Da Cor Do Sangue

By GabiMilay

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⚠️Atenção⚠️ Todos os capítulos que estiverem com "✔" já foram reescritos. Na busca por um livro esquecido, Ca... More

Personagens✔
Prólogo✔
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Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Parte 2?

8✔

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By GabiMilay

O sol voltou com força total essa manhã, felizmente os dias extremamente frios e chuvosos acabaram. Apesar de que eu gostava daquele clima, nós não poderíamos ter a aula de campo hoje caso continuasse chovendo.

— Vamos, se apressem! Todos entrando nos ônibus — apressa o professor de biologia. 

Já que estamos estudando sobre fungos, ver um deles de perto seria mais interessante que apenas por fotos, por isso estamos indo para um criador de cogumelos.

...

— Esse é o Amanita Muscaria, ou como conhecido popularmente, o cogumelo do Mario. Apesar de bonito… — Me privo da explicação do professor quando sinto alguém cutucar meu ombro. 

Olhando para trás, vejo Levi acenando, sorridente, como se estivesse realmente animado em me ver. Porém, vou ter que estragar seu humor pois ainda tenho perguntas a fazer. Enrosco meu braço no seu e o puxo para o fim da enorme fila de alunos para termos mais privacidade.

— Quanta delicadeza! — reclama Levi quando sem querer esbarramos em uma das toras de madeira onde cultivam os cogumelos e que cercam o corredor na horizontal.

— Tenho perguntas! — informo, decidida a obter mais respostas.

— Não pode me dar um descanso? — Ele volta a acompanhar a fila.

— Não — O sigo. — O que aconteceu com aqueles vampiros que te atropelaram?

— Agora que você se preocupa depois de ter me deixado para morrer?

— Você disse para eu correr!

— Você queria correr antes mesmo de eu dizer alguma coisa!

— É claro! O que eu iria fazer contra vampiros? — Vejo seu maxilar contrair por não poder contrariar o que eu disse. — De qualquer jeito, você está bem, não é? — Minha fala soa mais como uma afirmação do que uma pergunta. — Agora… me fala, o que fez depois? — Ele suspira.

— Eu matei os dois, e os corpos desapareceram com o sol.

— Como assim… desapareceram?

— O corpo e o sangue de vampiros mortos viram pó depois que o sol os toca, e acredito que a chuva fez o restante da limpeza.

— Fascinante! E como se livrou do carro?

— Uns conhecidos cuidaram disso.

— O quê você fez de tão mal para tentarem te matar?

— Só queriam esse maldito anel — Ele me mostra o anel em seu dedo. — Existem apenas cinco em todo o mundo, qualquer um mataria por um anel que além de te dar muita autoridade, ainda é raro encontrar.

— Entendi. 

— Agora estou livre, detetive Manson? — Ele me olha, arqueando uma sobrancelha.

— Por enquanto, Levi Fitzroy — Sorrio.

Mas minha felicidade dura pouco, já que sem perceber prendo meu pé num buraco e o torço, caindo de joelhos.

— Merda! — exclamo.

— Carrie, tudo bem? — pergunta o professor que gentilmente parou sua explicação para averiguar minha situação. 

Todos me olham e alguns riem da situação, mas eu só consigo pensar na dor latejante causada pelo acidente.

— Consegue andar? — indaga o professor preocupado. 

Tento me levantar sem estampar a dor e a vergonha por cair em público como uma criança pequena.

— É doloroso, mas acho que consigo andar — respondo, já de pé.

— Alguém pode acompanhá-la até o hospital? — Não fico surpresa com o silêncio, já que ninguém aqui ao menos sabe quem eu sou.

— Eu consigo ir sozinha — Me viro com dificuldade para sair, e ao começar a andar quase vou de encontro ao chão novamente, mas uma mão amiga me segura.

— Não seja teimosa, Manson — Levi vira a cara para trás. — Eu vou levá-la — avisa.

Sem mais explicações, seus braços envolvem meu corpo e me erguem no ar. Meu coração fica louco com seu toque e sinto que meu rosto ousa corar, mas não sei se é por suas ações de cavalheiro ou pela vergonha de ser observada assim. 

Olhando por cima de seu ombro, para a multidão, tenho a única certeza de que meus dias estão contados, já que Jade está a nos fuzilar com seu olhar predatório. Mas a caminhada lenta de Levi é o que me deixa mais apreensiva. Por que diabos ele está andando tão devagar?!

— Tem como usar sua velocidade de vampiro e me tirar logo daqui? — O olho séria.

— Minha moto está perto daqui, e eu não posso simplesmente usar minhas habilidades por aí — diz, olhando para frente e com a diversão estampada na sua cara.

— Está se divertindo?

— Quem é que se diverte com o sofrimento alheio? — mente, me fazendo revirar os olhos por ser tão descarado. — Chegamos — Ele me coloca no chão ao chegarmos perto de sua custom preta. — Foi rápido, não é?

— Pareceu uma eternidade! — Ele ri, se ajeitando na moto.

— Consegue subir?

— Sim

Após Levi me ajudar a tirar o capacete, ele insiste em me levar no colo para dentro do hospital. Logo que entramos, somos direcionados para uma sala onde aguardamos o médico, que chega rapidamente.

— Bom dia, Carrie! Hoje serei seu salvador — o médico diz, em tom de brincadeira.

— Bom d… — Levi me interrompe.

— Clark? — indaga ao médico com o cenho franzido.

— Levi Fitzroy? — O médico olha para Levi. — Há quanto tempo, meu amigo! — O abraça.

Os dois se conhecem?

— Da última vez não éramos amigos — Levi rejeita o abraço.

— Ora, esqueça isso! Agora sou uma pessoa melhor.

— Vou pensar se acredito em você, Dr. Clark — Clark limpa a garganta.

— Essa é sua namorada?

— Sou uma colega — respondo.

— Ah… Bom, o que aconteceu, Carrie?

Depois de lhe explicar como vim parar aqui, o Dr. Clark me examinou e disse que, por sorte, não era nada grave, eu só precisaria descansar por hoje e manter meu pé imóvel por alguns dias. Para me ajudar e facilitar as coisas, ele decidiu ir pegar uma bota ortopédica para mim, deixando eu e Levi sozinhos na sala.

— O que aconteceu entre vocês? — pergunto, curiosa sobre seu passado.

— Eu confiei nele e ele me traiu.

— Nossa, mas ele parece ser alguém confiável.

— Por isso acreditei nele — Silêncio. — Você gosta bastante de verde, não é? — Ele muda de assunto, apontando para minha camiseta verde. — Sempre que te vejo você está com alguma coisa verde.

— É minha cor favorita, igual aos olhos da minha mãe.

— De quem você puxou esses olhos amarelos então?

— Do meu pai, ainda bem que eu só puxei isso dele — Ele ri.

— Sua mãe deve ser muito bonita se você tiver puxado o resto dela.

— Ela era.

— Ah… ela… morreu?

— Quando eu tinha sete anos.

— Eu sinto muito, você devia gostar bastante dela.

— Acho que eu gostava. Eu era muito nova quando ela partiu, então não tenho muitas lembranças.

— O Dr. Clark está esperando vocês na entrada do hospital — avisa a mulher de uniforme médico que aparece na porta e em seguida vai embora.

— Quer ajuda para se levantar? — pergunta Levi.

— Acho que consigo sozinha, já estou melhor.

Me arrasto para beirada da maca e pulo no chão com o pé bom, mas me desequilibro e quase caio no chão, se não fosse pelas mãos ágeis de Levi que me seguram novamente.

— Obriga… — Minha voz é cortada quando olho para ele e percebo o quanto nossos rostos estão próximos um do outro.

De repente, minha mente retorna para o dia que nos conhecemos, quando nossos rostos ficaram próximos como agora. Porém, dessa vez nos olhamos de maneira diferente, como se esperássemos que algo mais acontecesse além dos olhares. Até mesmo a atmosfera é diferente, é calorosa e não dá medo. O universo parece pedir para nossos lábios se encostarem, e é isso que acontece. O ar frio de sua boca entra em colapso com o ar quente da minha, tudo parece se encaixar perfeitamente.

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