revenge game ♤ [kth+jjk]

By emyemis

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taekook | criminal/máfia | longfic | light angst Kim Taehyung é uma pessoa cheia de segredos e mistérios, mas... More

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By emyemis

Oi meus leitorinhos como vocês estão?

Primeiramente eu queria agradecer a vcs pelas mil visualizações em Revenge Game, serio, um beijo na bunda de cada um, obrigada mesmo ♡

segundamente: OFICIALMENTE CHEGAMOS NA METADE DA PARTE 1 DE REVENGE GAME CARAIO

Aí vocês, meus caros leitorinhos, me perguntam: "Emilyn, quantas partes a fanfic vai ter?" e eu respondo: 3, e mais a parte Final.

"Emilyn, por que a parte Final não se chama parte 4?" e eu respondo: sei lá kkkkkk

"Emilyn, quantos capítulos vão ter cada parte?": e eu respondo, 10, mas a parte final talvez tenha menos.

"Emilyn, por que você decidiu dividir a fanfic em partes?" e eu respondo: não sei, achei legal hehe e cada parte é bem divididinha dentro de si, vocês vão ver.

Ps: não aguento mais essa parte 1 gente ave maria, tem muitos sentimentos envolvidos pro meu gosto. A parte 2 vai ser mais legal e depois disso as coisas só melhoram juro pra vocês.

Enfim lindos lindas e lindes, boa leitura 💕

PART I
CAPÍTULO 5:
TRÍADE

_____

JUNGKOOK
quarta-feira
09:45am

Alguém precisa arrumar esse filtro urgentemente. Jungkook pensava enquanto aguardava seu copo descartável encher no suporte acoplado à parede. A água que saía do filtro de plástico era uma corrente fina e lenta, e Jungkook a observava cair de braços cruzados e uma atenção preguiçosa enquanto cutucava as hastes do estetoscópio, pendurado em seu pescoço.

O horário de visitas do hospital começou há quinze minutos. Jungkook havia recebido os familiares de sua paciente e, graças a Deus, Hana não tinha demorado para passar em seu quarto para que ambos pudessem dar atualizações à família sobre a recuperação. Logo depois ele se retirou do quarto para dar privacidade a eles e buscar um pouco de água. Não tinha visto ninguém no quarto de Chanyeol, mas também não havia prestado a atenção o suficiente.

Havia sido sério consigo mesmo ao decidir passar a ignorar aqueles assuntos, pelo bem de seu relacionamento com Mingyu. Ele iria evitar ao máximo pensar ou falar sobre Taehyung. Ele nunca mais queria ver Taehyung.

Jungkook ainda estava distraído observando seu copo encher quando uma voz soou atrás dele.

— Jungkook?

Pego pelo susto, ele girou os calcanhares com pressa, e se deparou com os fios de cabelos escuros e ondulados nas pontas que emolduravam o rosto de expressão tranquila e olhar cauteloso de Taehyung.

Ele reprimiu uma risada de descrédito.

Aquilo só poderia ser o universo brincando com ele.

— O que? — Perguntou, tentando manter sua expressão ilegível.

— Você está bem? — Taehyung perguntou. Ele estava vestido de um jeito casual bem confortável, com uma calça preta de moletom bem larga, assim como sua camiseta branca, all star cobrindo os pés, e uma jaqueta de couro grande por cima. Apenas a tatuagem de uma escultura de Davi quebrada em seu pescoço estava à mostra.

— Sim, por que? — Jungkook deu o ombro direito para a frente de Taehyung, virando de lado, e tomou um gole da água. Quase a cuspiu ao perceber que ela estava gelada.

Ele detestava água gelada.

— Você foi embora, achei que algo tinha acontecido — O mais velho explicou.

Jungkook estava absolutamente puto por ter esperado todo aquele tempo por uma água gelada apenas porque esqueceu de trocar a temperatura antes.

— Não aconteceu. Tá tudo bem. Apenas precisava ir para casa — Respondeu enquanto se virava de costas para Taehyung e dispensava o líquido frio, voltando o copo para o filtro. Ele colocou a água em temperatura ambiente.

— Tá bom— Taehyung soou um pouco hesitante — Eu tô indo pra Hong Kong, por uma semana.

Jungkook virou a cabeça pra ele e franziu o cenho.

— E o que eu tenho a ver com isso?

O canto da boca de Taehyung ergueu milímetros para cima. Ele deu ombros de um jeito casual.

— Vai que você decide escutar a conversa de alguém pra descobrir porque eu sumi.

Jungkook piscou.

— Você é muito engraçado — Disse, sem humor algum.

O pequeno sorriso de Taehyung se tornou mais evidente, então ele começou a se afastar.

— Tchau, Jungkook — Murmurou.

— Taehyung — Jungkook o chamou de volta, dessa vez virando completamente em sua direção enquanto o copo enchia atrás dele. Taehyung o encarou com a cabeça um pouco inclinada para o lado, o que fez algumas mechas de seu cabelo caírem sobre seus olhos — Chanyeol — Jungkook disse "Esse tiro que levei fodeu absolutamente tudo, era para eu estar em Hong Kong" Ele se lembrava de ter escutado Chanyeol dizendo — Você não parece gostar muito dele, e ele sabia que alguém estava indo atrás de você para te machucar. Confia nele? — Deu voz a algo que estava em seus pensamentos nos últimos dias.

Taehyung estreitou os olhos e passou a língua pelo canto da boca, um pouco pensativo. Sua resposta demorou apenas alguns segundos.

— Para certas coisas, sim — Não era uma resposta esclarecedora, mas era uma resposta.

— Ele vai viajar?

— Vai.

Jungkook ergueu as sobrancelhas.

— O médico liberou?

— Ele não liberou nem a saída dele do hospital, quem dirá viajar de avião.

Jungkook balançou a cabeça e se virou para pegar seu copo.

— Se você levar um tiro eu não vou estar lá pra te ajudar — Murmurou e bebeu sua água, finalmente a sentindo na temperatura certa.

— Eu sei — Taehyung respondeu, e algo sobre seu tom de voz anunciava o fim daquela conversa.

Jungkook não se virou até que o eco dos passos de Taehyung tivessem sido silenciados pelos corredores do hospital.

sábado
14:23

Jimin encarou os oito copos de noodles apimentados que Jungkook havia jogado no carrinho de supermercado por exatos dez segundos, depois ergueu os olhos para o amigo com desaprovação óbvia estampada no rosto.

— Você vai morrer tão cedo — Ele disse e colocou algumas frutas ao lado dos noodles.

— Problema é meu — Jungkook respondeu enquanto empurrava o carrinho ao longo do corredor — E não sou eu quem esquenta água em vasilha de plástico no microondas.

— Esquentar no fogo demora demais — Jimin disse, dando de ombros.

— Preparar uma refeição completa também — Jungkook retrucou no mesmo tom.

— Eu literalmente cozinho, para nós dois quase todos os dias e você prefere noodles.

— Jimin, você como cozinheiro é um ótimo dançarino.

Jimin se virou para ele com uma expressão de pura indignação. Eles estavam no meio do setor de frios do supermercado e havia algumas pessoas passando por eles, sem realmente prestar a atenção no diálogo entre os amigos.

— Dois anos morando juntos e você só me diz isso agora? — Jimin esbravejou e Jungkook queria rir.

— Não queria magoar seus sentimentos.

— Vai pra merda, Jungkook.

— Aham. Já pegou tudo o que queria? — Eles voltaram a caminhar.

— Já.

Foram juntos até o caixa, e como faziam todo final de mês, dividiram o valor das compras e cada um pagou uma metade. Embalaram todos os produtos, colocaram as sacolas no carrinho e começaram a se dirigir para a saída do mercado. Jimin se virou para ele.

— Preciso usar o banheiro. Vai colocando as coisas no carro?

Jungkook assentiu e Jimin desviou para outro caminho.

Namjoon havia dado uma carona aos dois até o mercado naquele dia e tinha optado por ficar em seu carro enquanto Jimin e Jungkook subiam para fazer as compras. Jungkook desceu para o estacionamento, e se aproximou do veículo de Namjoon pela direção do porta malas. Ele podia ver o mais velho encostado sobre o capô enquanto segurava o celular na altura do ouvido, e ele não parecia ter notado a sua aproximação.

Jungkook abriu o porta malas e começou a colocar as compras no espaço, quando a voz de Namjoon se fez um pouco mais alta.

— Quantos? — Uma pausa. Jungkook não estava exatamente prestando a atenção, sua mente viajava para a prova de bioestatística que ele teria segunda feira, e ele considerava não ir ao Bar mais tarde para poder estudar — Porra, isso é muito, vai ser complicado demais trazer para dentro. Espera aí. Jungkook, precisa de ajuda? — Ele ergueu a cabeça ao ouvir seu nome, em seguida a chacoalhou negativamente para Namjoon. Já estava acabando. Namjoon assentiu com o queixo e voltou a atenção para sua ligação — Ok, vou mandar eles começarem a observar o lugar — Jungkook fechou o porta malas — Chanyeol me disse. Você volta quando?

Jungkook travou por alguns segundos. Suspirou, pegou o carrinho e foi devolvê-lo à fila com outros carrinhos.

Namjoon falando sobre Chanyeol, e perguntando para alguém quando essa pessoa voltaria, quando Taehyung estava em outro país há uma semana.

Mas aquilo não era da conta de Jungkook e ele não pensaria demais sobre o que escutou.

Pelo menos dessa vez não havia bisbilhotado intencionalmente. Acasos.

Quando ele voltou para perto do carro, Namjoon já tinha desligado o celular e Jimin estava voltando. Jungkook sentou-se no banco do passageiro e observou Namjoon durante o resto do caminho para o dormitório.

05:31pm

Para não ficar com a bunda diretamente em contato com o chão frio, Jungkook tinha forrado uma almofada sobre o piso e sentado em cima. Estava com as pernas cruzadas uma sobre a outra enquanto Jimin, sentado na cama atrás dele, deslizava com cuidado um pincel com descolorante na raiz dos cabelos dele.

Ele havia pensado demais.

Mas pensar era inofensivo, não significava que ele iria fazer a loucura de seguir mais alguém e colocar sua vida em perigo, não significava que ele mentiria para Mingyu.

— Jimin — Ele chamou depois de um tempo.

— Hm?

Jeon pensou por alguns segundos sobre o jeito certo de perguntar o que se passava em sua mente.

Jimin nunca tinha sido o maior fã do relacionamento de Jungkook com Taehyung. Nos primeiros meses, os dois pegavam um no pé do outro apenas por pirraça besta entre duas pessoas que o santo não havia batido totalmente e que disputavam um pouco pela atenção de Jungkook. Quando Jimin estava falando demais, Taehyung o interrompia dizendo "Jimin, sua boca está se mexendo e têm palavras saindo dela, é irritante e eu não gosto" e aquilo deixava Jimin soltando fumaça pelo nariz. Quando Jungkook deixava Taehyung para estar com Jimin, o mais velho se gabava horrores para Taehyung, declarando "bros before hoes", o que fazia Taehyung revirar os olhos. Mas era engraçado, a troca de farpas entre eles costumavam ser bem humoradas e não interferia em nada no relacionamento de Jungkook e Taehyung ou de Jungkook e Jimin. Até que os segredos e as mentiras começaram, e Jimin não tolerava ver Jungkook suportando aquele tipo de coisa. Ele passou de "desgostar" para "detestar" Taehyung.

Ainda sim, havia algo diferente do jeito que Jimin não gostava de Taehyung naquela época, e algo diferente no jeito que Jimin não gostava de Taehyung atualmente. Jungkook chegou em suas próprias conclusões.

— Você acha que o Taehyung tem alguma coisa a ver com esse novo trabalho do Namjoon?

Jimin ficou quieto por alguns segundos, então limpou a garganta.

— Eu já pensei sobre isso — Disse, ponderante — Acho que sim.

— Por que?

Jimin limpou a garganta.

— Desde que Taehyung voltou, eu percebi que eles têm conversado muito. Eu sei que eles são amigos há bastante tempo, mas o Taehyung têm estado frequentemente no apartamento do Namjoon, eu já peguei ele lá umas três vezes e toda vez que eu chego eles param de conversar ou obviamente mudam de assunto. Namjoon insiste em não me contar sobre esse emprego e eu não consigo desligar minha mente disso, fico pensando que a aproximação do Taehyung tem alguma coisa a ver.

— Hoje eu escutei ele citar o nome do Chanyeol — Jungkook revelou.

— Namjoon?!

— Sim.

Fazia sentido Namjoon ter citado aquele nome perto de Jungkook sem preocupações. Ele não sabia que Jungkook tinha conhecimento de Chanyeol e uma noção básica do que todos aqueles três estavam envolvidos.

E até onde Jungkook sabia, mexer com drogas rendia dinheiro mais que o suficiente para você comprar um apartamento legal em Seoul.

As mãos em seu cabelo pararam.

— Ah, que merda.

— É só ligar um mais um — Jungkook disse, dando ombros.

— Faz sentido ele não me contar se o Taehyung escondia isso de você também — Jimin soltou um gemido sôfrego — Eles são criminosos, não são?

Jungkook suspirou.

— Nós vimos o que aconteceu debaixo da passarela.

Era suficiente para construir uma ideia sólida.

Jimin voltou a passar o produto no cabelo de Jungkook em silêncio. Jungkook conseguia escutar as engrenagens na cabeça do amigo trabalhando, e minutos depois ele nem mesmo precisou virar para ver que Jimin tinha uma nova expressão obstinada, o jeito que suas mãos estavam se movendo com mais firmeza era o suficiente para que ele soubesse que ele havia decidido alguma coisa.

— Eu vou tentar descobrir o que o Namjoon está fazendo — Declarou — Vou entrar na sala dele.

Jungkook se virou para olhar para o amigo com o cenho franzido.

— Quando foi comigo você disse pra deixar quieto. Todo esse tempo — Ele gesticulou — você me mandou deixar isso pra lá porque poderia ser perigoso.

— Eu sou hipócrita — Jimin respondeu, tentando soar um pouco divertido, mas então sua expressão se tornou pensativa novamente — Eu acho que — Uma pausa — nossos casos são bem diferentes, Jungkook. Você precisa deixar isso pra lá porque o Taehyung é seu passado, o que quer que ele esteja fazendo não te afeta mais, não tem a ver com você. Mas o Namjoon é meu presente e talvez futuro, e como eu posso ter um futuro com alguém que está escondendo de mim esse tipo de coisa?

Jungkook não podia discutir contra aquele argumento. Ele mordiscou seu lábio inferior, encarando o melhor amigo. Sempre admirou a mente firme e decidida de Jimin, queria ser mais como ele, e não o caos interno que era, toda a confusão e impulsividade.

— Eu já deixei pra lá — Disse o rosto contraído em uma careta como se aquele assunto lhe causasse um certo bolo na garganta — De verdade. Eu tenho escondido coisas do Mingyu em relação ao Taehyung, sobre aquela noite que ele apareceu no meu quarto e outros momentos, e me odeio por isso, não quero fazer isso com ele.

A expressão de Jimin se tornou empática, ele assentiu.

— Finalmente você colocou algum juízo nessa cabecinha. E bom, podemos assumir que tem a ver com drogas — Ele disse, em seguida balançou a cabeça — Não explica se isso foi o que fez ele terminar com você mas...

— Não importa — Jungkook interrompeu — Não importa.

Jimin assentiu, compreensão brilhando no olhar.

— Bem, temos certeza do envolvimento do Taehyung, mas o Namjoon...

— Não tem nada que nos dê cem por cento de certeza — Jungkook completou.

— Isso. Por isso eu quero olhar a sala dele, para saber o que eu posso usar para confrontar ele sobre esse assunto, para ter provas.

— Você tem a senha do computador dele?

— Não, mas consigo pegar facinho. Você vai me ajudar?

Jungkook virou de costas novamente e se apoiou contra as pernas de Jimin. Ele soltou um breve suspiro.

Apesar do que havia prometido a si mesmo, aquilo seria por Jimin, não por si próprio. E se aquela história virasse um assunto entre ele e Mingyu, ele não mentiria.

— Quando?

domingo.

Mingyu soltou um gemido baixo e profundo quando Jungkook deslizou a língua em seu pescoço, suas mãos subiram da cintura até o cabelo dele, então eles estavam se beijando outra vez.

A personalidade de Mingyu refletia no jeito que ele beijava. Ele beijava calmo, lento e doce. Até mesmo quando Jungkook pedia e exigia mais, ele continuava naquele mesmo ritmo, sempre um lago de águas calmas. Mas havia intensidade no que era lento, e Jungkook apreciava aquilo em cada leve arrepio gostoso que sentia quando dedos carinhosos acariciavam sua nuca e lábios macios o beijavam no pescoço.

Eles estavam sozinhos e o quarto iluminado apenas pelas luzes que piscavam da televisão deixada em mute, quando Jungkook segurou o queixo de Mingyu e disse contra a boca dele.

— Eu quero você dentro de mim dessa vez.

Porque ele sentia falta da dor e da queimação, e de sentir algo que pareça ser insuportável, até que se torne tolerável, então bom de um jeito que o fizesse querer mais. Ele queria sentir mais.

Mingyu fodia do mesmo jeito que beijava e fazia todo o resto. Devagar, calmo, intenso. Ele dizia coisas doces e Jungkook às vezes queria que ele calasse a boca porque ele ficava tímido, e aquilo às vezes causava algumas risadas entre um momento e outro.

Quando acabava, era raro Jungkook sentir sono instantaneamente, ele acabava cansado, mas nem tanto, Mingyu quem normalmente estava mais sonolento, então Jungkook o empurrou para o chuveiro e o deixou lá, depois colocou shorts folgados e foi fazer algo para comer.

A cozinha do dormitório era um pequeno retângulo de quatro metros quadrados separado do quarto por um balcão. Nesses seis metros eles conseguiam encaixar uma geladeira pequena, um fogão e uma pia. Todos os armários ficavam pendurados na parede acima.

Jungkook jogou tudo o que precisava para fazer dois lanches em cima do balcão, então seu celular apitou com uma notificações de mensagem.

de: [jamen]
ta fznd oq?
11:45pm

tava transando
na sua cama
✔✔
11:46pm

de: [jamen]
pelo menos um de nós
tô considerando terminar tudo e ir transar com uns caras de fraternidade como vc disse
ele não quer me comer :(((((
11:46pm

de: [jamen]
vou voltar p casa
espero encontrar os dois vestidos e meus lençóis limpos
obrigado
11:50pm

vou pedir comida então
achei ridículo vc ter se recusado a cozinhar ontem
✔✔
11:50pm

de: [jamen]
"jimin, como um cozinheiro vc eh um ótimo dançarino"
cínico cretino
11:50pm

Jungkook riu e guardou tudo o que havia pego para fazer os lanches e pediu comida. Mingyu saiu do banheiro minutos depois. A comida e Jimin chegaram ao mesmo tempo.

Os três discutiram por um tempo sobre qual filme assistir — Mingyu insistindo em alguma ficção científica, Jimin esperneando por uma comédia romântica, Jungkook pronto para brigar por qualquer um da Marvel. No fim, eles acabaram assistindo Viúva Negra que Jungkook queria porque Jungkook tinha seu jeitinho particular de convencer cada um de um modo diferente.

Ele adormeceu depois dos primeiros vinte minutos de filme.

[...]

quarta-feira
12:47

Jimin já estava no Danban, sentado com Mingyu, Hyejin e Kai, quando Jungkook apareceu. Bastou um olhar significativo do mais velho para o Jeon saber que eles iriam até o apartamento de Namjoon naquele dia.

Eles almoçaram, e uma hora depois estavam se dirigindo à Hongdae, um dos bairros mais conhecidos e turísticos de Seoul. Jungkook ainda não tinha conhecido o apartamento do Kim, mas se ficava ao redor daquele bairro, ele sabia que não era um apartamento mediano nem barato.

— Você conseguiu a senha do computador? — Jungkook perguntou enquanto Jimin encaixava o carro em uma das vagas do estacionamento do prédio.

— Consegui, ontem. Disse que queria fazer uma pesquisa para a faculdade e fiquei olhando quando ele digitou. É um monte de número. Eu teria olhado os arquivos dele naquela mesma hora se ele não tivesse atrás de mim.

— E você anotou?

— Não.

— E tem certeza de que lembra de todos os números?

— Sim.

Jungkook estava certo ao pensar que o apartamento não era pouca coisa. Tinha vinte andares, um hall de recepção que beirava o luxo com portas de vidro, moldes do que pareciam mógno, um grande lustre e plantas enormes e saudáveis decorando o lugar. Eles seguiram para o elevador. Quando chegaram no andar, Jimin sacou a chave que Namjoon lhe havia dado e abriu a porta.

O lado de dentro do apartamento era menor do que Jungkook imaginou, mas ainda sim consideravelmente grande comparado ao que ele havia ficado quando chegou em Seoul depois de deixar Busan. Ao entrar no recinto, eles seguiram por um pequeno corredor que se abria para a sala. A parede em frente era três quartos uma janela com cortinas cinzas que alcançavam o chão. Tinha um sofá branco e uma televisão de tela plana pendurada sobre a parede à esquerda e ao lado de uma outra passagem, que devia dar para a cozinha.

Jimin os guiou para a direita onde mais um corredor se abria com três portas paralelas. Ele abriu uma delas, e eles estavam dentro de um pequeno escritório.

Jimin se pôs em frente a mesa e abriu o notebook que estava ali. Ele começou a digitar.

— Ah, merda — Jimin grunhiu. Jungkook olhou por cima do ombro dele e leu o aviso de que a senha estava incorreta.

— Você é muito idiota. Por que não anotou, porra?

— Cala a boca, eu esqueci de um nove, acho — Disse, e tentou outra vez.

Mais um aviso de senha incorreta.

Jungkook balançou a cabeça e começou a olhar ao redor. Era uma sala simples exceto pela janela que ocupava uma parede inteira assim como a sala, e exibia uma bela paisagem do centro da cidade, e mais para o norte, a N Seoul Tower se erguia, um pouco sem graça à luz do dia. Tinha algumas plantas decorando a sala, e um sofá pequeno do outro lado da mesa, assim como dois quadros de arte decorando a parede. Um deles era o desenho da mandíbula e pescoço de um homem que Jungkook achou extremamente parecido com Jimin.

Jungkook se encostou sobre a mesa de vidro ao lado do amigo e cruzou os braços.

— Consegui — Jimin anunciou depois de quatro minutos, empolgado — Só tem quatro arquivos. Hmmm, Sihyuk? — Ele leu o nome de um deles. Jungkook ergueu as sobrancelhas — Droga, tem outra senha para abrir essa porra. Espera aí — Ele abriu a estrutura de tópicos do arquivo. Não podia ler todo o conteúdo mas pelo menos dava para ter uma ideia do que se tratava.

Quando o bloco de informações se abriu, Jungkook se aproximou e leu em voz alta.

— Transações ilegais. Propina. Desvio e lavagem de dinheiro — Um sentimento muito parecido com confusão e medo de algo começou a tomar conta de Jungkook a cada tópico que ele lia. Ele encarou Jimin com um ponto de interrogação gigante na testa — Jimin, por que seu namorado tem um arquivo cheio de informações do meu pai?

Não havia erro. O nome do arquivo era Jeon Sihyuk.

— Eu não sei?! E ele também não é só seu pai, Jungkook, ele...

Jungkook franziu o cenho.

— É o presidente — Completou — Seu namorado tem um arquivo sobre o presidente da Coreia do Sul.

— E o que isso tem a ver com drogas?

Jungkook ficou sem silêncio. Ele não fazia a mínima ideia do que pensar sobre isso.

— Seu pai é corrupto?! — Jimin exclamou, sobrancelhas erguidas e olhos arregalados — Todos esses tópicos são de crimes envolvendo ele.

Com isso, Jungkook abriu um pequeno sorriso de lado recheado de desgosto.

— Não me surpreenderia.

Não mesmo. Não é uma surpresa quando pessoas ruins aparecem fazendo coisas ruins.

— Vamos ver o outro arquivo, espera — Ele se debruçou sobre o notebook outra vez — Choi — Era o nome de outro dos arquivos — Só tem um tópico: Família, Jungkook leu — Tríade? Droga, não dá pra ver os tópicos desse, ou não tem nada.

Jungkook arregalou os olhos e se pôs ao lado do amigo, encarando a tela do notebook.

— Jimin, a máfia — Disse.

— O que?

— Tríade, a máfia. A maior da Coreia. — Jungkook encarou a confusão estampada no rosto de Jimin — Nunca ouviu falar?

— Não? Como assim máfia?

— Eu só sei disso, que é uma máfia.

— Você acha que eles trabalham para essa Tríade? Namjoon e Taehyung? E aquele cara lá?

— Talvez?! Talvez eles só estejam pesquisando sobre ela? Eu não sei — Jungkook sacudiu a cabeça.

— O Namjoon...

A expressão de Jimin se fechou, como se ele não conseguisse imaginar o Namjoon que ele conhecia fazendo parte de algo assim. Jungkook entendia, se fosse em outra época, ele também não conseguiria, mas depois de ter visto tudo o que viu nas últimas semanas, aquilo não o surpreendeu tanto quanto deveria.

— Você vai falar com ele? — Jungkook perguntou.

— Não... eu vou assassinar ele, Jungkook.

— Não pergunta sobre meu pai, ele provavelmente não vai contar nada assim como o Taehyung — Jungkook ponderou — Na verdade, não pergunta nada.

— Por que não?

O barulho de uma porta sendo aberta à distância chamou a atenção dos dois. Eles trocaram olhares rápidos de surpresa e imediatamente Jimin se debruçou sobre a mesa, fechou os arquivos abertos e bloqueou a tela do notebook. Eles saíram do cômodo às pressas, desacelerando ao chegar no corredor.

Jimin foi na frente, andando despreocupadamente enquanto Jungkook fechava a porta atrás de si lentamente.

— Ei, não sabia que viria para cá — Ele escutou a voz de Namjoon quando Jimin alcançou a sala.

Jungkook apareceu logo atrás dele. Os olhos de Namjoon correram para o mais novo, mas Jungkook estava com a atenção na porta de entrada, onde Taehyung estava parado do lado de fora com uma mão na maçaneta.

— Jungkook, o que está fazendo aqui? — Namjoon questionou, então Jungkook olhou para ele.

— Vim trazer o Jimin e aproveitei pra usar o banheiro — Mentiu. Alívio se instalou em suas entranhas quando Namjoon assentiu sem dar muita importância.

— Bom, então você pode dar uma carona para o Taehyung de volta ao dormitório, ele ia levar meu carro. Me dá minhas chaves — esticou uma das mãos na direção do garoto ainda parado na soleira da porta.

Taehyung olhou para Jungkook e ergueu as sobrancelhas.

— Tudo bem você me dar uma carona? — Perguntou.

— Não tem problema — Jungkook respondeu. Tinha problema sim, mas era só uma carona, e não precisava ser nada além disso se ele não abrisse a boca.

Depois da confirmação de Jungkook, Taehyung lançou as chaves no ar e Namjoon a pegou com uma mão só.

Jungkook olhou para Jimin, o mais velho tinha a expressão fechada e os braços cruzados, um olhar de análise cuidadosa para o namorado.

— Eu já vou — Jungkook avisou, e Jimin assentiu para ele.

— Te vejo no dormitório mais tarde.

Taehyung e Jungkook saíram do apartamento lado a lado, e entraram no elevador em silêncio. Do décimo oitavo andar até o estacionamento subterrâneo, eles desceram sozinhos, e Taehyung encarava o metal da parede do elevador à sua frente com fixação e braços cruzados, enquanto Jungkook mexia no celular para aliviar o clima.

Assim que eles entraram no carro, Taehyung se virou para Jungkook.

— O que vocês realmente estavam fazendo?

— Oi? — Jungkook franziu o cenho enquanto dava partida no carro.

— Eu te conheço — Taehyung disse e Jungkook reprimiu a vontade de revirar os olhos — Tenho a impressão de que você não subiu só pra usar o banheiro. O que vocês estavam fazendo?

— Ok, me pegou — Jungkook ergueu uma mão com a palma virada para a frente sem tirar os olhos do caminho — Jimin estava me mostrando a coleção de plugs do Namjoon, tem um com um cristalzinho azul claro que eu achei lindo. Talvez eu compre um igual.

Taehyung ficou em silêncio, mas pela visão periférica Jungkook sabia que ele o estava olhando. Depois de um tempo, Taehyung desviou o olhar.

— Não vai me contar?

— Eu acabei de contar — Jungkook rebateu.

— Tudo bem — Taehyung suspirou.

O resto do caminho seguiu silencioso. Ao chegarem no dormitório, Taehyung saiu e o agradeceu com um pequeno sorriso, que Jungkook respondeu apenas com um assentir. Ele subiu para seu quarto e sentou-se na cadeira atrás de sua mesinha, então abriu o google.

"삼인조: TRÍADE.

Fundada em 1930 pelas famílias Choi, Jung e Park após a Grande Depressão e a queda da antiga maior máfia sul coreana, a Camorra, a Tríade foi criada com o objetivo de reunir e centralizar todo o controle da atividade ilegal do país em um lugar só, restaurante lucros e alianças que faziam circular todo o submundo asiático.

Cada família fundadora forma a ponta de um triângulo poderoso. Na base, os Choi e os Jung, gerentes de comando, e organizadores de ações em nome da Tríade. Na cabeça, os Park, líderes passados de geração em geração, uma monarquia hierárquica criminosa que seguiu à risca os métodos adotados pela antiga Camorra, liderando com inteligência e descrição, passando de pai para filho."

Jungkook se debruçou sobre o computador e com os olhos cerrados.

"Os Park mantiveram seu posto no topo da cabeça triana por noventa anos e três gerações, e foram responsáveis por uma das alianças mafiosas mais significativas já realizadas nos últimos anos: a parceria entre A Tríade dos Park, e a máfia chinesa Mitsuha dos Zhang. Mas Park Chaemin não viu sua queda chegando até que Kim Jungseok estivesse em sua porta, com a lealdade dos Choi e dos Jung em uma mão, e a parceira com Sun Yee On, maior rival da Mitsuha, em outra. Assim, depois de nove décadas, os Park não mais lideravam a Tríade. O comando criminoso passou a pertencer à Kim Jungseok e sua família.

Quase três décadas no poder (ainda contando) foram o preciso para que, na mão dos Kim, a Tríade ocupasse o lugar de segunda maior máfia asiática da atualidade. A organização controla a maior parte do tráfico de drogas do país, fornecendo e sendo fornecida à níveis internacionais, mantém ações em várias empresas de nome, além de projetos e pequenas áreas de atuação rentáveis em níveis inimagináveis, influência sobre todas as camadas da sociedade sul coreana, como política, polícia, mídia, empresários e bancários, além da boa relação cultivada com a Sun Yee On, e com a Yakuza, o terror asiático."

Depois de chegar ao final do texto, Jungkook continuou procurando mais sobre a máfia, em busca de outros nomes ligados à ela ou algo do tipo, mas não havia nada além das fotos e nomes de líderes e membros do passado, e duas imagens que supostamente pertenciam à Jungseok, porém, ambas com uma qualidade terrível. Encontrou mais algumas pesquisas sobre o modo de agir da Tríade, sua descrição enorme comparada à outras organizações mafiosas do mundo inteiro e algumas consequências da infiltração triana nos poderes coreanos. E encontrou o número de baixas que poderiam ou não estar relacionadas às ações trianas. Não era um número pequeno, não desde sua criação, e certamente não nos últimos trinta anos.

Ao final de tudo, Jungkook chegou a conclusão de que aquilo poderia ir muito, muito além do que ele e Jimin tinham imaginado que Taehyung e Namjoon estavam envolvidos. Muito além do que apenas drogas.


Eu sei que esse foi um capítulo bem qualquer coisa, chatinho e tal mas ele foi necessário, e acreditem, essa porra me perturbou por semanas pq justamente por ele ser assim, eu tava com preguiça de escrever e não conseguia terminar kkkk

Mas o capítulo 6 é meu favorito dessa primeira parte gente juro se eu pudesse eu postava ele hoje, ele tem ponto de vista do Taehyung, do Jimin, tem interação do Jungkook com o Chanyeol e no geral eu gosto mt dele, tô super ansiosa pra postar.

Não esqueçam de deixar suas opiniões sobre o que estão achando da história aqui mesmo ou no twitter usando a tag: #tkbreakup blz?

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