Capítulo 36

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Meses depois

Vincent

Minha mãe ia ao médico hoje para saber se o bebê está bem, daqui dois meses já nasce e ela está ansiosa, ainda não descobriram o sexo e eu acho que é uma menina, mas meu pai acha que é menino. Estou devendo uma visita à minha mãe Lola, não gosto de ficar mais de uma semana sem visitá-la, então hoje eu decidi que vou almoçar com ela porque à noite quero passar mais tempo com Natacha, ela está meio cabisbaixa porque não consegue engravidar e eu odeio vê-la triste, se sentindo insuficiente.

— Oi, mãe! — dou um beijo em sua testa assim que abre a porta do seu apartamento para mim.

— Oi, querido! Como você está? E a Natacha? — pergunta depois de me soltar do abraço.

— Estou bem, mas Natacha está do mesmo jeito — caminhamos até a cozinha.

— Ela não deveria se cobrar tanto, isso a deixa esgotada — nos sentamos à mesa.

— Eu não sei mais o que fazer, claro que não fico perguntando o tempo todo se ela está bem porque sei que não está, mas me sinto impotente em não conseguir fazê-la se sentir melhor.

— Você já fez exames?

— Sim, nós dois, está tudo certinho e o doutor já disse que não é você ter a relação hoje que amanhã já vai estar grávida, mas é a ansiedade da Natacha que a deixa amargurada e ela se estressa por pouca coisa, quando chegamos em casa tento evitar qualquer acidente com Lohan, para não se irritar.

— Por que não marca um horário com algum psiquiatra? Ele pode sugerir consultas com psicólogo que pode ajudar ela, tenho um ótimo para indiciar.

— Vou aceitar, mamãe, acredito que vai ser bom para Natacha.

— Sim, filho, depois eu lhe passo o contato — assinto, agradecendo.

Vou pensar melhor se marco uma consulta com o médico, Natacha pode ter uma reação ruim e eu não quero deixá-la pior do que já está. Vim sem o carro e aproveitei para ir andando até a empresa, colocar as ideias em ordem para não cometer nenhum erro. Percebo uma movimentação estranha de pessoas e me aproximei da roda, tinha um homem barrigudo de bigode segurando uma criança pelo braço, passei pelos pedestres indo até os dois.

— Eu posso saber o que está acontecendo aqui? — me intrometo, o cara segurava um garotinho e ele estava chorando e muito assustado.

— Não se intromete! O assunto não é seu! — o homem diz — Vou ligar agora mesmo para a polícia, ele vai levar esse delinquente para o devido lugar — sacoalhou a criança.

— Isso mesmo! Já estamos cansados desse moleque nos roubando! — uma mulher vocifera.

— Não vai ligar para ninguém! — pego o celular do homem, encerrando a ligação antes mesmo dela completar — O que o menino roubou?

— Ele roubou os comerciantes de toda a rua, pegando comida, mas hoje nós fizemos uma armadilha para pegá-lo e vamos mandá-lo para a cadeia.

— É verdade isso? — me abaixo para falar com o menino.

— Eu estava com fome — responde com a voz trêmula.

— Solta ele! — eu o puxo para perto de mim, pelas roupas e cabelo, provavelmente é uma criança de rua.

— Quem é você, em? Não tem nada que se intrometer nos assuntos dos comerciantes! — o barrigudo fala.

— Quanto foi o prejuízo? — questiono.

Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia AmoresHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin