Ode à Alegria

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Gostaria de falar de alegria...
Está tão pouca que me aparece.
Que me carece.
Que me atormenta,
Que me faz desejar,
sem saber o que é o objeto desejado.

Alegria! Alegria!
Quem és tu?
Que tarda a me iluminar,
mas me queima com um brilho de segundos,
Entre mil e um minutos?

Eu lhe desejo...
Posso senti-la pouco,
mas meu pouco já é o bastante para formar meu vício.

Imensurável,
Ilimitada,
Inflexível,
Imprevisível,
Imaculada,
Quantos "I" você pode ser comigo?

Eu te quero!
Resida um pouco mais em mim...
Por favor meu desejo.
Eu me ajoelhou e te clamo.
Me faça feliz!
Mesmo que seja em um segundo de mil e um minutos.
Me queime, me faça desperto.
Traga-me a vida,
Daquele jeito que só você sabe.
Uma chama ascendente em alegria.

Não sei o que és.
Não sei do que és.
Não sei como és.
Mas te quero como nunca quis.
Te desejo como a luxúria que habita em mim.

Por que és assim?
A alegria não constante nos mata.
Você passa e me atormenta da boa euforia.
Depois se vai e me deixa em agonia.
Seria um pecado sua constância em minha vida?
Tudo que desejo é alegria!

Apenas falando já sinto uma chama
E sei que é seu "Olá".
Chegou meu segundo de um mil e um minutos.
Vinde a mim...

Ode à Alegria!

** O Hino da Alegria, ou Ode à Alegria (em alemão Ode an die Freude), é o nome do poema escrito por Friedrich Schiller em 1785 e cantado no quarto movimento da nona sinfonia de Ludwig Van Beethoven.

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