Capítulo 7- Bem-vindos A Área 50 II

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Parece que saiu de uma historinha de gibis

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Parece que saiu de uma historinha de gibis... — Minha mente começa a relaxar por não conseguir levar a sério aquela situação. — Quais serão os limites dessa habilidade assustadora dele?

O doutor bizarro veste as luvas lívidas e mexe em alguns dos equipamentos, enquanto eu e José apenas o observamos estagnados.

— Devem estar se questionando o que vai acontecer, não é mesmo? — É enquanto ele arruma a maca o momento em que percebo suas restrições: está sempre apontando uma das mãos para nós. — Bem, eu vou estudar seus corpos e adquirir mais conhecimento sobre meu poder, e agora sobre o seu também. Não sabia que existiam mais pessoas iguais a mim...

Ele ainda precisa das mãos para usar suas habilidades, assim como eu...

— Vai nos matar, ou nos contratar como assistentes de assassino? — provoco, pois uma ideia me vem à cabeça. — Tá contando todo seu plano por quê?

— Na verdade, vou eliminar vocês, então não importa que saibam o que planejo. — Encara-me e logo desvia o olhar vermelho como sangue, indo em direção a José. Meu namorado está muito quieto, somente emitindo grunhidos, talvez de dor. — Sorte minha, que evoluí meus poderes há pouco tempo, agora consigo controlar os músculos de dois corpos ao mesmo tempo e...

— O que você fez com ele?! — exalto-me um pouco. Preciso trazê-lo para perto. — Por que ele não fala nada?

— Sua insolente! Não me interrompa! — grita vindo até mim e minha boca fica imóvel de repente.

Chega a hora de colocar o plano em ação... Com agilidade e sorrateiros, os cipós da minha veste mística rastejam pelo meu corpo e se enrolam nas mãos de Jhonatan. Ele tenta, de todas as formas, desvencilhar-se das amarras, mas é impossível se livrar do aperto. E com as mãos finalmente contidas, sua técnica se desfaz automaticamente.

— Ah, amor! Desculpa ter te trazido pra isso. — Eu e José nos abraçamos com o alívio nos deixando respirar mais uma vez, enquanto o doutor ainda debate suas mãos sem êxito.

— Não foi culpa sua e, veja pelo lado bom, conseguimos derrotar o... — Tento convencê-lo, mas sou interrompida por Jhonatan.

— Derrotar?! Nunca! — Sua gargalhada ecoa por toda extensão do galpão vazio. Que medo...

Acho que ele possuía alguma tesoura no bolso, ou não sei como, mas o assassino se solta dos cipós e estende a palma enluvada em nossa direção, antes de ao menos pensarmos em fazer algo.

— Safira, eu... — Nós ainda estamos abraçados, então o loiro põe-se a me apertar com muita força. Minha respiração logo é afetada e meu tórax sofre com o arrocho brusco.

— Você vai... se arrepender! — ameaço com raiva e, dando um dificultoso aceno da minha mão livre, uso todo meu poder para conjurar uma raiz que surge do alicerce próximo ao Jhonatan. Tento amarrá-lo, no entanto, ele é mais veloz, e segura à trepadeira com agilidade.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora