Capítulo 1- Antes Da Morte III

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§ JOSÉ §

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§ JOSÉ §

— Onde você estava? — Safira me esperava do lado de fora do restaurante, este não esbanjava muita luxuosidade, mas era o que eu poderia pagar. — Pensei que não viria mais, que seu pai não havia deixado você vir.

— O que importa é que eu estou aqui, não é mesmo? — Sorri para ela.

— Hum... Pode ser. — Retribuiu o sorriso, revirando os olhos. — Vamos entrar logo, aqui fora está congelante.

Entramos, sentamos numa das mesas, fizemos nossos pedidos ao garçom e voltamos à conversa.

— Eu nem te perguntei antes, mas... — comecei — como foram seu resto de sábado e o seu domingo?

— Eu, assim como você, não botei o pé pra fora de casa — revelou como se fosse onisciente.

— Como sabe que eu não saí?

— Por que somos parecidos.

— É impressão minha ou você está meio que... enigmática?

— Só estou zuando com a sua cara. — Ela alegou, gargalhando.

— Hum, tá bom. — Acabei o assunto revirando os olhos e suspirando, na tentativa de fazer a garota adotar mais seriedade. — E o projeto, como é que ele está indo?

— Está andando bem. Maass — esticou a última palavra, devia estar pensando no que dizer —, quando nós marcamos de nos encontrar aqui, era pra ser uma reunião, só um jantar, ou um encontro?

— Naquela hora, enquanto você falava, eu prestava atenção em outra coisa... — proferi com objetivo de parecer charmoso.

— Posso saber em quem? — Safira interrogou, repentinamente, zangada.

— Não é em quem e sim em quê. — Não consegui segurar o leve sorriso que me escapou, mas logo voltei ao objetivo principal. — Me perdi observando seus lábios e em como eles se movimentavam.

— Um encontro, com certeza, um encontro. — Com isso, não conseguimos segurar o riso.

Demos altas gargalhadas e as poucas pessoas que estavam ali olharam torto para nós. Nosso pedido chegou, assim também um pedido de silêncio vindo diretamente do garçom. Então voltamos a conversar como pessoas civilizadas.

— Nunca pensei que alguém, algum dia, fosse ser tão... — A jovem pareceu pensar um pouco. — Tão... gentil, amigável, parceiro e que pudesse se declarasse para mim.

— Uau! — Aquilo me impressionou tanto quanto me surpreendeu. — Com certeza, minha declaração não chegou nem ao rastro da sua. E você tem muitos outros colegas além de mim.

— Tenho sim, muitos, porém, nenhum deles é como você — informou com convicção, e eu me vi sem saber se aquilo era algo bom ou ruim.

Acho que ela, assim como eu, percebeu que aquele era um momento perfeito e que seria inesquecível pelo resto de nossas vidas. “Esquisitos se dão bem com outros”. Bem, talvez essa frase não estivesse tão errada realmente... Aproximamos nossos rostos lentamente.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora