7. 'la mia ex è arrabiata' é 'minha ex tá puta' em italiano

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Autora falando:

Olaaar, POV de Catra nesse. 
Não posso falar muito além de: é angst, um pouco, mas é isso aí.
Tô de férias, tô viajando e tô meio bêbada de vinho e não confio mais nas minhas observações hue hue
até quinta né? É 
Boa leitura <3

fim da autora falando

***


Era um daqueles fins de semana perfeitos para Catra.

Conseguiu uma promoção de uma pousada para três noites em uma cidade da região serrana para ir com Adora. As duas se encontraram na rodoviária e viajaram de ônibus. Não era a melhor das suítes, porém, tinha uma varanda com uma vista para uma cadeia de montanhas hipnotizantes de tão lindas.

Estavam morrendo de fome quando chegaram, além de esgotadas por causa da semana. Por isso, o melhor a se fazer, por iniciativa de Catra, era pedir serviço de quarto e não precisar sair para comer. Ela ficou esperando a comida chegar enquanto Adora tomava banho. A loira foi para a rodoviária direto do trabalho e cismou que só conseguia se desligar das tarefas quando sentia o corpo relaxar na água.

Enquanto isso, a mais baixa foi para varanda tentar usufruir da vista e ficou frustrada. Estava de noite já, bem escuro, não via nada além de breu. Ainda assim, ficou por lá, respirando ar puro. Nem ouviu a porta do banheiro abrir, muito menos viu Adora se aproximar e abraçá-la por trás. Só quando a sentiu envolvendo os braços na sua cintura e passando a ponta do nariz em seu pescoço, inalando o perfume num típico hábito dela.

– Nossa, que linda a vista, – a loira disse brincalhona, depois de apoiar o queixo em um dos ombros da mais baixa e encarar o escuro – vários nada

– A gente chegou tarde porque alguém demorou horrores para sair do trabalho – Catra virou-se e enlaçou os braços no pescoço da namorada, encarando-a com um olhar julgador – mas, amanhã de manhã você vai ver como é lindo.

– Eu sei, confio em você, só falei para te irritar. – Adora tinha aquele olhar intenso e brilhante, aquele sorriso compassivo no rosto – Até porque você sabe que a vista podia ser para a parede que eu não me importaria desde que tivesse sua companhia.

– Escuto isso de você há quanto tempo? – a morena de olhos heterocromáticos distribuía beijos no queixo e nas bochechas da loira a cada mini intervalo entre uma palavra e outra – Cinco anos, talvez? E nunca me canso, sabe...

– Por aí, já faz esse tempo todo desde que saímos da escola – ao mesmo tempo que continuava a conversa, também devolvia os beijos de sua namorada, algumas vezes acertando-os nos lábios dela – muito doido isso, não é? E pensar que não consegui nem sair do Brasil ainda.

– Você pensa realmente em ir embora? Ou é só passar um tempo estudando? – Catra agora apoiava as costas no parapeito da varanda, ainda de frente para a namorada, que não deixou a distância durar muito tempo e pressionou o corpo contra o dela ainda conversando.

– Quero ir embora de vez mesmo. Desde que meus pais morreram, tudo aqui me dá a sensação de que eu vou ficar presa nessa história para sempre. Em um lugar diferente, posso recomeçar a minha vida longe desse passado.

Um silêncio confortável se fez e a brisa gelada batia em ambos os corpos. Catra, então, decidiu envolver os braços na cintura de Adora e apertá-la em um abraço, deixando a cabeça bem apoiada no colo do peito dela.

Essa ideia de ir morar fora era uma constante para sua namorada. Desde adolescente ela fala sobre isso, mas Catra sempre pensou que o relacionamento delas fosse forte o suficiente para compensar esse desejo. E depois de tantos anos juntas, ainda era algo vívido na mente de Adora, um assunto que eventualmente surgia entre elas e nunca se concluía.

O que te faria ficar?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora