Capítulo 2

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Beautiful baby from the outside in.
Chase your dreams but always know the road that'll lead you home again.
Go on, take on this whole world.
But to me you know you'll always be, my little girl.

Quando eu nasci minha primeira mãe morreu, no mesmo dia, e então fomos eu e meu pai por algum tempo, isso até nós dois sermos sequestrados, e foi ai que meu pai começou a ser super protetor, não que antes ele não fosse, mas depois desse marco em n...

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Quando eu nasci minha primeira mãe morreu, no mesmo dia, e então fomos eu e meu pai por algum tempo, isso até nós dois sermos sequestrados, e foi ai que meu pai começou a ser super protetor, não que antes ele não fosse, mas depois desse marco em nossas vidas ele piorou. Depois disso meu pai se casou com minha segunda mãe e meus irmãos vieram, não nessa ordem necessariamente mas foi isso que aconteceu. Se você acha que a partir dai as coisas ficaram mais fáceis pro meu lado, está redondamente enganado. Meu pai continuou a ser o super protetor que sempre foi e agora ele tinha ajuda, já que meus dois irmãos faziam questão de estar o tempo todo perto de mim, me rondando e cuidando como se a qualquer passo em falso eu fosse quebrar inteira, e ainda tinha meu melhor amigo que parecia que era filho do meu pai, já que era tão super protetor quanto ele.  O que eu fazia a respeito disso? Eu tentava fugir disso o tempo todo, claro que eu agradecia o meu pai por sempre se preocupar e cuidar tão bem de mim, mas as vezes eu só queria meu tempo, meu espaço e eu mesma entrar e sair de problemas o que dificilmente acontecia devido a eu estar quando presa em uma torre no alto de um castelo, tipo a Rapunzel. 

O problema se encontrava agora exatamente na super proteção paterna, já que eu precisava ir até a cidade vizinha pra fazer uma audição pra um ballet que sempre foi meu sonho participar, mas eu queria ir sozinha e isso pro meu pai estava fora de cogitação, mas eu sabia que eu poderia ir e voltar sozinha, sem maiores problemas, ou preocupações, mas para meu pai isso era difícil, ou quase impossível. 

-Mãe? - gritei chegando em casa - Pai? 

-Na sala. - ouvi a voz do meu pai gritando de volta. 

-Oi meus amores.  -falei dando um beijo em cada um quando cheguei até eles - Como estão? 

-Estamos bem. - mamãe falou. 

-Tirando os filhos ingratos, estamos pensando aqui onde erramos. - papai falou sendo dramático como sempre - Você tem alguma noção de onde seja? 

-Não papai, não tenho. - falei segurando um riso - Por que estão achando que erraram? 

-Essa é uma conversa que vocês dois precisam ter sozinhos - mamãe falou se levantando do sofá e dando saindo. 

-Continue pai. - falei me virando pra ele. 

-Só supondo, essa história, nada real, ok? - eu acenei que sim com a cabeça e ele continuou - Imagina que você tem uma filha, ai você cuida dessa menina com todo o amor e carinho que você tem, você passa por poucas e boas por ela, e então essa filha, um belo dia, resolve que vai sair de casa, vai ir pra uma cidade distante, sozinha. Como você se sentiria? 

-Quantos anos essa suposta filha tem? - questionei. 

-Vinte e dois, quase vinte e três. - falou. 

-Ela supostamente é responsável? - perguntei. 

-O suposto pai dela nunca teve o que reclamar. - falou.

-Então eu se fosse a mãe dela, supostamente, confiaria na minha filha, eu saberia como eu criei ela e eu saberia como ela era. - falei - Pai, eu sei sobre o que você está falando. 

-Sabe? - questionou. 

-Sei sim, você tá falando sobre mim, você está falando sobre o fato de eu ir pra cidade vizinha fazer um teste. - falei. 

-Não é sobre o teste, é sobre você ir sozinha pra lá. - falou. 

-Pai eu tenho 22 anos, eu nunca te dei trabalho, o que te faz achar que agora eu o faria? - perguntei. 

-Não é sobre dar trabalho. - falou - Você vai ir agora, e depois vai passar nesse teste, porque você é a melhor bailarina que eu conheço, e então vai se mudar pra lá e ai que eu vou surtar, porque filha você pode ter 200 anos que eu vou continuar me preocupando. 

-Pai,talvez o senhor não entenda agora,mas tem passos que eu preciso dar sozinha, e esse é um deles, mas eu sempre vou te levar comigo aqui - disse apontando para o meu coração -E aqui. - falei mostrando pra ele meu relicário onde uma foto de nós cinco estava - Eu preciso voar papai.

-Quando foi que você se tornou essa mulher e deixou de ser minha menininha?

-Sempre vou ser sua menininha papai. - falei sentando no colo dele e o abraçando.

-Vai mesmo, e por isso que digo que ou o Luis Henrique vai com você, ou nada feito. 

-Pai. 

-Qual sua opção? 

-Sem chances de eu ir sozinha? - perguntei.

-Chance nenhuma. - falou. 

-Tudo bem, mas quem vai convencer o Luis Henrique a deixar a Stone Motors dois dias sem a presença dele é o senhor e não eu. - falei. 

-Fácil  é só apelar pro lado do "vai deixar nossa menininha sozinha numa cidade desconhecida" que ele vai. - falou. 

-Ele vai mandar o senhor ir. 

-Só falar que estou velho e cansado, que não consigo te acompanhar. - falou - Luis Henrique não vai te deixar sozinha numa cidade que não seja essa, eu conheço o garoto. 

-Vocês dois um dia vão me deixar louca, sabia? 

-Eu não vou, quanto ao seu amigo , pode ser que ele vá mesmo. - falou rindo - Agora vai atrás da sua mãe e conta o que decidimos aqui. 

-Você decidiu papai, eu não tive muita escolha. - falei rindo. 

-Ah menina parar de reclamar e vai logo atrás da sua mãe e aproveita e na volta me trás um copo de café. - falou - Qual é to aproveitando enquanto você ainda tá aqui. 

-Você tá é folgando em mim, mas eu trago. - falei. 

Eu fazia tudo por ele, levar um café era o menor dos problemas. 

PredestinadaWhere stories live. Discover now