O ano de mil novecentos e noventa e quatro se iniciava, assim como o sexto ano em Hogwarts de Guinevere Waterbee. Gwen só não contava com a imensa sorte de esbarrar com Cedrico Diggory, fazendo com que todos os seus livros fossem de encontro ao chão...
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OBVIAMENTE, as falas de Amos Diggory tinham acalmado Guinevere, mas ela não deixara sua preocupação de lado, nem mesmo por um segundo. Preocupação já tinha mantido muita gente viva.
Do lado de dentro do Labirinto, Cedrico já passara pelo explosivim de Hagrid, quase sendo devorado por ele, e agora estendia sua varinha para a figura encapuzada em sua frente, um dementador - de muitos dentro do labirinto - deslizava em sua direção. Três metros e meio de altura, o rosto oculto pelo capuz, as mãos podres e cobertas de feridas estendidas à frente, ele avançava às cegas, tateando em direção ao garoto.
Chamou à mente o pensamento mais feliz que pôde, se concentrou com todas as forças no pensamento de sair do labirinto e comemorar com Guinevere e seus pais, no primeiro beijo com Waterbee, na noite passada na torre de astronomia...ergueu a varinha e exclamou: Expecto Patronum!
Um texugo prateado irrompeu da ponta da varinha de Diggory e avançou para o dementador, que recuou e tropeçou na barra das vestes... Cedrico nunca vira um dementador tropeçar.
— Seu monstrengo — gritou ele, avançando na cola do seu patrono prateado. — Você é um bicho-papão! Riddikulus!
Ouviu-se um grande estalo e o transformista explodiu, deixando atrás apenas uma fumacinha. O texugo prateado desapareceu de vista. Cedrico desejou que ele tivesse podido ficar, seria agradável ter uma companhia... mas continuou o seu caminho o mais depressa e silenciosamente possível, apurando os ouvidos, a varinha, mais uma vez, erguida no alto. Esquerda... direita... novamente à esquerda... em duas ocasiões ele foi dar em trilhas sem saída. Ele retrocedeu, tomou a trilha à direita e viu uma estranha névoa dourada flutuando mais adiante.
Aproximou-se cautelosamente, apontando para a névoa o facho de luz da varinha. Parecia algum tipo de encantamento. Ele se perguntou se seria capaz de explodi-la para desimpedir o caminho.
— Reducto! — ordenou.
O feitiço atravessou a névoa, deixando-a intacta. O garoto concluiu que devia ter sabido: o Feitiço Redutor só servia para objetos sólidos. Que aconteceria se ele atravessasse a névoa?
Cedrico fechou os olhos para atravessa-la, caindo sobre o chão sólido, estava vivo. Bom.
De longe, um grito fino e aterrorizado se fez possível de ouvir.
— Fleur? — Cedrico chamou, atravessando o escuro na tentativa de encontrá-la.
Será que ela tinha se machucado? Será que estava bem? Estava preocupado com ela, não a encontrava em canto algum, mas também, não podia deixar de pensar que havia um campeão a menos.
A Taça estava em algum lugar ali perto e, pelo jeito, Fleur não estava mais competindo. Ele chegara até ali, não chegara? E se, de fato, conseguisse vencer? Por um instante fugaz, e pela primeira vez desde que se fora feito campeão, ele conseguiu imaginar-se erguendo a Taça do Tribruxo diante do resto da escola...
