Capítulo 11

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Farley

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Eu não falei com o Shade desde a aquela última conversa. Fiquei imersa em pensamentos durante todo o tempo. Falei com outras pessoas mas não prestei atenção em nada, foi como se eu não estivesse aqui. E nesse momento eu devia estar ouvindo tudo que Mare me falava sobre o caso mas novamente não estava me concentrando, eu adoraria contar pra todos que o Shade é meu e de mais ninguém, só que é o legado da minha família se minha irmã tivesse viva seria diferente mas ela morreu a sete anos em um acidente de carro.

- Farley! Você tá me ouvindo? - Mare grita me tirando dos meus pensamentos.

- Que?

- Onde está sua cabeça hoje Farley? - No seu irmão, penso.

- Em lugar nenhum.

- Eu estava te chamando a dez minutos, e você não respondia e depois vem dizer que não estava pensando em nada. - Droga!

- Mare, pode repetir? Eu não estou muito bem hoje. - Eu falo. - E não precisa me chamar de Farley, pode ser só Diana.

- Tá bom - Acho que, pela sua cara, ela está estranhando meu comportamento.

- Eu disse que Nix Marsten estava sendo ameaçado. - Ela repete um pouco mais alto.

- Eu não sou surda. Não precisa falar alto. - Digo rindo.

- Não era o que parecia a um tempo atrás. - Ela diz mais baixo.

- Ok, como foi feita a ameaça? - Pergunto rápida e direta.

- Com a vida das duas filhas dele. - Ela diz com ódio nos olhos. - A propósito, ele pediu pra não contar para mais ninguém.

- Você tem provas?

- Sim, a caixa que foi enviada a ele como forma de ameaça.

- Quem sabe?

- Eu, você e o Kilorn. - Ela diz, se levanta e sai.

Depois que Mare vai embora eu não consigo me segurar e vou atrás do Shade dizer tudo o que eu penso, mas paro no meio do caminho quando eu tenho a brilhante ideia de chama-lo ao meu escritório formalmente, assim ele não conseguiria fugir de mim. Vou até a porta calmamente.

- Agente Shade Barrow no meu escritório agora! - Grito. E volto pra dentro de novo.

Em cinco minutos ele aparece na minha porta lindo como sempre, com um sorriso enorme estampado no rosto. Ele fecha a porta e me olha de cima a baixo.

- Eu pensei bem no que você falou - Digo contendo um sorriso - e você tem razão não podemos mas nos esconder. - Eu não consigo terminar o que eu tinha pra falar porque ele me beija meio da fala que eu ensaiei por horas.

- Vem, vamos contar pros meus pais - Ele pode não ter tido a intenção, mas me machucou muito eu não sei como contar pro meu pai e nem posso pedir ajuda pra minha mãe porque ela morreu junto com a minha irmã. Mas eu forço um sorriso.

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Mare

Assim que saio do escritório de Diana, eu ainda acho estranho chamar ela assim, eu vou pra um canto afastado pra ligar pra Gisa.

- Alô - Ouço a voz doce dela do outro lado da linha.

- Nós precisamos conversar, você pode vir aqui? - Pergunto.

- Sim, já estou indo - Eu não deveria incomodar ela hoje porque ela não tem aula por causa dos 80 anos da escola e deveria ser um dia pra ela relaxar, mas não posso guardar isso pra mim por mais tempo.

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Notas da autora:
Lembre-se que todo mundo pode trair todo mundo.
Deixem os votinhos por favor.

Dear killer - fanfic A rainha vermelhaWhere stories live. Discover now