Capítulo 26

425 49 11
                                    

Bom dia pessoal, e chegamos ao penúltimo capítulo da história. 

Vamos lá 

Boa leitura!

O Corvo

Capítulo 26

Bram respirou fundo e uma lágrima desceu enquanto observava o caixão afundar sobre a terra, ele manteve suas mãos unidas umas nas outras o semblante estava completamente sério e triste.

O enterro de Selena havia chegado, claro que a cidade ficou estranha, a causa da morte foi por um afogamento. Miguel havia dado um jeito nisso. E Bramhel mesmos foi dar a notícia ao pai de sua amada, foi um dos momentos mais difíceis de sua existência, o senhor Evans caiu em angústia o que causou uma piora para sua saúde no momento, e isso contribuiu para não ir ao enterro da própria filha.

O padre local fez o símbolo da cruz e tudo estava acabado. O choro desesperado e cheio de agonia da senhorita Hartziler ecoava pelo lugar. Ninguém havia chegado perto dele, apenas com um acenar de cabeça, sua postura rígida e completamente destruída mandava o sinal que todos deveriam se manter afastados.

Os coveiros continuaram o seu trabalho enterrando o caixão. As pessoas aos poucos foram se afastando, restando só os mais próximos. Isabelle se aproximou e depositou uma flor branca na lápide de Selena, enquanto isso a senhorita Hartziler saia carregada pelo noivo e o pai.

Bram continuou em profundo silêncio e quieto absorvendo o fato de que sua loirinha não estava mais ali.

— Eu vou ficar aqui, mais um pouco. — comentou para Zaniel sem humor na voz. — Vá para mansão com Isabelle.

— Claro, e Cam? Onde ele está?

— Bom, era de se esperar, meu filho foi para longe de mim. Todos que eu amo se vão.

— Eu estou aqui, Bram. — Zaniel sorriu. — Não irei te deixar.

Ele apenas continuou quieto olhando para a lápide, Isabelle se aproximou e tocou no ombro dele oferecendo um pouco de conforto, em resposta aquele ato, Bram colocou as mãos em cima da dela e apertou suavemente.

Quando finalmente ele se encontrou sozinho no cemitério, sentou-se ao lado da lápide de Selena e chorou, colocou para fora tudo que estava dentro de si e não demonstrou. As lágrimas caiam incansavelmente e seus soluços poderiam ser ouvidos a distância.

— Desculpe querida, eu não queria que isso tivesse acontecido. Deveria ter te protegido. — Bram colocou as mãos na terra em cima do caixão de Selena. — Eu daria minha vida pela sua se pudesse voltar no tempo. Eu estou tão perdido sem você, não sei mais o que fazer. — As gotas de suas lágrimas caíram sobre a terra.

Ele fechou os olhos e sentiu um vento sobre seu rosto e por todo seu corpo.

— Bramhel! — A voz grave ecoou por todo lugar.

Automaticamente ele abriu os olhos e quando olhou em volta já não estava mais no cemitério, e sim um campo bonito com um lago enorme no horizonte.

— Pai! — Ele arfou se levantando do chão.

— Bram... Estou aqui filho. — A voz novamente ecoou pelo lugar e em seguida um homem vestido todo com terno marfim claro apareceu. Ele tocou na cabeça do filho. — O que está fazendo? Não chore.

— Eu sinto tanta falta dela. — A lágrima nós olhos azuis claros cintilantes escorreram. — A culpa é toda minha.

— Não! Não é culpa sua. Aconteceu o que era para acontecer. — O homem deu a volta em um banco de dois lugares e sentou-se ao lado do filho. — Não chore pelos mortos, e nem sinta pena, sabe que a morte não é o fim de tudo.

O Corvo  ( Série Criaturas Noturnas - Livro 3 ) Concluída Where stories live. Discover now