• Capítulo 7 •

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◈Mário◈

Fazia pouco tempo que eu tinha voltado do intercâmbio de 6 meses nos Estados Unidos. Minha mãe decidiu me mandar pra lá porque vamos dizer que eu não estava sendo o melhor exemplo aqui, estava bebendo muito, fumando muito e usando algumas outras substâncias demais, e passar um tempo longe de tudo foi muito bom pra mim e pra minha educação também. Sem contar que eu fiz vários amigos em Los Angeles. E 17 quase 18 anos não é uma idade adequada pra beber e tal.

"Mais porque todo esse sofrimento?" Por causa de uma menina! Uma única menina que acabou com toda a pouca felicidade que eu tinha.

A Catarina simplesmente me usou pra ganhar popularidade e viajar de graça nas férias, além de tacar tudo na minha cara a menina de olhos azuis ainda me traiu e deixou bem claro que eu sou um idiota sem futuro, tudo isso quando eu estava fudidamente apaixonado.

Como eu não tenho um passado muito bom com namoradas, prefiro ficar com as garotas e depois ser um idiota pra afasta-las.

Ok isso pode soar bem clichê mais a Antonella é diferente.

Ela não fica se mostrando pra chamar minha atenção, ou implorando pra ficar comigo e também não se afastou de mim quando eu fui um babaca, ela é positiva demais. Ela bate de frente sem medo e eu gosto da sua coragem, a parte ruim disso é que ela fala verdades demais e não posso negar que fiquei chateado com suas palavras, me lembrei do que a Catarina disse.

flash back on

— Mais Catarina eu te amo! Eu te amo muito! Você, você não podia ter feito isso! - eu dizia entre lágrimas grossas que caiam sem eu fazer esforço.

— Eu não te amo. Eu nunca te amei e nunca vou amar, Mário você é um - ela ri debochada - Um bobinho! Ninguém nunca vai gostar de você, não verdadeiramente. Sério um Zé Ninguém assim fica solteiro até a morte.

— Catarina eu...

— Fica longe de mim tá? Você é bonitinho e tal mais entre a gente não rola mais nada. - e assim ela me dá as costas e eu simplesmente choro, choro como nunca antes.

Eu nunca mais vou me apaixonar, nunca mais vou colocar tanta confiança em alguém, as pessoas são insensíveis demais pra mim.

flash back off

Faz umas 2 horas que a Antonella me falou aquelas coisas, não desci para o jantar, não queria ve-la e também estava sem fome.

O visor do meu celular mostra que são 22h30 e acho que a garota marrenta e baixinha não foi embora ainda e talvez nem vá.

Vou mechendo em qualquer rede social até que alguém bate na porta que estava trancada. Eu estava sem a parte de cima do pijama por conta do calor, mesmo com o ar condicionado ligado, estou em casa então que se dane.

Vou andando devagar e com preguiça até a porta e a abro.

Antonella estava com um pijama comprido. Havia um grande urso panda na camisa e vários ursinhos na calça, ela estava sem óculos, um coque bagunçado, uma cara triste e uma bandeja com sanduíche e suco em mãos.

— O que você quer? - digo o mais grosso possível.

— É... - ela repara que estou sem camisa e mal percebe que está encarando meu abdômen como se fosse a coisa mais incrível do mundo (talvez seja).

Estalo os dedos na tentativa de chamar sua atenção.

— Quer uma foto? - digo me lembrando que ela já me disse isso também.

— Não! É... Toma... Você não desceu pra jantar então... - ela me entrega a bandeja.

— Minha mãe pediu?

Uma Completa Confusão [PAUSADA]Where stories live. Discover now