Capítulo 6

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Vincent

Ontem eu não consegui ir na Mansion ver Nathacha. Quando cheguei em casa depois da faculdade minha mãe estava com febre e eu decidi não sair porque poderiam precisar de mim, Dereck até deixou seu carro comigo porque poderíamos precisar para levá-la ao hospital, mas graças à Deus não foi necessário e ela passou bem o restante da noite.

— Oi, mamãe — dou um beijo em sua testa, ela estava na cama porque ainda está se sentindo um pouco fraca — A senhora acordou melhor? — assente devagar.

— E aí, tia Ingrid? Já falei com a Ruth e vamos dar um passeio mais tarde na rua, está precisando ver gente — Hilary entra no quarto tagarelando — E vamos aproveitar que o traste do Gregory não vai dormir o final de semana aqui para nos distrair um pouco, se eu fosse maior de idade iria levar você e a Ruth para uma casa noturna cheia de gogoboys — brinca, minha mãe solta uma risada baixa.

— Não fala assim do meu pai — olho sério para Hilary.

— Fingi que é surdo, o Gregory é um traste mesmo, e eu não vou mudar o jeito que falo dele.

— Você não gosta dele porque sempre está pegando no seu pé, dizendo que precisa ser mais responsável, não sair tanto nos finais de semana. Ele se preocupa! — ela gargalha.

— Deus me livre da preocupação dele! Tchau, tia! Até mais tarde! — Hilary beija a bochecha da minha mãe e pega sua mochila na cama do canto, e saí sem olhar pra mim.

— É melhor eu ir também! Eu te amo, mamãe! — me despeço dela e saio.

As brigas que tenho com Hilary sempre são por causa da forma que ela trata meu pai, mas esse jeito dela com ele só mudou na adolescência, ela deve estar na fase de adolescente rebelde.
Estaciono o carro do Dereck em uma vaga na faculdade e logo o vejo vindo correndo, ele se debruça sobre o capô do carro, o beijando.

— Que nojo, Dereck! — faço uma careta.

— É que eu senti saudades! Cuidou bem dele? Como está sua a mãe? — pergunta.

— Ela está melhor, e sim, eu cuidei bem dele e nem usei, não precisamos ir no hospital. Obrigado! — agradeço, lhe entregando as chaves de volta.

— Sabe que se precisar é só me falar — assinto.

— Vê se escova os dentes e lava o rosto antes de sair por aí distribuindo seus beijos — aconselho e subo na calçada enquanto ele vistoria o veículo, Dereck acha que sou desastrado igual a ele.

— Relaxa! Não tenho nada marcado para hoje.

— O que aconteceu?

— Nada, eu só não estou a fim de pegar ninguém hoje.

— Você foi ao médico?

— Sim, e ele disse que posso estar viciado em sexo, acredita? — ele ativa o alarme do carro e caminhamos para a entrada da faculdade.

— Acredito.

— Como assim, mano? Esse cara está louco! — bufa, irritado.

— O que mais ele disse?

— Ele me passou uns exames e me mandou ficar sem transar até os resultados saírem, e isso vai levar uns quinze dias. E me mandou marcar uma consulta com um psicólogo, para me abrir mais.

— Você não foi pra cama com ninguém sem preservativo, né?

— Eu acho que não, tem vezes que eu acordo com uma mulher do meu lado e nem lembro do que aconteceu.

Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia AmoresWhere stories live. Discover now