When you met me in detention.

By lwtexts

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Depois de muito aprontar na escola de Wassed, Harry Styles tem seu plano de acabar com a olimpíada anual - de... More

primeiro.
segundo.
terceiro.
quarto.
quinto.
sexto.
sétimo.
oitavo.
nono.
décimo.
décimo primeiro.
décimo segundo.
décimo quarto.
décimo quinto.
décimo sexto.
décimo sétimo.
décimo oitavo.
décimo nono.
vigésimo.
vigésimo primeiro.
vigésimo segundo.
vigésimo terceiro.
vigésimo quarto.
vigésimo quinto.
vigésimo sexto.
vigésimo sétimo.
vigésimo oitavo.
vigésimo nono.
trigésimo.
trigésimo primeiro.
trigésimo segundo.
trigésimo terceiro.
epílogo.

décimo terceiro.

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By lwtexts

Louis estava confuso.

Sobre absolutamente tudo.

Durante a última semana as coisas não têm sido fáceis para si, ele se sentia extremamente sobrecarregado – e não era para menor –, porque não havia mais tempo para seu próprio "eu" em sua própria vida. Louis não tinha mais tempo para cuidar de sua própria alimentação ou tempo para seu lazer.

O problema de Louis é pensar demais nas outras pessoas, sem ao menos perceber que acabada pegando os problemas delas e os tornando problemas seus também. Louis sempre teve empatia, mas também sempre foi muito além do sentimento. Imensamente além.

Querendo ou não aquilo é péssimo, porque além de não ter mentalidade o suficiente para resolver – ou tentar – seus próprios problemas, Tomlinson ainda queria ajudar outras pessoas organizarem suas próprias bagunças.

Seu pai vêm passando noites seguidas em bares, o telefone fixo toca todas as noites, a atendente sempre está dizendo que Dave está passando mal e precisa de ajuda, ou que alguém vá buscá-lo. Louis sempre gasta o dinheiro que economiza desde os catorze anos com carros de aplicativo para buscar seu pai em um bar próximo.

Ele está cansado.

Tudo em si doía, até mesmo seus fios de cabelo, se é que aquilo era possível. Ele não queria se levantar, não queria abrir as cortinas de seu quarto e muito menos sair para fora do cômodo. Louis queria permanecer ali, junto a sua bagunça, ao mesmo tempo que queria permanecer ali apenas para ignorá-la e, porra, aquilo não era possível. Tomlinson não conseguia ignorar aquilo tudo completamente, era difícil 'pra caralho, era complicado, ele sentia como se sua cabeça fosse explodir a qualquer momento e ele mal sentiria aquilo.

Louis não queria ter de viver aquele dia. Não queria ter de chegar na escola e encontrar Harry triste, não queria se esforçar para animá-lo, ele só... Não queria sair da sua zona de conforto.

Mas mesmo sentindo um angustiante sentimento parasitar em seu peito, ele se levantou. Ele preparou o café da manhã para seu pai, fazendo uma salada de frutas geladas com cuidado, correndo as frutas em cubinhos e salpicando um pouco de açúcar, antes de montar pequenos sanduíches com patê de presunto.

Embora Louis estivesse com uma imensa vontade de chorar a todo instante, o rapaz subiu os curtos degraus, segurando gemidos cansados e de dor, para deixar a bandeja do café sobre a mesinha de cabeceira de seu pai, o mesmo móvel que estava totalmente bagunçado, repleto de embalagens de comprimidos para dor de cabeça e antidepressivos.

Louis se despediu de seu pai com um beijo rápido e silencioso em sua testa enrugada. Dizendo que voltaria logo para o jantar.

Tomlinson foi para a escola sentindo-se um merda total, ele não iria, realmente não, mas a energia de sua casa pesava e, ele se sente um idiota por pensar isso, mas estar longe de seu pai – às vezes – é o melhor que ele faz.

Seus passos eram arrastados enquanto ele caminhava para dentro da instituição. Ele não fazia a menor ideia de como estava sua aparência e, não fazia questão de saber. Louis se sentia alheio à tudo, à qualquer coisa. Nada parecia ser original, nem ao menos real. Seus pensamentos oscilavam entre "caralho, eu preciso dormir" e entre "eu preciso ir embora", não eram muito distintos, mas era o que era. As vozes ao seu redor estavam distorcidas em sua mente, era embaraçoso, ele se sentia desesperado.

Harry estava em frente ao seu armário, como sempre faz, haviam fones de ouvidos pendurados em volta de seu pescoço, enganchados na gola amarrotada de sua camisa polo do uniforme, enquanto um lampejo de preocupação atingiu sua feição ao perceber o estado em que Louis se encontrava.

William não se lembra de nenhuma palavra que Styles o dirigiu, porque ele estava distante demais pra ouvi-lo.

Seus olhos pesavam como nunca fizeram antes, e o dia parecia não passar, embora ele soubesse o quão rápido o tempo estava passando para os outros alunos, que reclamavam quando o sinal soava no interior da sala, indicando que outra aula estava prestes a começar.

Louis estava confundindo a realidade. Ele se sentia drogado.

Tomlinson pediu desculpas internamente para Harry quando saiu da escola sem sequer visitá-lo na biblioteca, mas ele não aguentava sequer mais um minuto dentro daquele colégio.

Enquanto entrava na balsa de travessia para, enfim, ir para sua casa, Louis se desequilibrou, pouco depois de sentir uma forte onda de tontura e dor lhe cobrir. Sua sorte foi uma senhora cuidadosa que segurou em seu braço quando adentrava a balsa também, sentando-se ao lado do rapaz durante toda a travessia e o levando até a porta do sobrado. Tomlinson se pegou pensando se não deveria ser ao contrário...

Ao que chegaram, ele agradeceu imensamente a senhora, se oferendo até mesmo para pagá-la pela companhia, mas ela negou, beijando a bochecha febril do mais novo e pedindo para que ele se cuidasse, dando dicas de remédios naturais que fariam com que ele não ficasse tão grogue em seu dia a dia. O azulado assentia, embora tivesse certeza de que não faria absolutamente nenhum dos remédios que a senhora dizia.

Louis sequer tinha noção do local para onde estava a olhar, porque sua visão estava inteiramente turva. Seus olhos estavam abertos mas ele sequer conseguia enxergar. Ele pensava que morreria naquele dia.

Mas foi só pisar seu pé no degrau de entrada de sua casa que, como apertar em um botão de uma fita cassete, onde mostraria todos os seus momentos – felizes e infelizes – de vida, lembranças caíram sobre si como uma bigorna, e ela pesava demais, porque boa parte do peso não era do objeto, e sim de suas próprias costas, que carregavam aquele peso sigilosamente todos os dias.

Louis sentia uma dor imensa pois ele não sabia por quanto tempo mais poderia segurar aquilo, não fazia a menor ideia de quanto tempo levaria até que suas pernas cedessem e ele caísse, deixando aquela bigorna pressionar seu corpo até que ele esteja implorando por ar...

Ele pediu perdão para seu pai por não poder cuidar dele naquela noite.

. . .

— Seu pai disse que você desmaiou semana passada, por que não respondeu nossas mensagens no final de semana? - Luke questionou ao amigo, arrumando seu topete lotado de gel, antes de entregar uma garrafa de cerveja para Louis, que estava sentado em um velho balde – virado de cabeça para baixo –amarelo de tinta.

Era dia de ensaio da banda, eles gravariam um novo cover para publicar no Youtube depois de um longo tempo sem postar nenhum vídeo no canal. Louis estava nervoso, fazia muito tempo desde a última vez que cantou e, os acontecimentos recentes não o favoreciam muito.

Estar na garagem de Zayn, reunido com seus amigos, o faz se sentir acolhido de certa maneira, ele gosta disso, da sensação.

— Meu celular descarregou na sexta-feira do desmaio e eu não carreguei até hoje. - O mais velho entre os amigos respondeu, dando um gole na bebida amarga antes de quase virar a garrafa. — Não 'tô afim de mexer nas redes sociais.

— O que aconteceu, cara? Você não é de ficar desmaiando por aí não. - Calvin questiona preocupado, sentado sobre a tapeçaria que suporta o peso da bateria musical.

— Nada, nem se preocupem, 'tô de boas agora e 'tô ansioso 'pra ensaiar com a banda de novo, eu senti falta disso. - Ele sorri, realmente animado, erguendo suas mãos enquanto Zayn fecha a porta da garagem, acedendo todas as luzes possíveis.

— Ainda é segunda-feira, os vizinhos do Malik vão enlouquecer. - Calvin comenta sorrindo feito uma criança ao apertar uma campainha e sair correndo.

— Ele é rico, pode pagar multa, e ainda é cedo, eles não podem reclamar. - Luke profere, sentando-se na banqueta da bateria de Calvin.

— Justamente por ser cedo eles podem reclamar. Você já foi mais inteligente, Luke. - Louis brinca, se levantando e deixando a garrafa vazia de cerveja no chão, ao lado do balde onde estava sentado.

Ele caminha apropriadamente rápido sobre o tapete felpudo da garagem vazia, segurando a base gelada do apoio de seu microfone, regulando altura do mesmo, enquanto os garotos afinam seus instrumentos.

— E aquele garoto que você disse que iria sair e não pôde vir ao ensaio? - Zayn questionou, se referindo ao dia da festa de rua em que Louis levou Harry. Ele sorriu se recordando do dia e negou com a cabeça, sentindo suas bochechas esquentarem repentinamente. Qual é, que porra 'tava acontecendo?

— É o Harry, nos conhecemos no dia que eu fiquei com o cu na mão pensando que ia ser expulso. Vocês se lembram, não? O dia da explosão e do fogo na escola. O Zayn estava lá!

— Oh, sim! Aquele dia foi do caralho, me mijei de rir com as brigas. - O moreno sorriu, jogando pequenas balinhas coloridas de Skittles dentro de sua boca, passando o pacote de mão em mão até chegar em Louis.

— Eu conheci ele na detenção. Ele é legal 'pra caralho, até elogiou nossa banda.

— Só falta você nos trocar por ele. - Calvin Rodgers bateu as baquetas fortemente nos pratos da bateria. Louis franziu seu cenho, achando aquilo impossível de acontecer. Ele conhece os garotos há quatro anos e Harry há menos de quatro meses.

— Isso não vai acontecer, não pense merda. - Tomlinson retirou sua guitarra do apoio, passando seus dedos pelas cordas e afinando as chiadas.

— O Louis não vai trocar a gente por ele porque ele quer pegar o garoto, são situações completamente diferentes. - Calvin diz, antes de beber o último gole que há em sua garrafa, a deitando no chão e chutando para a parede.

Louis amarfanha seu cenho em confusão, arqueando uma de suas sobrancelhas enquanto tentava não agir de maneira estranha, querendo ou não aquilo o incomodava, mas não de uma maneira ruim.

— Eu não quero pegar ele. Parem de inventar coisas. Vamos logo com isso.

— Ih, ficou todo desconsertado - Luke Malak gargalhou, apontando para o mais velho, que fingiu sorrir junto aos garotos e lhes deu o dedo anelar como resposta às gargalhadas. — Vai falar que é hétero agora, Tommo?

— Eww? Eu não sou, mas também não quero pegar ele.

— Tudo bem, mas você disse que ele é legal, o que acha que marcarmos algo juntos? - Malik questionou esperançoso e o azulado revirou os olhos, apoiando a fita da guitarra em seus ombros.

— Não acho que seja uma boa ideia, na verdade, eu não sei, eu não conheço muito ele e, pelo que sei, Harry não sai muito de casa. Podemos ensaiar agora?

— Tudo bem! Vamos deixar a câmera gravando já? - Luke pergunta, se posicionando atrás do teclado, sentando-se no banco, antes de Louis negar.

— Vamos passar a música pelo menos uma vez, depois nós gravamos.

— Beleza. - Malak o responde sorrindo, apertando levemente as teclas, antes de todos estarem corretamente posicionados e Calvin bater as baquetas três vezes uma na outra.

Para Louis, provavelmente, ensaiar antes de gravar era a melhor coisa que eles faziam, assim podiam repassar algumas mudanças, como: "Hey, Louis, o que acha de prolongar o 'ground'?", "Oh, tipo, 'with your feet on the air and your head on the groounnd'?", "Yeah, yeah, tipo isso!"

— Bem, nós somos a banda 'Dirty Smoke' e esse é o nosso cover de 'Where's my mind'. Por favor, deixem suas opiniões sinceras, somos apenas quatro garotos de dezoito anos. - Ele sorri divertido, pouco tímido para a câmera, antes de voltar para trás do apoio de seu microfone.

Louis respirou fundo – sorrindo contra o microfone – quando introduziu Where's my mind. Seus dígitos da mão direita iam de encontro com as cordas barulhentas da guitarra, enquanto os outros dedos de sua mão esquerda eram destinados a fazerem os acordes, pressionando fortemente as cordas para que o som saísse o mais nítido possível.

— With your feet on the air and your head on the ground - Sua voz saiu mais rouca do que ele esperava. Havia um sorriso involuntário em seus lábios, ele sabia que estava sorrindo porque sentiu saudades daquilo, sentiu saudades de estar com seus amigos e de tocar com sua banda. Sentiu saudades de fazer o que realmente ama. Seus olhos estavam gentilmente fechados, para que ele pudesse sentir a harmonia de todos os instrumentos juntos, até mesmo das vezes em que a sola de seu tênis ia de encontro com o carpete posto no chão. — Try this trick and spin it, yeah. - Louis brincou na última parte, fazendo os amigos sorrirem e tirarem suas atenções para o vocalista.

—Your head will collapse. But there's nothing in it.
And you'll ask yourself - Ele voltou a abrir seus olhos, sentindo sua mão – que apoia o braço da guitarra – suar, enquanto sua franja bagunçada está quase cobrindo sua visão, caindo sobre seus cílios. — Where is my mind? Where is my mind? Where is my mind?

Há um pequeno solo de guitarra nesse momento, Tomlinson se afasta do microfone com rapidez, para que pudesse o fazer, e volta, roçando seus lábios contra a dura rede que cobre o microfone.

— Way out in the water. See it swimming!

Louis volta a tocar junto à Zayn, que está na bateria, concentrado demais em seu próprio instrumento.

Eles gostam do que fazem, é visível no olhar de cada um enquanto eles se divertem e se dedicam.

O painel com o nome da banda ainda está pendurado na garagem, exatamente atrás de Louis, está empoeirado, quase não é perceptível o símbolo do anarquismo sobre a letra "i", substituindo o pingo da mesma letra.

Existem outros objetos nas prateleiras manuais feitas de madeira, objetos que os garotos juntaram e trouxeram para a garagem do moreno, tentando decorá-la de uma maneira que fosse remetida à eles e à banda.

— I was swimming in the Caribbean. Animals were hiding behind the rock - Louis se afasta do microfone, tendo sua voz imperceptivelmente mais distante, enquanto está concentrado em seus dedos nas casas e cordas corretas da guitarra. — Except the little fish. Bump into me, swear he's. Tryin' a talk to me, say wait wait.

William abre seus olhos com cuidado, os mirando na lente da câmera, apoiada em um alto tripé, enquanto sentia sua testa suar. Ele realmente se movia muito ao cantar.

— Where is my mind? Where is my mind? Where is my mind? Way out in the water. See it swimming!

Essa era a sua parte favorita. Apenas ele e sua guitarra. Porra, existia coisa melhor do que isso?

A banda continuou o cover de maneira animada, principalmente Louis, que balançava sua cabeça de um lado para o outro e, praticamente, depositava toda a sua potência vocal na finalização da música.

Ao que Tomlinson a finalizou sozinho, ele sorriu, levantando seu olhar cansado em direção a câmera e piscando para a lente, enquanto Luke caminhava até o objeto para desligá-lo.

— Foi foda demais! Eu 'tava com saudades disso. - Calvin grita animado, pousando suas baquetas sobre a bateria e se levanta, se dirigindo até o cooler de gelo – agora quase derretido – e retirando garrafas d'água de lá, arremessando cada uma delas em seus amigos, que as pegavam por reflexo.

— Foi foda mesmo. O solo do Tommo, genial 'pra caralho. Hora que a guitarra chorou, quase gozei. - Malak brinca antes de abrir a tampa de sua garrafa, sentando-se no chão e secando sua testa suada com as costas de sua mão.

— Que nojo, mano. - Calvin o encara com uma expressão desgostosa em seu rosto, enquanto os outros dois gargalham.

— Zayn, você edita e posta no canal? - O mais velho perguntou, segurando a garrafa d'água e a tampa em uma das mãos, enquanto pousava a guitarra no apoio sobre o solo com a outra.

— Deixa comigo.

— Falando nisso, acho que precisamos renovar umas coisas, não? Tipo, a logo da banda e os layouts das redes sociais. - Luke sugere, arremessando o plástico vazio na lata de lixo aberta.

— Concordo, mas acho que podemos deixar isso 'pra depois. - Rodgers diz calmamente, vendo os outros assentirem para sua fala.

— Ah, falando em 'depois', vai rolar uma festa do pessoal de Radpit na sexta-feira à noite, vocês não querem ir? - Malik questiona animado, comentando sobre a festa e os outros três fazem caretas descontentes, realmente ninguém gosta de Radpit.

— Capaz do Tommo apanhar lá. - Luke brinca, escutando a gargalhada de Tomlinson.

Mal o conheciam em Radpit, como ele poderia apanhar? Por Deus.

— Nem me conhecem, Luke, como eu poderia apanhar na festa? Enfim, eu acho que vou, faz tempo que não saio de casa para ir à uma festa, vai ser legal.

— Se ele vai eu vou também, o Louis é o mais responsável, se alguém der pt ele traz 'pra casa. - Rodgers profere e Louis revira seus olhos.

— Só pensam em mim quando é 'pra isso, não é? Falsos do caralho.

— Mas hein, Louis, por que você não chama o carinha lá 'pra ir com a gente? Você disse que ele não sai muito de casa mesmo. - Luke pergunta, e Louis se sente desconsertar, realmente. Ele apenas não sabe, por que chamaria Harry? Há sentido nisso?

Não.

Por que ele está agindo assim quando citam o nome do garoto? Talvez seja apenas saudades, sim? Ambos não se veem desde sexta-feira e, Louis faltou às aulas no dia de hoje.

— Não, melhor não. Qualquer coisa eu aviso vocês. - Decide, arrumando sua franja, que está uma verdadeira bagunça, em frente ao espelho manchado de um retrovisor retirado de um moto, pousado sobre uma das prateleiras de madeira.

— Vamos almoçar na barraca de cachorro-quente do Jimmy! Sinto falta de ir lá. - Rodgers sugere, abrindo a porta pesada da garagem e fazendo os garotos reclamarem por conta da luz solar que invade o lugar.

— Depois vamos ao fliperama, vou dar uma surra no Zayn lá na máquina do Mario Kart. - Luke caminha para fora, puxando o moreno pelo casaco, esse que sorri divertidamente e caminha de forma preguiçosa atrás do garoto.

Louis vai logo em seguida, aguardando por seu amigo, que puxa o portão para baixo e o fecha com toda a sua força possível. Corando logo após por ter gemido ao fazer força demais.

Louis tem os melhores amigos que alguém poderia sequer pensar em ter.

. . .

Louis estava ignorando Harry desde sexta-feira passada, então era isso que Harry pretendia fazer com o mesmo também, se o rapaz sequer aparecesse na escola.

Harry não conseguiu manter quatro meses de amizade. Ótimo.

Era realmente incrível.

— Edward? O jantar está posto à mesa, e eu estou indo embora, não posso deixar meu cachorro sozinho durante à noite. - Moretz bateu na porta de seu quarto, avisando sobre o jantar, e tudo que recebeu como resposta foi: "uhum".

O quarto de Harry estava uma verdadeira baderna.

Alguns desenhos estavam colados com fitas nas paredes, até mesmo na cabeceira – de tecido macio em sua cama – havia desenhos.

Harry desenhava coisas aleatórias, compulsiva e descontroladamente, apenas para tentar tirar de sua mente os finos traços do desenho que havia feito – há poucos minutos – do rosto de sua mãe.

Era dolorido lembrar dela, claro que era. Que filho em sã consciência não sentiria falta de sua mãe? Ainda mais sendo uma mãe perfeita como Arabella era? Harry sente muito, por não ter sido um filho bom o suficiente para que ela se orgulhasse, ou ao menos realmente amasse como dizia amar.

O lado bom de ter seus pais trabalhando muito era que, bem, eles estavam distantes, então muitas brigas eram evitadas. O lado ruim era, fazer com que Harry se sentisse exposto e vulnerável a qualquer mínima coisa...

Às vezes se martirizar cansava. Cansava tanto que Harry apenas se cobria com seus edredons e se escondia debaixo deles, desejando dormir até que as coisas melhorem para si. Até que todos os seus problemas fossem resolvidos enquanto ele dormia.

E ele não entendia o porquê de Louis não querer tê-lo atendido na segunda-feira. Ou o porquê de Louis não tê-lo respondido em nenhuma das vezes nas quais o enviou mensagens seguidas em um curto período de tempo, preocupado pelo estado em que apareceu na escola.

Styles estava apenas preocupado, ele não havia ido até sua casa para enchê-lo com seus problemas, ou brigar e xingá-lo. Por mais que não demonstrasse, ele queria saber como Tomlinson estava. Não era normal o rapaz agir daquela maneira. Embora Harry tenha ficado um pouco irritado ao ser deixado só na biblioteca, com aquele velho babaca o sondando e procurando defeitos nos livros pra culpá-lo.

O cacheado até mesmo comprou chocolate 'pra levar para Louis, pois, segundo sua mãe, doces e sorrisos sempre alegravam o dia de uma pessoa.

Harry não se garantia no sorriso, mas sim no chocolate.

No entanto, Louis não fez questão de vê-lo.

Os quadradinhos doces acabaram por serem levados para a casa de Moretz, como uma lembrança de Harry.

Styles nunca se arrependeu tanto em se preocupar com alguém.

[...]

— Você pode sair da minha frente, por favor ou 'tá difícil? - O esverdeado pede, sua voz falha e seus olhos não conseguem serem sustentados por si durante muito tempo encarando o rosto curioso de Louis.

Era a segunda vez que ele pedia, desde que havia chegado ao colégio, e Tomlinson se encontrava parado, encostado na porta do armário de Styles, enquanto garantia sua pose desleixada, bagunçada e, ao mesmo tempo organizada e limpa.

— Ei, calma aí, esquentadinho, o que eu te fiz? - O mais velho toca levemente em sua cintura, ainda mantendo seus corpos distantes. Harry sente todos os pêlos de seu corpo arrepiarem-se, enquanto seu rosto esquenta cada vez mais e seu olhar vacila, caindo para seus pés.

— Você é bem babaca, quando quer Louis. Pare de me tocar. - Ele estapeia os braços do acastanhado, tropeçando em seus próprios pés ao se afastar do maior e apoiar suas costas no aço.

— Você não está brincando, não é? Eu realmente não sei do que você está falando. Eu estava faltando desde segunda-feira, fazem quatro dias, não entendo o porquê ficou bravo comigo de uma hora para a outra.

— Não se faça de desentendido, porra. Você vêm com papo de "somos amigos" e "podemos contar um com o outro" - Engrossa a voz para imitar Louis, fazendo aspas – raivosamente – com as mãos. — E sequer me atende quando eu vou a sua casa.

— O quê? - Louis franziu seu cenho de imediato, parecendo ofendido com algo que Harry dirigiu à sua pessoa. — Do que você está falando? Eu não estava em casa na segunda-feira. Eu estava ensaiando com a banda.

— Oh, você jura? Porque o seu pai me disse que você não queria me atender.

— Meu pai é um alcoólatra do caralho, ele nem sabe quando eu estou em casa ou não, Harry!

— Eu não podia adivinhar, William. Não quando você ignora minhas mensagens desde sexta-feira à tarde. Não tive nenhum tipo de contato com você, seu idiota, não sou nenhum tipo de adivinha 'pra pensar que seu pai estava mentindo para mim. Mas tudo bem, não é como se eu me importasse.

— Você pode me deixar te explicar isso direito ou vai continuar tirando conclusões precipitadas?

— Siga em frente, estou te ouvindo. - Cruzou seus braços, arqueando seu cenho de forma debochada, aguardando pela fala de Tomlinson.

— Na sexta-feira eu estava péssimo, eu tive uma crise do caralho e você percebeu o quão mal eu estava, eu tenho certeza que sim. Harry, eu não consegui chegar em casa com cem por cento da minha visão funcionando, para você ter uma ideia. Você não tinha bola de cristal para saber, e eu estou ciente disso, mas por que você simplesmente não me pergunta? Não tira suas dúvidas? Por que você se apegas às suas próprias conclusões e fixa os seus achismos em sua cabeça? - Louis perguntou, quase descontrolado. Seu rosto estava completamente vermelho, enquanto ele gesticulava com suas mãos e encarava a feição confusa do mais novo. — E eu me afastei de toda e qualquer rede social possível, aproveitei o final de semana para descansar e tirar um tempo para mim, assim como o resto da semana, que resolvi ficar com os meus amigos, longe do meu celular. Eu não te culpo, mas porra, não é de hoje que você me trata feito um merda.

Harry engoliu seco ao escutar as palavras saindo altamente da boca de Louis, muitas delas sendo atropeladas pela rapidez na qual o mais velho dizia.

O azulado realmente não precisava agir daquela forma. Como ele mesmo disse, Harry não tinha bola de cristal para adivinhar, Styles tinha motivos para estar irritado com ele, é óbvio que tinha.

E desde quando Harry o trata como merda?

— Espero que você esteja melhor, Louis. - Sorriu forçadamente, abraçando a mochila contra seu peito e voltando a trancar seu armário, para que pudesse, enfim, caminhar para sua sala. — Não era minha intenção "fixar meus achismos na minha cabeça" e te deixar assim. Eu não me importo se você não quiser mais ser meu amigo na verdade, só me avise quando for se afastar. - Styles o responde, quase inabalável externamente, mas sua garganta dói, suas mãos tremem e suas pernas bambeiam, porque pela primeira vez ele sente que não estão brigando por um motivo bobo.

Quando virou-se, revelando para si mesmo sua expressão chateada no rosto, Harry engoliu o nó formado em sua garganta, sentindo seu coração desacelerar em um ritmo gradativo, enquanto fechava seus olhos levemente. Ele não sabia o que aconteceria dali para frente.

Ele admite que não gostaria de perder a amizade de Louis, mas também sabe que não estava totalmente errado em agir como agiu, ele não adivinharia que Louis quis apenas ter um tempo para si e se afastou de suas redes sociais.

— Hey, Harry - Tomlinson o chamou em um tom de voz baixo, mas o esverdeado não fez questão de se virar, com certeza ele não conseguiria disfarçar sua expressão chateada, a substituindo por uma feição irritada. — Não fique assim, qual é...

Ele falou em um fio de voz, percebendo que Styles não o responderia e muito mesmo o encararia no momento em que se encontravam.

Louis enlaçou seus fortes braços em volta da cintura do mais novo – coberta pelo paletó azul-marinho do uniforme –, o abraçando carinhosamente por trás, enquanto o puxava levemente para perto, não apertando seus braços ali para que, caso Harry quisesse sair, ele o fizesse.

Mas ele não o fez.

Styles abaixou sua cabeça, percebendo os cachos –pesados e definidos –, cobrirem seu rosto por inteiro, enquanto ele podia sentir o cheiro doce dos próprios próximos à suas narinas.

Ele quase ronronou quando sentiu o mais velho descansar o queixo em seu ombro – tensionado –, permitindo-se confortar seu corpo no abraço de Louis.

Harry precisava daquilo, realmente precisava, mesmo após xingar - mentalmente - Louis de todos os nomes possíveis quando o viu encostado em seu armário.

O mais velho apertou seus braços em volta de sua cintura, acariciando seu abdômen com leveza, mesmo que por cima da camisa social. Harry, por sua vez, sorriu quando sentiu cócegas, ainda abraçando sua mochila.

— Não quero deixar de ser seu amigo, idiota. Muito menos me afastar de você. - Sussurra calmamente próximo ao seu ouvido. — Não aja como uma criança, eu não gosto disso.

— 'Tá. - Dá de ombros, suspirando fundo e sorrindo, aliviado com as palavras do mais velho. Harry sai do abraço desconcertadamente, sentando-se estranho ao se afastar, mas encara Louis, que sorri de jeito reconfortante.

— Vamos para gramado, o Carter nunca vai para lá mesmo - Ele chama pelo mais novo, acenando para a porta de vidro logo ao fim do corredor. — E, se for para lá, o máximo que fará vai ser nos chamar de vagabundos.

Harry sorri, sacudindo sua cabeça vergonhosamente, querendo xingar Louis por ser tão idiota e ridiculamente compreensível.

Eles caminham lado a lado para o gramado, sentando-se sob uma grande árvore, plantada próxima ao muro, onde ambos pularam semanas antes para cabularem aula.

— E então? - O esverdeado se senta sobre sua mochila de pano, apoiando suas costas no tronco amarronzado da árvore e sentindo os relevos incômodos o pinicarem.

— Então, não é nada demais, eu acho que, nós dois estamos errados. Pense comigo e não faça essa cara para mim - Aponta para Harry, quando o mesmo o fita com os braços cruzados e as sobrancelhas arqueadas. — Eu não deveria ter soltado tudo aquilo sobre você, até porque você não tinha ideia de que eu tinha me afastado de tudo, é meio óbvio o pensamento de um possível afastamento entre nós, mas você também está errado em não perguntar nada e sair tirando conclusões precipitadas, inclusive me xingando de maneira não-irônica.

— Eu estava irritado. Não vou me desculpar por isso. - Mirou seu olhar no céu, coberto de nuvens acizentadas e a faixada traseira da escola, literalmente caindo aos pedaços.

— Você está sempre irritado, esquentadinho. - Louis lhe soca levemente no ombro, sorrindo em seguida. — Você disse que o meu pai lhe falou algo como eu não querer te atender na segunda-feira, não é? Mas eu realmente não 'tava em casa, eu nunca faria isso.

— De boa. Eu só fui até lá porque você faltou, e você nunca falta... E porque você também não 'tava me respondendo. Pensei que algo tinha acontecido.

— Achava que você não se importava.

Harry o fita, mordendo seu lábio confusamente, escondendo seus olhos por trás de suas pálpebras diversas vezes, ainda tentando entendê-lo. Ele sorri com o que Louis lhe disse.

— Eu não sou um merda sem coração, Louis. - Sorri, sem graça alguma em sua face, arrancando um punhado de grama úmida da terra, a espalhando por cima do bico de seu tênis. — Sei lá que porra de imagem você tem de mim na sua cabeça, mas às vezes, só às vezes, eu me preocupo com as pessoas. - Ele brinca.

— Hey? Eu estava brincando, pare de levar as coisas para o seu coração, pridurok. [babaca]

Harry lhe dá os ombros, sentindo a brisa fresca colidir contra seu corpo e bagunçar seus cachos, ricocheteando suas bochechas coradas e o fazendo sorrir, pelo simples motivo de ter seus finos fios lhes fazendo cócegas.

— Sexta-feira, amanhã no caso, tem uma festa do pessoal de Radpit, topa ir comigo e com a galera da banda?

Styles quase se engasga com sua própria saliva.

Festa. Porra, há quanto tempo ninguém o chamava para ir à uma festa?

— Aquele pessoal me odeia, William, vai acabar em briga. Até que eu iria se a festa fosse em outro lugar.

— Você acha mesmo que vão perder de curtir uma festa 'pra brigarem? Eu não acho.

— Festa é o lugar onde mais rola briga. - Na verdade, Harry não sabe, ele só foi à uma festa em toda a sua vida, a mesma na qual experimentou LSD e chupou seu primeiro pau. É... Foi divertido.

— Em que mundo você vive? As festas que eu fui não eram assim.

— Bom 'pra você. Mas por que 'tá me chamando? Tipo, caralho, você vai ir com seus amigos da banda, eu não tenho nada a ver com isso.

— Ah, Harryyy - Jogou sua cabeça para trás, soluçando entre sua gargalhada. — Eles conhecem você por causa do dia da detenção, e desde que eu disse que somos amigos eles querem te conhecer.

— Oh... Eu não sei. Quer dizer, não sei se é uma boa ideia. - Sua expressão murcha, é involuntário, mas rapidamente Styles a disfarça.

— Me avisa amanhã então, posso passar na sua casa.

— E desde quando você tem carro?

— Não tenho carro, imbecil, é a moto do meu pai.

— E você tem habilitação?

— Sim. E você, esquentadinho, tem carteira de motorista? - Harry vira sua cabeça para o outro lado, enquanto Louis se inclina, brincando consigo. O mais novo apenas tenta disfarçar suas bochechas coradas após escutar o apelido pela terceira vez naquela manhã.

— Não. E não pretendo tirar minha habilitação. Nunca. Nem penso nisso.

A expressão descontraída de Styles se fechou no mesmo instante, sendo substituída por uma carranca desgostosa, e seus dígitos fazendo desenhos circulares imaginários no gramado.

— Nunca mesmo?

— Não.

— Cada um com seu cada qual. - Louis deu de ombros, passando a encarar o cacheado ininterruptamente, tentando desvendá-lo de alguma forma. Harry odeia isso, odeia quando isso acontece, porque de alguma forma, é como se todos quisessem o conhecer, internamente falando.

— Vamos entrar, daqui a pouco a segunda aula começa. - O esverdeado se levanta, tirando sua mochila do chão e estapeando o tecido, fazendo com que todas as folhas secas desgrudassem do pano e pousassem sobre o solo novamente.

Louis sorri, achando aquele garoto inacreditável.

. . .

— Eu não estou usando nada, pelo amor de Deus. Estou limpo, parem com isso! - Harry esbraveja enquanto Cillian retira todos os itens de sua mochila, vasculhando ela inteiramente, também tendo Scott enfiando as mãos nos bolsos da calça do uniforme de Harry, essa que estava no cesto de roupas sujas.

O garoto tem seus cachos indefinidos e molhados, umedecendo seus ombros e a gola de seu pijama, enquanto seus pés estão cobertos por meias de gatos.

Ele está deitado em sua cama, seu notebook está sobre seu colo, enquanto suas bochechas ardem de raiva. Afinal, é a única coisa que acontece quando seus pais estão em casa.

— Não confio em você, Edward. Depositei minha confiança em você e descobri coisas que não gostaria. - Cillian diz, guardando os livros dentro da mochila novamente.

— Depositou porque quis. E eu já disse que vai fazer um ano que eu usei aquela merda, não tem o porquê de ficar com toda essa 'nóia 'pra cima de mim.

— Me respeite, Harry. Me respeite porque eu sou o seu pai e a última coisa que eu quero é ter de te velar pela merda de uma overdose ou por aquela coisa que te destruiu aos poucos. - Ele aponta para o garoto, que fecha seus olhos e sorri, desacreditado.

— Tudo bem, amor, vimos que ele não tem nada, pare de gritar, já é tarde da noite. - Scott sussurra, evitando que sua voz falhe, empurrando gentilmente seu marido para fora do quarto, permanecendo ali no cômodo.

Harry o ignora. Pegando seu bloco de desenhos e seus grafites, prestes a posicionar seus fones em seus ouvidos.

— Por que estava todo sorridente quando chegou? - O homem sorriu, cruzando seus braços na altura de seu peitoral e encostando-se no batente da porta.

Que porra?

— Nada.

— Bom saber que o nada te faz sorrir como um bobo, realmente existem pessoas que se contentam com pouco.

— Do que você está falando? - Harry pousa seus fones sobre seus ombros novamente, fechando a aba de música de seu notebook e o encarando confuso. — O que deu em você? Mal olhou na minha cara hoje de manhã, adora me ignorar quando tem
a oportunidade, 'tá querendo se redimir depois do episódio da cocaína?

— Garoto você é insuportável quando quer. - Scott deixa o quarto, batendo a porta, enquanto Styles revira os olhos.

— Obrigado, pai. - Ele grita em retribuição, quase esperneando sob seus edredons, de tanta raiva e mágoa.

Harry descontou nos desenhos compulsivos, obviamente ele o fez.

Quando se deu conta, já passavam das duas horas da manhã. Ele mal conseguia manter seus olhos abertos, mas precisava finalizar seu desenho.

Uma vez que passou a ponta de seu lápis em dois pequenos rostos traçados na folha, Harry esfregou levemente a ponta de seu mindinho no mesmo local, desfocando os rostos do desenho.

Não era sua melhor obra, mas consistia em duas pessoas, sem olhos, bocas ou narizes, sem rosto. Elas estavam lado a lado, seguravam copos de bebidas e tinham suas mãos entrelaçadas, mesmo que o desenho representasse um ar de desconhecimento entre as pessoas, ao mesmo tempo conseguia transpassar intimidade, e era estranho porque Harry nunca sentiu aquilo.

Antes de adormecer, Styles confirmou nas mensagens diretas de Tomlinson que iria à festa consigo.

~•~•~•~•

perdão caso tudo esteja indo rápido demais...

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