Capítulo 3

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Vincent

Ando pelos corredores da faculdade ouvindo Dereck me contar o quanto se divertiu na noite passada com uma ruiva gostosa que conheceu na balada, reviro os olhos cansados porque eu ouço esse tipo de história quase todos os dias.

— Olha, mano, quando o seu pau cair não me chame para ajuda-lo, você precisa deixar ele descansar um pouco, ele vive mais dentro das mulheres do que dentro da sua cueca — zombei.

— Será que é possível ele cair? — arregala os olhos e eu acabo rindo.

— Quando você for ao médico, pergunta à ele — respondo.

— Eu esqueci de falar, mas nós vamos sair hoje à noite — diz.

— Sair? Nem pensar! Eu quero é ficar em casa assistindo filme com a minha mãe, não estou a fim de farra.

— Fala sério, Vincent! Nós tivemos uma semana irritante de provas, precisamos nos distrair.

— E quem disse que eu preciso ir junto? Não precisa de mim para sair, você sempre sai sozinho a maioria das vezes.

— Mas desta vez eu queria que fosse junto, fiquei sabendo de um lugar diferente que quero conhecer.

— Que lugar é esse?

— Mansion de Plaisir — abre um sorriso — Podemos dividir a mesma garota como já fizemos um vez.

— Eu prefiro nem lembrar desse dia, o que não é muita coisa, ainda acho que você colocou alguma coisa na minha bebida — olho para ele, e no mesmo instante trombo em alguém, ou melhor, alguém bate de frente comigo.

Olho para baixo vendo a dona de um belo par de olhos castanhos escuros, os cabelos cacheados estavam preso no alto da cabeça, sorrio de lado e ela se desculpa saindo andando envergonhada, a acompanho com os olhos, suas bochechas coram e ela abre um sorriso sem graça voltando a atenção para o corredor em sua frente.

— Quem será essa estranha? — ouço Dereck questionar.

— Ela não é estranha — volto a andar.

— Falei estranha porque nunca vi ela por aqui, mas até que é bonitinha.

— Cala a boca! — reviro os olhos.

— Você está muito estressado e por isso que precisa sair comigo.

— É você que me estressa, Dereck! — bufo e saímos pelo portão da faculdade.

— Durante o caminho até a sua casa eu lhe convenço — destrava o carro.

Minha cabeça até começou a arder de tanto que Dereck falou, e decidi aceitar o convite para ele não me irritar mais. Quando entrei no apartamento até suspirei aliviado pelo silêncio que ali fazia, encontrei mamãe e Ruth na cozinha, a cuidadora estava lendo um trecho do livro favorito dela.

— Oi, mamãe — dou um beijo em sua testa — Tudo bem, Ruth? Como ela está hoje?

— Tudo bem, sua mãe acordou disposta hoje, melhor do que ontem — informa.

— Que bom ouvir isso, talvez ela esteja melhorando — sorrio, minha mãe tem depressão e mal fala, e quando acorda bem é sempre bom porque nos da esperança de que possa estar vencendo a doença aos poucos.

— Como foi na faculdade? Está com fome? Daqui à pouco já termino o almoço

— Eu comi um lanche na rua, não se preocupe. Está tudo bem na faculdade, uma garota tombou em mim hoje — me sento na cadeira ao lado da minha mãe, lembrando da menina.

Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia AmoresOù les histoires vivent. Découvrez maintenant