Tomei um banho para dormir melhor, coloquei o meu pijama mais confortável e agora estava só mechendo no celular e pensando se mando mensagem para o Gustavo. Até que Mário entra no quarto de pijama.
— Bater na porta é sempre bom sabia? - ele ignora totalmente a minha pergunta, fecha a porta e se joga ao meu lado na cama com a barriga para baixo, "ele tem uma bundinha empinada" sorrio com o meu pensamento mas logo desvio o olhar - Mário tá tarde. O que você quer? - ele fica em silêncio por um tempo.
— Não sei - ele sorri - Tô sem sono. Como foi o encontro?
— Legal tirando a parte que vocês apareceram. Aliás por que aquelas perguntas idiotas? - Ele se senta encostando na cabeceira da cama e me encara.
— Eu não acho que vocês combinam, não faz sentido apoiar esse casal. - Agora é minha vez de encara-lo.
— Como assim "não combinamos"? - Fiz aspas com os dedos.
— Você não é o tipo de garota que ele fica e não quero que você se magoe. Só isso.
— Mário eu não sou o tipo de ninguém. E mesmo assim você ficou comigo e também me magoou se não se lembra.
— Você que me beijou e eu já pedi desculpas.
— Você não recusou o beijo então não tem muita moral para falar algo.
— Olha você também não é muita carinhosa nas palavras Antonella.
— É automático - Ficamos mais alguns segundos em silêncio - Já é meia noite - vejo pelo visor do meu celular - Vem! - me levanto e puxo ele pelo braço.
— Vai me beijar de novo? Se for você tem que largar o...
— Cala a boca, esse é o horário perfeito para fazer brigadeiro. - continuei puxando ele até a cozinha.
— Você é doida mesmo - sorrio e ele também.
Fui misturando os ingredientes do brigadeiro enquanto ele me contava sobre coisas aleatórias.
— Terminei - disse desligando o fogo e ele já foi pegando as colheres para comermos - Tá quente seu guloso! - rio dele mas ele não me ouve e coloca uma grande quantidade de brigadeiro na boca, como estava realmente muito quente ele fez uma expressão engraçada e eu só me empolguei na risada.
— Shiu - ele se aproximou e estava rindo muito também.
— Sua boca tá toda suja, porco!
— Você não é a mais limpinha - disse apontando para minha blusa que estava suja de leite condensado - Mesmo que eu ache que sem a blusa você ficaria melhor. - me olha malicioso.
— Cala a boca! Seu tarado sem noção - comecei a rir mais ainda. Preciso aprender a controlar meus ataques de riso repentinos.
— Você que é tarada, não se lembra? - se aproxima mais e eu tento me afastar porém já cheguei na pia. Ele se encosta em mim e agora sua blusa está suja também. Ele chega até a barra de sua blusa e ameaça tira-la.
— É melhor não... Pode aparecer alguém e ai a gente tá ferrado - novamente ele me ignora e tira a camisa. Não posso negar, ele tem um corpo de dar inveja e por mais que eu quisesse beija-lo seria estranho com o Gustavo e é bem arriscado - Mário eu não... Não posso... Eu... O Gustavo ele, seria injusto com ele - consigo desviar do garoto a minha frente.
— Para com isso!
— Para você!
— Ele não quer saber de você, só tá te usando e você ta caindo certinho.
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Uma Completa Confusão [PAUSADA]
Teen FictionAntonella é uma garota comum de 17 anos, não é muito boa na arte de fazer amigos, se dedica muito nos estudos, não curte muito festas ou as famosas "sociais" como os outros adolescentes de sua idade. Tudo muda no dia em que ela está voltando da cas...