Capítulo 17

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Mare

O carro para em frente ao bar quando já está anoitecendo e eu saio me deparando com uma fachada muito bonita, com uma "varanda" com plantas em baixo e diversas mesas e guarda-sóis em cima e agora no final da tarde tem pessoas de roupas caras entupindo o lugar.

Acho que fico muito tempo parada admirando o lugar, porque quando me dou conta Kilorn já está do meu lado, escorado no carro olhando o bar.

Assim que eu saio do meu transe, adentramos no Vale do Paraíso e vamos em direção a bancada que se estende por até metade do espaço, algumas pessoas com broches iguais ao que encontramos nos olham. E eu pego meu distintivo pressionando-o contra a palma da minha mão.

- Olá, o casal vai querer o que? - o Barman pergunta sorrindo. E eu ergo minha mão mostrando pra ele quem nós somos e seu sorriso logo se desfaz. - O que vocês querem? Não temos problemas com o FBI.

- Agora tem. Você pode chamar o dono desse bar pra gente? - Digo fazendo uma voz doce. Mas ele sai sem dar atenção e depois de uns cinco minutos ele volta.

- O chefe disse que vocês podem subir. - Ele nos leva até uma escada que leva ao escritório do dono e ele bate na porta antes de abrir e revelar um lindo cômodo.

- Meu nome é Dane Davidson e esse é meu marido Carmadon. - Davidson deve estar beirando os cinquenta anos mas não parece ter a idade que tem, seus cabelos ainda não perderam a cor totalmente e seu marido possui a pele tão escura quanto o céu a meia-noite. - O que vocês precisam?

- Quatro pessoas foram assassinadas a sangue-frio e Salin Iral, uma das vítimas, tinha um broche - Eu me aproximo e dou uma batida de leve no terno preto dele onde tem um broche idêntico, exceto pelo nome que é diferente. - desse seu barzinho. Então você vai explicar do jeito fácil ou do jeito difícil?

- Salin, eu lembro muito bem dele. Fico triste em saber que ele morreu,mas eu não tenho nada a ver com isso - Ele diz com uma expressão forjada em pedra e gelo.

Tem apenas três opções do porque ele está reagindo desse jeito. Ele está de luto e todos reagem de maneiras diferentes ou ele é assim mesmo ou ele assassinou todos e não sente remorso.

- Eu sei que você deve pensar que meu marido não tem sentimentos mas ele não é muito aberto a... Como dizer... Conversas com a polícia. - Carmadon se pronuncia indo pra perto de Davidson que está sentado em uma poltrona e bebendo vinho.

- Você pode nos contar como era sua relação com ele Sr. Davidson? - Kilorn pergunta querendo acabar com isso logo.

- Ele vinha aqui diariamente e desabafava comigo, já que às vezes eu vou lá pra baixo pra ver se os clientes estão gostando. - Davidson começa - E quando ele tava muito bêbado eu levava ele pra casa e a filha dele ajudava a tirar ele do carro. Ele era um homem muito legal, só às vezes exagerava na bebida.

- Você sabe se alguém não gostava dele? Tinha alguma coisa contra ele? - Pergunto tentando fazer com ele deixe escapar algo mas parece que é tudo calculado.

- Volo Samos não parecia gostar muito dele, provavelmente porque ele é muito religioso e acha que pessoas assim são o fim da humanidade.

- Samos? Interessante. E o que você sabe sobre Lucas Samos? - Pego meu bloco de notas e começo a escrever algumas coisas que ele me conta.

- Só sei que ele era sobrinho do Volo e era considerado a desgraça da família. Ele vinha beber aqui às vezes, mas nós nunca falamos com ele. - Carmadon ajeita o terno branco e senta no sofá.

- Bom saber. Obrigada e boa noite. - Eu digo e vou embora com Kilorn e eu durmo no banco do carro.

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Notas da autora:
Lembre-se que todo mundo pode trair todo mundo.
Deixem os votinhos por favor.
Desculpem a demora pra postagem dos capítulos eu estou com um bloqueio há muitos dias.

Dear killer - fanfic A rainha vermelhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora