Capítulo 15

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You don't have to say you love me
I just wanna tell you somethin'
Lately you've been on my mind


Adore You - Harry Styles ♪

As palavras do João ecoaram na minha cabeça o resto do dia e eu não sabia o que fazer até que o relógio na tela do computador me indicou que eram oito horas da noite, eu devia ir embora e então as palavras dele se repetiram em minha mente e invés ...

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As palavras do João ecoaram na minha cabeça o resto do dia e eu não sabia o que fazer até que o relógio na tela do computador me indicou que eram oito horas da noite, eu devia ir embora e então as palavras dele se repetiram em minha mente e invés de fazer o caminho que fazia todos os dias eu peguei meu carro e dirigi até o copo sujo. Quando cheguei lá não foi difícil encontrar a mesa que minha família estava, eles eram os que falavam mais alto do lugar.

— Oi menino Luis, voltou para casa? - perguntou o dono do bar enquanto ele lavava um dos copos no balcão em frente a entrada do bar.

— O bom filho a casa torta seu Walter e você sabe o que o Copo Sujo sempre foi meu bar favorito de toda a cidade. - falei olhando pra ele enquanto parava em frente a ele. - O senhor pode levar mais uma rodada pra nossa mesa? Coloca na minha conta.

— Essa vai ser por conta da casa, pode ir lá se juntar a sua família.

Eu fui caminhando até o fundo do salão onde eles estavam igual uma criança que aprontou algo e sabe que vai levar uma bronca dos pais caminha, devagar e com passos curtos, mas fui notado antes de chegar até eles e fui notado logo pelo mais desinibido da família.

— Preparem os guarda chuvas que vem tempestade das bravas pessoal. - Kyle gritou me vendo caminhando até eles - Pode vir Luis Henrique, parece que você ta indo pro abate.

— E não estou? - Falei chegando na mesa em que eles estavam e puxando uma cadeira para mim.

— Não vou dizer que não porque hoje eu realmente estou com vontade de torcer seu pescocinho lindo, mas acho que sou só eu no caso. - falou Kyle

— Provavelmente todos vocês - Falei - Eu falhei com o nosso combinado de nos encontrarmos todas os dias 13 do ano, não importando quando fosse dia 13.

— A gente sabe. - Falou meu irmão olhando diretamente pra mim - Mas hoje você não é o foco.

— Não? - perguntei.

— Claro que não, ou você achou mesmo que ficaria sumido por dias e quando voltasse a gente daria toda nossa atenção para você e não teríamos mais ninguém pra comentar nada? - falou Lucas olhando pra mim - Se toca Rick! A gente quer mesmo saber é da nova namorada do João Paulo.

— A afilhada da mamãe. - Falou Caleb se pronunciando pela primeira vez desde que eu tinha chego ali.

— O João está namorando? - perguntei - E sua mãe tem uma afilhada?

— Tem, desde antes de eu nascer, a Jessica, mas ela não morava aqui, ela morou muito tempo no interior e agora voltou e seu primo está dando aulas de tiro pra ela e bem, pelo que estou sabendo ela é a melhor aluna que ele conheceu, não sei se é a melhor aluna só nas aulas de tiro ou se ele está dando outro tipo de aulas pra ela. - Caleb falou.

— Cala a boca Caleb. - João falou - Não tem nada disso que eles estão fantasiando não, ela é só uma aluna que chegou falando que precisava aprender algumas coisas e quando fomos pra primeira aula prática dela eu fiquei impressionado, mas eu fico impressionado com qualquer um que aparece lá e tem uma boa mira e acerta mais da metade dos tiros que tenta, não é nenhuma exclusividade dela.

—Ah não, isso não é mesmo. - Falou Rafael - A exclusividade é sua de dar aulas pra ela, não quis nem dividir algumas aulas comigo, mesmo com a parte administrativa estando pegando fogo, o que ele me disse foi "o tio Bruce logo vem cuidar disso, cuida daquela turma e eu vou cuidar da aula dela". O cara marcou território dele com gosto.

— Fica esperto Rafael que daqui a pouco ele está marcando com urina em volta dela. - falei.

— Quem foi mesmo que me fez sair do meu conforto pra ir chamar esse cara? - João perguntou revirando os olhos.

— Ninguém, você se voluntariou. - Lucas falou.

Foi entre essa conversa, um caçoando do outro e uma bebida ou outra que passamos o tempo e quando olhei pro relógio já passava da meia noite. Comecei a discretamente arrumar minhas coisas para ir embora, já que no outro dia eu deveria estar na empresa as sete da manhã quando meu irmão percebeu meus movimentos. 

— E então acho que estamos voltando ao normal que na verdade é anormal e perdendo o Rick de novo, vamos todos nos despedirmos porque não sabemos quando vai ser a próxima aparição do grande CEO da Stone Motors. 

— Ei cara, não é assim também. - falei me levantando da cadeira em que estava - E outra eu prometo que próximo mês estou aqui. 

— Não faça promessas que não pode cumprir meu caro. - falou - Nosso pai ensinou que não existe nada pior do que quebrar promessas. 

— Essa é a nova face do seu irmão, você não sabia? - Kyle perguntou diretamente ao meu irmão. 

— Do que você está falando? - questionei. 

— Do que eu estou falando? Sério que você está me perguntando isso? - Kyle falou se levantando enquanto seu irmão segurava seu braço - Eu estou falando da minha irmã, Ava, não sei se você se lembra, aquela que era sua melhor amiga e que agora não sai mais de dentro do apartamento dela. 

— Do que você está falando? - repeti a pergunta. 

— Isso mesmo que você ouviu. Agora se você acha que eu estou mentindo pergunta pra qualquer um aqui quando foi a última vez que viu a Ava. - ele falou dando um passo para mais perto de mim - Pergunta, ou então liga pra minha mãe e pergunta "tia, quando foi a última vez que você viu a Ava", faz tempo que ninguém vê a cara da minha irmã e a gente sabe que a última pessoa que viu foi você, então seja lá o porque minha irmã não sai de casa a gente sabe de quem é a culpa, só que ninguém quis te falar nada porque precisávamos respeitar você, seu tempo e respeitar a Ava, mas eu cansei, se ela quiser me odiar que odeie, mas eu não vou ficar esperando um moleque mimado perceber sozinho que a melhor amiga dele sumiu.  

Eu perdi a fala, os movimentos, perdi o chão porque eu achava que sabia o que tinha causado aquilo a Ava e então eu fiz a única coisa que eu poderia fazer naquele momento.

— Eu vou atrás dela. 

E sem ouvir mais ninguém eu peguei meu carro e sai daquele bar esperando encontrar Ava onde quer que ela estivesse e resolver todas as coisas que precisavam de resolução. 


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PredestinadaWhere stories live. Discover now