1.3 - Cupidon 💘

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"Combate, estou pronta pro combate

Eu digo que não quero lutar, mas e se eu quiser?

Porque a crueldade ganha nos filmes

Eu tenho cem discursos rejeitados que eu quase disse pra você"

💘

Park Jimin

— Por que a minha nacionalidade é tão importante assim para você? — Ele perguntou animado. — Vou te denunciar para a diretoria por xenofobia. — Forçou ainda mais o sotaque rouco.

— Taehyung, primeiro de tudo, você é europeu. Literalmente um filhote de colonizador. Eu sou até legal demais com você. — Ele bufou. — Segundo, porra, são três horas da manhã. Fecha os olhos e dorme. — Eu respondi de olhos fechados, esperando, completamente em vão, que ele fizesse o que eu pedi.

— É fácil para você dizer. Mas eu não consigo nem pensar em dormir com tantas perguntas sem resposta rodando o meu cérebro. — Se virou para mim e me abraçou, apoiando a cabeça no meu ombro. — Pode começar a falar. Não é justo que eu tenha feito uma apresentação gigante falando dos motivos para o meu projeto se chamar Pallete e você se safar entregando seus motivos em um trabalho escrito para a professora sem explicar nada para ninguém!

— Ela nunca tinha dito que eu precisava apresentar os motivos para a sala inteira. Não é culpa minha se um certo alguém nunca presta muita atenção nas descrições dos trabalhos e age impensadamente o tempo todo. — Ele me olhou entediado. — E eu não tenho nada contra a sua nacionalidade, seu idiota. — Ri de sua dramatização. — Meu problema é com você. Sempre foi com você, aliás.

— Isso não me conforta em nada, se você quer saber. — Murmurou. — E o nome do seu projeto é "Espectro Francês"! — Ele disse em tom de acusação. — Devia ter chamado o meu de "Projeto de Gente."

— Vai se foder. — Lhe dei o dedo do meio. — Eu sei que parece implicância da minha parte. — E, de fato, era um pouco. — Mas, nesse caso, não é necessariamente por você ser francês. — Revirei os olhos. — É mais por causa da cor que eu escolhi para você, na verdade.

Ele sentou na cama de supetão, soltando um gritinho inconformado e, em seguida, me olhou com se eu tivesse acabado de falar algo extremamente absurdo, ou pior, como seu eu fosse Meninas Malvadas 2.

— Você já escolheu a minha cor? Como assim? Qual cor?

— Você não é uma pessoa tão complicada assim, por incrível que pareça, Taehyung. Faz um bom tempo que escolhi essa cor. — Virei para a parede. — E eu não vou te contar porra nenhuma, vai dormir antes que eu te jogue pela janela.

Ele soltou um resmungo, ou um xingamento, não sei dizer bem, demonstrando sua irritação e se virou para o outro lado.

— Na sua cama! — Eu reclamei.

Ele ficou completamente imóvel e fingiu que tinha dormido, soltando pequenos roncos perceptivelmente falsos, que eu apenas ignorei, rindo baixinho antes de me deitar mais uma vez para finalmente dormir.

Antes de pegar completamente no sono, ainda pude o ouvir dizer:

— Boa noite, Park.

"Boa noite, Kim." — Respondi, nos meus sonhos.

💘

O dia seguinte era um sábado, eu, Jungkook e Seokjin fomos a uma lanchonete na hora do almoço para termos um tempo entre amigos, o Trio Taylor reunido, como não fazíamos há algum tempo. Apenas os três, sem namorados.

Pallete - As cores da almaWhere stories live. Discover now