Especial de Natal - Capítulo de Flashback

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(Tardo mas não falho! Especial publicado no dia 28, mas ainda no espírito natalino! Apenas uma observação: no primeiro POV, a Emma e o Peter têm 7 anos, e no segundo os dois têm 13)

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Dezembro de 2008

Emma

— Tudo bem, nós temos 8 horas para conseguir tudo. — Peter termina de desenhar o plano, dando um suspiro dramático.

— Então a gente vai ter que estar pronto... — tento fazer a conta na minha cabeça, mas Peter é mais rápido em responder.

— Oito da noite, Emma. — diz impaciente, como se fosse óbvio, fechando o caderno e guardando os lápis.

— Claro, gênio da matemática. — reviro os olhos.

— Só precisamos saber como vamos sair sem nossos pais notarem. — ele faz sua cara de pensativo. Ha! Essa resposta eu sei.

— Já planejei tudo! — bato com a ponta do dedo na minha testa. — Vamos pedir pra Sam nos levar para comprar doces. Mamãe vai deixar com certeza. Não pode faltar doces na ceia.

Alguém bate na porta, abrindo-a logo em seguida.

— Vocês estão muito quietos. — Tia Mary aparece, e Peter esconde o caderno embaixo de um casaco em cima da mesa. — O que estão aprontando?

— É... Nós... Quero dizer... — Peter se atrapalha diante da mãe. E, mais uma vez, Emma salvará o dia.

— Estamos ensaiando uma apresentação surpresa para o Natal. — sorrio, cutucando Peter com o cotovelo para que ele concorde.

— Apresentação? — minha tia franze as sobrancelhas.

— É. Estamos treinando "Bate o Sino" pra começar, quer ver? Peter, essa é a sua música, canta. — sorrio para ele, que me responde com uma cara feia.

Essa ia ser boa. Melhor presente de Natal: Peter cantando na frente de todos.

— Vai estragar a surpresa desse jeito. — ele se defende, segura minha mão e parte na direção da porta. — Nós vamos sair com a Sam, voltamos daqui a pouco.

— Sim, senhor. — tia Mary ri. — Mas antes cumprimentem May e Ben, acabaram de chegar.

Eu e Peter nos entreolhamos.

— Nem vem. — ele coloca o braço na minha frente quando me preparo para correr e sai primeiro, rindo.

— Ei! Você tá jogando sujo! — tento alcançá-lo.

Passamos correndo pelo corredor e entramos na sala desviando dos adultos que organizavam as compras do dia. Quer dizer... Quase desviando. Em uma das nossas investidas para ultrapassar um ao outro, de alguma forma esbarramos em mamãe, que carregava uma travessa de algo que parecia muito bom. Antes de cair no chão.

— Emma! — ela me lança seu olhar reprovador.

— Emma! — Peter a imita, me olhando divertidamente e me empurrando discretamente para o lado. — Olha o que você fez!

— Nós te vimos também, Petey. — tio Richard avisa.

— Tio Ben! — ele tenta desviar a atenção, me fazendo revirar os olhos. Corre para o tio, que o recebe com um abraço. — O que você trouxe?

— Deixa de ser mal-educado, seu idiota.— murmuro, me aproximando, mas vejo meu pai erguendo as sobrancelhas para mim e finjo um sorriso. — O que Peter quis dizer, tio Ben, é "feliz Natal" e "é bom te ver".

Filhos do Infinito | Peter ParkerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora