Capítulo 8

337 33 13
                                    

Emma

Acordei com dores em todo o meu corpo, além de uma dor de cabeça horrível. Esses treinos precisam mesmo virar minha nova rotina?

— Emma! — minha mãe chama, batendo na minha porta e entrando. — Você vai se atrasar, filha. Ainda está assim?

— Já estou indo me arrumar. — digo, fechando os olhos novamente.

— Banho. Agora. — ela manda enquanto puxa minha coberta. — Já estou indo pro trabalho, ande logo ou vai perder a carona... O que é esse roxo no seu ombro?

Olho para o ombro que ela aponta e vejo um pequeno hematoma, provavelmente da minha queda com o movimento de luta que Natasha estava querendo me ensinar. Devia ter posto um pijama de mangas.

— Eu caí na educação física da escola.- respondo, tentando fazer parecer que não era nada demais.

Crio coragem pra me levantar e tomo um banho com água escaldante, para tentar aplacar um pouco a dor. Quando termino, minha mãe já está saindo. Ótimo! Sem carona hoje...

Acabo de me arrumar, pego 2 barrinhas de cereal pra comer no caminho e vou pro metrô. A escola não era tão longe da minha casa, mas eu já estava atrasada e com muita preguiça de ir andando até lá.

Quando chego na escola, os corredores já estão completamente vazios, sinal de que estou mais atrasada do que esperava. Olhando pra todos os lados, tendo certeza de que ninguém capaz de me dar uma advertência está observando, vou correndo para a minha aula de matemática.

— Srta. Evans! — o professor exclama quando entro na sala. — Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?

Contenho a vontade de revirar os olhos. Esqueci que faltei a aula dele na quarta-feira, quando fiquei presa no terraço com Peter.

— Desculpe, sr. Davis.

Procuro por algum lugar vago. Sempre me sento ao lado de Peter, mas MJ já está ali. Peter, disfarçadamente, aponta com a cabeça para a esquerda. Não entendo pra que, já que não há nenhum lugar ali perto, apenas... Ah não.

Sentada na extremidade da sala, uma garota de cabelo loiro meio acobreado está escutando algo em seus fones de ouvido, com o único lugar vago ao seu lado. Reconheço ela imediatamente. É a garota que me fez cair do telhado da escola!

— Sente-se ao lado da Srta. Black. — o professor diz ao ver minha relutância.

Seguro minha mochila um pouco mais forte e sigo até a mesa. A garota parece finalmente me notar quando me sento, e sorri pra mim. O professor volta a falar.

— Acho que já nos conhecemos... — ela sussurra, tirando os fones e os guardando na mochila. — Me chamo Kate!

Ela estende sua mão e eu a aperto, meio receosa.

— Emma.

— Aquele é o garoto que estava junto com você, não?- ela aponta para Peter, e eu afirmo. — Seu namorado?

Sinto meu rosto corar.

— Não! É meu amigo.

— E o que vocês estavam fazendo sozinhos no telhado? — ela dá um sorrisinho.

— É uma longa história. — suspiro, e volto a prestar atenção no professor.

Sinto o telefone vibrar no meu bolso. Quando o pego, vejo que é uma mensagem de Peter. Depois de verificar se o professor está virado para o quadro, desbloqueio o celular e leio o que ele escreveu.

Filhos do Infinito | Peter ParkerWhere stories live. Discover now