When you met me in detention.

By lwtexts

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Depois de muito aprontar na escola de Wassed, Harry Styles tem seu plano de acabar com a olimpíada anual - de... More

primeiro.
segundo.
terceiro.
quarto.
quinto.
sexto.
sétimo.
oitavo.
nono.
décimo.
décimo primeiro.
décimo segundo.
décimo terceiro.
décimo quarto.
décimo quinto.
décimo sexto.
décimo sétimo.
décimo oitavo.
décimo nono.
vigésimo.
vigésimo primeiro.
vigésimo segundo.
vigésimo terceiro.
vigésimo quarto.
vigésimo quinto.
vigésimo sexto.
vigésimo sétimo.
vigésimo oitavo.
vigésimo nono.
trigésimo.
trigésimo primeiro.
trigésimo segundo.
trigésimo terceiro.

epílogo.

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By lwtexts

Aristóteles diz que, a coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras. E, em partes, ele está certo. Não se garante amor sem ter coragem. Não se garante paixão sem ter coragem. Não se garante absolutamente nada sem coragem.

Harry julgava Louis uma pessoa corajosa.

Assim como Louis julgava Harry uma pessoa corajosa.

Seu otimismo durante todo o tempo, o qual passou estudando para fazer o exame, extremamente, concorrido, era invejável.

E todas aquelas palavras positivas que ele disse durante todo o período estudioso, renderam-lhe uma bolsa de cem por cento na universidade de Moscou.

Louis conseguiu o segundo lugar e sequer acreditou e/ou comemorou, porque a felicidade de Harry ao ver seu nome classificado em primeiro lugar o fez esquecer de quaisquer outras coisas.

— Eu não posso acreditar! Aí meu Deus! Eu nem acredito em Deus, Louis, mas aí meu Deus! A gente conseguiu! Conseguimos, Louis. Nós vamos estudar em Moscou! - O mais novo gritava dentro de seu quarto, apontando para a tela luminosa de seu computador. E, a frase que começou gritando animado, terminou de maneira chorosa. Ele realmente estava desacreditado.

— Se acalme - William levantou-se da cama do garoto, ajoelhando-se próximo a cadeira onde ele estava sentado, e tocou em seu queixo, secando as lágrimas de felicidade que molhavam as bochechas do mesmo. — Eu estou tão orgulhoso de você, lyubov. Eu disse que você havia se esforçado o suficiente para passar, não disse?

— Louis, eu estou tão feliz! - Ele sorriu entre o pranto, beijando a pontinha do nariz de seu namorado, o fazendo sorrir também. — Minha mãe deve estar tão orgulhosa, Lou, eu estou tão entusiasmado!

Tomlinson sentiu-se mais feliz ainda ao ouvir aquilo, nunca viu Syles tão feliz em todos os momentos nos quais passaram juntos, ele nunca pensou que aquilo fosse o fazer tão bem.

.

A mudança para Moscou teve de ser rápida, as aulas começavam em menos de duas semanas e o casal estava sem - absolutamente - nada fixo no país.

Os pais de Harry negaram a mudança de início, era óbvio que eles o fariam, e Louis estava lá quando Harry deu um discurso sobre o quão insensíveis eles eram por tentarem estragar seus sonhos. Eles demoraram cerca de três dias para aceitarem aquilo. Cillian apenas revelou que Harry tinha uma herança horas antes do embarque do casal, e o garoto se controlou muito para não surtar no aeroporto.

Louis fez aniversário ao que chegaram em Moscou.

Harry chorou por estarem longe dos amigos e não poder dar-lhe uma festa, mesmo que pequena. Louis sorriu pela reação do garoto.

Bem, talvez não estivesse em seus planos passar seu aniversário em uma banheira de hidromassagem que havia no quarto de hotel - que haviam alugado por alguns dias -, mas ele tinha Harry ali, e era melhor do que qualquer coisa.

Seu almoço de aniversário foi em um restaurante de comida Italiana, ele poderia até julgar Harry por ter escolhido aquele lugar já que estavam na Rússia, mas sabe que o garoto apenas fez aquilo porque sabe que o paladar de Louis é difícil de se acostumar com novas culinárias.

Ambos passaram o natal no mesmo hotel, recebendo serviço de quarto e assistindo à programas locais de televisão.

Poderia se considerar chato passar o natal longe da família, mas eles eram uma família, mesmo que uma pequena.

O casal separou três dias da estadia para procurarem por apartamentos mobiliados para alugarem e, escolheram um próximo à faculdade.

A mudança não foi complicada, afinal, eles ainda tinham poucos pertences, mas isso não anula a animação e o entusiasmo de ambos ao perceberem que aquele apartamento seria deles durante alguns anos de suas vidas.

Não era um enorme apartamento, mas era o suficiente para os dois.

Haviam uma linda vista para a cidade no quarto do casal, onde também havia uma bay window, a qual Harry se apaixonou desde o primeiro momento.

Eles estavam felizes. Eles eram felizes.

Normalmente, a felicidade é constituída em picos. Todos têm um pico de felicidade em algum momento da vida, todos desejam que aquele momento nunca acabe porque nunca se sentiu tão feliz. Mas chega uma hora que ele acaba, não totalmente, mas ele cessa por algum tempo e você não é acostumado com aquela sensação de perda.

Harry se sentiu assim após poucas semanas de aula.

Louis não entendeu a reação do namorado ao ser questionado se estava tudo bem. Ele pediu para passar um tempo sozinho e o outro aceitou isso.

E era claro que em algum momento da mudança Harry sentiria saudades de Wassed, sentiria saudades de sua mãe. Ele achava estar muito distante dela, e tal pensamento quase o fez desistir da faculdade.

William o impediu, não diretamente, mas passou horas conversando com seu garoto e apontando os prós e contras da desistência da faculdade que ele tanto se esforçou para ingressar.

E, finalmente, ele fez Harry ceder e aceitar que precisava de um psicólogo.

Louis o confortou, dizendo que também precisava, e aquilo fez Styles ter um pouquinho mais de confiança.

A carga horária da universidade era pesada, porém mesmo estudando oito horas por dia, eles trabalhavam.

Louis deu sorte em encontrar um pub na esquina da faculdade, onde tocava no período da noite e recebia dobrado nas sextas-feiras. E Harry deu sorte em ser contratado em um escritório de design gráfico. Era óbvio que ele havia começado com muito pouco, mesmo cursando aquilo.

Harry era o mais reclamão, ele mesmo admitia isso. Cansava muito rápido, sequer tinha vontade de se levantar no sábado para ir à sessão de terapia.

No entanto, as coisas estavam indo bem, melhor do que o esperado.

Mesmo que as brigas e discussões os cansassem, eles tinham o próprio jeitinho de resolver, Louis geralmente era o primeiro a ceder, incrivelmente mais compreensível, Harry o admirava pois, às vezes, nem ele mesmo se suportava.

Foram longos quatro anos.

Ambos evoluíram muito durante esse tempo. Amadureceram. Criaram novas visões de mundo. Aprenderam novas coisas sobre o outro. Viciaram-se em novas coisas. Passaram por incontáveis apertos. Ajudaram um ao outro nos momentos difíceis. E sempre, sempre, estiveram ali, um pelo outro, dando o suporte necessário para aguentar toda aquela pressão.

As formaturas haviam sido momentos gratificantes e emocionantes, Louis nunca viu Harry chorar tanto como quando o assistiu discursar ao pegar seu - tão esperado - diploma.

A banda Dirty Smoke entrou em pausa e, durante esse tempo, ganharam inúmeros admiradores, coisa que surpreendeu os rapazes. Sempre haviam comentários nas redes sociais de pessoas pedindo um "comeback", era divertido quando a banda fazia chamada de vídeo e se recordavam dos divertidos momentos que passaram juntos.

Cada vez que Harry subia de cargo era uma comemoração diferente. Mas ele realmente não esperava receber uma oportunidade tão boa no escritório em que trabalhava ao que se formou.

Uma vez que o final do ano chegou, o casal viajou para Wassed, fazendo uma surpresa para os amigos.

Harry visitou Moretz antes de qualquer outra pessoa, sendo recebido por Leslie, que já havia completado doze anos, ele sequer acreditou.

Moretz parecia tão orgulhosa quando o viu, e revelou estar ao abraçar o cacheado, chorando quando o escutou dizer que já estava formado.

Styles passou a tarde na casa da mulher, tomando chá e comendo biscoitos. Leslie também participou do chá da tarde, ainda chamando Edward de príncipe.

Dirty Smoke fez um show experimental naquele final de ano e, inacreditavelmente, os ingressos se esgotaram em pouquíssimas horas.

Hunter e Harry realmente usaram uma camiseta branca com a escrita em preto, que dizia "Dirty Smoke's bitch". Seria vergonhoso se Edward não estivesse animado para caralho assistindo aquele show.

Louis estava tão feliz e animado naquele palco, os olhos de Harry brilhavam ao assisti-lo e ouvi-lo cantar, era gratificante demais, Harry nunca se sentiu tão orgulhoso. Sequer reclamou de ter seu corpo sendo empurrado por outros corpos suados e fedidos.

Eles se casaram.

Se casaram em Wassed.

A cerimônia foi simples, nada muito grande.

Ninguém além da família e dos amigos compareceram.

E, por incrível que pareça, a cerimônia foi feita no jardim da antiga casa de Styles.

Cillian e Scott insistiram para que fosse ali.

A situação deles era complicada. Nunca houve um pedido de perdão, ou algo parecido. Harry também nunca conseguiu esquecer tudo o que seus pais cometeram para consigo mesmo. Mas as coisas estavam estáveis, ele preferia mantê-las do jeito que estavam. Mesmo que não soubesse se seus pais se arrependeram ou não.

Eles se casaram com vinte e três anos, no verão de Wassed.

Não havia sobre o que reclamar. A cerimônia foi a coisa mais especial do mundo, Harry tinha as pessoas mais importantes de sua vida ali, assim como Louis, que apenas saiu de perto de seu pai para tirar as fotos com os poucos convidados.

A melhora de Dave o fez chorar ao conversar com o homem.

Tudo parecia tão diferente mas tão igual. Harry e Louis sentiam falta do conforto de Wassed.

Infelizmente, a Dirty Smoke teve de se separar. Não porque os integrantes haviam deixado de serem amigos, mas porque cada um gostaria de seguir seu próprio caminho. Mas eles prometeram gravarem covers para subirem no YouTube assim que se encontrassem novamente.

Louis nunca pensou que uma carreira solo fosse dar tão certo.

Também nunca pensou que Harry sentiria ciúmes dos elogios que recebia em suas postagens no Instagram.

.

Cerca de dois anos depois, Louis tinha singles lançados e inúmeras entrevistas postadas no YouTube, ainda trabalhava em seu primeiro álbum e pensava no quão rápido havia crescido. Era claro que nunca conseguiria chegar onde está sem o apoio de seu marido, seus amigos e até mesmo de seu pai.

Tomlinson tinha respostas na ponta da língua para muitas coisas. Quase nunca se contentava em responder um "não sei", mas foi isso o que ele respondeu quando Styles citou 'filhos'.

Foram semanas discutindo pacificamente sobre isso.

Harry o abraçou e o agradeceu quando ele disse que poderiam tentar.

Adotar filhos - à essa altura do campeonato -, não estava em seus planos. Realmente não estava.

Mas seus pensamentos mudaram quando ambos visitaram um orfanato russo, no centro da cidade de São Petersburgo.

As crianças eram carentes, faziam de tudo para impressioná-los, era óbvio que elas gostariam de sair daquele lugar horrível, era óbvio que elas gostariam de ter um lar e de poder ter uma família. Louis sabia exatamente como era esse sentimento, sentiu-se insuficiente ao conversar e brincar com todas aquelas crianças no pátio do orfanato e dar-lhes falsas esperanças, mesmo que não intencionalmente.

Harry se encantou por uma garotinha chamada Irina, ela tinha apenas seis anos e protegia sua irmã mais nova com unhas e dentes, lembrava uma leoa com seus filhotes, ela era uma graça de menina. Pouco fechada, mas muito protetora.

Seus cabelos ruivos estavam presos em um coque apertado, os fios estavam cheios de gel. Ela vestia um uniforme largo do orfanato, porém parecia aquecido o suficiente para que suas bochechas ruborizassem, seus olhos eram verdes, tão verdes que poderiam ser comparados à esmeraldas, não havia brilho, como poderia haver? A pequena, ao seu lado, não estava muito diferente, porém usava um rabo de cavalo, que parecia machucá-la, Harry caminhou até elas, sem sequer avisar Louis, que ainda interagia com a diretora do orfanato e com as crianças, ele recebeu o olhar desconfiado de Irina, e não insistiu em retribuir, apenas arrumou o cabelo ondulado da menor, que agradeceu baixinho, parecia aliviada ao não sentir mais aquele aperto em sua cabeça.

Ambos passaram o resto da tarde ali, Anastasia, como a mais nova se apresentou, era mais animada, tinha apenas dois anos, um pouco de dificuldade na pronuncia das palavras, porém muito entusiasmada com a visita.

Durante todo o processo de adoção, Harry quis tornar aquilo algo confortável para Irina, que achava que seria separada da irmã. Ela tinha uma personalidade forte, mas nunca chegou a ser mal educada para com os mais velhos.

Tomlinson e Styles estavam se mudando para um apartamento maior, a decoração dos quartos estava sendo uma parte importantíssima daquele período. Harry e Louis gravavam diversos vídeos, mostrando cada uma das partes fofas dos quartos.

Harry havia se tornado incrivelmente bom em demonstrar sentimentos, Louis o beijava cada vez que percebia sua evolução durante todos aqueles anos. Todo aquele orgulho não cabia em seu peito. Era demais.

Tudo era demais.

Louis se sentia inseguro ao pensar que faltava muito pouco para receber suas filhas em casa. Tinha medo de não conseguir ser um bom pai, tinha medo de não conseguir dar-lhes amor e carinho o suficiente. Deus, ele tinha medo de muitas coisas.

Mas Harry parecia ter mais.

Harry fez Louis jurar e prometer que independente do que acontecesse ele sempre estaria ali por elas.

E ele jurou e prometeu.

Edward havia se tornado uma pessoa extremamente emotiva. O mais novo chorou durante toda a noite antes de recebê-las. Estava nervoso e ansioso. Estava mais estressado ainda, chegou a reclamar por trocarem o lado da cama, considerando que ele sempre dorme no lado esquerdo. William evitou ao máximo sorrir com a situação, o abraçando por trás e acariciando suas coxas desnudas.

A adaptação foi um processo delicado. Harry pensou que não conseguiria.

Sentiu-se péssimo ao que Irina lhe chamou de chato.

Sentiu-se um monstro. O pior responsável do mundo.

E ele apenas tinha recusado deixá-la tomar sorvete às nove horas da noite.

Styles chorou escondido no banheiro, mas nada passava batido aos olhos do marido, que percebeu seus olhos inchados enquanto arrumava as camas das garotas.

Tomlinson sentou-se sobre o edredom rosa, da Barbie, e puxou o cacheado para ficar em pé, entre suas pernas, durante o tempo em que o explicava calmamente a mente das crianças ao terem algo negado e dizia que não faziam por mal. Elas realmente não tinham noção do que machucava ou não.

Foi um ano conturbado, mas também havia sido um dos melhores anos da vida de ambos.

[...]

O final do ano havia chegado mais uma vez.

A casa estava certamente decorada para o Natal, que se aproximava. A grande árvore de natal tinha bolinhas com fotos da família e, coincidentemente, a estrela da árvore era uma foto de suas filhas, recortada em formato de estrela.

Harry sorria sincero sempre que olhava para aquela estrela no topo da árvore.

Haviam flocos de neve de papel colados nos vidros das janelas. Meias penduradas nas lareiras e guirlandas em quase todas as portas.

Até mesmo a toalha de mesa tinha um tema natalino – isso havia sido ideia de Louis.

Harry sentia-se preguiçoso para fazer qualquer coisa quando olhava para fora e via a neve cair levemente do céu, principalmente por estar só naquele enorme apartamento, o qual não ficava em silêncio durante o dia.

Harry confessa que odeia pegar férias em datas diferentes das datas dos outros integrantes da família.
Odiava ficar sozinho em casa, mas era o que lhe restava. Se ele pudesse arrancaria suas meninas da escola mais cedo todos os dias.

Passou o dia assistindo filmes e conversando com Hunter – por ligação –, que parecia muito entusiasmada com a construção de seu consultório no centro de Wassed.

Ouviu a porta ser aberta algumas horas depois do usual, e levantou-se rapidamente, calçando suas pantufas e percebendo as filhas correrem para dentro de casa.

Louis tinha as duas mochilas em seus ombros, fechando a porta e sorrindo para o marido.

Edward teve suas pernas abraçadas por Anastasia, e logo teve sua cintura abraçada por Irina.

— Oi, meus amores! - Ele sorri, retribuindo os abraços das filhas, percebendo ambas terem os lábios sujos de chocolate. — O que vocês comeram e não trouxeram para mim?

— Mamãe, nós comemos churros de chocolate, o papai nos levou em um caminhão de churros! - Anastasia conta animadamente, fazendo Harry sorrir e perceber que ela esticava as mãos, pedindo por colo.

Harry engatou suas mãos sob as axilas da mais nova, a confortando em seu colo e beijando sua bochecha.

— Mas a gente trouxe para você, mamãe - Irina explicou, caminhando até seu pai e pedindo por sua bolsa, retirando a embalagem de lá. — Só que deve ter esfriado um pouquinho porque caminhamos na neve...

— Está tudo bem, minha princesa, obrigado por trazer. - Ele se abaixa, beijando a testa da ruiva, a vendo sorrir timidamente.

— Elas recebem beijos e eu não? - Louis questiona dramático, falando com seu sotaque britânico, provocando a confusão no rosto de Ana, que estava no colo do cacheado. — Bom saber sobre essa seletividade.

— Louis, eu te amo, que po— deixe quieto. Eu não vejo minhas filhas desde cedo, senti falta delas. Te vi há duas horas.

— Estou brincando, eu sei que você me ama. - Tomlinson deixou um beijo estalado na bochecha do marido, retirando seu casaco pesado e o pendurando no cabideiro rústico. — Vou tomar um banho, tudo bem? Qualquer coisa me chame.

— Tudo bem, Lou - O assiste caminhar pelo corredor, acendendo as luzes e desaparecendo ao entrar no último quarto do mesmo corredor. — Como foi a aula de vocês?

— O papai já perguntou, temos mesmo que responder? Está congelando, ficar falando faz meu queixo tremer, olha! - Irina demonstra, tremendo seu queixo, Harry arqueia seu cenho, entreabrindo seus lábios e acenando positivamente, fingindo acreditar.

— Mas eu não sou o papai de vocês, eu também quero saber como vocês foram na escola.

— Huh, eu pintei algumas coisas por causa da prova que a professora me deu hoje. Aí tinha que mergulhar o dedo na tinha e pintar dois aviõezinhos. Mas isso na primeira questão. Nas outras tinha que escrever, e foi muito chatooo! - Irina conta, de maneira apressada, chegando a atropelar algumas das palavras.

— E você? Me conte como foi seu dia. - Direcionou a pergunta à menor, que encostou a cabeça em seu ombro e bocejou.

— Eu passei cola em um fiozinho branco e desenhei um gatinho com o fio, a tia anotou na minha agenda alguma coisa mas eu não sei o que é, o papai sorriu lendo. - Anastasia gesticula suas pequenas mãos e Harry assente, sorrindo orgulhoso de ambas.

— Sua prova estava fácil? - Indagou à Irina, que fez que sim com sua cabeça. — Que bom, meu amor. Você já tem sua nota?

— Sim! Eu tirei nota dez, mas o papai pegou minha prova e guardou no carro. Ele encheu minha bochecha de beijos.  A Ana ficou com ciúmes, sabia?

— Não fiquei com ciúmes, mãe, eu nem sei o que é ciúmes.

— Ficou sim, Ana. Tanto que o papai também teve que te dar beijinhos porque você é um pouco invejosa.

— Não comecem. Por Deus, vocês acabaram de chegar. Vamos lavar as mãos. Tenho um serviço para vocês duas.

— Ah não, mãe! - Ambas reclamaram em uníssono. Irina cruzou seus braços, pisando forte no chão enquanto caminhava até a pia e arrastava o banquinho no chão, para alcançar a torneira aquecida.

— Irina, amor, não faça assim, você sabe que eu não gosto. - Harry a corrige, ajudando Anastasia a lavar suas mãozinhas.

A ruiva nega com a cabeça, engolindo seco e seca suas mãos, fazendo um beicinho em seguida. — Desculpa, mamãe. É só que eu estou cansada porque tive educação física na escola e está tãoo frio...

— Vamos fazer biscoitos decorados, você não quer participar?

— Ela não quer porque ela é chatinha. - Anastasia diz, enquanto sente a água enxaguar suas mãos.

— Chata é você, sua chata. - Irina lhe mostra a língua e Anastasia retribui a ação.

Harry jura que evita sorrir.

— Vou deixá-las de castigo caso continuem se ofendendo. - Revela com a voz firme, secando as mãos da menor e a colocando no chão.

— Desculpa. - As duas pedem em coro e o mais velho sorri, assentindo para elas.

— Vejam, precisamos preparar o mise en place, sabem o que é?

— Mamãe, eu não aguento mais você e o papai falando nessas línguas estranhas que eu não conheço. - Irina reclama, ajeitando, com dificuldade, suas mechas ruivas atrás de suas orelhas.

— Deixe eu te ajudar, minha princesa. - Harry retira o elástico de seu pulso, prendendo o cabelo da filha em um rabo de cavalo frouxo, para não machucá-la. — Está bom assim?

— Sim, obrigada. - Ela assente sorrindo.

Anastasia já tem seu cabelo amarrado, ela conta que seu pai amarrou durante o tempo em que ela tentava comer um churros e sentia fios de cabelo lhe atrapalharem.

Harry não conteve sua risada porque o cabelo da filha estava totalmente desarrumado, mas ela parecia confortável, então ele não mexeria.

— O mise en place é a base da nossa organização. Vamos separar tudo o que for necessário para fazer os biscoitinhos nessas tigelas aqui - Ele recolheu os plásticos e deixou sobre a mesa. — Entenderam?

— Sim! - As duas respondem sorridentes.

— Quem quer quebrar os quadradinhos de chocolate para mim?

— Eu! Eu quero, mamãe! - Irina corre até Harry, apoiando suas mãozinhas na borda da mesa e ficando nas pontas dos pés, para que pudesse ter uma visão melhor do mise en place. — A Ana não tem forças para quebrar os quadradinhos. Mas se ela quiser eu posso quebrar e dizer que foi ela.

— Não será necessário, vida, sua irmã vai fazer outra coisa. - O cacheado a conforta, abrindo a embalagem de chocolate e entregando para sua filha.

Anastasia ficou encarregada de colocar os ingredientes no grande recipiente para misturá-los. Era óbvio que ela tinha a supervisão de Harry e, quase, derrubou o pote com todos os ingredientes dentro.

O coração do esverdeado quase saiu pela boca. Sequer conseguiu conter um palavrão em inglês.

Uma vez que terminaram de fazer a massa do biscoito, fizeram as formas de bonequinhos, pirulitos e meias, com as pequenas formas. A cozinha estava uma bagunça, mas Harry não se importava em ter de limpar aquele monte de trigo no chão e nos balcões.

— Agora vamos para o banho. - Edward diz, retirando suas luvas de pano logo após colocar s biscoitos no forno.

— Quem chegar por último toma banho primeiro! - Irina gritou, correndo para fora da cozinha e sendo acompanhada de sua irmã mais nova.

Harry odiava quando aquilo acontecia porque teve de lidar com os choros das quedas diversas vezes. Era sempre bom evitar ter uma filha machucada.

— Não corram! Eu não vou deixar vocês ajudarem na decoração se me desobedecerem— Irina desça já da cama.

— Eu ganhei! A Ana vai tomar banho primeiro.

— Não. Vocês duas vão. - Louis diz enquanto seca seu cabelo, agora longo, sendo a salvação de Harry. — A banheira acabou de encher.

Styles sorri agradecido, assistindo as mesmas adentrarem o banheiro, ainda emburradas.

— Obrigado. Elas estão me deixando de cabelos em pé hoje. - Ele passa as mãos em seu rosto, as apoiando na cintura em seguida, percebendo Louis se aproximar e beijá-lo com doçura. Céus, ele sentia falta de seu marido.

— Vou separar os pijamas delas e trago aqui, certo? - William questiona em um sussurro cansado e Edward acena positivamente.

— Estamos fazendo sua receita doce favorita de natal. - O esverdeado conta, há certa animação em sua voz, ele faz Louis sorrir.

— Eu percebi pelo cheiro. Elas ajudaram mesmo ou você só diz isso para elas acharem que ajudaram?

— Não, pridurok. Nossas filhas realmente ajudaram. Elas são minhas pequenas cozinheiras.

— Por que está fazendo os biscoitos tão antes do natal? Vamos receber alguém esse ano?

— Não, eu apenas quis fazer alguns dias antes. Gosto de cozinhar para essa época do ano. E, ah, precisamos comprar os presentes delas. - Harry cochicha no ouvido do acastanhado.

- Eu já comprei. Comprei hoje enquanto elas estavam na aula.

— Oh, sério!? - Styles questionou animado, batendo palmas rapidamente e dando pequenos pulos. — Você comprou a casinha e o navio de bonecas? Não acha que elas vão brigar?

— Não, ninho, acho que não. Deixamos no quarto que elas usam para brincar, porque se deixamos no quarto de cada uma delas... você já sabe o que vem em seguida. - Louis explica, sorrindo com a expressão assustada do marido. — Por que está tão ansioso com essas coisas?

— Não estou ansioso, é só que... ah, Lou, vocês passam o dia todo fora de casa, chegam aqui cansados e não fazem quase nada em família.

— Meu amor, não fique chateado - Tomlinson sela seus lábios nas pétalas rosadas do mesmo e sorri. — Pegarei férias em pouquíssimos dias e então faremos todas as atividades em família que você quiser.

— Tudo bem. Agora eu vou banhá-las para decorarmos os biscoitos. Você vai nos ajudar, não é?

— Apenas se usarmos nossos aventais em conjunto.

Harry revira os próprios olhos, mordendo seu lábio inferior e deposita um último selar de lábios no mais velho antes de assentir e caminhar até o banheiro.

A hora do banho, geralmente, é a hora mais agitada pois as meninas amam brincar na água, mas o frio fazia com que elas não quisessem se mexer, nem mesmo para lavarem seus cabelos. Dessa vez elas permaneceram quietas, tremendo de frios e se recusando a deixarem a banheira e água morna.

Louis ajudou Harry, contando uma histórias para descontrair as garotinhas, enquanto o marido enrolava Anastasia em uma toalha felpuda de unicórnio, igual a toalha na qual Irina era enrolada.

Irina já estava na idade de começar a fazer as coisas básicas, sozinha, coisas como: tomar banho; escovar os dentes; vestir-se; arrumar a própria cama, mas Harry, às vezes, cedia os caprichos da filha, vestia-a com seu pijama de pinguim, que era quase como uma fantasia.

Anastasia tinha um igual, porém era de urso, Louis adorava aquele pijama.

— Está quente? - O azulado questiona, abotoando o pijama e desvirando a toca da filha, que assente para sua pergunta. — Está confortável? - Ela assente de novo. — Tudo bem então, ursinha.

— Esse nome é engraçado papai. - Anastasia gargalha, sua vozinha falhando ao soluçar.

— E como os ursos fazem?

— Assim: - A pequena finge ter garras e franze seu cenho. — Rawr! - Emite um baixo rugido, fazendo ambos os pais gargalharem.

— E você, minha pinguinzinha? Como que os pinguins andam? - William se direcionada à filha mais velha.

Irina junta suas pernas e entorta seus pezinhos para fora, balançando seu corpo de um lado para o outro e andando pela banheiro. Harry e Louis gargalham, levantando-se para que saíssem do cômodo.

— Mamãe faz cachinhos no meu cabelo? - Ana pede, fingindo fazer cachos com seus dedos e Harry assente.

— Eu também quero! Mas o meu cabelo é muito grande, vai dar certo? - Irina questiona, apontando para seu longo cabelo ruivo e encharcado d'água, enquanto Louis anda atrás da mesma e coloca uma toalha sobre sua cabeça, fazendo a mais nova bufar divertida e retirar o pano, que atrapalhava sua visão.

— Tudo bem, sentem-se aqui - Harry aponta para a cama, esperando as garotas lhe obedecerem, mirando seu olhar para o rosto sorridente de Louis. — Você pode desligar o forno? Por favorzinho?

— Por favorzinho! - Anastasia repete, juntando suas mãos, fazendo os dois sorrirem.

— Ana você não pode se intrometer nos assuntos dos nossos pais.

— Mas eu só repeti o que mamãe falou, Nina.

— Está tudo bem, sua irmã não se intrometeu em nossos assuntos, amorinha. - Styles toca a bochecha de Irina, percebendo a mesma acenar positivamente. — Venha, vou trançar o seu cabelo.

— Vai ficar melhor que os cachos, não vai?

— Vai sim, os cachinhos não parariam em seu cabelo.

Harry recebeu reclamações durante o tempo em que fazia uma trança embutida no cabelo da primogênita, que dizia ter seu couro cabeludo machucado, e então ele dizia que não conseguiria completar o penteado caso não tirasse as mechas escondidas. Ela aceitava, de primeira, e depois voltava a fazer manha. Irina era a mais carente de ambas, estava melhorando em demonstrar isso. Aos pouquinhos.

— Vocês não vão à psicóloga esse final de semana porque é natal e ela tirou férias, o.k? - O cacheado avisa ao que termina de arrumar o cabelo das duas, ajudando Irina a prender as presilhas em seu cabelo.

— Ah - Anastasia faz um beicinho chateado. — Ela entrega doces de manhã. Você não deixa a gente comer doce de manhã, mamãe.

— Não deixo vocês comerem doces nas manhãs dos dias de semana. - Corrigiu, acenando para fora do quarto e apagando as luzes quando as pequenas correram para a cozinha.

— Papai! Você viu nossos cabelos? - Ana gritou, e Irina encostou o indicador em sua própria boca, pedindo para ela falar mais baixo. Anastasia sussurra um "desculpa" baixinho.

— Vocês estão lindas minhas princesas. Mas e vocês? Gostaram dos penteados que mamãe fez em vocês?

— Sim, né, pai - Irina responde, como se fosse óbvio. — Mesmo se não gostássemos, você nos chamou de princesas então está bonito.

— Você é tão espertinha, sua mãe era assim quando menor. Direto e exato. - William comenta, organizando o balcão da decoração dos biscoitos.

Edward morde seu lábio inferior, corando fortemente e entrelaça seus dedos atrás de seu corpo, sorrindo envergonhado.

— Ele era?

— Ô se era. - Arqueia as sobrancelhas, chamando pelas filhas e colocando os aventais nelas. — Venha colocar o seu avental. - Louis chama pelo marido, esse que caminha timidamente até ele, recebendo ajuda para amarrar o tecido em suas costas.

— O que vocês querem decorar primeiro? Os bonequinhos, as meias ou os pirulitos? - Tomlinson questiona, apontando com cuidado para cada uma das figuras de massas assadas.

— Os bonequinhos, papai! - Anastasia é a primeira a responder, sendo seguida pela irmã, que tenta acompanhar a frase.

A decoração é uma zona completa.

O casal havia deixado as filhas tentarem decorar as figuras escolhidas, é claro que haviam suas supervisões, mas as pequenas não tinham coordenação motora nenhuma, o que resultou em decorações não tão bonitas quanto aquelas decorações de filmes e fotos na internet. Mas nenhum dos dois se incomodou, as crianças estavam felizes, estavam se divertindo e achando aquilo um máximo, nada poderia deixar pais mais felizes do que a felicidade de seus filhos.

— Ficaram lindos! - Harry elogiou, recebendo o olhar sarcástico e desacreditado de Louis sobre si, o mesmo que não ousou contestar, não estragaria a felicidade das filhas.

— Esses bonequinhos juntos são vocês dois - Irina apontou para os biscoitos próximos um do outro, e continuou a falar: — Eu fiz papai e Ana fez mamãe. - Ela sorriu, suas mãos estavam sujar de doce, assim como suas bochechas. Harry marejou seus olhos e sequer disse algo, apenas beijou a testa das filhas e olhou para cima, tentando evitar que as lágrimas caíssem.

— Mamãe? Não chora. Você achou feio? - O mais nova questionou, balançando seus cachinhos, parecia preocupada.

— Não é isso, meu amor. É só que eu amo muito vocês e às vezes— Às vezes eu não consigo expressar. - A voz do esverdeado embarca, ele sente Louis se aproximar e abraçá-lo por trás, apertando os dedos em sua cintura e acariciando o local.

— Mas você não precisa chorar porque a gente também te ama.

— É verdade. - Irina concorda, acenando de maneira positiva com a cabeça.

— O que vocês acham de assistirem algum desenho na sala enquanto preparamos o jantar? - Louis sugeriu, retirando os aventais que as irmãs usavam e os pousando no encosta das cadeiras.

Elas assentiram, correndo para a sala e deixando ambos sozinhos.

— Não chore, meu bem, você sabe que nós te amamos. Falamos isso todos os dias antes de sairmos de casa e antes de dormirmos. - O mais velho dá uma meia-volta entorno do marido, ficando à frente do mesmo e encostando a cintura do menor na pedra gelada do balcão. — Eu te amo - Beija a bochecha rosada de Edward, sentindo a umidade e o gosto salgado das lágrimas em seus lábios. — Eu amo você. Meu Deus, eu amo você incondicionalmente.

— E é por isso que você é casado comigo. - Ele repete a frase que William diz ao tê-lo chateado com algo.

— Exatamente. - Louis beija a outra bochecha do cacheado e, por fim, deixa um selinho nas pétalas rodadas e adocicadas do marido.

[...]

— O Papai Noel sempre vem no finalzinho da noite do aniversário do papai. Que é daqui poucos dias. - Anastasia tagarela, sentando-se na cadeira da mesa, com a ajuda de Louis.

— Isso mesmo. Mas vocês tem de estarem dormindo, senão ele não deixa presente nenhum e vai anotar o nome de vocês na lista de crianças que não merecem recompensas.

— Nós fomos crianças respeitosas, papai? - Irina questiona, colocando a touca de seu pijama e aguardando por seu prato de risoto.

— Bom, eu acho que vocês saíram um pouco da linha em alguns momento - Ele respondeu honesto, montando outro prato, recebendo olhares tristes e beicinhos de suas filhas. — Mas vocês merecem os presentes que escolheram, com certeza o Papai Noel os trará.

O casal apenas se serve quando terminam os pratos das pequenas. É engraçado terem de lidar com birras infantis porque não querem comer salada, nunca se imaginaram naquela situação. Harry realmente não se importava em lidar com aquilo, insistindo para que as filhas comessem, sentia-se orgulhoso por ter uma família e por poder ter a maioria de suas refeições com eles, o que não conseguia fazer quando menor, em sua própria casa.

O jantar é incrivelmente barulhento. As garotas engatam em incontáveis assuntos, que sequer terminavam de contar, e começavam outro. Harry sequer conseguia engolir sua comida de tanto que as respondia. Louis não estava muito diferente, à cada garfada eram cinco respostas.

Logo após ajudar na cozinha, William seguiu para a sala, junto com as pequenas, que tentavam tocar seu violão, e era óbvio que não conseguiriam nada além de "arranhos".

Harry sentou-se no tapete, tendo Anastasia em seu colo e a cabeça de Irina apoiada em sua coxa, enquanto Louis tocava as músicas infantis que as filhas pediam.

Até mesmo Harry cantou "Barbie Girl", o que foi divertido, Irina e Anastasia insistiam para que ele contasse mais músicas infantis com elas, e ele o fez.

[...]

— Agora, que estão com os dentinhos escovados, as mãozinhas lavadas e se divertiram cantando, é hora de ir para cama. - Louis diz, autoritário, mas suave.

As crianças, que brincavam no tapete da sala, levantaram-se depressa, recolhendo seus bichinhos de pelúcia e caminhando rapidamente para o corredor.

Irina parou em sua frente, lhe oferecendo uma continência e sorrindo divertida. — Sim, capitão!

— Papai é capitão? - A menor pergunta, seus olhinhos arregalados e Irina assente em concordância.

— Sim, eu sou capitão e vocês devem obedecer o capitão, então, já para a cama.

— Sim, capitão! - As duas respondem, se escondendo em seus quartos.

Tomlinson visita cada quarto individualmente, cobrindo as garotas  deixando um beijo de boa noite em suas testas, antes de fechar as portas e acender a luz do corredor porque sabe que elas ainda temem.

— Deu tudo certo, capitão? - Styles indaga ao que o mais velho adentra o quarto, está usando um robe de flanela e suas pernas estão desnudas. Seria uma visão sensual se o nariz do esverdeado não estivesse vermelho por conta do frio e seu rosto não estivesse inchado pelo choro recente.

— Não faça isso comigo, Edward Styles. - Ele tranca a porta, apagando as luzes e percebendo ter a lareira acesa. — Irina te contou sobre o que aprontou na escola hoje?

_ O quê? Ela aprontou? Ela não me disse nada.

— Ela não te disse porque ficou com medo de que você se entristecesse.

— Estou curioso, Louis, me conte!

— Acalme-se - O azulado conforta-se sob os cobertores, ajeitando os travesseiros atrás de suas costas, do mesmo jeito no qual Harry se encontrava no momento, ele recolhe o livro no qual estava a ler noite passada e o deixa em seu colo. — Irina disse que estava fazendo a prova com tinta e tinha que pintar apenas dois aviões, porque era o que dizia no enunciado. Mas ela estava fazendo essa tal prova ao lado de uma aluna que trata a amiga dela mal, então Irina simplesmente pintou um avião a mais na prova da outra enquanto a mesma estava desatenta.

— Puta merda, essa menina é inacreditável. - Edward gargalhou jogando sua cabeça para trás e escondendo seu sorriso com as mãos.

— Ela é a sua cópia, Harry.

— Não diga isso. Não me faça chorar agora...

— Mas ela é, ninho. O que podemos fazer? - Louis pergunta retoricamente, encaixando sua mão na cintura do mais novo e o trazendo para perto. — Eu te amo. Eu amo elas. Eu amo a nossa família. Obrigado por me fazer feliz, Harry.

— Eu te amo, Louis. Obrigado por ter me dado a chance de te fazer feliz.

Há alguns anos, Louis havia dito que, a felicidade é um estado de espírito, que cada um tinha de encontrar sua própria felicidade. Também havia dito que esperaria por Harry. O esperaria até que encontrasse sua felicidade.

Harry vêm ponderando sobre essas falas de Louis há um tempo e, agora, ele tem certeza de que encontrou sua felicidade.

Sua felicidade estava na coragem, na bravura, na amizade e no amor que construíram durante todos esses anos.

Harry não poderia estar mais feliz.

Nenhum dos dois se esqueceriam de quando se encontraram na detenção, afinal, foi ali onde aquela interminável história começou.

~•~•~•~•~•~•~•

Q&A

harry, quando foi que você percebeu que amava o louis?
puta merda, acho que, nem sempre você sabe o momento exato, entende? você apenas sabe que aquele sentimento sempre esteve ali, mas você nunca teve coragem o suficiente para o expor... amar louis, provavelmente, foi o melhor que pode me acontecer.

louis, você vai conseguir perdoar a sua mãe? e se você perdoou, como está a relação de vocês?
eu realmente não conseguiria perdoá-la, não posso dizer que guardarei um rancor eterno dela, afinal, ela me ofereceu amor e um lar por muitos anos. as coisas desandaram, saíram dos trilhos, o trem nem sempre segue sua rota inicial, mas, atualmente, eu acho que não tenho a capacidade de perdoá-la. e, bem, as cartas ainda chegam na minha casa, em wassed.

harry e louis, qual é o momento preferido de vocês juntos?
harry: huh, eu acho que foi quando nós viajamos para yoston. ver louis tão confiante no palco daquela festa com certeza é um dos meus momentos preferidos.
louis: provavelmente o meu momento preferido é o momento em que harry diz que me ama. eu havia morrido por onze segundos naquela noite e acho que morri por alguns segundos naquele momento também.

louis, qual foi sua primeira impressão ao ver o harry?
eu questionei a sanidade mental dele. porque, porra, não é sempre que se encontra um garoto sentado em um dos assentos do auditório, enquanto há uma guerra acontecendo ao seu redor e o sensor de fumaça molha todo o seu uniforme e encharca seu corpo.

você (autora) já tem outra fanfic em mente?
yepp, e essa nova fanfic conta com um pouco de mistério 👀

por que o cillian se tornou frio com o próprio filho? ele não percebeu que harry era o que mais estava sofrendo com a morte da mãe e depois sofria mais ainda com o seu afastamento?
boa pergunta, é uma ótima oportunidade para que eu esclareça o personagem do cillian. bem, eu quis retratar algo mais real, tenho em mente que nem sempre algo acontece de tal modo, mas, como citado anteriormente, cillian teme harry por ele ser muito parecido com arabella. harry se parece com a mulher em exatamente tudo, desde o jeito de andar até o jeito de falar ou a aparência. cillian via arabella em harry e aquilo o assustava. cillian sempre temeu perdê-lo, e optou por não deixar o garoto se aproximar novamente pois, caso algo acontecesse, ele achava que não sentiria-se como sentiu ao perder sua mulher.
a relação deles se tornou pacífica com o tempo, mas harry nunca chegou a perdoá-lo e ele nunca chegou a pedir o perdão de harry. são coisas que nem sempre necessitam de um pouco final, eu acho que o relacionamento de harry com os pais será finalizado com uma vírgula.

AGRADECIMENTOS

jansjdndjdbsjwsj

mal posso acreditar que chegamos ao fim de mais uma fanfiction :( eu deveria estar feliz, e estou, o apoio que vocês me deram com essa fanfic foi surreal pra caralho, eu nunca me senti tão feliz. eu gostaria de agradecer cada um de vocês que me deram a oportunidade de tirar um tempinho da vida de vocês para apresentar minha estória.

muito obrigada à todos que chegaram até aqui <3

agradeço todos os elogios que venho recebendo por conta de wymmid e peço perdão caso não tenha conseguido surpreender vocês.

sentirei saudades de wymmid :( mas saibam que vocês sempre serão bem-vindos em wassed, só não garanto que conseguirão se formar sem serem expulsos pelo carter 🙊

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