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Minha casa tem portas azuis,
Janelas vermelhas,
Paredes coloridas,
mas em sua maioria brancas sem vida.

Dois andares do que parece uma casa de bonecas.
Que se parece feliz e cheia de alegria.
Quase um conto, mas sem as fadas.
Parece tudo, menos uma simples casa.
O que de simples, não tem nada.

As portas azuis mascaram a entrada do inferno.
As janelas vermelhas acentuam a visão do perigo.
As paredes coloridas tentam transparecer alegria - só tentam!
Enquanto as brancas lembram um manicômio de loucos.

Dois andares, dois lances em degraus.
Duas vezes a descida da queima da alma.
Tudo em dobro na casa bonita.
Onde a esperança fugiu dando mão a alegria.
Onde a nuvem da escuridão hoje faz moradia fixa.

A casa é carregada.
A família tem tudo, mas não tem nada.
Eles tentam viver a vida,
Enquanto se matam e condenam a casa.
Não há alicerce,
Não há esperança,
Não existe um lar...
Hoje, a casa bonita de portas azuis, janelas bonitas e paredes coloridas,
Nada mais é que um símbolo de desespero e agonia.
A família foi morta, por viver uma vida fantasiosa,
No que parece ser uma casa de bonecas,
No número 273 no bairro classe média.

Bem vindos, está é minha humilde casa!

Sem Destino - Poemas e PoesiasWhere stories live. Discover now