Não quero levantar
A cama parece tão acolhedora.
Me abraçando e me cobrindo.
Protegida assim me sinto.Por que levantar e ver a turbulência?
São sempre contínuas.
Não há novidade de desastre.
A bola de neve desce envolvendo e escorregando.
E no indeterminado percurso,
O tamanho do desastre de multiplica.
Assim também me levando.Não estou mais coberta no calor da cama.
Estou imersa no gelo.
Estática, congelada, submersa
na neve chamada "problemas desastres".
E como é densa!A cobertura das desculpas não bastou para lhe afastar.
A cobertura do calor não bastou para esquentar.
O seguro do meu pensamento,
fez o inverso,
Pensou até concretizar.
No ato da ação, não quis parar de pensar.
Esqueceu de agir e se deixou embolar.E a bola ainda desce.
Desce ladeira abaixo no cofins da não proteção.
Não há parada, não há muro de salvação.
Abrace o frio do desastre.
Ele é seu pertence, apenas não foi tratado com interesse.Abrace, porque lá vem a bola de neve.
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Sem Destino - Poemas e Poesias
PoetryUma estrada sem fim, um destino sem rumo, uma poesia sem restrições, um poema sem direções. Uma escrita com o coração, de quem não tem destino além da emoção. Poemas e Poesias Sem Destino. Siga o caminho... OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL...