A Arte da Minha Guerra

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Na possessão do meu EU,
Vivi embriagada.
Abusei do vinho,
Das palavras e da escrita
Como forma de jogada.

Brincando de manipulação,
Derrubei e criei paredes,
Afastei e aproximei pessoas.
Na arte da minha guerra
Fiz a batalha,
Conheci meu inimigo
E fiz dele amigo.
Mas no planejamento do jogo.
Só não calculei as perdas.

Para os efeitos colaterais inevitáveis,
Criei este poema.
Como forma de arrancar a faca apunhalada,
E como desculpa.
Quero um fim a esta loucura!

Nesta escrita digo ser eu mesma,
Sem possessão e irracionalidade.
Só calculando os atos de irresponsabilidade.
"Desculpa, eu não posso ser perfeita".
Sou dois.
Como lutar contra isto?
O que ele fazia?
Estava meu eu buscando a verdade
Querendo sentir o sentimento?

Neste caminho, foi queimando as amizades.
Alcançando seus objetivos egocêntricos.
Como poderia eu impedir?
Dormindo dominada no vazio da minha mente?
Só assisti como um sonho.
Vendo imagens, criando um filme.
Vendo as expressões retratando emoções.
Barulho fazendo gritos.
Choro virando soluços.
Tamanha agonia...
Só acordei quando via-se cinzas
Enxerguei e respirei a fumaça
Mostrando que tal guerra
Marcou em massa.

Agora estou aqui...
Reparando, concertando.
E acima de tudo TENTANDO,
Não é fácil entender...
Nas palavras de um poeta desesperado,
Crio metáforas e ilusões.
Retratando minhas emoções.
Talvez um texto dissesse mais que os versos...
Mas não seria eu.
Poeta nasci,
Peço desculpas escrevendo.
Uso palavras na ausência de minha fala.
Espero somente sua crença.
Neste meu modo de dizer a verdade.

Sem Destino - Poemas e PoesiasWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu