Me siga se quiser (Livro 1) U...

Per LaylaEstiva

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Ana Luíza estava desacreditada do amor. Um antigo relacionamento fez a mesma deixar de lado a palavra amor. A... Més

Prólogo
Capítulo 1
Imagens família Collins
Capítulo 2
Imagens da família Campos
Capítulo 3
Capítulo 4
Capitulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Apresentando as amigas da Analu
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Bônus
Capitulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capitulo 29
Capítulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capítulo 33
Capitulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45
Capitulo 46
Capitulo 47
❤️🌶️
Capitulo 48
Capitulo 49
Capitulo 50
Capítulo 51
💭🥀
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59

Capitulo 22

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Per LaylaEstiva

Eu sou uma camponesa de acordo com alguns padrões
Mas em seus olhos eu sou uma rainha
Você vê potencial nos meus defeitos
E é exatamente isso que eu quero dizer, e é por isso que eu amo você.....

Beyoncé

Analú Collins

Já se passou três dias desde que recebi alta do hospital e voltei para casa. Hoje é dia doze do seis, essa data em que todos comemoram o amor. Dia dos namorados. Não sei se foi o destino ou se realmente calhou a cair exatamente no dia do meu jantar de noivado depois de tantas trocas das datas.
Ansiedade é meu sobrenome nessa casa. Não posso descer, não posso organizar, não posso escolher e não posso fazer nada!

Não sabia que para ser mãe me traria tanto obstáculo. Não que seja uma coisa ruim, mas....

Para gerar o amor tem seus sacrifícios. E se é necessário eu passar por esse pela minha filha, eu passo. Apesar de não poder organizar, participar e aproveitar a festa de noivado da mamãe aqui!

- Flora me ajude a fechar o zíper por favor? - Chamo minha cuidadora que está me auxiliando a vestir o vestido para o jantar.

- Sim...

Bom. Flora é a minha mais nova cuidadora contratada por Izack. Ela é uma senhora muito amável, gentil e eficiente. Será cinco meses com ela morando aqui em nossa residência até Thaliny nascer.

- Pronto menina!

- Obrigada, Flora! - Dou um sorriso e me olho no espelho.

- Você está linda!

Levo um susto e olho para o lado através do espelho.

- Izack amor, da azar ver a noiva antes... - Me viro para olha-ló.

- No casamento. No jantar é liberado!

Ele da um sorriso de lado, coloca as mãos no bolso e se encosta na parede.

- Você é de mais em...

Chego perto e nos abraçamos apaixonados, tocamos nossos lábios com beijos castos e carícias. Aos poucos o beijo fica lento. Encostamos a testa um no outro abraçados e sorrimos.

- Te amo!

- Também te amo, meu amor!

Me solto do abraço e volto para frente do espelho.

- Só não esqueça que você não pode ficar muito tempo em pé. - Ele diz indo para porta.

- Eu só levantei para me arrumar...

- Já pode voltar para cama, na hora da festa você desce!

- Não vou discutir com você!

- Muito menos eu! - Ele sai e bate a porta.

Flora fica sentada na beira da cama arrumando minhas coisas e observando essa cena ridícula!

Como pode? Em menos de três minutos estávamos nos amando bem alí, e agora a gente já está com raiva um do outro. Parece coisa de gente doida!

- Me desculpa, Flora. Izack é temperamental!

- Que nada dona Ana! Já estou acostumada!

Ela da uma risada.

- Mas dá para perceber que vocês se amam de verdade... Mesmo com pequenas turbulências!

- Sim, a gente aprendeu a se amar, tanto eu quanto ele. Foi tudo um pouco rápido, mas de certa forma fizemos dar certo!

- Isso é muito bom! - Flora diz.- Agora venha, se deite aqui em sua cama.

- Aí Flora! Não aguento mais ficar deitada! - Falo fazendo cara de enjoada.

- É pelo seu bem e de sua filha menina!

- Tudo bem!

Me deito e arrumo o travesseiro atrás de mim.

- Você quer um chocolate quente? - Ela pergunta sorridente.

- Desse jeito eu vou ficar parecendo a Rasputia! - Falo e ela começa a rir.

- É normal engordar na gravidez Ana. Depois você volta seu corpo...

- Claro que tudo não vai voltar a ser como era meu corpo né Flora? Você sabe que o meu corpo vai mudar!

- Aí menina, não pense nessas coisas agora, pensa só na sua filha. Certo?

- Certo. Tá, me traz o chocolate quente!

- Volto daqui uns minutos. - Flora diz e sai do quarto.

Enquanto isso pego o controle da Tv e coloco na Netflix para assistir algo e me distrair.


Izack Campos

Desço para baixo e fico observando o jantar ser organizado em casa. A nossa mais nova governanta Minerva, me ajudou, Claro! Não tenho essa paciência e toque feminino para organização, além do mais, tive que resolver uns problemas na academia com meu primo. A casa é toda alarmada agora. Qualquer movimento estranho somos avisados.

Pra todo lado dessa casa tem segurança de dentro da polícia mesmo. Não tenho saco e nem confiança para contratar agência. Depois do que houve, e da ameaça que levei, não confio nem na minha sombra.

- Minerva, para que horas foi marcado esse jantar mesmo?

- Para as 19 horas, senhor!

- Certo, vou tomar um banho e quero que você tome conta do restante.

- Sim, senhor!

Subo e vou para cima, logo atrás vejo Flora com uma xícara de chocolate quente nas mãos. O cheiro está ótimo!

- Vou levar esse chocolate para Dona Ana e já vou sair de lá Sr. Campos.

- Não precisa de pressa Flora. O cheiro tá muito bom!

- É um chocolate especial. Fazia muito para minhas filhas...

Ela diz enquanto andamos em direção ao quarto.

- Fazia? - Pergunto. - Onde estão suas filhas?

- Estão em Portugal, minha terra!

- Não sabia que não era Brasileira! - Estranho, pois no currículo dela não dizia que era portuguesa.

- Estou com meu visto vencido, e não quero voltar para lá, embora eu sinta muita falta da minha terra!

- E porque veio para o Brasil?

- Emprego... - Ela diz.- Eu achava que aqui eu teria mais oportunidades que lá, mas eu estava enganada.

- Mas agora você trabalha né Flora. Não tem o que reclamar.- Falo.

- É, e sou muito grata, mas não estou perto das minhas filhas e nem sei quando vou poder voltar.

- Só o tempo dirá.- Falo. - Se você não falasse nunca iria saber que é de portugal, sua língua é igual a nossa já!

- Com os anos me acostumei, mas não esqueci minha língua!

- Que bom Flora. Agora vamos entrar que eu vou me arrumar e você vai fazer seu trabalho.

- Sim, senhor!

Entramos devagar e vejo a Tv ligada. Olho para Analú e ela está dormindo em um sono profundo na cama. Até dormindo ela é linda.

- Vou ter que acorda-lá se não o chocolate esfria!

- Sim, com jeito ela vai ficar com bom humor.

Flora me olha e levanta uma sombrancelha.

- É o que o senhor acha né?

Não falo nada. Apenas vou para o closet pegar meus pertences.

- Aí Flora, deixa aí do lado que eu tomo mais tarde! - Escuto Analú falar.

- Mas menina, mais tarde será a festa...

- Aí Flora sinceramente... - Analú resmunga. - Me da aqui, vou tomar!

Dou um sorriso escutando. Deixo de ouvir a conversa delas e entro no banheiro para tomar uma ducha.
Termino, me arrumo, coloco meu terno branco, arrumo o cabelo, vou para o closet e calço os sapatos. Saio de dentro indo para o quarto.

Quando Analú bate seus olhos em mim, me come com os mesmos.

- Nossa, como meu futuro marido é um gato muito gostoso!

Ela diz e não falo nada, apenas lanço um sorriso safado para a mesma.

- Com licença aos senhores. Vou lá no meu quarto me arrumar.

Flora fala enquanto estou dando uma última olhada no espelho.

- Pode ir Flora.... Quero você linda! - Analú diz.

Ela apenas dá um sorriso e sai do quarto.

Enquanto isso termino de ajeitar a gravata que estava um pouco torta. Fico calado, mas sinto o olhar de Analú sobre mim.

- Amor, vem aqui! - Ela fala manhosa nos tirando do silêncio.

- O que você quer, Ana? - Falo olhando para ela através do espelho.

- Eu quero você! - Sorri safada!

- Agora não posso, na verdade, não podemos! - Falo e me viro para ela.

- Eu já estou bem amor, preciso de você... - Continua manhosa e só o modo dela de falar, me deixa doido!

Me aproximo e sento ao seu lado na beira da cama. Olho em seu rosto, e a puxo para um beijo carinhoso. Paro e toco em sua barriga onde está nossa filha. Me abaixo e beijo seu ventre. Volto a olhar para Analú e ela está com um sorriso lindo no rosto acariciando minha nuca. Depois me afasto um pouquinho e falo:

- É por ela que temos que tentar ter esse cuidado. Porque vontade de te pegar com força e fazer um amor selvagem com você, não me falta!

Ela sorrir e morde o lábio.

- Estou faminta de você amor...

- E eu de você! - Falo.

- Vamos fazer devagarinho amor, por favor! - Ela súplica manhosa.

- Não amor, você acabou de fazer uma cirurgia, e tem a bebê aí dentro também. São meses sem poder ter relação.

- Quem disse isso?

- Ninguém mas eu sei!

- Conversa Izack!

- Eu quero muito acredite, mas você está com os pontos ainda e grávida de risco. E não quero mais que você sofra nada.

- Tudo bem Izack! - Ela se afasta um pouco, cruza os braços e fecha a cara.

- Não é pra fica com raiva Luíza! É para o seu bem e da nossa filha!

- Tá Izack, que seja. Agora deixa eu dormir um pouco que estou com sono.

Ela se vira para deitar.

- Ok, Então vai ser assim?

Ela não responde.

- Beleza!

Me levanto, vou para porta e saio.

Quando a gente fala uma coisa que é para o bem da pessoa, ela simplesmente me ignora. Ela acha que eu devo ser algum doido que trepa com ela cheia de pontos e nossa filha querendo vim ao mundo antes do tempo.

Haja saco porra!

Então desço e vou para sala. Mal sento no sofá e a campainha toca.

- Minerva, atende por favor!

- Sim, senhor!

Ela vai até a porta e abre.

- Boa noite!

Quando olho, vejo a figura loira entrando na sala.

- Yasmim...

Puta merda, nem lembrava que essa doida ainda estava aqui.


Analú Collins

Izack está irritado. Porém eu estou mais. Ele não me procura, e sempre diz que não dá nesses dias. Tá certo que eu estou operada, mas custava ele me satisfazer só um pouquinho? Mas, não, ele não quer!
Depois que ele saiu, me levanto e vou lentamente ao banheiro, pego uma escova e penteio meus cabelos. Depois vou ao closet e coloco minhas jóias e uma rasteira baixa. Não dá para usar salto nas condições que me encontro.

- Dona Ana!!

- Estou aqui no closet, Flora.

Ela entra e fala:

- Dona Ana, se o Sr Izack te pega assim em pé e sozinha, ele pira comigo!

- Pira nada, Flora! - Falo.- Agora já que está aqui, venha e me ajude. Quero descer.

- Mas já?

- Sim, já! Vou ficar no sofá. - Falo e passo um perfume leve que uso de costume.

- Então vamos. - Ela diz.

Quando termino de passar o perfume, sinto minha cabeça doer e o estômago embrulhar.

- Aí espera Flora... Acho que vou vomitar!

- Espera dona Ana, a senhora não pode correr! - Ela vem rapidamente e me apoia em seus ombros me guiando no banheiro ao vaso sanitário.

Me abaixo e provoco tudo que me alimentei durante o dia.

- Pode botar pra fora dona Ana, estou aqui lhe ajudando!

Seguro na privada, porque não conseguia conter o vômito, é uma sensação horrível. Flora segura meu cabelo e massageia minhas costas para tentar aliviar. Até que respiro um pouco e me sento no chão do banheiro mesmo.

- A senhora já está melhor? - Flora pergunta.- Se quiser eu chamo o Sr Izack.

- Não, não... - Respiro.- Só quero um pano, ou uma toalha para eu cheirar e não sentir esse cheiro em mim.

- Ah então foi isso.... Foi o perfume!

- Estranho, nunca havia passado mal com cheiro de perfumes!

- Cada mulher é de um jeito dona Ana!

- É, pode ser... - Falo.

Fico calada por um instante e olho minha roupa, acho que na hora não percebi e me sujei toda.

- Flora, estou com a roupa suja, e agora? - Falo fraca. - Minhas roupas não estão dando em mim, essa comprei para a ocasião.

- Nossa dona Ana... Só se a senhora esperar eu lavar e colocar na secadora.

- Não. Me ajude a levantar que vou ver se encontro alguma coisa no closet!

Ela vem e me ajuda. Vou ao closet, reviro todas as minhas roupas e nada encontro que dê em mim

- Espera dona Ana, não saia daqui, vou um instante lá em baixo e já volto.

- Ok Flora!

Fico passando de cabide por cabide e nada, nada entra e nada dá. Por mais que eu só esteja somente com quatro meses, mas já engordei sete quilos. E faz uma diferença enorme para quem só usava manequim trinta e seis. Vou ter que sair para comprar roupas novas, se não daqui a pouco vou ter que andar de camisola o dia inteiro.

- Está aqui dona Ana...

Me viro para olhar o que Flora trazia.

- Nossa, uau, que lindo! - Falo vendo ela com um maravilhoso vestido vermelho longo nas mãos.

- Eu iria dar para minha filha, mas nunca voltei, então estou lhe dando esse presente de noivado. Nunca foi usado. Ele é para mulheres mais cheias, minha filha é meio gordinha, uma fofinha linda. Então acho que ele vai caber em você perfeitamente.

- Nossa Flora, mais é lindo de verdade. - Vou até ele e o pego. Presto atenção nos detalhes, tecido fino de gripim, à um decote trabalhado na frente perfeito e tem uma calda longa, enorme atrás.

- Vamos vista-o!

Tiro o antigo vestido e ela me auxilia a colocar o novo. Ainda preciso de ajuda por conta da cirurgia. Vou no espelho e passo um batom vermelho bem forte. Faço um coque no cabelo e prendo em uma fivela de prata.

Me olho novamente no espelho e vejo que ficou perfeito!


- Amei Flora! - Dou um sorriso e vou até ela dá um abraço.- Obrigada!

- Está linda, menina! - Ela fala.- Agora vamos?

- Sim, vamos! - Seguro em sua mão e andamos bem devagar para descermos as escadas. Na outra mão seguro a calda do vestido para não tropeçar no caminho.

Quando chego na sala vejo a Glória, Gael e uma jovem loira ao lado de Izack.

Quem é essa?

Me aproximo de Izack e só quando chego bem perto que ele percebe minha presença.

- Amor! - Ele se levanta e me olha dos pés a cabeça. - Você está linda!

- Obrigada meu bem! - Dou um sorriso.

A minha sogra não fala nada, apenas me olha. Izack segura em minha mão e sento lentamente no sofá. Olho para o lado e a loira ainda me encara com olhar de deboche. Volto a olhar para Izack e percebo que ele está sem graça.

- Então amor... - Ele fala.- Essa é minha mãe que você já conhece, e essa é minha prima, Yasmim.

Olho para as duas e dou um sorriso de leve.

- Boa noite? - Falo.

- Boa noite! - Elas respondem e vejo Yasmim disfarçar a raiva, fingindo que vai mexer na bolsa.

- Flora me trás uma água, por favor? - Falo.

- Sim, senhora! - Ela se retira.

Izack se senta ao meu lado e segura em minha mão novamente.

- Cadê seu vestido que compramos? - Ele pergunta em meu ouvido.

- Passei mal e o sujei.- Respondo em seu ouvido.

Ele me olha sem entender.

- Passou mal de que?

- Enjôo!

- Você já está bem?

- Sim, meu bem.

- Mas você está linda do mesmo jeito. Combinou comigo.

- Obrigado de novo meu amor!

- Você está magnífica, Ana Luíza... - Glória tira minha atenção.

- Muito obrigada, Glória.

A campainha toca e Minerva atende.
Entra minha mãe, pai, irmã e Hemily.

- Amiga! - Hemily vem em minha direção com o sorriso de ponta a ponta no rosto.- Que saudade de você!

- Eu também estava, você está linda, e esse vestido lilás lindo. Amei o decote! - Sorrio.

- Ah, esse eu já tinha só não tinha usado ainda.

- Linda. Senta aqui do meu lado.

Ficamos jogando conversa fora, meu pai me deu um beijo, um abraço e acariciou minha barriga. Minha mãe, me encheu de beijos e depois foi conversar com Glória.

E mal sabe ela que a amiga não gosta da filha dela...

Ana Júlia estava quieta de mais. Tão quieta que quase não percebi sua presença. Minha irmã é tão linda, que até com suas roupas rockeiras, fica maravilhosa. Pena que Gael não a faz feliz. E acho que nem ela quer.

O tempo passou e o jantar já estava posto sobre a mesa. Fomos nos sentar para podermos comermos. Mas antes de tudo Izack deu dois toques na taça de vinho chamando a atenção de todos.

- Hoje é um dia especial para mim e minha noiva. Vocês, nossa família tem a honra de presenciar a simples comemoração de nosso noivado. - Izack diz. - Como vocês sabem, Ana Luíza meio que apareceu de paraquedas em minha vida, fazendo-me sentir o que é realmente o amor. Para ela pareceu que foi de forma rápida, mas para mim, todo tempo ao lado dela é de felicidade. Analú está me dando uma família, como vocês também sabem, nossa pequena Thaliny está a caminho e mesmo sem nem ter nossa filha em nos braços, já a amamos incondicionalmente. Então... Não que eu já não tenha feito esse pedido, E adivinhem? Ela disse, sim! Mas hoje estamos em família e quero compartilhar com vocês o nosso amor.- Ele se levanta da cadeira ao meu lado, tira lentamente de seu bolso uma caixinha vermelha e me olha .- Você Ana Luíza Collins, aceita se casar oficialmente comigo?

- É claro que sim, meu amor! - Sorrio e meus olhos começam a lágrimar.

- Então me de aqui sua mão. - Estendo-ó e ele da um beijo sobre a mesma antes de colocar o anel. Logo em seguida me lança um olhar e o coloca no mesmo dedo que o outro do antigo pedido já estava. A diferença é que um é somente ouro, e o outro tem uma pedrinha ruby linda com diamantes por cima do ouro.


- Nossa, que lindo! Amei de verdade!

- Tudo que eu faço é pensando em você.- Ele se abaixa e me abraça me dando um carinhoso beijo de amor.

A família aplaude.

- Agora quero propor um brinde aos noivos! - Meu pai fala.

Então todos levantam as taças e dizemos:

- Aos noivos!!! Tim-Tim...

Depois fomos servidos e graças a Deus tudo ocorreu bem na mesa.

Volto para a sala com ajuda de Flora, e me sento novamente no sofá.

- A senhora quer uma almofada?

- Sim, por favor. - Ela pega e o põe atrás de mim.

- Perfeito! - Digo e ela vai para cozinha.

Fico alí relaxando até a loira senta ao meu lado.

- Você é bem bonita! - Ela diz.

- Obrigada. - Respondo.

- Se bem que... Izack sempre namorou mulheres bonitas. - Ela diz e toma um pouco de vinho. - Eu por exemplo, fui uma delas.

- Olha, não me interessa o passado do Izack. O que me importa é que hoje estamos juntos. Isso para mim, é o que realmente importa!

- Sei. Deu para perceber, espero que esse papel de casinha que ele está fazendo dure.

- O Yasmim, qual é a sua? - O encaro. - Não aceita, então pra que veio?

- Queria ver de perto esse teatro do Izack! - Ela rir sarcástica.- Isso tudo é encenação Luíza! Acorda, para que a manhã não seja tarde! - Ela se levanta e sai andando para perto de Glória que me olha de lado também.

Que ódio. Essa piruá.... Se não fosse minha filha, eu arrancava esse louro falsificado da cabeça dela.

- Flora!!!

Ela aparece rapidamente.

- Oi senhora!

- Me ajude aqui, quero subir pro meu quarto.

- Sim senhora.

Me levanto e subo lentamente sem que os outros percebam. Entro no quarto e me sento na cama. Flora abre o vestido atrás e o tiro por cima ficando apenas de calcinha e sutiã. Me deito e me enrolo no edredom.

- Quer que eu desligue a luz senhora?

- Sim Flora!

Ela desliga e fecha a porta me deixando sozinha. Sinceramente, não aguentava mais ficar lá em baixo no meio das cobras da família do Izack. Como que aquela abusada teve a audácia de falar aquelas coisas para mim? É muita falta de vergonha na cara mesmo.
Penso no que aconteceu, até que o sono me vence me fazendo esquecer até do que eu estava pensando.


Acordo em meio ao sono. Pego meu celular ao lado e verifico a hora, 02:15 da manhã. Olho para o lado e Izack não está na cama. Me levanto lentamente, pego meu roupão pendurado e vou atrás dele. Olho para os corredores dos quartos, mas não havia ninguém. Desço as escadas devagar, olho para sala e não a ninguém também. As luzes estão apagadas, e o que parece é que os empregados estão todos dormindo. Então resolvo voltar para cima, até que vejo a porta do quarto de hóspedes aberta.

- Será que ele foi dormir em outro quarto?

Me aproximo e abro a porta lentamente. Quando vejo não consigo acreditar. Meu coração parou por míseros segundos, eu não conseguia falar e nem reagir. Apenas fiquei parada tentando raciocinar o que eu estava acabando de ver.

A gente tinha acabado de fazer um jantar em nosso noivado e agora isso?

Fecho a porta e volto para o meu quarto. Sento na cama e choro. Não sei o que eu iria fazer. Meu peito doía, uma dor que não se cura com remédios. Era ela de novo, a dor da alma, ela corroe, e a sensação é de está rasgando seu peito de dentro pra fora. Simplesmente soluçava sem conseguir conter o choro. A cena se passa toda hora na minha cabeça e o pior de tudo é que ela é real alí fora. Sim, o Izack foi pra cama com a Yasmim.

Se passa eu entrando e vendo eles dois nus, dormindo agarrados em cima da cama.

Isso não tem perdão!

Então arrumo forças e me levanto devagar. Vou ao closet e pego uma mala, abro ela em cima da cama, e vou pegando algumas roupas e objetos pessoais. Fecho a mala, troco de roupa colocando um moletom. Pego minha, bolsa, chave do meu carro e minha chave reserva da casa dos meus pais.

Desço sem ninguém ver e saio pela porta dos fundos. Abro a garagem, meto a mala dentro do carro, entro, dou partida e saio.

Vou para casa dos meus pais para pensar no que vou fazer. Mas para cá, eu não volto tão cedo. Sei que não posso dirigir por causa da minha filha, mas, vai ser só dessa vez e chegando lá, vou descansar, se eu conseguir.

Choro de soluçar, mas consigo chegar lá tranquila. A dor está horrível, e juro que não queria mais sentir isso na minha vida tão cedo. Eu tive tanto cuidado para isso. Acho que nasci para sofrer. Dói tanto. Paro o carro e o segurança ver que sou eu. Ele abre a garagem e entro. Ele vem e me ajuda a tirar a mala. Ele me olha e fala:

- Dona Analú, o que faz aqui a essa hora? São 03:30 da manhã. Aconteceu alguma coisa?

- Sim, mas não quero falar sobre isso!- Falo chorando.- Só me ajude com essa mala por favor!

- Sim, sim, ajudo, pode deixar que eu levo.

- Obrigada!

Ele me acompanha, abro a porta e entramos, subo as escadas com ele, vou para meu antigo quarto. Ele deixa a mala dentro e depois desce me deixando sozinha. Olho e vejo que está tudo como eu deixei da última vez. A casa está toda em silêncio, porque todos estão dormindo. Fecho a porta, passo a tranca e vou para minha cama. Choro até não aguentar mais, percebi que sair daquela casa foi a melhor coisa que eu fiz.

Como ele foi capaz de fazer isso?

O tempo passa e eu adormeço, para assim tentar acalmar a dor!



Tadinha da Analú gente!

Continua llegint

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