Órion Kilmato ao perceber uma grande evolução de seus poderes é sequestrado por estranhas criaturas demoníacas e confinado na misteriosa prisão mágica, Danjú. Convém a Náidius, o seu primo, resgatá-lo, e para isso, vai contar com ajuda da maga Sônia...
Antes que ele se pudesse se perder em pensamentos, no céu ele identificou a maga Cosmos, carregando consigo um saco de linho, não muito grande e com um nó cego.
Sônia aterrissou no gramado ralo e Náidius fingiu não dar muita importância, continuou seu foco em sua espada. A maga caminhou até ele, repousando o saco de linho no chão e agachando-se ao lado.
— Eu consegui comida. Não é grande coisa. O pobre homem que abordei em uma estrada não tinha muita mercadoria. Ele estava bem assustado.
— Imaginou que fosse um assaltante. Há uma hora dessas, nenhum mercador deveria perambular nas estradas. — Náidius comentou, sabendo por experiência própria como a violência assolava Sidelena. — Principalmente alguém vindo do céu...
Sônia parecia curiosa sobre o assunto. Ela curvou mais as costas e olhava atenta para o jovem.
— Em Coimbra essas coisas não acontecem. — Ela falou. — Lá é tão calmo. É tanta paz que...
Náidius suspirou, já aborrecido.
— Olha, eu não estou muito afim de papo. Eu só quero comer e dormir, o quanto mais rápido sair desse lugar, melhor.
Sônia entristeceu o seu semblante. Apenas assentiu por aquela tamanha grosseria. Olhou para o saco de linho ao seu lado e desatou o nó. De dentro, retirou um pedaço de queijo, alguns pães e biscoitos de polvilho azedo. Dentro também tinha uma garrafa de meio litro, arrolhada. Era algum tipo de licor.
— Não sabia que você era de beber este tipo de bebida. — Náidius comentou, olhando de lado.
Sônia retirava a rolha sem muita dificuldade.
— Por que acha? Uma maga Cosmos não poderia consumir um pouco de álcool?
— Acho que não tem idade para isso.
Sônia sorriu e deu um longo gole pelo gargalo da garrafa.
— Você não tem idade. Eu sou bem mais do que aparento ser. E isso lá fora não tem muita importância. — Ela entregou a garrafa a ele. — Experimente, é de pêssego com ervas.
Náidius segurou a garrafa um pouco desconfiado, mas a virou em seus lábios bebericando um pouco da bebida doce e alcoólica com um leve frescor das ervas condicionadas.
Ele observou no pescoço de Sônia, sempre notou que ela carregava um cordão, mas nunca viu o pingente. Sempre estava escondido por baixo da roupa. Entretanto, dessa vez estava a amostra e era de se estranhar. Era uma semente. Uma semente de formato cônico nas duas extremidades, um pouco mais arredondadas. Possuía uma cor de madeira forte, quase como se fosse a casca de uma árvore. E o mais interessante disso tudo, era que tinha algo escrito em tinha preta. Estava em sidelênico. Apesar da pouca luminosidade, ele conseguiu traduzir.
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— Sana... — Nádius leu em voz baixa, estreitando os olhos ao identificar os símbolos. — Esperança. — Ele traduziu.
Sônia se engasgou com um biscoito, e de boca cheia tossiu até conseguir engolir. Encarou Náidius e no mesmo instante percebeu que seu "colar" estava amostra. Ela o escondeu por dentro da roupa imediatamente.