Still Your Best

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"Quando você quer voltar?
Eu deito você de costas e te sacio mesmo assim
Sentiu falta da maneira que eu agarro você
Seu corpo me conhece, sim
Eu ainda sou seu melhor."

— Still Your Best, Giveon.


Ivy

Eu encarava o teto por mais de vinte minutos. Minha respiração estava ofegante e desregulada, minhas pernas se cruzavam entre si sob as cobertas e a cada dois segundos eu umedecia meus lábios. Eu estava enlouquecendo. Sentia cada parte do meu corpo com calafrios e tremedeiras internas.

Depois de quase uma hora esperando Ethan descer, ele não desceu e quando subi ele ainda tentava colocar Tessa para dormir, ninando ela com a maior determinação do mundo. Naquela hora eu resolvi voltar para o meu quarto e ir tomar um banho tendo em vista que minha noite tinha acabado ali mesmo.

Mas eu não conseguia dormir por nada, meus olhos não pregavam, me fazendo voltar para o banheiro e encharcar meu rosto com a água gelada da pia, tentando me controlar, tentando não pensar. Não pensar no seu toque, no seu beijo, em como meu corpo queria te dar boas vindas.

Eu não queria parecer desesperada mas já passava da meia-noite quando caminhava pelo corredor escuro, indo em direção ao quarto de Tess e confirmando seu décimo sono. Ela dormia feito anjo.

Logo me encontro em passos medianos, exalando libido, com a audácia de trajar algo potencialmente provocativo como uma camisola de tom lavanda azulado, um tecido quase transparente, que não chegava sequer na metade das minhas coxas, sob o um robe de cetim. Não conseguia pensar de uma forma clara, como se estivesse sob o poder de alguma possessão, eu estava me sentindo confiante, sexy e atraente mas minhas mãos não deixavam se suar. De algum jeito eu sabia que a noite terminaria assim, senti isso desde o momento que decidimos sair por aquela porta. E eu me recusava deixar essa vez passar.

Minha respiração estava pesada e lenta, parecia estar sob o efeito de algum tipo de entorpecente. E eu sabia qual o tipo, o tipo alto, loiro, irritante e extremamente provocante. Não havia mais volta quando as batidas são o suficiente para ver a porta se abrir. Incrível como as doses de vinho agiam de forma hostil.

Ethan aparece em pé com seus milhões de centímetros acima de mim e uma toalha que usava para secar o cabelo, sobre os ombros. Analiso cada parte sua até perceber que ele estava coberto com uma calça de moletom e uma blusa fina, o cheiro fresco e gritante de sabonete indicava que ele acabara de tomar banho. O silêncio se instala, olhamos um para o outro com aquele olhar de satisfação. Ele não parecia surpreso, talvez uma presunção por saber que eu havia engolido todo o meu orgulho e aparecido na sua porta para pegar o que ele disse que era meu. Absorvo toda a coragem que eu nem sabia que tinha antes de avançar nele.

Eu o beijo. Sem nenhum aviso, meus lábios se entregam aos dele, noto a surpresa em sua reação hesitante não durar muito quando me leva, em passos lentos, para dentro de seu quarto, fechando a porta em seguida. Minhas mãos agarram seu rosto em resposta à minha necessidade. Não havia mais para onde ir ao trombarmos com a cama, encerro o beijo aproveitando para empurrar todo o seu peso.

Ethan me observava dos pés a cabeça enquanto, aos poucos, eu deixava meu robe deslizar pelos meus braços até parar no chão. Sua boca entreabre e suas sobrancelhas se arqueiam de maneira sutil. Não havia nada que pudesse me parar além dele mesmo, eu estava possuída, embriagada. E ele era a minha cura, já não poderia mais negar. Eu o queria, eu queria Ethan, queria senti-lo, te-lo, queria ama-lo. Queria ser sua, apenas sua. Levou um tempo até que eu realmente admitisse isso e, agora que admiti, não perderia mais tempo. Não queria. Agora não havia mais razões para fugir.

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