falar sobre isso?"

"Não." Louis murmurou. "Eu só preciso de um lugar para dormir. Eu não sei por quanto tempo, Harry estava jogando coisas na parede quando eu saí."

"Deuses Lou, você pode ficar comigo durante o tempo que você precisar." Niall pegou o travesseiro caído e se arrastou até a cama. "Posso apagar as velas?"

"Claro, mas você tem uma carta na mesa que você pode querer ler. Eu não abri, mas ela tem o selo de Liam." Louis disse. "Obrigado Niall, você é a melhor pessoa que eu conheço."

"Obrigado Lou, vá em frente e durma. E você vai falar comigo sobre isso de manhã." Niall disse com firmeza enquanto pegava a carta. Ele observou Louis adormecer, e depois levantou para apagar as outras velas, deixando apenas uma acesa para que ele pudesse ler.

Era estranho estar recebendo uma carta de Liam, já que ele normalmente só falava com Niall em pessoa, e sempre que estava no Villa. Talvez fosse uma má notícia. Talvez Liam estivesse à procura de algo que Niall não poderia dar. Talvez ele tivesse encontrado outra pessoa. Talvez ele estivesse doente. Niall tinha a carta aberta, mas levou um tempo para começar a lê-la.

"Querido Niall,

Você sabe que eu não sou muito bom com palavras ou romance, então eu só vou dizer. Eu tive sorte de guardar minhas moedas nos últimos meses. Eu ainda tenho pouco ouro, mas muito em breve serei capaz de gasta-los. Eu vou compra-lo de Harry, mesmo que eu saiba que ele não vai vendê-lo sem uma boa briga. Mas ele não pode me negar para sempre, e quando finalmente o vender, eu vou liberá-lo. Eu prometo, meu amor. Certifique-se de que Harry o leve para o torneio de Zayn e vamos discutir isso lá.

Para sempre seu,

Liam."

Niall engasgou e olhou para Louis para se certificar de que ele estava dormindo. Ele leu a carta novamente e novamente para se certificar de que ele tinha lido direito, mas ele ainda não podia acreditar. Liam ia comprá-lo. Liam ia lutar por ele. Com seu próprio Legatus. Apenas para comprar Niall.

E então, pela primeira vez em sua vida, Niall seria livre.

(por que vcs acham que o Louis ficou tão preocupado sobre o Oriente, ein?)

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