O Corvo ( Série Criaturas Noturnas - Livro 3 ) Concluída

Capítulo 6

Boa tarde! Olha eu aqui. 

Vamos lá, tenham uma boa leitura. 

E se preparem para a sessão de suspiros com o Bram. 

Capítulo 6

— Como me achou? — Cam perguntou tomando outro gole da cerveja enquanto outra lagrima descia.

Bem ali na sua frente estava o fruto de um dos seus pecados; um dos sete pecados capitais que havia cometido. E para piorar este pecado havia sido por meio de um ritual de luxúria com   um demônio  chamado Lilith, uma succubus, a primeira mulher demônio. O ritual era raro e permitia que lilith usasse seu próprio corpo físico para conceber uma criança.  E contra todas as apostas de que um filho de um caído e um demônio seria o novo anticristo, estava o doce Cameron.

Cam sofria demais e tinha nojo de si mesmo, era um incubbus, mas com emoções humanas, ele absorvia todo o sofrimento humano e isso o deixava neste estado lastimável.

Bram tentou proteger o menino da melhor forma possível o escondendo, mas quando foi crescendo o filho começou a odiá-lo para valer e acabou sumindo e usou um dos seus dons para sair fora de radar.

— Eu sempre vou acha-lo. — Comentou com um sorriso. — Então, está aqui em Londres, é um lugar meio povoado para se esconder de mim, não acha?

— Hm, e daí eu vou embora daqui, vou me esconder de você novamente.

— Cameron, por favor, venha comigo, estou em uma casa fixa, você pode ficar por lá. — Pediu. — Por favor, filho.

— Porque eu deveria? para você me trancar de novo.

— Fiz isso para te proteger, e ainda tenho, existem criaturas que querem lhe fazer mal, Cam.

— Ah, claro, anjos e demônios. Eu já encontrei com uns amigos seus...

Engolindo seco, ele suspirou e o olhou.

— Fizeram algum mal? Te machucaram? — Perguntou o examinando.

— Estou bem, sei me defender. — Retrucou o garoto.

Bram relaxou no banco e olhou para o filho.

— Há quanto tempo você não...

— Pergunto o mesmo, posso sentir que está casto, o que está querendo?

— Algo importante para mim.

— Você sempre quer algo não é mesmo? — Cam riu com amargura. — Nunca está satisfeito com nada, sempre quer mais...

— Não é bem assim, Cameron, eu preciso disso, me arrependi. — Rebateu paciente.

— Mentiroso, posso sentir sua ambição, não está sendo sincero.

— Tem certeza que não quer vir comigo?

— Não, por falar nisso, encontrei uma cigana, nem todos estão extintos, ela me disse que uma menina é prometida para mim.

Bram arregalou os olhos e colocou as mãos na testa.

Esse pessoal do Revival nunca morre, não?

— Quem é a garota?

— Não sei, ela disse que eu saberei, mas eu só quero viver em paz. — Cam suspirou e colocou a garrafa de cerveja na mesa. — Por favor não me procure mais, e pare de fingir que se importa comigo.

— Cam... eu sou seu pai, claro que me importo com você. — A voz dele saiu sincera.

Era a mais pura verdade, por mais que o filho não acreditasse naquilo, ele se importava demais.