comensais da morte

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O CHEIRO DE noz-moscada atraiu a atenção de Guinevere

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O CHEIRO DE noz-moscada atraiu a atenção de Guinevere.
Na cozinha da primeira casa num bairro do centro de Londres em que os que habitavam ali, eram principalmente, bruxos.
Antes de ir até Cedrico na cozinha, a mulher de cabelos longos e rebeldes fechou o jornal a cima de sua cama, seus olhos amendoados se preocuparam ao ver a manchete em letras garrafais: Fuga em Massa de Azkaban.

Era janeiro e as más notícias já haviam chegado.
Guinevere se perguntava quando eles teriam paz.

Em um dos espelhos da vasta casa, ela viu seu reflexo e deu um pequeno sorriso.
Sua barriga estava grande, grande como nunca.
Adam estava prestes a nascer.
De acordo com Beverly, a médica parteira do St. Mungus, o bebê estava destinado a nascer em março de 1996. 

Cedrico, portanto, estava surtando.

Assim que Gwen adentrou o cômodo da cozinha, o cheiro de fumaça se instalou nas narinas dela.

A cozinha estava praticamente pegando fogo.

— Acho que você se esqueceu da sua varinha. — ela disse, sacando a varinha do marido e a entregando para ele, que agradeceu e a usou para expulsar praticamente toda a fumaça pela única janela aberta.

A mulher da casa se surpreendeu ao olhar para dentro da panela negra e encontrou um macarrão cozido perfeitamente bem.
A mesma receita que a mãe de Guinevere fizera no jantar em que a filha e o genro anunciaram o casamento e a gravidez.

— Eu estou grávida outra vez e não estou sabendo?

— Isso seria impossível. — o homem disse e pousou a mão na parte de cima da barriga da esposa, sentindo um breve, mas forte, empurrão — Adam não me deixa tocar em você.

— É a forma dele de dizer que te ama muito. — disse a mulher, que agora servia a mesa sem o uso de magia.

— O sal acabou, vou sair para comprar mais e volto em um instante.

— Eu vou com você.

Cedrico olhou bem para a esposa e colocou as mãos gentilmente nas maçãs do rosto dela, fazendo um breve carinho ali.

— É perigoso demais, Gwen.

— Fazem meses que eu não saio de casa! Está tarde, não acho que alguém vá estar na rua essa hora, vai ficar tudo bem.

— Certo. — Diggory murmurou contra sua vontade, estendendo a mão para a mulher e agarrando os dedos dela, o anelar com uma aliança fina e banhada com ouro de duende, e a puxando para perto, precavido caso algo não saísse como o esperado.

O mercado trouxa era perto da casa deles, ainda sim a caminhada exigia esforço de Guinevere, que ficava cada vez mais cansada e sentindo o peso de Adam, seria uma criança enorme.

A percurso até o meio do caminho foi feito em dez minutos, poucas luzes eram encontradas naquele horário, contudo, Cedrico carregava sua varinha acessa em frente a eles, iluminando cerca de um metro.

— Ouviu isso?

A movimentação assustou Cedrico, ele puxou Guinevere para trás num gesto instintivo e cobriu o corpo dela com o seu próprio, principalmente sua barriga.

Os dois prepararam as varinhas e se esconderam atrás de um arbusto grande o suficiente para disfarçar a presença dos dois ali.

A maioria deles pareciam ser homens, mas todos vestiam capuzes pretos e amedrontadores, mas uma voz em específico chamou a atenção de Guinevere, era uma voz fina, histérica e desvairada; era a mesma mulher que pouco antes de sua formatura tinha a torturado.
Toda a raiva de Guinevere foi concentrada em sua varinha, que brilhou em vermelho.

— Sentiram isso?

— Isso o que, Bellatrix? — um dos comensais da morte perguntou debochadamente.

— Perfume, o perfume daquele nojentinha sangue-ruim.

— Ela se casou com Cedrico Diggory e está grávida de uma criança, vamos Bella, pare de ser louca, as chances dela estar aqui são mínimas.

— Uma criança mestiça, Mulciber!

O casal estava apavorado; os comensais pareciam discutir, se deviam averiguar o perímetro ou esquecerem o assunto.

— Uma grávida não estaria na rua, é imprudente e Cedrico Diggory era um dos melhores alunos de Hogwarts, responsável demais para pôr sua família em risco. — aquela era a voz de Severus Snape, antigamente professor dos que se escondiam atrás de uma moita; ele olhava para o mesmo arbusto como se soubesse que eles estavam ali.
Ele falava como se tivesse feito uma promessa para alguém, uma promessa de que manteria os dois a salvo.
Até onde Gwen sabia, ele era um espião de Dumbledore; mas sinceramente, ela não confiava nem um pouco nele.
Ela não achava que devia, afinal Snape tinha a mesma marca negra de todos os outros seguidores de Voldemort.

— Vamos.

Bellatrix e os outros comensais entraram apressadamente em uma loja suspeita, como uma livraria abandonada.

Guinevere e Cedrico garantiram que não havia mais ninguém na rua quando eles levantaram da moita e seguiram caminhos para casa, em passos desesperados.

— Eu amo o seu perfume, mas acho realmente que você devia jogá-lo fora. — Cedrico falou pela primeira vez, batendo a porta e jogando a caixa de correio que dizia lar dos Diggory na lixeira — Bellatrix é como um cão louco, e agora ela marcou seu cheiro.

— Se ela vier, eu estarei pronta, Ced! E eu não vou jogar meu perfume fora. — ela disse e Cedrico enrugou a testa, se jogando na cama deles, cansado pelo dia corrido e aloucado.

— Nós estaremos prontos, mas precisamos ter cuidado, eu não devia ter deixado você ir comigo. Eu coloquei vocês em risco.

— Adam está bem! Nós estamos.
Poxa, amor. Não se culpe assim.

Cedrico deu um beijo molhado na testa da mulher e atracou o braço na barriga dela, de forma que não conseguisse passar ele inteiro; Guinevere estava com um barrigão, assim como ele previra na formatura. 

— Só me promete que nunca mais vai se colocar em perigo novamente.

— Eu prometo.

— Eu prometo

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✓ INFINITY ━ CEDRIC DIGGORY.Where stories live. Discover now