• Capítulo 2 •

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É o dia foi até que normal. Brincadeiras de mal gosto sobre meu corpo, minhas roupas e algumas sobre o meu cabelo, o que eu não entendo nunca, tipo eu não sou obrigada a me arrumar todo dia, pra ver as mesmas pessoas, que vão falar as mesmas coisas sobre mim.

Agora preciso ir ao supermercado, minha mãe foi trabalhar no escritório e não tem nada pra comer lá em casa. E vamos de miojo ou pizza congelada!

Chagando lá, vou até a seção de congelados e pego uma pizza de 4 queijos, se eu pedisse por telefone demoraria pra chegar.

Fui andando até na parte de doces, minha mãe deixou o cartão comigo então vou aproveitar né? Pego alguns chocolates.

Ouço algumas pessoas com vozes zombeteiras e risadas altas e uma outra voz baixa pedindo para pararem, corro até as vozes, que estavam numa parte vazia do supermercado.

Três garotos altos xingavam de todos os palavrões possíveis uma garota de cabelos cacheados, muito bonita por sinal. Eu reconheço o cabelo de algum deles, não me lembro de onde.

A menina falava firme para eles pararem e quando ela tentava passar por eles, eles entravem em sua frente impedindo a passagem.

Estou escondida atrás de algumas caixas. Então decido ajudar, passo por situações assim diariamente e sei o quanto é horrível. Deixo minhas guloseimas no chão e grito já me aproximando:

— Ei! Deixem ela em paz! Covardes idiotas! - admito que me senti corajosa, mas minha voz quase falhou.

— Olha, mais uma nerd pedindo pra ser zuada! - um menino negro com um gorro cinza e moletom preto se vira em minha direção e me olha raivoso.

— Fica na sua se não quiser se ferrar também - o garoto de pele extremamente clara cabelos pretos divididos no meio que quase batem no olho fala, e finalmente o que me parecia conhecido com cabelos castanho claro batendo no ombro se vira e eu o olho fixamente e me assusto.

É o menino do carro! Meu Deus, ele é bonito demais pra ser escroto! Ele me olha como se tentasse lembrar e pela sua outra expressão deve ter lembrado.

— Olha, você por aqui! Posso ver como ficou o vídeo? - ele diz e os amigos dele começam a rir, ele deve ter comentado sobre o ocorrido no semáforo.

— Eu não ligo pro que vocês vão fazer comigo, eu não tenho medo! Só deixem a garota em paz. Três contra um não é nada justo e se vocês continuarem eu chamo até o gerente desse mercado! - falo com uma raiva extrema e olho para menina que não está entendendo nada mais me olha agradecida.

— Pode chamar, meu tio já sabe sobre o sobrinho que tem - o menino do semáforo fala e me olha, e eu não desvio o olhar, só semicerro os olhos e me aproximo - Vai fazer o que? Me bater?

— Tipo isso! - chuto no meio de suas pernas com toda força que tenho e antes de seus amigos fazerem alguma coisa eu pego a mão da menina e saio correndo dali.

Ainda bem que deu tempo de pegar a cesta com as comidas, olho pra trás e o garoto do semáforo está ajoelhado com as mãos no lugar do golpe e pode até ser errado mais eu amei ver aquela carinha bonita de dor.

Quando já estamos perto de mais pessoas eu paro tentando recuperar o fôlego e a menina que ainda segura minha mão faz o mesmo.

— Obri- obrigada! - ela fala ofegante.

— Não tem problema, aqueles babacas mereciam muito mais do que um chute.

— Realmente! - rimos um pouco - meu nome é Eliza! - ela diz e finalmente sua respiração se estabiliza e ela solta minha mão.

Uma Completa Confusão [PAUSADA]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz