Capítulo 1

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Acho que ninguém conseguia dizer o exato momento em que se apaixonou por alguém, ou o exato momento em que começou a amar

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Acho que ninguém conseguia dizer o exato momento em que se apaixonou por alguém, ou o exato momento em que começou a amar. Alguns diziam ser a primeira vista, outros que foi no momento em que comeu algo que a pessoa amada fez, quando os olhares se cruzaram, ou quando se trombaram e os livros caíram no chão, mas eu não sei qual o momento que eu me apaixonei e muito menos sei o momento em que comecei a amá-la. Na verdade eu acho que a amei antes de me apaixonar, eu a amei como amiga, como irmã e então em algum ponto da nossa história, eu me apaixonei. Eu não precisei de muito para perceber que estava apaixonado, foi ouvir um simples e idiota comentário de um dos colegas de escola que percebi que não queria ouvir aquele tipo de comentários sobre ela e não era porque ela era minha irmã e sim porque eu a amava, mas eu guardei aquele sentimento todo o tempo pra mim. Eu a colocava em minha frente em muitas coisas, eu sempre pensava nela primeiro, mas nunca disse nada sobre isso, e acho que morreria com esse segredo engasgado, porque desde que ela fosse feliz eu não importava, eu me reduzia, desaparecia pra que ela brilhasse, e ela brilhava mais que o sol. 

Fui tirado dos meus devaneios com o meu telefone tocando na mesa, do lado do meu computador, deixei a nossa foto em cima da mesa e atendi. 

-Alô? 

-Luis Henrique? - a voz mais do que conhecida disse do outro lado - Sou eu, a tia Nalu, tudo bem com você? 

-Oi tia, eu to bem sim e a senhora? - perguntei sorrindo ouvir ela falar como sempre tudo rápido demais. 

-To bem também, sabe o que é Rick, eu queria te pedir um favor - ela começou a falar e eu tinha certeza de que sabia pelo menos a pessoa envolvida no favor - Assim, a sua amiga precisa de um pouco de juízo, será que você não poderia ajudar a colocar ele na cabeça dela? 

-Por que ela precisa de juízo? - questionei. 

-Ela quer viajar sozinha no fim de semana pra uma audição. - Nalu falou como se fosse a coisa mais absurda do mundo. 

-Pra onde ela quer ir? 

-Pra cidade vizinha. - ela falou como se fosse pra Marte - O seu tio tá surtando.

-Tia vocês sabem que ela é maior de idade né?! Ela pode ir se quiser, Ava tem juízo, ela vai se virar bem sozinha. - falei tentando apaziguar as coisas, o que eu sempre fazia quando o assunto era Ava Smith. 

-Então vai com ela. - falou como se fosse uma escolha óbvia - Eu sei que você não vai deixar ela fazer nenhuma besteira e tenho certeza que seu tio vai ficar mais tranquilo se você for.

-Tia eu não posso. - falei - Eu tenho um trabalho e não posso faltar dele. 

-Eu falo com seu tio, seu pai, com seu avô, eu consigo uma folga pra você - falou como se aquilo tirasse a responsabilidade de mim - E vai ser a última vez que te peço algo assim, sério Luis. 

-Tia, o que eu posso fazer é ligar e conversar com ela, mas realmente eu não vou poder viajar junto como se eu não tivesse um trabalho, me desculpa. - falei com a maior calma que eu tinha. 

-Tudo bem, já é alguma coisa. - falou - Mas pensa com carinho Luis, pela tia. 

-Vou pensar, prometo. - falei. 

-Amo você garoto - falou do mesmo jeito que falava comigo quando eu tinha 6 anos - Tchau, vem pra cá a noite. 

-Vou ver tia, tchau. 

E do mesmo jeito que ligou ela desligou e eu já fiquei pensando em como abordaria o tema com Ava. Ela era uma pessoa tranquila, o problema era quando os seus pais achavam que ela tinha 2 anos e ainda precisava de supervisão constante e isso acontecia sempre. Quando eu não tinha que "vigiar" ela um dos seus irmãos o fazia, mas ela sempre preferia que fosse eu, porque sabia que me tinha em suas mãos e que se pedisse eu até mentiria por ela. Peguei o telefone e segurei o 2 apertado, ela era um dos meus contatos rápidos. 

-Rick. - ela atendeu no segundo toque - Que bons ventos te fazem fazer tal ligação, já que você sempre manda mensagem. 

-Oi Ava, sua mãe me ligou. - falei. 

-Já até sei. - falou - Eles me tratam como um bebê de como Rick. 

-São seus pais, e se preocupam com você. - falei. 

-Eu sei disso, mas um pouco de liberdade não seria nada mal. - falou. 

-Por que não deixa seu pai te levar? - questionei - Você até iria economizar tempo e dinheiro. 

-Eu queria fazer alguma coisa por mim mesma, sabe? 

-Você já não faz? - perguntei. 

-Uma coisa grande Luis Henrique Stone. - falou - Eu queria viajar sozinha, me cuidar sozinha e ser responsável por mim mesma, e passar ou não na audição por mim mesma, eu queria até quebrar a cara sozinha alguma vez, sem ter você, meus irmãos ou meus pais pra ficarem cuidando de mim o tempo todo. 

Ela sabia que me ganhava apenas com esse discurso ensaiado dela, ela sabia que me tinha nas mãos e que eu brigaria por ela mesmo não concordando com aquilo, ela sabia jogar e eu me deixava ser usado como uma simples peça no seu jogo. 

-Tudo bem Ava, eu vou falar com seus pais pra deixarem você ir sozinha. - falei. 

-Isso! - comemorou do outro lado da linha - Eu te amo e você é o melhor amigo do mundo todo.

-Eu sei. - falei - Agora se mesmo assim não conseguirmos eu não vou poder fazer nada. 

-Vai sim, se não conseguir fazer eles me deixarem sozinha você vai comigo. - falou. 

-Eu trabalho. - falei. 

-Já falei com o vovô Stone e olha bem no seu calendário, você tá de folga. 

-Ava! - falei bravo. 

-Te amo Rick, agora preciso ir, beijo. 

E desligou na minha cara, sabendo que assim eu não brigaria com e ela conseguiria o que queria, ela era um diabo disfarçado de anjo e eu amava as duas faces dela, ela por ela que eu sou apaixonado. 

FOTINHA DO RICK PRA DIZER QUE: COMEÇOU! 

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FOTINHA DO RICK PRA DIZER QUE: COMEÇOU! 

BEM VINDAS A (PRE)DESTINADA, PEGUEM SUAS PIPOCAS E REFRI QUE VAI TER TIRO, PORRADA, BOMBA E MUITO AMOR POR AQUI! ♥

PredestinadaWhere stories live. Discover now