Era época de natal, todos adoravam arrumar a casa, principalmente Rebekah. Hayley e Eliza ficaram encarregadas de comprar os outros enfeites, as duas foram até as ruas de Nova Orleans, onde tudo estava tão animado, o som dos saxofones, as pessoas dançando durante o dia. Mas então, Hayley reconheceu um rosto, um rosto não tanto amigável desde da última vez de sua aparição.
Tyler Lockwood. Hayley na mesma hora paralisou, deixando Elizabeth confusa, ela olhou pra morena, que encarava seriamente Tyler, com um sorriso diabólico em seu rosto.
— Mas que droga! — Hayley resmungou assim que olhou pela segunda vez, vendo que Tyler já não estava mais ali.
Da íltima vez, ele veio atrás de seu sangue, na verdade o sangue de sua filha, e agora que ela estava crescida, e bem, não tinha apenas mais uma criança Mikaelson, ele iria atrás dos dois, pra usar o sangue deles e criar outros híbridos. Hayley foi o mais rápido possível até a casa de Klaus, que estava brindando algo fútil com o Damon, o que fez Eliza ficar surpresa por não estarem tentando se matar.
— Tyler está aqui! — Hayley diz, rápida e clara.
— O que esse maldito quer? Droga, eu não tenho tempo pra crianças! — o humor de Klaus mudou rapidamente. — A única opção é matá-lo.
— O que? Não! Ele é amigo da Elena, não posso deixar vocês fazerem isso com ele. — Damon disparou, e Klaus soltou uma risada irônica, ele não dava a mínima pra aquilo.
— Espera aí! Matar quem? Do que estão falando? Quem é Tyler? — Eliza pergunta, confusa, e tentando diminuir a tensão que havia ficado ali.
— Sinto muito querida, a história é longa e temos que ser rápidos. — Klaus saiu da sala, junto com Hayley, que parecia mais irritada do que nunca.
— Eliza, eu não posso....— Damon parecia querer ajudar, na verdade, querer impedir, e Elizabeth sabia o quanto Elena importava pra ele, e bem, ela não precisava matar outra pessoa, a não ser que ela não seja inocente.
— Está tudo bem...Eu vou... — Eliza é interrompida por Freya, que desce com uma cara assustada.
— Eles levaram....levaram ele! — Freya diz.
— Levaram quem?
— Henrik.
De repente o telefone de Freya toca, mas Eliza o pega, atendendo no lugar da bruxa.
— Alo? — ela responde.
— OI? Posso falar com Freya Mikaelson? É que Hope Marshall sumiu durante três aulas, na verdade, ela sumiu faz um bom tempo, eu deveria me preocupar? Ou alguém da familia está ciente disso?
— Está tudo sobre controle, obrigada pelo seu aviso! Hope está bem. — Eliza mente durante a chamada, e encara Freya, que agora estava mais preocupada do que nunca, quando Klaus aparece, furioso, novamente.
— Levaram meus filhos. — ele taca o celular em uma das paredes, fazendo o aparelho quebrar por todo canto. — Vou matar Tyler Lockwood. E desta vez, nada irá me fazer mudar de ideia, entendido, Eliza?
— Eu só quero meu filho de volta. — a Salvatore assentiu com a cabeça, e Klaus saiu junto a seus vampiros pra uma nova caçada.
Damon bufou, achando um tanto ridículo Tyler se virar novamente contra Klaus, afinal, ele já tentou fazer isso uma vez, e não deu muito certo porque, bem, Klaus sempre vence. E agora, Damon teria que ficar contra Klaus, porque por ordem do destino, Tyler é um grnde amigo da Elena, e ela está feliz o suficiente pra se preocupar com uma nova morte de algum amigo próximo.
— Ele levou a pequena praga.... e a mini Mikaelson, droga Tyler por que tão burro! —Damon resmungava.
Eliza e ele estavam tentando encontrar alguma pista pela cidade de Nova Orleans, Klaus e Hayley estavam na frente, esperando Freya tentar localizar as crianças.
— Estão na igreja! Consigo sentir a magia de Hope por aqui.
— E o Henrik? Consegue senti-lo? — Eliza perguntou preocupada.
— Não.... algo está bloqueando. Talvez ele mesmo ainda esteja pequeno demais pra ser localizado, a magia dele, eu ainda não consigo sentir.
Mesmo Freya tento explicado, aquilo não tranquilizava Eliza, ela estava preocupada com o filho, assim como todos ali. Klaus entrou no carro dirigindo.
— Estou pensando em diversas maneiras de como vou matar Tyler Lockwood. Pensei em colocar fogo, talvez. Ou arrancar cada pedaço de seu corpo, cada dedo, e por último, a cabeça. Ou posso entrar na mente dele, fazer ele se lembrar da dor que foi quando matei aqueles hibridos.
— Nos poupe dos detalhes, Klaus, vamos pegar nossas crianças e sair. — Hayley diz, mas Klaus ri, na hora. Ela sabia que ele faria de tudo pra ver Tyler sofrer só por ter encostado um dedo em seus filhos.
— Chegamos.
Todos saem do carro, Damon olha pra Eliza, preocupado no que Niklaus estava prestes a fazer naquela igreja.
— Tyler Lockwood! Meu grande e antigo amigo, uma praga que me atormenta. — Klaus grita, chamando a atenção de todos que estavam naquela igreja, e que pelo visto eram muitos. — Está usando o sangue dos meus filhos pra criar essas aberrações? Essas pessoas, elas não vão se tornar sua família seu idiota!
— Essas pessoas, eu estou dando a chance delas terem um pingo de sentimento familiar, que você arrancou de mim quando matou meus amigos, e adivinha, você! — ele aponta pra Hayley. — Você me traiu. E doeu, doeu feio.
Quando Tyler virou-se de costas, foi possível ver Henrik desacordado, e Hope acorrentada, e nitidamente fraca.
— Hope! — Hayley gritou, correndo atrás da filha, mas foi segurada por uns 3 hibridos. — Me solta seu idiota!
— Tyler, vamos acabar com essa palhaçada toda. Solta meus filhos agora, antes que eu acabe com você.
— Só quando eu terminar de criar a minha nova família.
— Me desculpa, Damon. — Eliza olhou com culpa pra seu irmão, mas ele a segurou, indo no lugar dela, e enfrentando Tyler.
— Por que tem que ser tão burro? Tô cansado de tentar salvar a vida dos amigos da Elena. — Damon terminou de quebrar o pescoço de todos ali, e libertou as crianças Mikaelson's, levando Henrik no colo. Afinal, ele só tinha 5 anos agora, e ainda estava fraco.
Klaus olhou pra Tyler fugindo, e correu atrás dele. Eliza respirou fundo, olhando com um olhar de agradecimento pra Damon, mas foi atrás de Klaus, pra que ele não cometesse algo maior, e criando outra guerra.
Tyler correu pra floresta, ele estava ferido, Klaus não ia deixar barato pra ele, ele saiu tacando pedaços de madeira que arrancou dos bancos da igreja, e tacando no jovem.
— Niklaus! — Eliza gritou de longe, mas o hibrido não parava. Sua raiva o consumia, só de pensar que ele poderia ter matado seus filhos, tudo isso o consumiu por inteiro. — Ei! Eu faço isso, ok? Eu cuido disso aqui, deixa ele comigo. Agora, vai. Vai ver Hope e Henrik, e certifique de que eles estão bem!
Klaus de primeira não aceitou, mas Eliza sabia controlar sua mente, ela sabia como lidar com aquela situação, e sabia que Klaus iria concordar com ela. E então ele foi.
— Me dê um único motivo pra não arrancar sua cabeça. — Ela se vira apra Tyler jogado no chão, tentando tirar os pedaços grudados em partes de seu corpo.
— Eu não ia mata-los. — ele diz, com sua voz embargada de fraqueza. — E-eu só queria uma família. Klaus matou minha mãe, eu não tenho mais ninguém. Por favor, tenha piedade.
— Escuta aqui, você vai pegar aquela estrada e vai sair dessa cidade, entendeu? Nunca mais, escutou? Nunca mais você vai pisar aqui. Acha que Klaus é ruim? É porque não me conhece, prazer Elizabeth Salvatore, mas na verdade, agora sou uma Mikaelson, e se alguma outra vez você ousar em encostar nas minhas crianças, eu mesma acabo com você, e depois, vou acabar com cada um que venha de sua linhagem.
Tyler correu o máximo que podia. Estava em desvantagem, ele não arriscaria sua vida por nada. Mas o fato de que Klaus matou a mãe daquele garoto, isso eclodiu na cabeça de Elizabeth. E não sairia tão fácil assim.
Ela voltou pra casa, onde todos já estavam seguros, Damon cuidava das crianças, brincando, ou na verdade implicando com elas.
— Klaus, eu preciso....preciso conversar com você. — o hibrido encarou Eliza, imaginando que a notícia seria a morte de Tyler.
Os dois foram pro quarto, onde tinha uma vista linda pra rua. Klaus colocou a mão sobre sua nuca, vendo que o semblante de Eliza estava sério.
— Eu sei que já fez coisas horríveis, mas....matou a mãe daquele garoto?
— Elizabeth, olha, eu... — Klaus tentou falar mas ela gritou bem em seu rosto, a vampira estava chocada com o tamanho da besteira que Klaus tinha feito.
— Me diz por que, ele...é uma criança, ele é amigo da Elena, quantos anos tinha quando a mãe dele morreu?
— Eu não me lembro.....Eu fiz porque sou assim, tudo bem? Sou ruim, por dentro. Essa vontade minha de matar pessoas por vingança, nunca vai mudar. E naquele dia, eu estava com raiva, muita raiva. Sou egoísta, e não vou mudar! Eu nasci assim, sou ruim.
— Ei! — Eliza colocou suas duas mãos no rosto de Nik, os deixando mais próximos. — Você não nasceu assim. E se eu estou aqui, se eu ainda estou aqui, é porque te amo. Estou aqui pra te provar que você pode mudar, que nós podemos mudar, Nik. Você é bom. Assim como eu, assim como qualquer pessoa que pode ter um pingo de humanidade, mesmo estando morto, ou ferido.
— Porque ficou longe por tanto tempo, Elizabeth? — Klaus sorriu, dando um beijo em sua esposa, que preferiu não insistir no assunto, afinal, esse era o objetivo dela, encontrar a humanidade que ainda havia em Klaus Mikaelson.
E ela não ia parar.