(Leiam o aviso no final por favor! Boa leitura❤)
Eu devia estar sonhando com alguma coisa aleatória, sei lá um unicórnio laranja comendo hambúrguer comigo na sorveteria e usando uma camiseta escrito: "i hate horses" (eu odeio cavalos).
Mas ouço alguém batendo na porta. Pego meu celular para ver que horas são, 3h15. Ok quem seria em plena madrugada? .
Passo a mãos nos meus olhos. Me levanto e abro a porta.
Mário.
— Oi? — falo imersa em dúvidas.
Ele estava com os olhos vermelhos, rosto inchado, ele havia chorado. Seu cabelo estava bagunçado.
— Entra, pode entrar — abro espaço e ele entra, fecho a porta em seguida — Aconteceu alguma coisa? Posso fazer algo por você? — digo e ele se deita na cama ainda em silêncio.
— Vem aqui. Por favor. — ele sussurra, sua voz quase não sai. Me deito ao seu lado e me viro, ficamos cara a cara e poxa, seus olhos são lindos.
— O que houve? — sussurro.
— Eu tive um pesadelo, mais parecia muito real. Eu precisava provar pra mim mesmo que eram só pensamentos idiotas. — ele começa a chorar baixo, aquilo cortou meu coração.
Viro o seu corpo e faço um conchinha. Eu sou a concha maior, espero que isso lhe passe segurança.
— Eu sei que o meu tio te contou sobre tudo — ele volta a sussurrar — Eu ia te chamar para o jantar e acabei ouvindo.
— Eu... — começo a falar mais ele me interrompe.
— Não, não tem problema. Eu tenho medo de ele voltar e... Estragar as nossas vidas de novo — ele chorava ainda mais, senti meus olhos lacrimejarem — Antonella ele me fazia muito mal. Me batia e falava pra eu ser "homem de verdade", me obrigou a jogar futebol quando eu só queria o meu skate. Ele raspava o meu cabelo e quando eu falava que o queria comprido ele falava que isso era coisa de menina e que ele não queria um filho "viadinho" — eu já estava morrendo de chorar, só tentava disfarçar e ficar em silêncio — Ele batia tanto na minha mãe, eu só conseguia ouvir ela chorar de noite e no outro dia — ele solta um risinho nasalado — Ela estava sorrindo e me convencendo de que estava tudo bem e que a gente era uma família feliz. Eu só queria que aquele monstro sumisse e quando ele sumiu eu fiquei aliviado. Depois de um tempo eu fiquei igual a ele. Eu bebia e saia batendo em qualquer um que eu via por ai. E mesmo que não fossem mulheres eu sinto vergonha hoje. Minha mãe tentava mudar meus pensamentos, mas eu nem ligava para o que ela dizia. Ela pagava todas as multas que eu levava e os prejuízos de hospitais das pessoas que eu batia. Ela não sabia o que fazer então só me dava mais e mais dinheiro. Que eu gastava bebendo e usando drogas. Era a minha válvula de escape, eu conseguia fugir dos meus problemas. Eu tentava me afastar de tudo mas não conseguia. Sempre voltava. Depois eu fui pro intercâmbio e consegui mudar. Aproveitei a oportunidade e criei o novo Mário, ninguém conheceria o antigo Mário lá. Mais no final de tudo talvez eu seja igual a ele mesmo e seja um mostro também. Só faço mal as pessoas e só penso em mim mesmo.
Me separo dele, viro seu corpo bruscamente e seguro seu rosto.
— Nunca mais fale isso! Você é você e ele é ele. Vocês não são iguais. Mário você é incrível e faz muito bem pra muita gente. Você mudou. Aquele Mário não existe mais! Como você mesmo disse. Me desculpa por ter falado aquilo de você, é que eu não tenho mais noção de nada que acontece e acabo descontando em quem não merece ouvir as baboseiras que eu falo.
Ele sorri. Aproveito para secar suas lágrimas com meu polegar.
— Obrigado — ele sussurra — Você me fez enxergar muita coisa que eu não conseguiria antes.
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Uma Completa Confusão [PAUSADA]
Teen FictionAntonella é uma garota comum de 17 anos, não é muito boa na arte de fazer amigos, se dedica muito nos estudos, não curte muito festas ou as famosas "sociais" como os outros adolescentes de sua idade. Tudo muda no dia em que ela está voltando da cas...