Sweet Creature

_ales28 द्वारा

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Existem histórias do passado que poucos sabem e os que sabem, tem acesso a meias verdades. É o que Jeanine Le... अधिक

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Aviso!
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Olá, risos!
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_ales28 द्वारा


A Carta

Jeanine estava deitada na cama na mesma posição a tanto tempo que não sentia mais os dedos dos pés e das mãos. O teto do quarto, encantado para que a menina pudesse vislumbrar as constelações, já estava decorado de ponta a ponta.

Os cabelos escuros espalhados pelo travesseiro e os olhos azul acinzentados vagando entre as prateleiras de livros de poções e contos infantis, trouxas e bruxos. Faziam dois meses que Jean havia completado seus onze anos, o que significava que receberia a carta de Hogwarts em pouco tempo. Seu pai, Severus, estava tão ansioso quanto a menina, mas não deixava transparecer, em contra ponto, Jean acordava todas as manhãs e saia correndo até as janelas da casa e escancarava as, para esperar a coruja.

A Rua da Fiação, onde a menina vivia com o pai (padrinho na verdade) parecia parada demais, o que, de certo modo, ajudava Jean a se concentrar na carta, já que, qualquer movimento diferente, seria percebido rapidamente. Mas nada havia chegado.

Era sábado, vinte e sete de julho, e não havia sinal nenhum da carta de Hogwarts.

Tudo bem, pensava a menina, eu só preciso levantar e achar algo de útil para fazer.

Com um bocejo preguiçoso, Jeanine colocou os pés para fora da cama, deixando que as meias pretas e felpudas tocassem o chão frio. Jean usava um dos seus muitos pijamas diferenciados, um conjunto azul, com pequenos saturnos e estrelas. Com os cabelos ainda bagunçados e um pouco de baba no canto da boca, a menina desceu as escadas e rumou para a cozinha, onde Severus se encontrava. Quando os olhos do homem encontraram os da menina, o pocionista fez uma careta.

-Banheiro- Jean demorou alguns segundos para entender, então subiu as escadas quase se arrastando e entrou no banheiro. Escovou os dentes e prendeu os fios escuros em um rabo de cavalo desajeitado e voltou para a cozinha- Muito melhor!

Severus beijou o topo da cabeça da filha, que se ajeitava na cadeira ao seu lado. Jean e Severus compartilhavam de algumas manias que, vistas de fora, eram muito fofas. Quase em sincronia, serviram uma xícara de café, uma colher de açúcar, bebendo para, em seguida, fazerem uma careta e continuarem tomando o café.

-Tia Cissy pediu que eu fosse ao chá na Mansão Zabini- Jeanine fungou enquanto passava um doce que Severus não sabia como alguém poderia gostar, em sua torrada.

-E você vai?- O pocionista anotava algumas coisas em um caderno pequeno, enquanto bebia café e comia um pedaço de torta de maçã. 

Jeanine espiou pelo ombro do pai as anotações e ficou séria por alguns segundos, antes de responder.

-Não temos mais suco de romã, nem vagem soporífera- Jean comeu uma fatia de torta de limão- E, não, não vou. Pansy Parkinson vai estar lá, pai, e ela grita demais.

Severus olhou para a filha e concordou. Ele realmente entendia a menina. Tirando algumas cartas de dentro do pequeno livro, olhou sério para elas e, quando ergueu os olhos e encontrou Jeanine servindo uma fatia de torta de chocolate e outra de limão, sorriu.

-Acho que isso é para você- Estendeu o envelope para a menina, que arregalou os olhos e limpou as mãos com rapidez, agarrando o envelope. Em sua borda se encontrava escrito

Srta. J.V. Snape.

O último quarto do corredor.

35, Rua da Fiação

Cokeworth

Jeanine, se possível, arregalou mais os olhos. Com todo o cuidado que tinha, abriu o envelope e suspirou.

Escola de Magia e Bruxaria De Hogwarts


Diretor: Albus Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira classe, Grande feiticeiro, Bruxo chefe, Cacique supremo, confederação internacional de bruxos)


Prezada srta Snape,

Temos o Prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até o dia 31 de Julho, no mais tardar.


Atenciosamente

Minerva Mcgonagall

Diretora Substituta 


-Merlin!- Jeanine riu e, saltando da cadeira, começou a dançar pela cozinha- Eu vou 'pra Hogwarts! Pai, papai, paaai, paaaaieee!

Severus riu com a menina, que correu em sua direção e o abraçou, ainda sorrindo muito. Era claro que Jeanine iria para Hogwarts. Seria educada na mesma escola onde o pai havia sido e onde, agora, ele lecionava. Se juntaria a uma das casas, conseguiria pontos para ela e faria muitos amigos.

-Quando podemos ir ao Beco Diagonal, pai?- Jeanine segurou a segunda parte da carta, onde os materiais necessários haviam sido listados- Temos muitas coisas para comprar. Além disso, quero reabastecer meu estoque de ingredientes e chocolates e...

Jeanine continuou falando durante boa parte da manhã, sem conseguir conter sua alegria. Com qualquer outra pessoa, Severus teria perdido a paciência e mandado se calar, amaldiçoaria a pessoa até as próximas trinta gerações. Mas era Jeanine e ele não conseguia pensar em mais nada quando via os olhos brilhando e o sorriso encantador da menina.

Algumas horas depois, quando Severus estava em sua sala de poções organizando tudo o que precisaria para o ano letivo que logo iniciaria, Jeanine ficou no quarto, relendo a carta e organizando mentalmente todas as coisas que precisaria colocar em seu malão. Quando Jean pensou que seria uma boa ideia começar a escrever e listar tudo o que precisava organizar (a Snape não era nada organizada, por isso, planejamento era tudo), um vulto loiro entrou de supetão em seu quarto e se jogou em cima da menina, fazendo a gargalhar.

- Chegou!- Draco Malfoy, um menino de cabelos loiros platinados e olhos tão cinzentos quanto os da menina, sorria contente. Jeanine e Draco eram primos, mas se tratavam como irmãos, sendo muito próximos e carinhosos um com o outro. Para Draco, Jeanine era sua pessoa preferida, seu amarelo, branco e roxo*. Para Jeanine, Draco era todas essas coisas, além de seu herói favorito.

-Eu sei!- Jean agarrou o primo pelo pescoço, o abraçando mais ainda, fazendo o garoto gargalhar dessa vez- A minha chegou essa manhã!

-Você consegue acreditar? Vamos para Hogwarts esse ano, Nine!- Jean soltou o primo e se jogou ao seu lado na cama, ambos encarando as constelações- Vamos conquistar o mundo e honrar nosso nome.

-Eu fico com a parte de conquistar o mundo!- A menina não queria saber de honrar o nome que carregava, porque sabia que , quando seu tio Lucius, pai de Draco, falava isso, se referia ao sobrenome Lestrange, que Jeanine havia deixado de usar há algum tempo- Talvez explorar Hogwarts seja uma boa.

Draco sorriu e apontou para uma constelação no teto do quarto.

-Constelação do Leão, a estrela mais brilhante é Regulus, também conhecida como Cor Leonis- O menino sorriu com a forma tranquila e admirada de que Jeanine falava das estrelas.

-Mamãe disse que vamos ao Beco na quinta feira, papai tem que passar em alguns lugares, então vamos aproveitar. Acho que você vai vir junto.

-Acho que sim. Papai tem que ir a Hogwarts resolver algumas coisas para primeiro de setembro- Jean suspirou- Vamos para Hogwarts.

Draco concordou e apertou a mão da prima, sorrindo.

-Vamos para Hogwarts!


Beco Diagonal

Se havia um lugar ao qual Jeanine estava familiarizada no mundo bruxo, o Beco Diagonal era esse. Desde que conseguia se lembrar, Jean acompanhava o pai nas compras de ingredientes para suas poções, assim como as visitas a Floreios e Borrões, onde comprava seus amados livros.

Mas nenhuma de suas idas ao lugar havia a preparado para aquilo. Em todas as vezes que a menina acompanhou o pai ao lugar, era calmo, a paz reinava. Mas agora, poucas semanas antes do início das aulas, todos pareciam ter decidido comparecer ao Beco. Ao lado de Draco, Jean se agarrou ao primo, com medo de se perder.

Narcisa e Lucius, mais a frente, guiavam as crianças até seu objetivo.

-Certo, primeiro, Madame Malkin, crianças!- Narcisa disse quando encontraram um lugar calmo- Enquanto compram suas vestes, vou até a Floreios e Borrões para adiantar os livros.. Sim, Jean, você poderá passar lá.

A menina sorriu para a tia, que a conhecia bem o suficiente para entender que Jeanine não conseguiria sair do Beco Diagonal antes de aumentar sua prateleira literária. Com um aceno, as crianças entraram na loja indicada pela mulher. Madame Malkin era uma senhora gordinha e baixinha, de cabelos brancos e com uma roupa espalhafatosa, mas considerada muito chique entre os bruxos.

-Olá, queridos. Hogwarts?

-Sim, por favor!- Jeanine sorriu para o primo e o puxou para subir no banquinho indicado pela senhora. Enquanto Jean esperava, notou um garoto de óculos e roupas grandes demais para si no banco a certa distância de Draco. O garoto, supôs Jean, não deveria ser mais velho que ela, provavelmente primeiro ano também. Os cabelos castanhos tinham alguns cachos discretos, apenas ondulamentos e eram uma bagunça enorme. Ele usava óculos redondos e parecia muito perdido. Draco seguiu os olhos da prima

-Alô!- O loiro cumprimentou o garoto- Hogwarts também?

Jeanine semicerrou os olhos, preocupada com o que o primo diria. Era fato para a menina que, sempre que Draco saia com Lucius, ele estivesse perto ou não, Draco agia como um idiota.

-É- O garoto de óculos respondeu.

-Meu pai está na loja ao lado comprando os livros com a minha mãe, depois vamos providenciar nossas carinhas. E essa- apontou a cabeça para Jeanine- É minha p...melhor amiga. Depois daqui vamos levar meus pais para olharmos vassouras de corrida, não consigo entender porque alunos do primeiro ano não podem ter vassouras individuais. Acho que vou...

-Draco- Jeanine chamou baixinho, enquanto se dirigia para o banco que Madame Malkin havia indicado para ela. Draco deu de ombros, não entendendo a repreensão da prima.

-Você tem vassoura?

-Não- O menino disse.

-Sabe jogar quadribol?- Jeanine notava de longe o desconforto do garoto. Ela queria muito bater no primo naquele momento.

-Não.

-Ah. Eu sei, meu pai disse que vai ser um crime se não me escolherem para jogar pela minha casa, e sou obrigado a dizer que concordo- Jeanine revirou os olhos para a arrogância nível Lucius Malfoy que Draco exalava- Já sabe em que casa vai ficar?

-Não- Jeanine tinha duas teorias em mente. Ou o menino não havia ido com a cara de Draco, o que ela entendia perfeitamente. Ou o garoto era um nascido trouxa que não havia recebido muitas instruções sobre o mundo bruxo.

-Bom, ninguém sabe até chegar lá. Mas eu sei que vou para a Sonserina, toda nossa família ficou lá. Imagine ir para a Lufa-Lufa, acho que saía da escola, você não?- Jean sentiu o rosto corar ao encarar o primo. Draco Malfoy conseguia se rum completo imbecil as vezes.

Naquele instante, Jeanine se desligou. Como Draco conseguia ser um primo incrível e, de uma hora para outra, um idiota tão parecido com o pai? Lufa-Lufa era a casa a qual sua prima, Ninfadora e seu tio, Ted Tonks haviam pertencido. Ambos sendo pessoas que Jeanine amava e admirava muito. Qual era o problema com a casa a qual pessoas leais e gentis pertenciam?

-Onde estão seus pais?- Foi o que Jeanine ouviu quando voltou a prestar atenção a conversa dos garotos.

-Estão mortos- Jeanine encarou no mesmo instante o garoto de óculos, se sentindo culpada pela conversa, mesmo que não tivesse sido ela a começar. A menina ainda ouviu Draco perguntar se era bruxos, mas, Merlin, o que isso importava?

Quando saíram da loja, Draco tentou segurar a mão da prima, que se desviou dele e começou a andar mais rápido.

-Ei, Nine, você ficou brava comigo? Não faz o menor...

-Draco Lucius Malfoy, não diga que não faz o menor sentido eu estar brava com você!- Jeanine parou no meio da calça cheia de bruxos, obrigando Draco a parar também- Você insultou uma das casas de Hogwarts só porque seu pai não gosta dela. A casa que, caso não lembre, foi a de dois de nossos parentes que são pessoas incríveis.

Draco baixou a cabeça ao notar o quão enfurecida e magoada Jeanine estava.

-Além disso, foi extremamente insensível com o garoto. Os pais dele morreram e você pergunta se são bruxos ou não? Por Morgana, Dragão! Achei que tivéssemos conversado sobre isso já.

Draco suspirou. Eles haviam conversado várias vezes. Jeanine não acreditava na supremacia sangue purista, não odiava trouxas ou nascidos trouxas. E, com toda  a preocupação que tinha com relação a personalidade do primo, se esforçava para ensinar a ele as cosias certas e fazê-lo deixar ideias como essas de lado.

-Sinto muito, Nine!- Jeanine segurou a mão do primo e o puxou para a loja onde as varinhas eram vendidas.

-Só não seja um idiota, Dragão!- Então começou a correr com o primo- Vem, vamos comprar nossas varinhas. Eu quero ir a Floreios e Borrões, tem alguns livros novos que quero levar para Hogwarts e....

Jeanine não esqueceu o que havia acontecido momentos antes, mas preferiu deixar de lado para ter uma conversa com o primo em outro momento. Afinal, a felicidade por ir para Hogwarts era grande demais para ser deixada de lado.

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Primeiro capítuloooo!

Jean e Draco conheceram o testa rachada!

**seu amarelo, branco e roxo- pessoa que te faz bem, que tem seu coração e que mudou sua vida**

O que acharam?

Agora vocês vão começar ater um vislumbre mais claro da personalidade marota da nossa protagonista!

Votem e comentem porque ajuda muito!!!

Nox!




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