Vou andando devagar até a porta, pensando em tudo que aconteceu hoje e aproveitando que Mário já entrou.
Entro silenciosamente em casa, fecho a porta e fico aliviada mais uma vez por ver que Mário também não está na sala, ou seja: PAZ.
Subo a escada e chego em meu quarto, me assusto ao ver Mário sentado na minha cama folheando meus cadernos.
— O que você tá fazendo aqui?! — digo irritada e pego o caderno de sua mão com força. Ele só me olha com um sorriso calmo — Me responde idiota!
— Só estava vendo o que perdi nas aulas relaxa. — ele diz com uma calma que já está me irritando.
— E custa pedir permissão pra mim?! — cruzo os braços e o encaro séria.
— Sim. Você tá me evitando. Já percebi. Se eu tentasse falar com você você iria sair correndo inventando desculpas. — ele da de ombros.
— Talvez, mais você não pode simplesmente entrar no meu quarto, sem a minha autorização. Até porquê eu não entro no seu!
— Tudo bem. Eu não entro mais. Acho que o único que vai entar aqui agora é o ruivinho sem sal né? — ele diz e sorri debochado.
— Ah Mário me poupe! Você estava fazendo sei lá o que com uma garota hoje e o que eu disse: nada! Por que essa implicância toda com o Gustavo? Foi você quem começou a brigar com ele e agora tudo que envolve ele você quer surtar. Um dia você me disse que era pra eu cuidar dos meus problemas. Por que você não faz o mesmo? É você quem estraga tudo a sua volta, mais é claro que você vai encontrar alguém para culpar. Até porque você é o perfeito com zero defeitos né? Assume os seus erros e para de ser um chato todas as vezes!
Mário me encarava sem expressão alguma, porém eu conseguia enchergar a tristeza em seu olhar e as bochechas vermelhas de quem logo choraria. Ver ele assim faz com que eu me arrependa profundamente de ter falado aquelas coisas.
— Eu não quiz di...
Tento falar e me aproximar dele porém ele se afasta e abaixa o olhar com lágrimas nos olhos.
— Você quis sim. Mas eu não me importo. É verdade mesmo né? Quando eu tento te defender, óbvio que estou estragando tudo. Quando eu me preocupo com você — ele ri de leve sarcástico — É claro que eu estou estragando tudo. Pois bem. Agora você pode ignorar a minha existência que eu ignoro a sua.
Percebo que uma lágrima escorre em seu rosto, ele a enxuga rápido ,fecha a porta e sai do meu quarto em silêncio.
Meu peito está apertando em pensar que ele vai me ignorar. Pois diferente de mim, Mário é extremamente bom em ignorar as pessoas. E pelo jeito que ele falou, não estava brincando.
Eu me arrependo de ter falado essas coisas. Mas agora é tarde demais.
༻❀༺
Me levanto com uma dor de cabeça dos infernos, porque eu não sei, na verdade deve ser só o peso na consciência.
Tomo um banho, escovo os dentes, me troco e vou tomar café.
Mário não iria para escola ainda então não precisava tomar café tão cedo. Ainda devia estar dormindo.
Desço as escadas em silêncio e logo me sento ao lado da minha mãe na mesa.
— Bom dia. — falo e sorrio de leve.
— Bom dia. — eles dizem em uníssono e sorriem ao perceber.
— Está tudo bem? Você tá um pouco... Pálida? — Renata fala.
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Uma Completa Confusão [PAUSADA]
Teen FictionAntonella é uma garota comum de 17 anos, não é muito boa na arte de fazer amigos, se dedica muito nos estudos, não curte muito festas ou as famosas "sociais" como os outros adolescentes de sua idade. Tudo muda no dia em que ela está voltando da cas...