Bom menino

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Draco Malfoy.

Quando eu era criança eu sempre escutava minha mãe dizer que se eu fosse um bom menino meu pai ficaria feliz. Era sempre importante ser um bom menino, me manter quietinho e obedecer.

E eu queria deixar meu pai feliz.

Com o passar dos anos o texto seguiu o mesmo. “ Não xingue Draco, seja um bom menino.” “ Faça medicina Draco, como um bom menino.”... Tudo o que eu fazia, cada passo dentro da minha existência era em prol de deixar meu pai feliz.

E eu algum momento isso começou a me deixar triste.

– Vamos passar o natal na casa dos Greengrass esse ano.- Ele disse enquanto estávamos a mesa do café. Seu tom não era sugestivo, nem indicava que era uma pergunta. Íamos passar o natal com eles e ponto. Era sempre assim com o meu pai.

– Que ótima noticia!- A voz animada de minha mãe invadiu meu ouvidos. Ela nunca negava, nunca dizia não. Mamãe parecia estar sempre imersa numa bolha de felicidade, uma incapaz de ser estourada. – Aposto que Draco também está animado, não é querido? Ele tem se aproximado muito da pequena Daphne.- Continuou enquanto levava sua mão a minha. Subi momentaneamente o olhar e sorri apenas para ela, pois eu queria mantê-la feliz.

– Claro que sim mamãe, somos ótimos amigos.- Eu respondi, um gosto azedo vinha a minha boca. Pude escutar o barulho de talheres sendo postos calmamente na borda do prato de meu pai.

– Deveria evoluir essa questão.- Ele disse. A ordem no tom era perceptível, não havia ninguém que não notasse. – Meninas boas como Daphne não ficam solteiras para sempre.

– Não a vejo dessa forma, senhor.- Eu respondi. Faziam anos que eu não conseguia me dirigir a Lucius como “pai”. Eu o chamava de senhor, não importa o que fosse dito por ele. – Somos apenas bons amigos.

Meu pai respirou fundo com ar de fúria. A cara se tornou mais séria, dura, e as mãos se fecharam em punhos. Lá estava ele, o homem que não aceitava um simples “não.”.

– Querido, acalme-se.- Minha mão pediu doce ao meu pai. Ele a encarou, relaxando minimamente a face. – Draco só precisa de um tempo, em breve notara o quão Daphne é perfeita para ele, uma boa menina, assim como nosso menino.- Afirmou.

Eu queria gritar, queria dizer bem alto como aquilo jamais aconteceria e como era óbvio que os dois estavam tentando me forçar a amar alguém que eu não queria amar. Queria dizer que eu não era um bom menino, que nem Daphne era uma boa menina.

– Me dão licença?Eu combinei de ir na casa dos Blacks hoje.- Eu pedi, querendo fugir daquele lugar. Queria ir para um local onde eu conseguia me sentir bem, feliz. Meu pai me encarou sério e eu encolhi meu ombros. – A menina Amália acabou se apegando a mim, quer que eu a veja o tempo todo.- Expliquei, como se não fosse realmente minha vontade ir ao local.

– Claro querido, mande um abraço ao Sirius.- Minha mãe acariciou minha mão e, no instante seguinte, eu me apressei a me levantar.

“Seja um bom menino, seja sempre um bom menino.” Eu repeti enquanto saía pelos portões da enorme casa.“ E se tiver que ser mau, ainda sim finja sempre ser bom.”

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Pansy Parkinson.

Dor. Muita dor.

Minha cabeça parecia a ponto de explodir, explodir como uma bomba relógio.Abrir os olhos doía profundamente e tentar qualquer tipo de raciocínio era em vão.

– Por Odin.- Eu chiei enquanto me rolava pela cama, o sol que invadia a janela me obrigando a despertar. – Por tudo que é mais sagrado apaguem essa luz.- Eu choraminguei, porém estava sozinha no quarto. Respirei fundo duas vezes antes que eu me levantasse da cama.

A nerd e a Popular (em revisão)Where stories live. Discover now