Filhos do Infinito | Peter Parker

Capítulo 10

Peter

Emma vai embora em busca de Ethan assim que passamos todas as informações importantes para que Mercúrio se encarregue da missão.

Observo enquanto ela se afasta. Fiquei um pouco surpreso ao vê-la chegando na festa. Nunca a vi se arrumar tanto desse jeito. Não que faça muita diferença, ela fica bem de qualquer jeito, vestindo desde suas roupas normais que usa na escola até os pijamas velhos que ama colocar. Nunca entenderei por que ela é tão exigente na hora de escolher algo pra sair.

Sou desperto dos meus pensamentos pelo som do meu celular apitando, anunciando uma nova mensagem. Era Pietro, dizendo que já estava a caminho da tarefa. Solto um suspiro. Espero que isso dê certo. Só Emma mesmo pra me convencer a desobedecer uma das ordens do sr. Stark. Se ele não me proibir de ser o Aranha no final disso, já considero como uma vitória.

Depois de bloquear o celular novamente, sinto alguém encostar em meu ombro. Encontro Ned ao me virar.

— Cara, a Sarah é demais. — ele comenta, se jogando no sofá atrás de nós, e eu rio da cara que ele faz. Ned está apaixonado, pelo visto. — Será que tenho alguma chance com ela?

Ned conheceu Sarah na semana passada, quando precisou mudar de classe durante a aula de cálculos. Agora ele só prestava atenção nela. Indiquei a ele que não contasse para Emma nada sobre o assunto, ou ela o atormentaria assim como faz comigo e Liz.

— Ela parecia estar se divertindo com você. — digo, tentando ajudar.

— Ah! Liz estava perguntando por você. Parecia preocupada.

Ah não, esqueci completamente dela.

— Nos vemos mais tarde. — digo, e vou em busca de Liz.

Consigo encontrá-la perto da piscina.

— Oi... — cumprimento, me aproximando, e ela sorri pra mim.

— Oi... Pensei que tivesse ido embora de novo.

— Desculpe por isso... — peço, sem jeito. — Recebi uma ligação importante. Mas já está tudo resolvido.

— Escuta, Peter, eu entendo se você precisar ir. Não quero te atrapalhar. Eu sei que você tem coisas mais importantes pra fazer e...

— Não, não! Liz, eu quero mesmo estar aqui. — começo a explicar, e ela sorri. — Sério. Já resolvi o problema que apareceu, estou completamente livre esta noite.

— Mesmo?

— Mesmo.

Outra música começa a tocar, uma mais agitada e bem mais alta. Liz diz algo que eu não consigo escutar. Quando ela percebe que não estou ouvindo nada do que diz, chega mais perto e eleva o tom de voz.

— Acho melhor irmos para o andar de cima. — sugere, inclinando a cabeça para o lado. — Lá é mais silencioso. Dá pra conversar melhor.

— Achei que o andar de cima fosse proibido para os convidados.

Ela dá de ombros.

— Ninguém respeita mesmo essa regra. Além do mais... — Ela pisca pra mim — Eu sou a anfitriã da festa.

Aceno com a cabeça, concordando, e ela me puxa pela mão para as escadas. Realmente, o andar superior estava muito mais silencioso. Apenas um som abafado chegava ali.

Ouço o barulho de algo caindo em um cômodo ao lado, e eu e Liz viramos assustados para a direção da porta.

Liz vai até o batente e abre a porta. Ouço-a suspirando.